14.04.2013 Views

CARTA ORGANICA - O Governo dos Outros

CARTA ORGANICA - O Governo dos Outros

CARTA ORGANICA - O Governo dos Outros

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>CARTA</strong> <strong>ORGANICA</strong><br />

DAS<br />

J. A. ISPaAEL GRACIAS<br />

'UOVA GOA<br />

-<br />

IVI'BESSA NACIOXAL<br />

-<br />

1894


0 ~ri~nciro diploma :lue orp~l~isoir elu uovas<br />

bases a adiuiilistraq~o publica portugucza, f'oi o<br />

i[c~reto dicttztorixl de 16 dc ~ilaio de 1892, urn 60s<br />

hio~luilientos 1cgi~I~tivo~ que nssignalarnm a Rcgellciit<br />

[la Tcrceira c o seu a-r~claeioso ministro, JIousinl~o<br />

du Silveira, o qunl, coin rara energia e desassombro,<br />

1)roceden a grandes reformas politicas, sociaes c<br />

econoinicns, deliroli~~do at6 aos fi~nilnn~entos o vetusto<br />

regime do absolutismo, tlo inconcilia\rel con1 o<br />

systcma lilmi-a], illlljlantado colll heroicos snorificios,<br />

como atroljllifirlor de to<strong>dos</strong> os progressos, c delincou<br />

o plano dc iul~~a. go~crn~.~Qo rl~ie fhse esteio sesnro<br />

(la lil~erdade da tcrra, da 1ibercl:ide clo trnballlo, dox<br />

dircitos e intcrcsscs iadiriduat:~ e collectives cl:~<br />

Nay20 . Foi aquella inemora\wl dpocs- a inais<br />

luemorai~cl pagina dn modern& Ilistoria patria - o<br />

ponto dc ~artida para tun sen-nuinero dc provisiic.~,<br />

elnboradas pol. . eniincntcs estaclistas e promnlga(la.s<br />

pelos diffcrentcs govcrnos qt~e se t6111 revesndo<br />

no podel., remocicIa~lilo c apcrfeiqoanclo as iastitui!:Gcs<br />

e os scrviqos publicos, inlp~iulintlo-11~~s


llm:~ cffica.z direcr,Ao p~litiea e fiscal, no inktito<br />

de tirar de nns e de outras as possiveis vantagens.<br />

l'ara as 1120 mencionar todas, citareuios allenas as<br />

principacs, como :<br />

o codigo administrativo de 31 de dezembro cle<br />

1836, obra do governo dam RevolnqGo de Seten~bro,<br />

c, por isso, rcfleso <strong>dos</strong> in-iticipios estabeleci<strong>dos</strong> 11%<br />

Con~titni@,o dc 1522. quc fdra de i~ovo proclainada ;<br />

o codigo de 18 de nlaryo de '3 842, decretndo<br />

~elo part,iclo cartista, reprcsentando por isso a<br />

re,ac~Ro politica e administrativ:~ contra o codigo<br />

anterior ;<br />

n lei cle ZG dc jl~i~llo de 1 SC7, notavel rcforn~a<br />

rlue instit~~ia a parocliiit cix-il, no intento de niio s6<br />

f',ucr CIL~F~ ao ultimo dlo social o prirrcipio da<br />

representaqRo e do interesse <strong>dos</strong> cidadfios na gerencia<br />

local, m:is tnlnbein dc ser uma cscola do adniiilisiraqlo<br />

1):~rn o ~OVO, a firn dc se preparar para<br />

f'l tiiccbcs s~zccessivamente nlais ~onderosas,-- dava<br />

I L<br />

nlaior amplitude e for~a 6 ncqiio municipd,- alar-<br />

Xavr, R cspliera das attribnig5es das juntas geraes<br />

dc c\istricto,-- ailoptava utn novo sy sterna do con-tcncioso<br />

adrninistrativo ; e que, importando umzt<br />

1)rofunrla innovaqzo, snsciton desdo logo nmltiplicadns<br />

rcsistcncias ein todo o rcino, e foi rcvocada. a<br />

CI<br />

breve trccbo, pclo governo que substituin o que a<br />

dec:iotira,;<br />

u codigo de 21 dc julho de 1870, p~hlicado em<br />

dictadura, o qnal, cotisubstanciando a maxima desoentri~lisac;~~<br />

das attribuiq5es <strong>dos</strong> corpos elect.ivos,<br />

1)arsci;~ si~tisfazer iis asl)irariics * da escola dcmocra-<br />

T<br />

~IC~L, tnas, 1130 tcndo mcrccido a. approva~iio do poder<br />

lcgislativo, nem cllcgon a ciitrar cin vigor, salvo cm<br />

ligciros polltos ;<br />

o cndigo dc 6 dc inxio dc 1878, cujo projccto<br />

lwla l~rimcira vez >cl~rcscut:.~do pclo govcrno lia<br />

scssso Iegislativn de 1872, iaspirando-se na legisla-<br />

950 correspondente <strong>dos</strong> paizes mais cultos da Europa,<br />

foi approvado, depois de maduro exame e de urns<br />

prolongada e luminoszt discuss%o parlamentar,-codigo<br />

que organisou a administra~50 local sobre bases<br />

inteiranlente diversas das adoptadas no de 1842,<br />

cortando sobretndo grande parte da ingerencia que<br />

n'ella tiilllam os magistra<strong>dos</strong> adniinistrativos; c<br />

finalmente,<br />

o codigo de 17 de jnlho de 1886, confirinado<br />

em 1 de setembro de 1 Sd 7 e actualmente vigente, o<br />

qua1 eonsignou avanqa<strong>dos</strong> principios de descentralisaqzo<br />

e da representaqiio das minorias na eleiqlo<br />

<strong>dos</strong> corpos adniinistrativos, introduzindo no regime<br />

antcrior fundamentaes alterap6es pelas quaes-conclde<br />

o relatorio que o precede-- u se suppreln lacunas,<br />

a se ernendam incorrecq6es, se resolvem duvidas, se<br />

afixa s iizterpretaqlo de disposiqBes ambiguas, se<br />

*concordam preceitos difficilinc~te conciliavcis, sc<br />

natalliam questaes e se aperfeiqcia e adianta notavelcmente<br />

a codificaqjo da Icgislaq%o adniiuistrativa,<br />

a contradictoria, dcsordenada, por vczes incompre-<br />

~Iiensivel D.<br />

Tudo isto lnostra qnanto cuidado n adminis-<br />

traq5o civil ten1 mcrecido nos poderes publicos, c<br />

como ella, despojando-se da ganga amorplla <strong>dos</strong><br />

seus priineiros involncros c cmcrgindo do crysol da<br />

expcriencia governatira2 tcln caminhaJo cada vez<br />

lnais nitida, e proficua desde a manhd do constitucio-<br />

nalisn~o. Mas t.udo isto se fcz iia mctropole, c as<br />

provincias nltra~narinas, que d'clla forman1 parte<br />

integrante, nLo a t6in acornpanhado no progrmso<br />

legislativo, neln f6rani dotadas coin ulna constituic;Ro<br />

recta e raciond, favnravel ao sex desenvolvilncnto<br />

e prospcridadc, coulo a ltedellz as suas necessiclades<br />

d


e circuinsta~~ci~s ; continfialn a reger-se ainda pel0<br />

velho codigo de 1842 e peIo decreto con1 forpa de<br />

lei de 1 de dezen~bro de 1869, denominndo cart&<br />

orga7zica -dois phlos, a bem dizer, sobrc que<br />

nssenta toda a fraglllentada legislaqjo des possessBes<br />

~~ortngueeas,-- sem embargo de varias tentativas de<br />

reforma, entre as quacs avult,a o codigo typo de 3<br />

do noveinbro de 158 1, plano dc larguissimos intuitos,<br />

devido B 1iber:~l e benemcrita iniciativa, do sr. conse-<br />

Iheiro Julio de Villiena, e que jsz esquecido nas paginas<br />

da degisfnqdo novissinza .<br />

Lancernos, porhn?, uni golpe do vista retrospectivo<br />

sobre o estado a que se achava rednzida a,<br />

adniinistrapRo no rcino sob o longo iinperio do codigo<br />

de 1842, nLo poucas vezes abaliido por ensaios qnu<br />

se frustrsrarn de encontro a resistencias, e por fim<br />

sul~jngado pela propria fraqueza. Patentear-nol'o-h%o<br />

tres notabilissimos docuuentos qne escolIiemos de<br />

molde, d'entre os niuitos que podiarnos exliibir,<br />

firrua<strong>dos</strong> poi- auctoridades de superior compctencia e<br />

criterio :-o pareeer da conlmissto de administraeo<br />

publica da camara <strong>dos</strong> deputa<strong>dos</strong> sobre o projecto,<br />

depois convertido nfi cita.da lei de 26 de junho de<br />

1867,- o relatorio do ministro do reino, Rodrigues<br />

Sampaio, e o parecer da commissiio de administraqiio<br />

publice da camara <strong>dos</strong> pares, que precederam o<br />

eodigo de 6 de n~aio de 187 8.<br />

Dizia o primeiro, que tem a data de 18 dc<br />

fevereiro de 1867 :<br />

c Seria perigoso conservar o paiz n7est,a inacyjo<br />

. esteril, n'esta confianpa indolente, na intcrvengso<br />

do poder central em tudo e para tudo, as quaes, is<br />

~ p o e u ponco, ~ 60 dcstrnindo os elen~eiltos da vidn<br />

tIoca1 de qne se fbrma, disseminada por todo o paiz,<br />

a a vide nacional D .<br />

E p s~gundo, dc 12 de janeiro de 1872 :<br />

N E geridmente reconllecida a oecessidade da<br />

crefo~ma administrativa. . . . . . . 0 estado actual b<br />

t man ; os documeiltos officiaes denuncinn~ a anar-<br />

~cliia na adn~inistraqito por falfa dc vids local, por<br />

cfalta de pcssoal habilitado, pola penuria de recur-<br />

. sos e pel0 desaproveitamento ou dissipac$io <strong>dos</strong> que<br />

caindx La, n'algumas partes. Em ciina e em baiso<br />

t se tern el-rado 3.<br />

E o ultimo, de 29 de nlargo de 1878:<br />

.A administragiio civil do districto, do munici-<br />

~pio e dn parochia regida pelo codigo administraticvo<br />

dc 1 b42 carecia de ser refornlada, porque SZO<br />

6 differentes das idEas de administraqHo d'aquella<br />

.Qpoca muitas das qnc dominanl hoje a organicsaqso<br />

e a administraqiio d'aquelles corpos locaes<br />

cque, quando constitui<strong>dos</strong> em condiq6ee verdadeiras<br />

tde vide propria, podem e devem prover 5 sna proupria<br />

adniinistraqzo.<br />

aEsta consideraqiio importante e o estado nenz<br />

( sempre unifor~ne da jnrisprudei~cia administrativa<br />

tna applicagiio das dis])osiq8es d'aquelle codigo, pel0<br />

I. snccessivo e alternado predoininio de iddas dlffetrentes<br />

de administraqiio publica, desde muito que<br />

4 faziam desejar a sua reforma completap .<br />

A estes pareceres abona<strong>dos</strong> pela liqzo <strong>dos</strong> factos<br />

acrescente-se, para o quadro ficar complete, o que,<br />

ha muitos annos, escrevia ~1.11 distincto cultor do direito<br />

administrative, o sr. conde de Valborn, no sell<br />

valioso livro Esstu<strong>dos</strong> cTe adnzinistraqcio :<br />

~11s innurneras e successivas portarias que tOnl<br />

Cinterpret,ado differentes artigos do codigo, para fi-


.$xar 0 seu sentido e facilitar a sua esecuqHo, inqa-<br />

cram-n'o por tal f6rma de commentaries que mais o<br />

c complicam do que o esclarecem, em regra, quan-<br />

c do o nLo deturpam na sua doctrina oomo na sua<br />

B fbrma, avolumando mais o acoessorio do que o prin-<br />

4 cipal 2 -<br />

Corn respeito B carta organica, rnarco nlilliario<br />

do peregrine engenho de Rebello da Silva nagerencia<br />

da pasta da marinha e ultramar, encont,ram-se<br />

no benl elaborado relatorio do codigo typ de 1881<br />

os seguintes expressivos conceitos :<br />

c Sujeitas L evoluqlo do espirito liuinano, care-<br />

< cem as leis de scr modificadas, wornpanbando gradualmeate<br />

a civiliseqiio no sen rnovimento ascen-<br />

,cional. NZo 11a leis perpetuas, porque n20 ha socierdades<br />

estacionarias. 0 decreto de 1 de dezeinbro<br />

I. de 1869, que reformou a administraprio civil das<br />

~provincias ultraniarinas, foi ccrhmente 11m adian-<br />

R tamento com respeito B administraqiio anterior, mas<br />

~n8o corresponde Os neeessidades do nosso dominio<br />

t colonial a .<br />

li: nlo serB ousado acrescentar egualmente, que<br />

vae seg~iiado a mesrna sorte do eodigo, accentuada<br />

pelo sr. condc de Valbon~, a julgar pela congerie<br />

das alteraqGes, additamentos e interpretaqGes que<br />

tern recebido durailte a sue existencia ; porquautonzo<br />

occulternos-a legislapgo ultramarina tern sido<br />

nos ultinios vinte e cinco anaos e continda a ser t;2o<br />

copiosa, que bcm p6de comparar-se tiquellas cataraetas<br />

do CBU descriptas no Genesis-velte~nenter ani.nt,<br />

N2o obstante os auctorisa<strong>dos</strong> e insuspeitos tes-<br />

timunlios que acabamos de transcrever, apeear da<br />

revoluqiio legislatisa que se tern operado nrt mefro-<br />

pole, obedcccado Qs esigcnc;ias do l)rogrcsso, ainds<br />

estL dc p6 no ultmrna~* o codigo dc 1542, torso mutilado<br />

protegendo-se nas pr6gas da cart:^ organica,<br />

quasi desafinndo, da distaucia a que se aclm relcpado,<br />

o poder central :-usrrazaste-me alli ? sobrc os<br />

cmeus escornbros levantaste ulna nova edifica$o de<br />

eque os lsnqos vejo subirenl jS nhnito alto ? pois nko<br />

cdesappareci, nem me extingui dc todo. Aqni, a161~i<br />

t<strong>dos</strong> mares, goverllo povos de variadns rapns, reli-<br />

~gio"es e cost~i~ics. ItcaIiso a antiga thoorii~ (1i~<br />

~ineten~pychose ; no?~ OTIZ~L~S ntol'iar 1 .<br />

Continuarh esta situaq50 ?<br />

Ser& impotente, para lhe pOr tcl'nlo, a invaGo<br />

rcformadora quc se inanifcsha, de ha nluito, lia.<br />

adiuinistraqh ccoloninl ? . . E' unai~ime a opinixo, airIda lm ponco pc,sta em<br />

nitido relevo ~clo sui,renio cI1efc do Estndo cl~antc (lob<br />

rcpreserltantcs da Na(;;"lo :-cle y e cunlpre desenvolver<br />

e utilisar, sobrctudo no actual niolllento que Portugal<br />

cstii atravessnndo, poi. to<strong>dos</strong> os illeios pritti~~~ e dignos, os recursos das provincias ultramarinasdilatadns<br />

regities privilcgiadas pcla natureza coin a<br />

posse de inestii~iaveis riquezas, apregoa<strong>dos</strong> parlrees<br />

d'um pusado glorioso-que sit0 uma esperailr;a dc<br />

an~plas ref~~lgencins e a mais solida base daprospcridade<br />

interna e Ja suprenlacia international para a<br />

velha metropole, hoje mais qne nunca opprimida coin<br />

o r neso de succeasivos crros e de accun1uladas deca-<br />

-<br />

dencias. E' urn com~nettinlcnto que chams impcriosa-<br />

lnente por uma intrepida c sahin actividade. Eaja,<br />

pois, iniciativa dccididil nos honlcns de govcrno,<br />

porqaanto para as altas regides esth racionalmcntc<br />

destinado 0 priilleiro impulso e o principal tl*ahallio.<br />

Formule-ac e, o clue 6 nlais, exccutc-sc-p;i;lavras sen1<br />

obras, n;b phrase do pdrc Antonio Vicira, s;io<br />

3


tiros sell1 balas, ntronm mas n5,n ferem-formule-su<br />

e execute-se, repct~inos, lil>i plano de adnnnistrny%o<br />

que sc illspire em eleva<strong>dos</strong> sentimenbos de orden1 e<br />

de justiya, conjugado eln to<strong>dos</strong> 0s seus complexos<br />

factores, subordinado n unl pensanlellto systeniatico<br />

e organisador, radicaI e fiuctuoso, em vez de se<br />

d!ssiparem os prestimus em apyaratosas reforinas de<br />

infecim<strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong>.<br />

E', na, r~rdadc, criqada de difficnldniles a tnrefn-,<br />

mas alcangnrl'l primorosa compensaq50 o esforqo e ,a<br />

energi~ clue se einpt9egaveni para as clonlal; e qucnr<br />

se nbalanyar a realic;nl-a, fjrA ulna semcnteir;~ de<br />

:~baadantes collleitas e de grandes venturas.<br />

Escreven algures o U. D. 3Januel Colinciro,<br />

insigne jliriscons~Jto c cat1;hedratico de direito adini-<br />

nihtrativo e de cconou~in, politicn na mliversid:~de<br />

de lladrid, ialleciilo a 20 de agosto d'cste anno,<br />

ap5s unln lorrg:~, e lrillla~ite cnrreirn consagrl-ndz~, A<br />

sc;iencia, q~re era a sua l)redilect;:o, e no Estado :<br />

"Par-,l qnc os f~~ncc:ionnrios ynblicos tcnlian~<br />

dantoridade, isto 6, arluclle grau de foqa moral q~ic<br />

uexige respcito aindn do snperiol; devem possuir<br />

cmiln soninia de conllccinlentos, 131'01)0r~i011i~d~ $1,<br />

aindole e grnvicl:~dc clos actos ofliciaes ell1 quc in-<br />

* tervGul. Nlio se co~~i~~rcliaidc porclnc raziio ningucnl<br />

apGde ser juia sen1 titulo de ndrogado, e ninguenl<br />

6 possa excrcer nclvocn~iir sell1 edfu<strong>dos</strong> ucl ?~oc, ell1<br />

N quailto que t,otlo o 11lt11iilo se considera. apto par:;<br />

deseinpe~~llar fru~cyijcs l)nljlicns sell1 provns on prca<br />

snrnpcij~s de sntticic~ncin.,<br />

RE, 11;iu 01)utantc. cl1[~111 adini~i'strn, :qrl,licn as<br />

tlel:~ e regulanlentos que mirail1 ao benl corninnnu,<br />

~e para applical-as i- forqoso conliecel-as na sun<br />

. let,ra, e cspirito, Se a adnlinistragGo 11s de ser algnin<br />

qdia urn systems e n%o uma vZ e esteril rotina,<br />

r deve constitnir urns carreira quc tenha pl.incipio<br />

;em ~una escola especjal, clestinada a ensinar o di-<br />

g reito politico e administratioo, a economia, a esta-<br />

rdistica e ontras sciencins suns irmss. A arte de<br />

egovernar os povos B delnasiado digcil para nlto<br />

~requerer aprcndizagen~, e os erros q ~ commettelu c<br />

1 0s govenlantes denissiado freqnentes pam n30 nos<br />

aprecavermos contra, ox pcrigos da ignorancia.<br />

(A liuniana sabecloria nEo 6 llni doill grat~dto d:~<br />

dnaturcsa. Nem a sciencia, se alcanqa sen1 estodo,<br />

~ne~a a terra 6 fecunda sein o tmbalbo. n<br />

Eilcerram principios asiomaticos as p:Javras<br />

ilo grande p~~bl~cista hespanllol. Feliznlcntc pal-a<br />

n6s, a, ultiina reforma da instrucp?~ scc~u?daria d,a<br />

India, illstituiu a cackira de principios de econonlia<br />

politics e de rlireito administrative no lyceu. nacional<br />

de Nova Goa. Osa,l&, a inocidadc aproveitc o<br />

eliscjo para cultivar essas sciencias quc respb~lldedecem<br />

em to<strong>dos</strong> os centros civilisa<strong>dos</strong>, e. cuja nopiio<br />

B essencia1 assim ao funccionario public0 e ao<br />

civilistn? coino ao simples cidadffo nas divcrsas sitnnq8cs<br />

el11 que sc encontrc e ilas mnltipliccs relacks<br />

c.om o poder puhlico<br />

E' li juvcntude cstudiose, que dcstinainos espccia;lmente<br />

cste opuscalo, poisrl~le o governo da provincia,<br />

orpmisando o progranlma, da rcfcrida cadeira,<br />

inanclou adoptar n'clla para o ensino a, anterior edi-<br />

60 do Dccvcto cl~ 2 cle c1c:cntbro de 1669 nlznotctdo,<br />

pnblicnda con^ lnodcstos intuiloq cnl 1%-1. E' prill-<br />

cip;~lrnente por isso, cine ddillov agora dcsc~~volvimen-


to a vnrios pontos, jtuitando xinda uni abreviaclo<br />

esbo~o da oonstituic;.;io colonial da visinhaIndia, quc<br />

110s traz cerca<strong>dos</strong> c colnprimiclos por to<strong>dos</strong> os la<strong>dos</strong> ;<br />

constitui~ilo cujo conllccilnento deve merecer-nos<br />

a preferencia, por se ter mostrndo efficientelnente<br />

adequada a reger o meio social em que vigora, mais<br />

semelhante ao nosso, differindo apenas em caracteres<br />

accidentaes, e porqrle o goveyno britannico n- xo ten1<br />

apenas folhcado os tratadistas de direito public0 o<br />

traduzido as suas doctrinas mais ou nienos theoricns<br />

ell1 artigos de lei,--tem feito um traballlo mais dif-<br />

$oil e ponderoso: examinando as condi~des historicas<br />

e ethnograpllicas, a indolc e o cstado dc civilisa$io<br />

<strong>dos</strong> Labitantes peIo process0 analytic0 e positive, esperinlental<br />

e pratico, apreoiou rigorosamentc a opportnnidade<br />

de momento, e dictou a formula de administra@o<br />

que se ten1 provado, con1 satisfa950 do<br />

goveriio c <strong>dos</strong> povos, proficua 110s resulta<strong>dos</strong>, preparando<br />

e filvorecendo o engrandecimento material e<br />

social do iinmenso imnperio anglo-indiallo.<br />

Licnlenta-so to<strong>dos</strong> os dias nas regi5es officiaes,<br />

na iinprensa periodice, em toda a parte a decadcncia<br />

da Iildia Port~~gueza. A necessidnde da sna restauraqlio<br />

social e econornica impae-se sem delongas,<br />

nem 11esitacjo"es. Se nLo dirigirnlos a geraylo quc<br />

dcsabrocbs para essa difficil oh, se lllo tivernlos<br />

confianp nas suas crenqas, no seu amor ao estudo,<br />

na mid energin, nn sua devoq5io oivica e no sell<br />

fervor pa,triotico, onde procnrar elemciltos para a<br />

lucta, conl a inertia ? onde recrutar forpas para a<br />

cruzada do progresso? NHo ha, de certo, niotivos<br />

para nos desalentarmos, nem prospectos qlle repulsenl<br />

as esperanpas dn, wssa regeners~80, a qua1 s6 poilu<br />

alcanyar-so con1 moralid,zde,-con1 instruc~20,-corn<br />

justi~o-c corn admi11istrac;iio.<br />

El escassa a quota coln que contribuimos;<br />

acceitem-nol'a. pela recta intenc,?io que a determina.<br />

Concluindo, esperamos para esta nova ediqgo,<br />

carecida, sem duvida, do lustre de sciencia e de<br />

auctoridadc, a mesma believolencia que a primeira<br />

obtcve, indispensavel para nm trabalho como o<br />

presente, fructo das raras vigilias d'um funccionario<br />

de poucos ocios que, na falta de outro melhor livro<br />

congkncrc, pode dizer aos que o consultarem :<br />

Siquid novisli rectius istis<br />

C'andidzu ivpe,,ti : si nmz, his utere Yrzecunz.


A. C. P.<br />

A. K.<br />

A. S.<br />

(2.1). Q. U.<br />

C. L.<br />

U. BI. n1.<br />

R.<br />

R. J.<br />

S. RI. R.<br />

s. 11. 11'.<br />

S. T. A.<br />

8, T. .I.<br />

Accordfo do conselI~o dc provincin.<br />

Alvarii rkgio.<br />

Aviso da secretnria do governo.<br />

Circular da dirocrlo geral do ultramar.<br />

Carta de lei.<br />

Circular do ministerio da mzrinhn e<br />

ultramar.<br />

Carta rBgia.<br />

Circular da secretaria do governo.. -<br />

Decrcto.<br />

Dccreto do conselllo d'Fatndo,<br />

Ministerio publico.<br />

Officio da direcpZio geral do ultramar.<br />

Oficio da secretaria do governo.<br />

portaria do ministe~io da marinhs c?<br />

ultramar.<br />

Portaria do ministcrio do reino.<br />

Portaria provincial.<br />

Parecer. do procurador da oorOa e fazenda.<br />

Regimento ou regulamcnto.<br />

Regimento de jnsti~a.<br />

Sun BIageshdo Britannica.<br />

Sua DIagestade E'idelissima.<br />

Supremo tribunal adminietmtivn.<br />

Siipremo tribunal de justi~a.


Senhor:-Persitadid0 dc qac o estado do nlgumas do nosaas<br />

possess6es nfo s6 consar~tia, mas nconselhava a reforma<br />

das instituigaes adnlinistrativas ns psrte em qlle uuna prodentc<br />

de6ccn:ralisaplo podia concedor iniciati1.a local ac~Ko<br />

mais ampla, tivc a honra ds propOr a Vossa Nagestadc a nomea$o<br />

do uma commiss&o composta do pcssoas compctentes<br />

pela capacidade e pelo conhecimento das condip6es e neccssidades<br />

das provincias ultramarinas.<br />

Esta commissb, corn o &lo qau tanto caractcrisa to<strong>dos</strong> os<br />

aeus membros, occupou-s* afisiduamente do encargo que Iho<br />

fara cornmettido, e no project0 nprescntado risco~~ am yInno,<br />

qua pode denominar;se corn rasb a carts organics da govornagzo<br />

e administrapo das provincias ultra~narinas, porqnc,<br />

tomendo, por typo as mais nriiantadas, como Angola o o Estado<br />

da India, modera, restringe, e apropria as dispnsiqBes propostas,<br />

applicaado-as is outras pousoss8os scgundo as circums~nncias<br />

especiaes de cada urna d'cllas.


9<br />

A l~rovinciti do Angula pclos scus progressns o prlns suns<br />

fontes do riqticza, que leis bcnclicns o uula bcm rcgida aclividade<br />

tornado copiosns ccill n eslimulo de agricultura c do<br />

commercio, promctte engmndocer-sc em urn lilturo proximo.<br />

Cumpre por agora, que a in20 da motropulc, sem deixar do<br />

a gniar, Ih,: deixe correr dcsassombradas as boas aspirapiios.<br />

0 Estado da India peIa civiiis;lcZo, pela diflusho do ensino, s<br />

pclas aptidFes <strong>dos</strong> habitantes ha mnito qui estS no csso de<br />

scr considerado apto pnra entender de mais perlo ua gerehcia<br />

<strong>dos</strong> seus interesscs moraes e physicos. Em provincias assim<br />

constituidas, fi inflacncia do poder central airlda sprovcita<br />

muito, mas regdada do modo que a ac@o individual o<br />

rollectiva nlo seja comprimida, ou tinnullada, c que passa ser<br />

en~pregada corn vantagem, concorr,-ndo com a intelligeocia e<br />

corn as forpas para a rreaqAo e direcqko <strong>dos</strong> aperfcipoanrentos<br />

mais necessaries, conlo sLo as obras publicas, tr, instruc-<br />

$to, a educapiio, a bcueiic,encia, e a sandc publica.<br />

k ossencial para os prcgressos cc,loniacs a intervcnp50 <strong>dos</strong><br />

in~eressa<strong>dos</strong> na propclst:~ c deliberapso <strong>dos</strong> mcios mnis opportnnos<br />

do mclllorar estado sanitaria, de augmeatar o nuulero<br />

das cscolas, e do cortar de vias de colnmuuica$~o largos<br />

tratos dc territorio at6 hoie i~npenc:trareis, mas que abertcls<br />

ao transito 11%) de prc~duzir o qua j:i offerecc o Dongo ainda<br />

hontom obscuro e selu importaucia. Estn intcrvon$~o foaunda,<br />

qae os it.& costurnando a olhare~u corn cuidado pelo que mais<br />

dcve importar-lhcs, loi~ge de envolvor o luenor pcrigo, estuu<br />

certo do que se ha dc em breve recommc-ndar por ut~lissimos<br />

resulta<strong>dos</strong>, por qnc a experieneia que vai tentar-se riao<br />

se arrlja deeamparada, mas edifica um lanpo novo sobre os<br />

soli<strong>dos</strong> alicerccs dns primciras construcpiies.<br />

Cofiforiucs corn este pensalnerlto du:rs idbas capitaes domitla~ll<br />

todo o prdjecto, que ten110 a hanra de suboretter h<br />

approva$o de Vossa Bingestade. Cousiste a primeira om<br />

alargar a esphera das attribuip6es da autoridade superior nos<br />

ramos de administrapiio, que propriaruente lhc iucumbcm.<br />

Tende a segunda a conceder mais ampla inicintiva &s provincias<br />

om posiq5o do poderetn usar d'clla utilmente, simplificnndo<br />

ao nlesruo toll~po, quanto posslvel, o serviqo publico.<br />

U'esta fijrma a fzculdndc, conferida aos governadores dc provrrem<br />

os cinprcgos, cujos vcncirnentos annllaes nzo cxcedam<br />

Y00$000 rb~s u 0s c:lipos cujs utnnci~pZo ninda ll~es fica 1.c.<br />

scrvarln, c\imiuuir;i ruuitcl a corrcsqonclcnciu corn o goccr.uo<br />

$a nietropc,lc, f;rcilit,nnrl~) :i x*.~tcrid:rclc a rscollln dzs nptit18es<br />

]ocaes dignas ?as f~incyiilrs publicas. c prr~movcndo n 11ahiii-<br />

.tap?io <strong>dos</strong> intiividun:, r~sitlentes nn provincia, e A so& concorranc.ia<br />

:is r:scolns. Dcsde qne se Ihas iibrir n carrcira <strong>dos</strong> emprcagos.<br />

at6 hr,je q~u? cscl~isivnmontc provi<strong>dos</strong> ell1 pessons<br />

cnvi;rtixs do reinn, o intcrcssc o o RmOr proprio h30 do<br />

incitnr o ze[o do rstndo, e rlentro dc poucos nrmos estnrli consa~ntonda<br />

ulna transfi,rmnqho importaotc pela elevnpZ~) do nivel<br />

intellectual e yelo scntido pratico dns aspirapGes <strong>dos</strong> halitantcs.<br />

Nas attribuiy8es. dc qnc o projecto ir~vuste as jnntas geracs<br />

de provincia, traduz-se o principio da descentralisap30.<br />

Confiando & ac@o local 11 plano c os nieios de e:;ecupZo em<br />

assumptos valiosos, c clinrq:~ndo-a an eramo e docisgo das<br />

questiirs, que princip,almentc dovetn interossal-a, tcnde esta<br />

raforrna a costum:\r as posscjss5cs a contnrem para a solupXo<br />

d'estcs gr.lvcs assutoptus corn os rccursos proprios dn. sn:t<br />

intelliXencia e <strong>dos</strong> sells cnbcdacs. Esta provisSo, q110 nso do-<br />

PC aesllsta~, porque d p6.d.dc prodnzir o hm, parecc-me quc<br />

em urn porvir pouco reluoto ha de desc~~volver o gerluen do<br />

grandes coI~met,timcntos. A6 provincias, dotadas c:rQ esta f:~culdsde,<br />

ficam tendo a op$o entre o progresso o n inercin,<br />

cntro rnelhoramento c o atrazo. h:'esL% pnrtc essencinl 11s<br />

progcssos Inais descja<strong>dos</strong> ficam depcncleutcs cla sun. vontadc<br />

e dcdlra$o. AS reslric(;i;es <strong>dos</strong>apparecem. A metropole,<br />

emaocipa-as de toda a tutola e rcconhcce-lhes a maioridncle<br />

e a canilcidndc. Sa n%o soubercm nprovcitar-so da C~IICCSS~,<br />

iniputein a si a culpa.<br />

h substituip?tn <strong>dos</strong> governadores scgundc os prcccitos das<br />

leis aotuacs n%o era isanta de inconvcnicntes ~nqitns vezcs<br />

aponta<strong>dos</strong>, e para occorrcr so pri~lcipal, a fnlta dc unidndc rle<br />

acyzo, estabclaoo esto prnjccto de decrcto urn cortselho poucn<br />

nnmcroso, e por isso rnais ndequado p:lr:b elterccr a antoridado<br />

suoerior interinamroto- Na o~+ga~~~s.~p:io, por6111, <strong>dos</strong><br />

consclhds dc govcmo, cnjn indole 6 assistir e auxilinr corn o<br />

voto c coril o apsi,, moral o prin~ci1.o magist.ratlo da pruvitlcia<br />

nns circumstfincias arduns, clu cnl ncgocios de inaior vtdto,<br />

adoptnram.se algumas altel,apijes tcndcntes a wodificar a<br />

cc~mposipzo do pcssoal em ha~+menia corn as f11nc$5cu. Este<br />

corpo, especie de consell~o de cstado das ~OSSBSSGOS~ dcvc<br />

representfir a capacidadc, a cxpcricncia c as tradiri;us gnrcr.<br />

nntivas, a par isso mesnlo dcve co~nprchondor to<strong>dos</strong> os fitnc-<br />

cioUarios jirlportantes, que de :LI~UIU 1110do ~ OSS~I~I<br />

sigt1ific;~r<br />

?


4<br />

as condiqaes de intolligencin, dc prnbidndo, e (10 pnt~liotiy-<br />

mo. Nenhum ioconveniente havia, pois, etu que ellc foseo uqmeroso.<br />

0 ue poderia prejud~cal-o seri~ a $*It& de 9igqt9<br />

clemesto in 1 ispensavel.<br />

Constituido assim o conselho de governo nao era possivcl<br />

que e!le continuasse a accumular, como at8 hoje, attribuic;iieq<br />

politioas corn attribui~aes puramepte ndmipistrativas, funccionando<br />

como consclho de districto. Nem a natorean dc, suas<br />

funo$es, nem a nova organisaviio que proponbo para ella<br />

consentiam, que se confundisscm attribuiqiics t%o diversas,<br />

quando a uma parte importante d'eilas podiaru ser colnplrtamente<br />

estranhos alguns de eeus vogaos. Referis-so crear n'este<br />

projccto de decreto um conselho de districto separado,<br />

em tudo analog0 ao tribunal estabelecido po contiqonte ds<br />

reino pelo codigo ndrniniutrativo.<br />

l$m referencia 9, adrninistraqiio da fazenda pouco se innovou.<br />

As juntas de fazenda atravessaram no ul~ramar urn largo<br />

period0 de existencia, e abonaram durante elle a ptilidade<br />

de sua conservnp80. Respeitando a institui~Io julguui, todavia,<br />

que muito coqviria a1teral.a na disposi@o que intvodnzia na<br />

administraplo fiscal um magistrado judicial. A experiencia<br />

provou exuberantemente os inconvenieutes da presen~a <strong>dos</strong><br />

juizes n'estas juntas pela aberracgo de muitas vezes ierem de<br />

julgar processes, em qw qqtea baviam votado cow0 vogaea<br />

'da corporaplio fiscal.<br />

We~huma razlo plausivel pbde sknccionar que o secretario<br />

do goTerno ~lilo tenha vot~ nus conselhos a quc P6r charnado.<br />

Exigidas por este decreto para o exercicio d'aque]le cargo<br />

babilitapqes theoricas e praticas, que awrinem a competenaia<br />

<strong>dos</strong> individuos nomea<strong>dos</strong>, seria contradiccIo mais do que<br />

di$cil de explicar limitarmos a sua intervengso aa officio de<br />

redigir silenciasamente as actas. 0 secretario 4 o segundo<br />

funcciopario da provinaia na hierarchia administra~iva, e cumpre<br />

qse a lei o considere como tal na posipLo que Ihe assignou.<br />

Ern relapiir, 4s camara; municipaes pouco se alterou na IegialapEio<br />

vigonte. Reconhecendo que ern mnitas localidades O<br />

difficil por emquanto conskituir oompletamente o regimen do<br />

municipio, assentaram-se as regras, que pareceram mais<br />

opportusas para o substituir aonde nlo fosse exequivel, facultando,<br />

coptudn, as maiores facilidades 4 iniciativa local sem.<br />

pro que ella sr, achasse em condi~iies dc proveitosamcnte so<br />

mani festar.<br />

SHo estea 0s pnntns principnns, em qrle sc? firm% o prr!jcr.111<br />

de decreto, clue sk~jeito L apreci:r?St, do Vo5sn hllrgestadct.<br />

EstLo lnngu tie s~gniticar innovac;;i ,s profundas, tracarlas<br />

audaciosamcute ntais para dar nos trltros, do que para sr~tisi'.~-<br />

5er vordadeiras necessidades. Niio proponho s dcmulic;lo dns<br />

instituipEc9 arllninistrativas do ultram:tr, nem jnlgo que uma<br />

transtigura(;to precipitada e violent& po<strong>dos</strong>se aproveitar ao suu<br />

desenvolvimento. Na esphers politice as nossna possess6es.<br />

repreeentadns em cbrtes, n%c tOm quc invejar Bs colonias<br />

mais farorecidas de outrns naqaes. Na legislag?io civil e penal<br />

+icnmpaeham os progresses da metropole. I'ara tri1h;lrem sem<br />

e~nbnraql~s a astrada <strong>dos</strong>grandes molhornrnantos, faltn hd quo<br />

as forqas vivas da civilisaqHo dbm o impalso, e t:ssas dcpendem<br />

rnuito mais da energia das proprias iniciativas, do quc<br />

da acgAo do podcr central.<br />

As mo liticaq5cs iudicadns tdm por fim remover os obstacu-<br />

IOS, que u'estc ponto assencial ainda podrsse suscitar a ahdica~ao<br />

forgada das aapira~Brs I.)oaas. A creaplo das jr~i~tas gcraes,<br />

dotadas de largns n~tribuicEcs consultivas e doliberativas<br />

entondo, que habilitard as provincins em condig8es de prosperidade<br />

para tctnlarern conta corn zOlo e com vantagom dus<br />

6eu,s negocios ecouumicos.<br />

E do cller quc a* novas faculdadcs, conforidas desde j is<br />

mais adiantndas, slrvam de cstimulo a todas pclo axelnplo<br />

e pelos resnlta<strong>dos</strong>, e que em urn espaso de tempo rclatlvamenlo<br />

curto o govcrno possa e dcva sem roceio, e sem imprudencia,<br />

generalissr os principios, quc julga pol* ora muis<br />

seguro limitar 4s possessiies em cstsdo de os applicara~ll deade<br />

J$ corn exito,<br />

Socretaria d'estado <strong>dos</strong> negocios da marinha e n~traniar<br />

1 de dezembro dc 1869 -1;u.i;; A~cgc~slo Ralrello do Sil~cr<br />

(Do Dictrio do Govc~r~zo q.' zXo de y dc dezemhrq de IXG~).<br />

5


Tomando em considcragEo o relatorio do ministro<br />

e secretario d'estado <strong>dos</strong> negocios da marinha e ultmmar:<br />

Usando da antorisaqf o concedida pelo $ 1 .\lo artigo<br />

15.O do act0 additional B carta constitncionnI<br />

da, moaarcl~ia (1);<br />

Depois do ouvir a junta consultiva do ultramar (2),<br />

e o coi~selllo de niinistroa;<br />

Hci por bcm decretar o xcguintc:<br />

CAPITULO I<br />

Artigo 1.O 0 territorio port~tguez 1111. Afi-ica e na<br />

provincias:<br />

1 ." Cabo Verile con~prehcndendo o archil~elugo<br />

Asia f6rrna ~ eis<br />

(1) Outl~nrgada no dia 20 de abril do 182G por D. Pedro<br />

IV, rei de Portngnl, e n'essa epoca i~l~per~dor do Brnzil corn<br />

o titnlo de D. Pedro 1,-jurada D 31 de julho [lo mesmo anno<br />

scndo regentc a infanta I).Izabel Alaria; e nlodificadn pcr dous<br />

actos nddicionecs, sendo o prirneiro de 5 do jullio dc 1852,<br />

c o seghndo de 44 de julho de 1865. No Coi~i9~1b~.icensc, n.'<br />

481 1 de 21 dc outubro de 1893, poblirou o scn redactor<br />

Joaquim Martins do Carraiho um artigo, dizendo quc o<br />

redactor da carta constitucionnl foi Josh Zonquim Carneiro<br />

do Campos, marquez de Caravcllas, eutiio ministro da jostipa<br />

no Brazil, e que grande partc das disposic6es do mosmo codigo<br />

tcm por base identicas disposiqiies da constituicRo politi-<br />

.oa do antigo imperio do lirazil, dc 25 de l~~srgo dc 1824.<br />

(2) Pop D. dc 19 dezembro 92 foi dnda nova organitins20<br />

4 junta consult~vn do ultramar, nrtigos 20.O a 35.U.


dleste nomc (1) e ns possess6es da Senegambin on<br />

Gnin6 portuguezn (2);<br />

2." S. Thou16 e Principe, comprehendeuclo as ilhas<br />

d'este noine e o estal~t~lecimento de Ajudh (3);<br />

3: Angola, compl-ellendendo todo o territorio<br />

~ortuguez na Africa occidcntt~l ao sul do Eyna-<br />

-<br />

(I) Por D. de 24 dczcnlbro $12 foi npprnvadn a 01..<br />

gauisapbo admir~istratica da provincin dc Cabo Verdn, sstabelecida<br />

a snn diviszo administmtiva, anctn~*idad~s, corpos ts<br />

tribnnaes admrnistrativoa. Guntinha em vigor o cod. adm, do<br />

1842.<br />

(2) Par C. L. dc IS rnarpo 79 Foi o territorio dn<br />

($nind desnnnexado da provincia do Cabo Verdc, cnnstituiudl,<br />

utna provincia coln govcrno independen'e, ticando igunl cln<br />

considersc'io e attvibuiyGcs no govern0 de S. Tho1~6 C! Principe,<br />

c tendo a sBde nn ilha de Bolama (a). E pol. D dl3 21<br />

msio 93 sc estabeleccu a orgnnisa~lo do districtn autonomc~<br />

da GuinB portngneza, corn a mesma s6dc, providcnciairdo-se<br />

acerca'de diff..rcnt~s servips publicos.<br />

(3) lbeorgnnisndo por D. de 29 dezembro S5, rovogado o<br />

substituidu pelo do 19 drzvmbro 87.<br />

(4) Por C. L. da f 8 julho 85 foi o govcrno aactorisado<br />

crenr na pvovincia de sngola urn districtn denorninado<br />

districto do C'o,ryo, compreh~+ndondo os territorios quo<br />

ticnm entre extrcmo srptentrional do districto de Lnanda o<br />

3 ntargern esq~torda do Zaire at& Ango-Ango, scgnindo para<br />

]&ste o parnlel13 do Noqlli at6 ao Caango, e 0s lorrenos ao<br />

norte do Zaire, situl<strong>dos</strong> entre Cabo-Lnmbo e 9 fronteira das<br />

poese~aGes fi.ancczns. l'nr D, do 31 maio 87 foi organisndo<br />

0 nova districto corn 66de em Cabinda. 0 pri~nciro gnverna.<br />

dor tomou posse em 14 de julha do mesmo anno.<br />

(3) Tendo os goyernos dc S. RI. F. e dc S. AI. B. submetti<strong>dos</strong>o srbi-<br />

tramento do presidente da republics <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong>-Uni<strong>dos</strong> da Arnericil<br />

do Norte a qucstZo entre nmbos suscitada Qceria do direito a sohc -<br />

rania da ilha de Bolama, o mcsmo presidenra (tllysses J. Grantl dccidiu<br />

a favor dc Portugal por scnrcnc:l de 21 de abril dc lS70,-Bul. do Go<br />

veriro d'esre Estado, ?I." I dc 1871, pg. 2.<br />

ria portuguez na Africa oriental; , (1)<br />

5." Estado da India, abrangendo o territorio de<br />

Goa e eguahnente os dc Dan150 -e Diu; (2).<br />

(1) Tendo-se suscitado cntre os governos de S. 31. B. e de<br />

:S. 31. F. questXo itcerca do direito de soberania de Portugal<br />

em uma pcrcao de territorio ao sul dn ballia dc Lourenyo-<br />

RIarrlut:s, e harentlo sido submcttidn. 5 decisao arbitral do<br />

xpresidente an Ropnblics francaza, marechal hiii.c-3Inhon, foi<br />

por ostc proferitln ~entenpa a favor de Portugal em 34 dc<br />

julho de i87.5 (Coll. da Leg. ILTOv. do Ultr. vol. 1K, pg. 264).<br />

Por D. de 16 s1:tembro 87, se extnbcleceram as attribni-<br />

@es do governndor do districto do Lo11reny.o-BIarques e se<br />

rcorganisou a adu2inistrapZo do mesmo districto. E par D.<br />

dc 10 novembro i~nmcdiato foi Lourcnpo-hlarqucs elcvada li<br />

categoria da oidade, de villa .que era polo D. do 19 dezcni-<br />

,bra 76.<br />

Por D. de SO setcmbro 91 se transforrnou a administra~Xo<br />

.ds prnvincia de Jiogambique, a qua1 passou a denominar-se<br />

3stad0 da .i!f~icf~ica Orio~tal, dividido om dtras provincias, sendo<br />

unla cow a dcsignagSo dr provi~~cia dc i?Iop?nbique, e crrtra<br />

corn a dc provincia do Lgurenco-fifarqzres; Inas ainda r;e<br />

nXo dcu esocuglo a ease D.<br />

Nova divisiio administrativa-D. n.' i de 27 abril 93.<br />

(8) 0 Estado da India corn a shdc nn cidadc de Nova<br />

Goa, creada por A. R. de 22 mnrco 43, constitus-so das possessUes<br />

de Goa, Damso e Diu, formando 12 conccllios, cnis<br />

,distribui$o k a seguinie:<br />

Kas VcU~es Conquistas de Goa, trosr<br />

1.' Ilhas, capital Pangim, prin~eiro bairro da cidade de<br />

Nova Goa.<br />

2." Salsete, capital Marglo, cresda villa por C. E. de S<br />

alPri1 1778. A cste concclho ostA annera, desde a exeougio<br />

do cod. adm. de 1849, a pequcna ilha dc Angediva, quc 4<br />

tambem .uma ,fortaleza,-a qua1 ha pwte do mesmo concelllo<br />

para as eleipbs municipal c parochial, corn assemblba em<br />

~ssoln&,-c para a clei@o de deputado, do circulo de Nova<br />

Goa, corn assemblks na propria localidade, fazendo-se em<br />

to<strong>dos</strong> 0s casos o recenseamento politico em Salsete (CC. L.<br />

de 23 novembro 59, art. 20.O 5 un., a de 8 maio 7S, art<br />

,6.O-P. P. de I oatnbro 86). Quanto st~~erintendencia dns


1 (? AR'Fi(;O 1.'<br />

---<br />

c;: &facau e Timor, co~llpreliendendo Macau e to--<br />

do 0 territorio portuguez da ilha de Timor.<br />

confrarias, est& commettida ao admiuistrador do concelho de<br />

CanQcona,-P. P. 13 sctembro $7 combinads con a de 21<br />

juho 80.<br />

3." Bardez, capital 8laput;Q. creadn villa por L),. dc 14 setembro<br />

56 e A. ld. de 5 agoslo 50.<br />

Estes tres concelhox foranl installa<strong>dos</strong> em setembro dc.<br />

IS38 em crimprimento das disposiqiies do cod. dm. de 31<br />

dezembro 56, postcr em execu~iio pelo governador Barzo dl::<br />

SaLroeo elu 31 dc janoiro de !S3i.<br />

Kas A70vus Conpuistas do Gm, seis concelllr~s crea<strong>dos</strong> pel*<br />

U: de 14 dezcmbro SO e instnlla<strong>dos</strong> em fcvereiro. de lSS1:.<br />

4.'' PernBrn, comprehendendo a provincin do niesnlo noliie<br />

e Tiracol, capital cassabi? de PernO~n.<br />

.5.O Snnquelim, t~brangendo as provinoias de Bicholirn ou<br />

Batagrsma e de Satary, capibl Snnqnolim.<br />

6.' Pond&, corn tods a pruvincia do meslno nome, capital<br />

cassaLb do Pondi.<br />

7.' Sangukm, cornprehendenao as provincia~de Emlarbaci?m<br />

c Astagrar, s&de em SanguQrn.<br />

8;' Quephm, com as provincias de Chondrovaddy, Cacor:i<br />

e Ball?, capital Quegkm.<br />

9.O CanBcona, corn a prorincia do mexmo nome, o torot'q~<br />

de Cotig,?o e a jurisdic~ao du Cabo de Rama, corn a sBde em<br />

Chaudd y.<br />

h'o Uistricto dc Dam% cujx capital 6, a antign cidade di?<br />

Damh, creada corn privilegios da de Evora por Prov. de 14<br />

njarpo I(; 14 (cit. no Galinste L~llera~io d4s finlainhas, vol.<br />

3." pg. 229) dois:<br />

.10.' DamKo,. capital a do districto.<br />

1.' pxagan2 Nagar-Avely (P. P. 12 janeiro 80,. of. inkciitr,<br />

aob gov. de Dan120 de 18 ontubro. 801, corn sBde em Silvassh<br />

(P: P. 13 abrii 83), creada villa corn a denominqzo cln<br />

etlln de Pqo d'dacos (D. de 11 fevereiro 85 ), para a qua1<br />

se transferiram de Uadra as repartigijes e estabelecimeutos<br />

publicos desde 1 de mvembro de 1893, em virtu& da P. 1';<br />

de 10 outubro 93.<br />

NO district0 do ijiu :<br />

1.2.' 0 concelho de Diu, comprehendendo todo o districto,,<br />

corn capital na pray&,<br />

Art. 2.%s provincias dividem-se em districtos,<br />

e cada districto consta de urn ou mais conce,lLos.<br />

unico. A divisLo das provincias continfia provisorialnente<br />

como kctualmente existe, at4 ser alterada<br />

par disposiqGes especiaes.<br />

Art. 3." En1 cada provincia ha urn governador<br />

coln attribuiyaes civfs e n~ilitares, c cotn jurisdicqiio<br />

sol~re todo o respectivo tcrritorio.<br />

Xm cada districto ha urn gorernador snbaltcrno,<br />

except0 no da capital da provincia.<br />

Art. 4.' 0s gove~~nadores das provincias de Cab,><br />

T'erde, Angola, Bioqambique e Isstndo da Inditi tell1<br />

o titulo de governadores geraes, o$ das outrns provincias<br />

s6 o titulo do governadores.<br />

KBo havendo disposipito espressa b applict~vel sos,<br />

simples ,yovernadores de provincia qua~ito f6r detcrrninado<br />

a respeito <strong>dos</strong> governadores geraes.<br />

Art. 5.' Junto so governador geral 11%;<br />

Urn oonsclho do govern0 :<br />

Uma junta geral dde provincia.<br />

Ha tambem na provincia um tribuna,I administrativo<br />

corn o titulo de conselho de provilacia (1).<br />

(1) E o tribunal de contas na provincia de Cabo-Verd~<br />

(D. V I dezembro 92, art. 124.0) e n'este Estado,--D. dr: 29<br />

dezembro 9J,, cujas disposigBes referentes 680:<br />

cl Art. 3.0 E creado no &tsdo da India urn tribunal de<br />

coiltas para julgar as contas <strong>dos</strong> exactores de fazenda.<br />

0 tribunal de contas comgiie-se dot<br />

1 .O Governador geral, presidente;<br />

2.' Secretario de fazenda, secrctario;<br />

3." Presidentc da camara municipal das Ilhas;<br />

4.O Tres vogaes eleitos, nda um d'elles, respectivammte,<br />

p!as camaras municipaes das Ilhas, Salsete e Barder.<br />

5 unico. Para substituir oe vogaes eleitos, as ditas camaras<br />

elegerlo tre~ supplantes.<br />

Art. 4.O E fiscal da fazenda junto do tribunaI de contas 0<br />

pcocuradcr da corSa e fazende.


12 AnTIGO 6." -<br />

Art. 6.' A administraqiio superior da fazenda pu-<br />

Art. 5.-o tribunal de contas ha recurso para a junk<br />

consultiva do ultramar, no praso de 16 dins, a contar da<br />

intimap20 da sentenpa ao interessado.<br />

5 1.0 sao competentes para recorrer o ministerio public0 e<br />

a parte interessada.<br />

5 2.* As contas do thesourciro provincial s3o sempre dufi.<br />

nitivamente julgadas pela junta corisultiva do ultramar.<br />

Art. 6," A elei~Io <strong>dos</strong> vogaes electivns do tribunal ds<br />

contas effevtuar-tle-ha so meio-dia do primeiro doming0 d:><br />

mcz do dezembro de cada anno, e far se-ha em reunino pn-<br />

blica para esse fim convocada, e pres~dida pclo presidente<br />

da rcspectiva camara municipal, serrindo de secrctario o<br />

ndrninistrador do concelho e de escrutinador o mais novo do.<br />

eleitores prgsentrs.<br />

Art. 7." E competente para fazcr parto do tribunal de con-<br />

tas todo o cidadzo que 6 condiplo de eleitor rennir n de elc+<br />

give1 para deputado, segundo a iei eleitoral que vigcol.alq.<br />

Art. 8.O 0s processes, tanto no tribunal dc contas cclmo no<br />

consclho de provinoia, serto disbribui<strong>dos</strong> B. sorto, segundo as<br />

formulas adoptadas no tribunal superior administrative.<br />

Art.' 9.O E estabelecida a verbs do rupias 3.60O:Oi):OO pars<br />

gratilica~to aos vogaes eiectivos dc tribunal de contas e ser5<br />

dividida por elles na propory30 do numero <strong>dos</strong> procpssos<br />

que bouvorem relatado e sobre que houver recaido senten~a.<br />

5 unico. As cGntas do thejnureiro geral, sendo a rorupi-<br />

1ap"a das contas de to<strong>dos</strong> os exacrores de fazenda, n5o dlo<br />

direito ao emolumento de que trata este artigo.<br />

Art.O 1O.O SBo exactores defazenda, e tcrao por isso quo<br />

preslar contas ao tribunal das contas:<br />

1 .O Theso~rreiro geral ;<br />

2.O Recebedores <strong>dos</strong> concolhos ;<br />

3.O Thee~ureiros dns alfapdega ;<br />

4.0 Coneelhos administrativos das cornpanbias de policia;<br />

5.O Governadores <strong>dos</strong> fortes ;<br />

6.O Directores <strong>dos</strong> bospitaes ;<br />

7.' Directores das pharmacias do Estado ;<br />

8: Direclores <strong>dos</strong> correioe ;<br />

9." CapitSo <strong>dos</strong> portos ;<br />

30,: Director das obras publicas ;<br />

11.' To<strong>dos</strong> os reaponsaveis pelos dinheiros do Estado.<br />

ART100 6." 13<br />

bIioa e a direcqlo de todo o serviqo respeotivo B en-<br />

Ant. I I." Tres metes depois de findo o anno economico,<br />

exactoree do hzenda e quaesquer respowaveie pela<br />

administraplo d 8s dinheiros publicos siio obripa<strong>dos</strong> a mandar<br />

ao tribunai as confas annuaee da sun gereneia devidamenle<br />

docamentadus.<br />

g unico. A Gtlt;~ do cun~primento do determinado n'este<br />

artigo importa a in~rnediata suspcnsXo (10s vencimentos, qua<br />

,durar4 at6 quc s. cumpra o que n'elle se determina.<br />

APL. 12.O Q~~ando durante o anno economico quaIquer<br />

exaetor de fazenda seja mudado do situapzo, nHo podera<br />

mudar dc respclnsabilidade, nem receber vencimentos pelo<br />

povo emprego om qoe for provido, seln que tenha entregad><br />

as suas contas em devida regra.<br />

Art. 13.O Ao tribunal de contas cornpete :<br />

J .O Ajustar :is contas doe exactores do fnzenda ;<br />

2.O For~nulnr a conta geral do iheeoureiro geral do Estado<br />

la India, e ajustsl-a para ser presente 6 junta consultiva d;,<br />

ultramar, pant seu final julgamento j<br />

3.' Consoltar o g.Ivern7 e o governnrlor gcral sobre todoa<br />

m assumptos tlr contsbilidade em que pretendam ouvil-o ;<br />

4.O Proptr os regulamentos precisns para se fazer a eontabilidade<br />

de mnneira pratiea a expedita ;<br />

5.0 Conhecar e decidir de to<strong>dos</strong> oe recursoe eobre impostos<br />

directos, lei tln dllo, decima de juros e outros, que nzo<br />

sejam nduaneir+rs ou municipaes.<br />

unico. D:{r decisBes em materia do impostoe ha recurso<br />

para a junta eonsultiva do ultramar, quando o recurso far<br />

assignado por luais de vinte contribuintee contra uma dads<br />

formula de applicago do imposto, ou mesmo por um, quando<br />

a inlportancia do laupamento exceder 500b000 reis para o<br />

interess&do.<br />

6.' Conhecer e deeidir em ultima instancia <strong>dos</strong> recursos<br />

hcerca da inclus80 ou exc$sZo na li& <strong>dos</strong> quarenta maiores<br />

contribuintes (a).,<br />

7.0 Conhecer e decidir em ultima instancia de to<strong>dos</strong> os<br />

actos doe escrivitea de fazenda que importem violagso de lei<br />

(a) Revogado pel0 D. de r g ievereiro 94, pelo qua1 se declarou<br />

,que no Estado da India contlnha a pertencer As commiss6es do re-<br />

Fensearpento eleitoral corn recurso para 0s tribunaes de justica, nos<br />

:errnos das lois eleitoraes rrigentcs, a Corrnaq'o da list:. <strong>dos</strong> qLarenta<br />

maiores col~tribuintes da conrribuigBo predisl em cada concelho.


carregada a uma junta da fazenda publica (1).<br />

uu de direitos de terceiro.<br />

5 Sgo competentes para recorrer para o tribunal de<br />

contas 0s Weressa<strong>dos</strong>, dentro de vinte dias a contsr da Intima~lo<br />

ou publicapao do despacho recorrido, e o ministerlo<br />

pnblico.<br />

5 2.O Parn csta I~ypothe9e a publicayLo entmde se na localidade<br />

onde restdir o recorrente ou o sou representante aucto.<br />

rieado ; em caso de auaencia do intercasado ou BCU reprcscu-<br />

tante, entende-se a publica~jo na capita!.<br />

Art. 14." P6de recornr-sa no5 cases previstos n'este decrrto<br />

para a junta consullivs do ~tltramar, no praso maximn de<br />

quinze dias, a contar da publlcaqiio no Boletim Offic~al. quando<br />

o daspacho recorrido disser respeito a qrlalqwr contrl.<br />

buinte da capital; eete praso nas oniras localidades conta.se<br />

desde o dia da chegada e distnbui~Bo do Holetim, exclnsivb.<br />

Art. 15.O ma capital 0s recursos para o qribunal de conta,<br />

850 entregues ao secretario de fnzenda ; fdra da capitnl ao<br />

ad~ninistrador do eoncelho, qnc dover4 d'elles passar recito<br />

em duplicado, urn <strong>dos</strong> quaes juntarL ao p.roceuso e ontn,<br />

entregar4 no intercssado pnra prova de ter este apresentadn<br />

o recurso deotro do praso legal<br />

5 unico. Tratando-se de recurso pan a junta cnnsultiva,<br />

deve elle ser entregue no praso legal ao secretario de fazenda,<br />

sob a mesma formula e applicng50 de recibos.<br />

Art. 16.O No recurso para a junta consultiva, o secretario<br />

de razendad obrigndo a apreseutal-o ao tribunal para n'elle<br />

ee discutir a informa@o a dm, e seer enviado d junta com esta<br />

informapto no praso maximo de vinte dias.<br />

Art. 17.O 0 tribunal de contas, antes de tomar mnheci.<br />

mento de qualquer recurso, esamina se 8 competente para o<br />

resolver e se toi interposto no praso legal, Bern o que ntn<br />

passarB B discusHo da hypothese eujcita ao eeu veredtctunas,<br />

Alem do conselho do governo, da jnrita geralde provincia e<br />

do tribunal de cootas provincial, ha junto ao governadorgeral:<br />

Urn conselho inspector da instruqlo publics, cuja organi-<br />

say30 e attribuicaes estPo dealpadas nos DD. de 30 novenl-<br />

bro 69, artigos 22 a B.', e de 81 qutubro 92, art. 16.0,<br />

TvTtu conaelho technic0 d'obras publicas,--DD. 26 feverei.<br />

ro 70 e 20 agosto 02, art. 16.O.<br />

(1) Extinctas as juntas de fazenda do ultramar, e as suas<br />

ARTIGO 7.' 15<br />

- -.<br />

CAPITULO 11<br />

Ilo governador gernl<br />

Art. 7." 0s governadores geraes 680 de nomea-<br />

$0 rB jia, a qnal seqpre deverd reoahir em indivl-<br />

duos, qne tetlhaln esperiencia de negocios, adquirid~<br />

em altlguma das carreiras de adtninistl.ap%o publicit.<br />

contadoriss, thcsourariae, adjuntos e delcgnp5os.-D. 20 deazembro<br />

85, art. 15.c-sendo creada elu cadn urrln dits provincias<br />

ultramarinas, subordinada dirrctnmentc ao ministerio<br />

da miwinha R tdtratnar, e Sob a cuporinrcndrncin do g ~srnador,<br />

uma ropartipzo de fazenda, donom~nnda vepnidi~ko dc<br />

fntendg provincial, dirig~da por urn inspector de fazenda. cbn-<br />

tidade (~UC em Cabo Verde (at. 1). 31 dczembro 92) coin)<br />

n'ebte Estado fo~ subsl~tuida pela de secretario de faz~nda,cit.<br />

D. 29 deze~nbro 92 cujas disposigads ref2rentes slo :<br />

eArt. l8.O Compete ao socretario de fazenda:<br />

1.' D~rigir sob as ordcne do govern~dor gcrsl todo o sct-<br />

viro de lazenda;<br />

2.O Promover a rapida e exacta apresentap20 das contaa<br />

<strong>dos</strong> exactores do fazenda;<br />

3.O Suje~tar a deapacho do governador geral todo6 06 ausuluptos<br />

em que houvar de totnar-se resoluc;&o.<br />

% 1.O 0 governador gsral pCde delegar no eecretario de<br />

fazenda quaesqner attribu~pges que Ihc cotnpitam pela lei de<br />

reue~ta e despeza; terA, porhm, de fazel-o em purtsria que<br />

evpcifique quaes os dcspnchos para que delega a sua cumpetellcia,<br />

comrnissZo quo em qualyil2r occasi50 p6de suspender<br />

no tndo ou em parcd, por dooumento ignal a0 que a cooceder<br />

(a).<br />

5 3.O A delegaq&o no secretario de hzenda n%o pGde dizer<br />

respe~to a auctor~saplo de despezas que nlo estejaw meucionadas<br />

no orgamento.<br />

4.O Preparar a conta geral da provincial que deve raferir-<br />

6e ao cofre central, no qua1 Se devem sllppor entrad~s rodas<br />

as receitas da provincia, e pelo qua1 se deve~n faeer todas a~<br />

despesas, dando-6:: entrada e 6atda 4s diversas verbas, seguudo<br />

as contas <strong>dos</strong> responaaveis por cada rofre parcid:<br />

(a) Regulado pelas P.P de 6 fevereiro 93.


16 ARTIGO 5.@<br />

Art. 8.0 Na falta do governador, por ells ter falle-<br />

cido, ou por outro qualq~rer cnusa exeree o governo,<br />

6.O Distribuir pelos emprega<strong>dos</strong> seus subalternos o eervigo<br />

s desen~~enhar, informando o governador gcral <strong>dos</strong> seus tue?<br />

ritos, propondo a este magistrado os premios e castigos que<br />

julgue competir-lhes.<br />

Art. 19." 0 sacret:rrio de fazend:~ d responsa,vel pela @ontabilidade<br />

de tt~da a proyiucia e cotno tal colo~~e~o-lhe:<br />

1." NBo ab~jnar sen ordelu escripta do governador geral,<br />

qnaIq~er vencimeoto a qualquer exactor de fazenda que, trev<br />

mezes depoie de finda s sua gereucia annuul, n%o tonha apre-<br />

sentado as suas contas;<br />

2." A rasyoussbiliJ+de perante o governador geral do<br />

exact0 cumprimento da lei do sOllo c de todtrs :IS leis fiscaes<br />

por parte de todo o funcci,,nt~li-]no da provincia.<br />

Art 20.O 0 secretario dl. fazcnda tern 8ob a sus jurisdic~ko<br />

to<strong>dos</strong> 05 funccionarios adunnein~s e liscaus, e E invpector dc<br />

to<strong>dos</strong> ns aervicos respectivos.<br />

Art. 21,' No exercicio das funcpiics marcndas nos artigov<br />

antecedentee compete-lhe:<br />

I .O Preparar todaa as contas <strong>dos</strong> exactores de faqendg para<br />

o exame e jqlga~nento do tribun$l de contas;<br />

2.P Despi+cliar cow o governador geral erli to<strong>dos</strong> os negocios<br />

qne digam rcspeito ilo uxorcicio das funegGus dus sells<br />

sqbordina<strong>dos</strong>.<br />

Art. 22.' Pbde o secretario de fazenda sor suspenso pelo<br />

goveroador geral em to<strong>dos</strong> oe cavos em qye 1130 curupra as<br />

suas isstrucgo':s ov as lei8 a reg~lamentos em vigor; cessando<br />

a sua resp~~sabil~dade em tudo que polo governador gcral<br />

Ihe for por cscripto ordenado.<br />

Art. 23.O A correspondencia sobre assurnptos de fizenda Q<br />

assigsada e traqs~~ittida pelo secretario tespectivo, mas sempre<br />

ern nome do governador geral.<br />

Art. 24.O 4s ordens de despeza do orcamento ordinario<br />

respeifautes ao pcseoal consignado nas t~ballas orpamentaes<br />

820 pagas s6 cotn o ordanamento feilo pa10 secretario de iaeonda;<br />

o que poy igual succederfr Bs que diaserem respeito ao<br />

pagapento a~ctorisado por lei de quaesquer verbas destinad<br />

~ B s acqpisigiio de material cuja compra tiver sido auctoririada<br />

pel0 governador geral por si ou por algum dus seus de.<br />

legadoa pou concelhos dentro doe limites da al~ada respectivcb.<br />

ABTIQO 8."<br />

;rt& & posee de novo governador, urn ons sell lo gover-<br />

nativo (1) de que seriio vogaes :<br />

- -<br />

Art. 25.' Fdra do que estiver designado no orpamento n5o<br />

p5de o governador geral auctorisar despeza alguma a n2o<br />

ser madiante consulta a5rmativa do conselho do govern0 e<br />

mcM casos previstos no present8 d~crrtn.<br />

$ unico. N;io se ontende n'esta diposi@o a administrapiio a<br />

distribuigHo da verba orpamental, dcstinada a depczas even-<br />

.tuaea e imprevistas.<br />

Art. 26.' Nos cnsoa excepcionaes em que o gorernador<br />

geral honver de ordenar ,rjuaIquer despeza quo nZo ieuha<br />

consignapao especial ,ao orpamento, e que nlo posm par isno<br />

Gzer-se ssm consults do ccnselho do governo, deverh publicar<br />

no Haletim Official pottaris que clnrarner~te juskifique n<br />

o seu arbitric!. acr~mpanhada da acta do conselho do goveruo<br />

qiir o auctorisar a assim proceder.<br />

Art. 27.O Toda a despeaa extra-orqamental nrdeaads pelo<br />

governador gerol .pot- determiuago do governo da metroptrli:<br />

exigirh, para poder ser satisfeita, a pablicac~o da ordem tlo<br />

governo quo a determinar no Boleti111 Official juntarnente cot11<br />

a portaria provincial que a mandar executar.<br />

Art. 26.' Tudo o abono ordenado 11elo governador gfiral<br />

fhra das cpndit8es designadas n'eata docreto importar8 a sua<br />

dirniss2o. e ser-lhe-ha carregada ajmportancia do mesmo nbono<br />

como divid:r A fazenda sem prejutzr) da cornminag20 penal<br />

co~*respunde~ta a0 crime de desvio de fun<strong>dos</strong> da sun applica-<br />

$3 legal, g u for ~ sentenciada el08 .tribunaes competcntes.<br />

Art. 29.' E absolumente pragibiJo ao gorernador geral,<br />

sob as penae do artigo anterior, crear logares que exccdarn<br />

us respectivos quadros ou auctorisar gratificagaes extraordimaria6<br />

que ngo venham mencionadas nos orpamentos.<br />

Art. 3O.O 0 eeeretario de fazenda .h responsavel pela edakistica<br />

das allandegas e <strong>dos</strong> impoatos directoe, e bem aesim<br />

pela organiaapao a a ~ propostas de orpamentos, que deverii<br />

sujoitar 4 ~pprovapto do governador pal, o qual, antes de<br />

9s enviar para a metropole-o que deverh ser tres mezes<br />

antes de findar o anno economico-aa sujeitars ao exam6 e<br />

consulta do conselho do governon.<br />

(1) Quando hajn divergencia de votos no conselho goverpativo,<br />

deve isto constar s6mente das respectivas actas, e<br />

nunca <strong>dos</strong> respectivos dcspachos ou communicap7ies ofticiaes,<br />

-C. M. M. de 3 abril 77, art. 2.'.


1." pprclado d;l. diocese, sendo da ordem episcopal<br />

;<br />

2." 0 presidente da relaq80, e onde niio ha relapgo,<br />

czjuiz de direito da capital ds p~.ovincia on queni o.<br />

substituir;<br />

3." official militnr de pri~neira ii111lx mais gradundo<br />

que estiver 11a capital (1);<br />

4." 0 seorctario geral do govern0 (2).<br />

Quartdo, porQm, llhvendo governador, este estiver<br />

impossibilitado por doe~lqa ou sxhir te~npornriamul~te<br />

da, provinck por ordem, ou con1 autorisapiio rlo<br />

governo, ou enlquanto visitar algunr ponto distante<br />

da capital, fica fazendo as suas vezes pnrn os citsos<br />

occorrentes o secretario gcral do gorerno, expedindo<br />

as ordens en1 nome do governador (3).<br />

Art, 9.' 0s governadores geraes tenl o tittllo do<br />

(1) h'zo podc ser o official mililar refurmado,,-Y EI XI.<br />

de 2 agosto. 82, para Angoln. CF. o qtte se diz adianto cotn<br />

respeito aos dois officiaes militaires de primcira linhn tlc mnior<br />

patcntc, qlle devcm fazer parto do conselllo do goverilo,<br />

art. 26.O.<br />

(2) 0 secretario geral do gov'erno 8- secretnrio do const,+<br />

Iho governativo,--cf. C. de 3 abril 77, art. 1 .O: ntas n2o<br />

tam voto quand~ n%o seja de nomeagHo rbgia, po~qoc, negaildo<br />

o D. de 1 dezembro 69, art. 26." $ l.", ao eecretario.ge-<br />

+a1 que nLo tivc:. non~ca$Ro regin o direito dc voto tlo<br />

conselho do. governo, muito mcnos se lhe pode conceder osse<br />

direito no conselho governetivo, que B urn corpo administrativ~<br />

de superior cathegoria,-P. 11. M. dc 30 novo~~rbro i..j.<br />

(6) As Faculdades do secrelario geral governando na nusoncia<br />

ou impedimento do governador, sao restrictas aos ca-<br />

BCS occorrentee,--P. 11. $1. de 3. abril 77, para Chbo Verde.<br />

N'este caso, cornpetem ignaImento ao secretsrio gera! as<br />

nttribui~iics confcridas ao govcrnador geral polo D. de 20<br />

dezenlbro 88 e pelo regulamento da administrar,%o de fasendn,<br />

dc 7 novembro 80,-0. I). G. U. de 3 rnarpo 90 para S.<br />

Tt~omO e Principc, Bolefim OjTciul reqpectivo, n." 13 do 1890.<br />

Sc o secr~tario gcral f3r interino, tarnbexu substitue o go-<br />

conselllo, e gosam dns honras quc compctiii~l~ :lo.;<br />

antigos capitfies geiiera.cs (1).<br />

0s governailores' &as provincias de 6. 'Ylll~nl~' e<br />

rr~ncipe, e dc 3la.ci~u e 'l'itnor, tCn~ as 11oi1ri~s dl,<br />

gorerl~rtr.lorew<br />

,)or ~11:~s ~il*~Lllll~tillli:trli<br />

ao st~c~@et:trio geral, g~,val.nanilo; 1lr:ls el;rr$ ns~rlcl,))tr> f 11 tlvli -<br />

nitivantcntr rr~solvtdrr pelo 1). tic 24 rlczct~tl)r~, ,?;). ;\it. :!: .'<br />

e sell E un~co, o cIlrnl eslnlnc:<br />

ciris e rle genemes de brigad:&, ~ IIILIII~C~<br />

@Art. 44.O 03 governadores germs e gi~~er~~adl)~.c's ill* III-JIvincia<br />

c IIB g~~verna[lo~es tl:~ distriutc~s tLe 'Silnl,r t. 1111 Csarlgo,<br />

q\~anrlo veuh:~tn ri tnctr,#prle, qu:ilqu.!r qw! sc~j:~ o 1111llivll<br />

d:i stla vinda, ~I'I tOern dircitn, durantc o tempo (la sua p.1.-<br />

~unncnci~ no rrinr,, B rrletnde <strong>dos</strong> order~n<strong>dos</strong> rllre llira csti\.c.<br />

renl fisnd!,s no r!.s))t~ctivo orplncntcl l~rrrvincinl.<br />

p 11:liau. Aos sccrctarios guraes clos govcr,ur~s, q~:iutltr sf?<br />

db o caso previstc~ n'este artigo, serii al>nnndn, al&tll d(> vc.11ciruento<br />

que lhus comyctc, e corrcs~~~;ntlentcmenh* :I($ tclll[~,,<br />

por que timrenl as vezes (10s gdvernnrlnres gul..u.s, ;I \,(:I 113 'I~G no orqanleuto d, respectiva prorincia sc achar consig11:~da<br />

para desl>oz:u de represcnta~2u d'estcs n:ngistr:itlrlr.<br />

Fcfrn do case previsto, u8o sc Cirk nbnn I slg~ltn atls sccrct:~ticis<br />

geraos alOm do que a lei lhes tnarcz ..<br />

Vide adiante o art. 2T.' e respectiva 11r~t:l.<br />

(I) Por provisKo (to Xcal Er~vio cle 26 cle nl~ril dc 177 i<br />

foi esliucto o Iog-ar de tlice.rei du Jtdirr, e n s11.1 ost~:ttt;\c;r~,.,<br />

crc?atldo.sc ent suhstitni$o o cargo de gouentc~dor e crrljiido gcr.o.01<br />

cnm o ordenatlo du 20.000 xrratins qua hi clcr:~do ;I<br />

:;d.Oi)O por pro\,islo de 13 de jaoeiro de lii-l. I)


20 ARTIPO 12 '<br />

rem mniores (I).<br />

l'anto uns como outros prestan~ juramento nlts<br />

niilox do ministro e secretario d'estado <strong>dos</strong> negocios<br />

da marinlia e ultramar, por si, ou por seu procura-<br />

dor. Estando jB no ultramar pretltsm jurame~lto pe-<br />

rante a pssra, ou conselho que Ihe entregar o podel.,<br />

Art. 10." praso ordinario do servigo <strong>dos</strong> go-<br />

vernadores geraes t? de cinco annos cot~ta<strong>dos</strong> do<br />

dia di~ posse (2).<br />

Art. 11.' 0 governador gem1 reune attribuiqijes<br />

r:ivis e miiitare~, corn absolutn. egclusiio de toda e<br />

qualquer ingerencia n.a decisiio <strong>dos</strong> negocios judi-<br />

(sines (d), exceptuando o oaso en1 qur por lei express%<br />

4 decbrado presidente de algum tribunal de justiqa.<br />

Art. 12.' Ao gosenlador geral, como supremo<br />

magistrado da plovincia . slo sujeitns<br />

todas as autoridades (4 ) alli estabeleci-<br />

(I) Quanto aou govern~tl(8res do Congo, Lourenpo-Xsrques<br />

e Gum& portugueza, vide respectivamente a C. L. de<br />

1.5 julho 85 e b. de 31 maio 87,-8. 16 seteu~bro 87,-e 5,.<br />

21 maio 92.<br />

(2) Cf. D. de G nn~etnbro 56, nrt. 1.O.<br />

(3) E-lhes prohibida a ingerencia n3 docish das cnusns<br />

cuntenciosas e em outros actus ern que se carepa da juriadic-<br />

$30 prr~atiqa do pcder judicial, mas isso nln obsta inter<br />

tenpzo do governador nas matepias da rjua compekncra nns<br />

rclnsiies corn o referido poder,-PP. N. M. de 9 julho $0,<br />

26 setembro 42 e 18 setembro 53.<br />

Vide og d~as notag seguintes.<br />

(4) a As nossas leis empregam as denomina~8es de enlprcgn<strong>dos</strong>,<br />

funccionarios, auctoridadefi e wgistrq<strong>dos</strong>, pwa designar<br />

as diversas cl~sees de agentes da administrap20 pubbca.<br />

Estas diqerentcs denominayijes, porhrn, n?io perteqcem, neln<br />

poaem applicar-se indistinctame~te a Lo<strong>dos</strong> elles.<br />

E difficil n'alguns casos dete~mm~a bem qua1 soja a qua-<br />

Irficayto que pertenqa a cada urn, porque a lei n8o define<br />

quaes ns oaracterlsticos que distinguem estas diversas caiegorias<br />

de ~ervidorelj do estado; mas o exame e confront0 <strong>dos</strong><br />

&versos logares do .cc~,digo, ausiliado pelo uso comnluln da<br />

jlngna, auctorisa-nos a formular as seguintes regras;<br />

das (1).<br />

1.O Que a denominapxo de enlpregado compete a to<strong>dos</strong> os<br />

que occuparem, na administ1,ap80 publica, logar retr~luido,<br />

2.O Quo a denominap%u de [unccionario compete a to do^<br />

os que exereem, na administraglo, func~aes de qualquer natureza,<br />

embora niio retributdas;<br />

3.O Que a qualificapto dv atactoridade a6 cnbe dqnellcs <strong>dos</strong><br />

f~nccionarios a quem a lei confere o exeroicio de ume pnrte<br />

do poder publicu;<br />

4.O Qua a qunlifica~Lo de magistrado compote a to<strong>dos</strong> 0s<br />

que tOem jurisclicp30 para julgar ou dizer de direito.<br />

Pude~ i parccel quc estas rcgms nLio estZo intotra e rigorlnsnmcnte<br />

de accordo corn a lotra do codigo, mas n deGciencia<br />

o improl,riedado com quo ellc se exprime n'este nssum.<br />

pto, e as tnslies qlte naturalmente so der~vam da accepyk~<br />

comrnum los tcrnit0s e das analogias. que o seu emprego em<br />

relay& a nutros ramos do podcr publlco offorccc, parecemnos<br />

tundarnento suftieienta para jnstitical-as.<br />

Ass~m, amplinmos a qunlificapiio dc megistmdo, qne eoln<br />

a do funce~onar~os o codigo s6 nttribue ao governador civil,<br />

ao ndminls~rador de concelho e aos ~cgcdores de parochin,<br />

embora rom vordadeira impropriedadc quanto a estes ulilnos,<br />

eos vogrn?x do conselho de distrrcto, como mcmbros do<br />

tribunal ordlnarii, incumbido de julgar em primeira 1nstrinc1.1<br />

o contencroso da adruill~straejo u aos mcmbros do ministerlo<br />

public0 junto rl'elie, porciuo tal qualificaalo n8o s6 esd em<br />

harmonia corn n natnroza das func;ijes quo euerccm, mas con1<br />

a que o uso cotumum e a propri'r linguagem legal applicti aos<br />

fonccinnsr~os dc posic2o o juriadicgiio anaIogas na hierarchi:!<br />

do poder jud~cial e nos do ministello publico anto clle.<br />

Do mesmo modo comprehandemos sob a qualifica$Ao ilc<br />

fu~rccio?la7.ios os n~cmbros <strong>dos</strong> corpos administrativos, embora o<br />

cod,go em alguns logares parcp nzo lh'a sttribuir, porque ns<br />

funo~5es publrcae quo excrcem ihes dZo indisputavel dircito a<br />

serem assim considera<strong>dos</strong>. Em apoio d'esta opinizo podemns<br />

cltar o decreto sob consulta do supremo tribunal administrative<br />

de 'i de fevereiro do 1872, col. peg. 7, em quo os verendores<br />

a h considcradvs como auctoridader adn~inislrutivas, e consoquentemente<br />

como funccionarios, porqne sem esta qualirlade<br />

seria impossivel aquclia a que por lei se attribuo o esercio~o do<br />

poder pub1ico.~-Perdigiio, Aponta)nentos de direito, legislagEn<br />

e jurisprudencia adminislrat~vn e fiscal, vol, I pg 418.<br />

(1) Incluindo as auctoridades judiciaes o as do M. I?.,-


23 ABTIOO 13.O N.O 2.'<br />

Art. 13.0 Cornpetem ao governador geral, conlo<br />

governador civil, todas as attribui96es que pclo<br />

codigo administrative e mais leis competem aos<br />

governadores civfa das ilbas ad.jacentes.<br />

hlais Ihe compete :<br />

1." Aresidencis do conselho do governo, e a, da<br />

junta da fazenda';<br />

2.Vrover provisoriamerite to<strong>dos</strong> os empregos pil-<br />

blicos de nomeaq5o rdgia, quando se achem vagoti,<br />

ou o respeotivo empregsdo esteja in~pedido (I), sal-<br />

vo o caso de haver lei especial que regule o modo de<br />

prover a sl~bstituit$o (2);<br />

--<br />

R. J. de 20 fevereiro 94, art. 1 l?.O,-P. M. nt . d~ 18 f&-<br />

vereiro 63, 0. D. G. U. de 3. julho 82, para S. Thorn&,<br />

e P. M. R, de 6 julho 36. n'ellc citada.<br />

(1) Susoitando.se etn vista do D. de 17 janciro 92, duri-<br />

daa Bobre a continuaslo da antiga pratica, de sereln os func-<br />

cionarios, logo quo a junta de Bade os julgua incapazcs do<br />

servipo, dispensa<strong>dos</strong> do qxercicio <strong>dos</strong> seus logmes, antes de<br />

se formar o processo da aposentay20 a qoe tenham direit,,,<br />

e de serem. nomea<strong>dos</strong> emprega<strong>dos</strong> interinos para aubstituiretu<br />

tquelles e os que obt4m Ilcenl;a da junta por n~otivo de<br />

doenpa, resolveu-se:-1." que o art. 39.O de I). 94 dezembro<br />

85, referindo-se aos emprega<strong>dos</strong> que requerem a aposentapln,<br />

dd claramente a entender que, sb dcpois de a requttrerem, PO.<br />

dem separar-se do8 8eu8 quadros, niio devondo dar-ae-lhes<br />

passagem para o rein0 antes d'iaw, sen50 no caso da junta<br />

de saude declarar que nio podem permanecer nem mxis urn<br />

dia no ultramar sem perigo de vida;-f .O quanto $ nomeaptn<br />

de emprega<strong>dos</strong> interinos para substituirem aqueIIes emprega<strong>dos</strong>,<br />

antes de aposenta<strong>dos</strong>, e 08 que obtim licen~a arbitraila<br />

pela junta de saude, Go tern semlhante prabca fundamento<br />

algum ~lausivel, pois qua nunca houve, nem ha lei que<br />

auctorise a nomear empregadus, interinos ou n&o, qtlando<br />

ercedam os quadros ounZio estejam vagos,-0. D. G. U. do.<br />

9 ngosto 92.<br />

(2) Vide a P. R1. M. de 30 junho 80, para Anpla. corn<br />

sefeoencja ao provimento proviaorio do6 emprega<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> seminariqs<br />

diocesanos do ultramar.<br />

ARTIGO 13.' N.' 3." 23<br />

3.P Prover definitivamente to<strong>dos</strong> os empregos pn-<br />

blicos cujos vemcimentos (1) niio escedam 300$000<br />

reis, moeda do reino (2);<br />

(I) A palavra vencimentos comprehende ordmado, percentnfi.im<br />

e etaolumentos.-P. AT. M. da 19 outubro 71, para<br />

Apgota.<br />

(2) Exceptuam-se:<br />

Cis professores do ensino prirnario, cujas nnmesy5es provincincs<br />

eao prwisorias e sujeibs A conBrmay%o rkgia nos<br />

tennos <strong>dos</strong> artigos 18.O e 3G.o do L). de 30 novernbro 6!),--<br />

0. L). G. U. de I junho 87, scndo-lhes levado em contn para<br />

o praso de tres annos, a que ac refere o cit. art. 36 @, o<br />

tempo que tiverem servido nns escvlas subsidiatlas pelas<br />

corporay8es, com tanto que hnjam sido narnea<strong>dos</strong> pel0 governndor,-0.<br />

D. G. U. do 27 agosto 85;<br />

0 s professores do lyceu nacional dc Kova Goa, que do<br />

nomeadoa directnmente peIo governo da me~ropole, em concurs"<br />

documental,-D. de 31 outubro 92, art. Z.', e f. R1.<br />

31. de 5 agosto 93;<br />

0s escrlv5.e~ das camaras municipaes, aos quaes B applicave1<br />

o art. 173.O 5 1.O do cod. ad111. de 1842, o qu:d n'est:i<br />

yarte n8o fol revogado pelo D. dc 1 dezembro 69,-0. 1):<br />

G. L!. de 20 ~gostr, 89. 0s mesmos emprega<strong>dos</strong> devem requerer<br />

a confirmap80 regia por interrnedio e corn infor!nbpZo<br />

do governador,-0. D. G. U. de 18 novembro 89. E v1.rdade,<br />

corntodo, qua por 0. D. G. U. de 30 outubro 86, para<br />

S. Thom6, se havia declarado que n restricqXo do n.O 3.' do<br />

art. 1S.O do D. de 1 dezembro 69 era applicavel somonte As<br />

nomeapaes de empregadc,~ corn vencimentos pagos pelo k-<br />

t:rdo, e nit0 dquelles funccionarios que unicamonte eram gra.<br />

tifica<strong>dos</strong> pelas camaras municipaes;<br />

0s juizes municipaes, que sHo nomea<strong>dos</strong> biennalmenb<br />

pelo governo, sobre proposta em lista triplice do president,:<br />

da relacio, e informaplo do governador da provincia,--H.<br />

J. 20 fevereiro 94, art. 50.";<br />

Us aecretarios, ajudanlee de secretaries e revedorc~~contadorea<br />

das relago'es, os escrivHee de direito e os tahellizes de<br />

notas das comarcas do ultramar,-D. de 2 maio 94,.art. 6.'.<br />

Quanto aos empreg08 de fazenda, vejam-se os seguintes<br />

diplomas: DD. 15 setembro 56, 24 maio 73, 27 deacmbrlt<br />

7'1 art. 3.', ILO dezembro 88 e regulamento da administrac:3(1


4." Solnear os administradores, ou aIlcfes <strong>dos</strong><br />

co~icelhos (1);<br />

5.' Ordenar a dissoluy8o de qualquer corl~o ndnlirlistrativo<br />

eleito;<br />

6.qOrdenar syndicancia <strong>dos</strong> funcionn~ios pltblir,oz:<br />

noti nleslnos casos em que o governo as pGdc 01-denar<br />

(2);<br />

3<br />

du Fa endn do 7 nov. 89, assim como a rrsnluc8o contidn uc!<br />

0, r~. G. U. iie 22 dezetnbro 79 qne 8 insubsistentf:.<br />

b dlspvsi,;ao do texto foi sascitada pcla C:. 11. R1. (10 2<br />

nctvenrbro 63.<br />

Dbclarnn-se quo os titulos das nomeay3c.s dcvcm scr expcdi<strong>dos</strong><br />

eln nonle do goverondor da ).l*ovincia, nn forma cstabelecida<br />

no D dc 2S setembro 38, art. 2.' $3 %.', 3.@ e 4.",<br />

--P. 11. $1. de 2S jnnho 75 e 8 novelubro 77.<br />

De todas as nomcapSes tiefinitiras, :tssim como das esurrt~ravUes<br />

deve o governador dar immcdlata coutn xi0 ministerin<br />

d;~ ruarinha na prin~sira mala para L~sboa,-C. .1I 31. tie 4<br />

m:~rqo 7 1.<br />

(11 Revogado n'est~ pnrte o art. '240.O do cod. atlm.,~-<br />

0. L). G. U. dr. 30 ontrtbro 86, para S. Tl~omB. As nrlrtlc;l-<br />

@es <strong>dos</strong> admizistrxdorcs du cnncelho nIo c:lrccem dn c:,nfirmnylo<br />

r6gia,-0 D. G. U. de 1s delemlro 69,-e 1'. XI.<br />

h1. de 17 novembro '79, para Cabo Verdt:.<br />

(2) O D. de 27 dozembro 5% declarou as suctorid;iiles r!<br />

funccionarios que est3o sugeitos a s!ndicancias no ultrnnii~r,<br />

e estabeleceu o processo tanto para as syndicancias ordinartas,<br />

corn0 para as estraordinarias, A C. L. de ?.O junltc, (it; wpprimin<br />

as prirneiras, mandando substitiiir ns segundae, e o<br />

1). de 29 novembro do mesmo anno cstatuiu ser cumninti~a<br />

aos governadores das provincias ultrarnnrinas a faculdadc<br />

concedid,z atj governo e expressa no art. 17.O $ 2.' do cit. 0.<br />

de 52, para ordenatem extraordinariamente a sgndicancia<br />

<strong>dos</strong> funccionarios das respectivas provincias, nlo especifica<strong>dos</strong><br />

no art. 1.'c $ I.' do alludido art., devendo observarse<br />

no processo as prescrip~aes do art. 19: !$ 2.".<br />

0 D. de 12 fevereiro 91 determina no art. I.'que nenham<br />

process0 de spndicancia ou criminal poderii ser mandado<br />

~nstaurar pelo governo contra qualquer magistrado judicial<br />

oo adn~inistrativo das provincias nltramarinas, sem ouvir<br />

.7." Escolher oe vogaes para o conselho de proviu-<br />

,cia ( artigo 49.");<br />

-<br />

prkviamente a junta consuItlsa do ultramar.<br />

0 govcrnador nLo pode ordenar syndicancias aos juizw<br />

de direito,-P. bl. 11. da 21 fevereiro 80 para Mopambique;<br />

,mas pode fazel-o com i.ela$fo aos funccionarios de justiqa<br />

,quentio foeem mngistra<strong>dos</strong> jndiciaes ou dc~ lninisterio publico,<br />

-3. J. de 20 fevereiro 94, art. 128." 5 unico.<br />

10 iunccianario syndicado dove sair do logar onde exerce<br />

jjurisdicqiio om quanto durar a syndicancia,-PP. R. de 17<br />

junho 66 e 9 junho 65.<br />

'<br />

No caso de r;e proceder 4 syndicancia contra algum admipistrador<br />

de aoncelho, deoe este ser tiuspenso, sair do cou-<br />

- .celho para logar designado pelo governador civil, emquantu<br />

,a syndic:tncia durar,, e (no reino) subir o prvcesso ao govcrno<br />

corn resyosta do syndicado, informag20 do syndieante c parecer<br />

do magistrado superior administrative do districto,--<br />

PP. R. de 1 setembro e 2 dezembrs .59.<br />

Na falta de lei ~6pecial qrle regule as syndicancias arl~r~i-<br />

.nistrativas, ,deve recorrer-so 4 J~gislapLo que regula as syndioanc;ins<br />

jrtdioiaes. Segundo o disposto no art. 17.' 5 2.'<br />

.do D. do 27 dotembro 52, as syndicancias .que form ordenadas<br />

a respeito de quaesquer funccionarios n2o especifica<strong>dos</strong><br />

p o mesmo I). .(art. l.'), serlo processadas na confurmidade<br />

do art. 2.0 e seus $4, corn as differengas:-de que os juizes<br />

de direito dccidiriio sobre a pronnnciit e de que pcrante os<br />

mestnos juizes ae inslauraad o processo da accnsapiio &c. Nu<br />

processo de accusapfo ba dois articula<strong>dos</strong>: libello e contestapiio.<br />

Nas sjndicanciaa administrativas. o actn accusatorio<br />

redigido pelo ~yndicante equivale ao libello nas syndicancias<br />

judiciaes. A lei rnanda sempre entregar ao r8u uma copia<br />

do lilell~, <strong>dos</strong> docamentos com elle offerecidoa e do rol das<br />

.testernunhas, porquo n2o basta dar conhecimento a urn individuo<br />

<strong>dos</strong> crimes e falias de que B accusado, oxige tambem<br />

a jnstipa que se indique o fundamentc ou as provas com que<br />

,o accusam. Qeve-se, pois, dar ao syndicado copia nfo sd do<br />

acto accusatorio .e <strong>dos</strong> documentos que comprovam a accusalo,<br />

mas tambem <strong>dos</strong> depoimentos d:is testemunhas inquiridas<br />

no processo da syndicancia, visto nLo haver sessto publica<br />

de discusslo das provas e de julgamento,-P, P. C.<br />

,Games de Menezes, de 13 julbo 89.


8.0 Esecutar quanto designadamente Ihe esteja ill-<br />

cumbido por outras leis (1).<br />

As syndicancias nZo devem faser-se a requerimento <strong>dos</strong><br />

empregadas argui<strong>dos</strong> pela imprensa justa ou injustamentc,<br />

porque nas leis que regulam esta inatitui$o t6m os fnnccionarios<br />

oa meios de dcsaggravar-se, e porqne as syndicancias<br />

foram institnidas no interease do aervico pvblico, e niio para<br />

vindicar offensas vedadeirns ou suppostas feitas aos em re<br />

ga<strong>dos</strong>. ( P-. R. da 9 nbril 61. desp. do gorernsdor gerafd;<br />

11 agosto 83 no requeriinento de A. C. L. F., in6dito):<br />

0 governador garal pod0 egualmente mandar syndicar ds<br />

camara municipal? como act0 legal e comequencia necessaria<br />

do seu direito de. inspecplo superior, mas a orden] para<br />

ayndicancia nHo justifica o pedido de dissolu~Ho d'aquella<br />

corporap50,-P. It de 14 marpo 64-nem ella B obrigada a<br />

pagar n syndicancia ordenada sobre actoe da stla gcrancia,<br />

-PP. R. cle 9 e 17 junho 68 ).<br />

(1) Mais compete no governador:<br />

Approvar em consclho de district0 (aqui dc provincia) 0s<br />

estatutos das associa~~es de recrcio, instrucc50 publica, piedado<br />

e beneficencia,-U. de 22 ou~ubro 68, art. 2.*, que fi~i<br />

declarado ern erecu~lo no ultramar,-0. D. G. U. de 13<br />

julho e P. M. 31. de 3 setembro 81. 0 voto do conselho na<br />

hypothese 6 oonsultivo e n5o deliberaiiv0,-P. R. de 26<br />

outubro 69.<br />

Cumpro ao governador:<br />

Dar annualmente na primcira mala de outubro o rclatorio<br />

da aua administra$o ao miniaterio da marinha e ultrnmar, a<br />

fim dc ser presenle ds cOrtes,-P. M. AT. de 25 abril 66,<br />

suscitada e explicada pels de 4 mar90 72 e C. 31. M. de 21<br />

maio 76.<br />

Enviar annualmente ao dito ministerio a synopse do recenseamento<br />

eleitoral da provincia corn as convenientea indica$.Ges,<br />

logo que cstcjam concluidas as operagBes do mesmo<br />

recenseamento,--C. M. 11. de 21 feveroiro 80. Por P. P. de<br />

Z4 janeiro 94 foi ordenada aos administradores de concelho<br />

a remessa annual 4 secretaria do,governo, at6 15 de agosto,<br />

das copias authenticas <strong>dos</strong> rospectivos recenseamentos eleitoraes,<br />

gue deverHo requisitar Bs camaras municipaes, o que<br />

estd de harmouia com a P. R. de 12 julho 79 e com o.<br />

art, 35.O da C. L. de 21 maio 84 (reforma eloitord).<br />

5 unico. Tambem compete ao governador geral<br />

conceder, ou denegar licenqa para, no caso de ser<br />

&maildado criminalmente qualquer magistrado administrativo<br />

por factos pratica<strong>dos</strong> no exercicio de<br />

suas func~ks, poder continuar o processo at6 final<br />

julgamento, ouvlndo previamente o conselho do governo,<br />

a que nBo serBo chama<strong>dos</strong> os juizes (I),<br />

(I) 0s magiatra<strong>dos</strong> administrativos nZo podiam spr deman<br />

dado^ civil on criminalmente por factos reIativos As suas<br />

fitncqBes sem preceder licenpa do governo,--C. L. d(: 18<br />

julho 35, art. 8Be0, e cod, adm, de 1836, art. 216.'. Est:~<br />

gsrantia foi ampliada aos simplices funccionarios pclo art.<br />

357.O do cod. adm. de 1842, do tcor scgulnte:<br />

tOs magistm<strong>dos</strong> ou funccionarios admioistrativos nXo podem<br />

ser demandadoa civil, nem criminalmente por factos ralativos<br />

hs suas funccgiies, aem auctorisapIo prbvia do guoernos.<br />

A jurisprudencia e a legislap50 posterior a0 codigo de<br />

1842 alargou ainda mais o favor, applicaudo-o a ft~nccionarios,<br />

como oe reitores <strong>dos</strong> lyceus, os rccebedores de comarcn,<br />

oscrivies do fazenda e mestllo OY supplentee, e os empregndoe<br />

das alfandegas (vide o art. 25." n.O 3." do regulamonto<br />

intorno das alfandegas do Eetado da India, de G jolho 87,<br />

anarovado pela P. M. M. do 12 novembro 87 o o art. 17.'<br />

d'o'~. de gLjunho 92).<br />

0 - cit. -~ art. - 357.0 do cod. dc 1842 foi aqui altcrada pcla<br />

P. P. de 6 agosto 47, acrescentando-se. ~ s-~ahvra~ fina& do<br />

gnuento as seguintes: d'esle Eslado.<br />

Ora, visto o Sj unico do art. 13.O do text0 fallar sS cm<br />

n~agiatra<strong>dos</strong> administratiuos, ao passo que o art. 367 ." do cud.<br />

de 1842 abrangia tanto estcs conlo os funccionarios admanistrativos,<br />

suscilou-se duvida na sess^ao. do conselho du govcrno<br />

do 3 de apsto de 1872 sobre a intelligencia do citado $<br />

unico, e o conaelho delibcroa que por eats ultima disposip8o<br />

estava Go-somente alterado o art. 367.' do cod. na parte<br />

pue toca aos magistra<strong>dos</strong> administrativos, ficando em vigor<br />

la outra pnrte do mesmo artigw, reiativa aoe funcnionarios administrativoa.<br />

Em outros termos, que o conselho do gwerno<br />

devia aor ouvido sdmente quando se tratasse da licenpa para<br />

Q proseguimento do proceeso crime instaupado contrs qualm<br />

quer magistrado administrative; f6ra dleste caso. a Iicenqa<br />

&pendia apenas do governador geral. Sobre eete ~ssumptu,


25 ARTIGO 14.O<br />

-<br />

Art. 14.' 0 goremailor geral b o cliefe superior<br />

militar da provincia.<br />

t8m sido varias resoluqaes provinciaes. cf. PP. do 8 outubro<br />

79. 3 outubro 81, 17 novembro 84, 10 outubro 85, 21 ja-<br />

neiro 87 e 8 janeiro 94. E no Bolelina Oftcia1 da provinria de<br />

Moqamhiqae, n.O $, vimos a segointe betn deduzida portaria<br />

do governador gtrral Castilbo, de 3 maio 8s:<br />

a Tendo-me sido presente urn requerimento documentado,<br />

em quo Cl~arles Wack, negocianta residente ein Lourenpn<br />

hlarques, pede a este govcrno iicenpa para prosegnir<br />

nos Lermos da accusa~to cm um processo crimo que intenton<br />

contra o director da alfandegs d'nquella cidnde,<br />

fundando-$c para impctrar tal liccnyn, em quc, aegundo o<br />

artigo 357.0 do codigo adrninislrativo cle 18 de mar$o de<br />

1822, niio podem os magistra<strong>dos</strong>, ou ft~nccionarios adrninistrativtrs<br />

svr dcmnnda<strong>dos</strong> civil nem criminalmcnle pnr factos<br />

relntivos 8s suas func$3es, scm auclorisaq5o pt.Bvia do governo;<br />

e em que essa disposipio do referido codigo, em quanto<br />

clla vignrou no continente do reino, foi epplicada por vnrios<br />

diplomas legislativos aos emprcga<strong>dos</strong> das alfandegas do meg.<br />

mo conlinsnte;<br />

Considcrado p6rem qrrc o art. 357.' do dito codigo so acha<br />

ha muito tempo revogdo. na pnrte respeitante 6 responsabilidade<br />

civil <strong>dos</strong> n~agistra<strong>dos</strong> e funccionarios administrativos,<br />

a qua1 pbde ser extgida a to<strong>dos</strong> os emprega<strong>dos</strong> publicos,<br />

quando exccderem as suas attribuiciies legsrs. do ruesmo<br />

nlodo que aos sitnples cldadCos, como Q espresso do art.<br />

2.400." do codigo civil;<br />

Considerando qno, na parte relativa B responsabilidade<br />

criminal, tamLen1 o mesmo artigo se acha alterado pelo decreto<br />

corn forca de lei de 1 de dezrmbro de 1869, art. 13." 5<br />

unico, que restringia o privilegio dalicenp dmente aoa magistra<strong>dos</strong><br />

administrativos, sem comprehender os demais funccionarios;<br />

Considerando que B esta a legislagZo que ,estA em vigor no<br />

nltramar e que por isso se deve seguir no caso sageito, ,e nto<br />

os diplomas anteriores aodecrefo de 1 de dezembro de 1869,<br />

alias prornolga<strong>dos</strong> s6 para o continente do reino e em<br />

qusnto ali vigorava o codigo de 1842, os quaes nem li teem j6<br />

spplicay80, depois <strong>dos</strong> codigos posteriores;<br />

dopsiderando que o art, 13," 5 uni~ do .docreto de 1 d.o<br />

ARTIGO 15: 29<br />

Art. 15.' Conforme o disposto no 5 2." do artigo<br />

deaembro dc 1869 contOm uma disposi~iio esccpbional c nSo<br />

p6de scr applicada, sen50 estrictamente aos magistra<strong>dos</strong> administrativos,<br />

de quem tratix, por quo B principio geral do direito,<br />

,consignado no art. 11.' do codigo civil, que a lei que fax ex-<br />

,cep@o as regras geraes nio pbde ser applicada aos casos<br />

.que ngo estejatu especifica<strong>dos</strong> na niesma lel;<br />

.Considerando quo os directores das alfandegas nlo s&o ma-<br />

'gistra<strong>dos</strong> administrattvos, c por isso qunesqaer disposipacs<br />

prdvinciaes quo 111s~ tornassem cxtensiva a disposip&o citads<br />

do decreto de 1869, ou quo fizcssetn reviver em favor d'elles<br />

-0 art. 557.O do 'codigo administrative de 1842, revogado pelo<br />

codigo civil e por aquellc decreto slo contmrias ii lei e escessivas<br />

<strong>dos</strong> poderes ordinarins da administra~Ao superior da<br />

prnvincie, e por isso ulo podcm ser cumpridas;<br />

Considerando emIim qaanto convBm niio pSr peias, ems<br />

barago, nem limitcs, que n5o estojam na lei, 6 indcpeudcucia<br />

do podcr judicial, garantida pels iei fundamental do Estado;<br />

Conformando-me cola o voto unanirnc do coneelho do<br />

governo :<br />

Hei por colivcniente declarar quc no caso prcsente a to<strong>dos</strong><br />

0s mnis em quc se n8o irate de magistra<strong>dos</strong> administrativos,<br />

nHo B necessaria liccnpa algnma para os funccionarios screm<br />

dcmnnda<strong>dos</strong> civil OLI criminolmcnteo.<br />

A C. &I. &f. de 27 setembro 89 resolveu que os regcdorcs<br />

'e cabos de po!icia podem ser dcmnnda<strong>dos</strong> civil ou criminalmente<br />

por factos relativos As suas funcyiies, sem prhvia auctorisayzo<br />

do governo ou <strong>dos</strong> governadores dus prov~ncias ul-<br />

Iramarinas. Este dipIon~s 8 do teor seguinte:<br />

tPerguntando o governador gernl de Cabo Verdc se par%<br />

$ instaurap%o de processo criminal contra un1 regedor vu cnbo<br />

de poltcia por dclicto commcttida no exercicio das rcs-<br />

pectivas funcgiies, 8 ou nfo precisa Iicen~a ou autorisaGo<br />

prEvia do governo geral;<br />

Attendendo a .que o 5 unico do urtigo 13." do decreto de<br />

1 do dcacmbro de 1869 dii ao governador geral compctcncia<br />

para concoder ou dencgar licsn~a para, no caso dc scr<br />

dwnmdado criminalmente qualquer magistrado sdmiilistra~ivo<br />

por factos pratica<strong>dos</strong> no cscrcicio das snas f~~ncqiics, INdcr<br />

contini~ar o processo at6 hnal .jnlgamcnlo, ouvindo pre-


16,,*, do,acto qddicipnal 4 carta constitucion~l da. mo-<br />

vianaente o cor~selh@~ 40 governo a que 11x0, BBFHO- clitrmndh$:<br />

ns i,qizes;<br />

htte~desdo e que o. mesmo deareto, no art, 7R.O; mandou.<br />

~ontinoar provi~orlamente em eigor naa provinciae. ultramarinas<br />

o codigo adrninistzativo de 18 de margo de 18.W; ern.<br />

tud" qqaqto n.0. wsrn.0 dec~eto ae. nZ.0 diy& por differente,<br />

rnodcli<br />

~.tteadendo s quo ease. codigo,. e&ihdo. no artigo 357i0 a,.<br />

au&~riaagZu pr&via do,govesne) paqa to<strong>dos</strong> os procesaoR civeis<br />

insts~~srr<strong>dos</strong> contra oa mugistradbs ou funccionarios administrativos,<br />

s6mente fOi: atterqdo, por.aque1l.e decreto5 quanto 8,<br />

comp,etenoia para a oonceslo d'aqudla sutorisacao. prbvia,,<br />

e n3u qtlnsto aoa cams em. que essn autorisagko eta preciea;.<br />

Conaiderando que a olanifesta intenq3o do legislador, ao<br />

redigir aqueUe 5 uqico do art. 1%'- do decreto corn fnrpa do.<br />

lei de 1 de dezembro &e 1869; hi apeuas tra~lsferir,. ern COTins<br />

cqaos, PrR os g!lrrernadores. geraea a faculdade ntB entXo<br />

reeervada nempe.ao governo central, & concudr.~. ou de negar<br />

qquclla autorisep80, alargando,.se aseim $,a eaphera dns<br />

attrihip6es &q autnridde supet*ior ws ramoa de. administfa-<br />

930 que pro rialnente Ihe incumbern.r e a.ditnihuind.3 muito.<br />

a correaeooSesaiq corn o goverlro &a metroyoIu, c0.a ra<br />

d~z no rolatorio y e pre0ed.e o mesmo &ereto;,<br />

Attendendo a qw, se. consjderar-ae. r~vogado~ ihbiramsnta.<br />

por esta 5 aquelle art. 337." do oodigo administrativo dp 1.Ri2,<br />

resultaria podar ser o go~ernador gowl, que 6, aI,ikp. o superior<br />

magistrado admiuiatrativa da pro~incia; dernan@ado6 qivit<br />

oo crimir~alrn ate por EHctos. relativos 8s auae fu~c@t.a, aern<br />

necessidado de prbvia aotoriea@o do governo, o qua B nbsolutamente<br />

cuntrario. ao. espirito. drP, legiela@io adrpiniabratiw<br />

vigento no ultramar, e par olttro k,du tarnberq nko seria pre-.<br />

ciaa tal nuturisnp8o, new do gllvemo, nem &o goyernador ger.al,<br />

para as acpnes civis.co~trtre qpplquer m+gistrado ou func:<br />

cionario administrativo pclos mestnos factoa;<br />

&tondendo a quo, enlb.ora am codoa 0s fu.nc~o~ario~~d~<br />

x$n.jstrativos BO+IU propriameate uagistra<strong>dos</strong>, w, em.@nto o<br />

art. 3h7.O do wdigo adnlinistrativo a6 a cotes 8.e qaia rel'rrir<br />

cog)o da sua letra ec Jedua, alib tllarie s6mntc em f'unccioqarios<br />

pis q~re n'essa designnr;?io geral Rcirriam oa magietradus<br />

inclaidoa, e n; a empragariir a disjilnctiva ou, cumo n&o<br />

~rcbia,. podc o govern3,dor gem1 tomar, ouvido o,<br />

wpregm, os'nrtigos 35ff.O; 852,", 300,' e outros do mesmo<br />

eodigo;.<br />

Attendendo. a. que com. as pdavras nou funociot~u~~os udministrativosn<br />

aquelle artigo 357.'. quiz restringir a aua diapo-<br />

$$lo aos mag~itca<strong>dos</strong>, administcat~vos qnando exerpam func-<br />

~6es adminietrativns, para excluir os casm em que oa mesmos.<br />

mag,iatra<strong>dos</strong>. exercem. funcgiies d'outra ocdem, por qne<br />

qua0 a esaas jd d o goaam da meaura, g~rapbia que o. artigo,<br />

lhe d& .<br />

Attendendo. a que,. nos expreasos termon do art. 341.a do<br />

dito codign, o regedor da paroohia n!io 8 magistrado administcatiw,<br />

embora por delega~b do dr~iinistrador do concellto<br />

exerp funcpaes de administrap80 publica, e portanto muito<br />

men.08 pode ser: oonaidcrado cnmo ial o cabo. de p.olicia que 6.<br />

urn mero agente de policia pal,cchial;<br />

&ttandeudo. a que a dispo81gHo d'aquelle. art.. 357.0 b unia<br />

crcepsb ti lei cornmum, das ga~iantias individuaes <strong>dos</strong> cida-<br />

,diios, e. portant41 deve ser- sernpre restrictamente interpretado;<br />

Attendendo a que. a tendencia da legrsla@o administ~ntiva<br />

6 para a, abalipao completa d'esse p~.ivilegio, como ae manifevta<br />

nos codigoe arlminiatrafieos de 6, de maio. de 187.8 e<br />

de 17 de julho de 1886:<br />

Ha Sua Magestade El-Rei por bem mandar cleclaear aoo<br />

gover%~doree. das provinoias iIt~.atnarinas, que os regedores<br />

e cabos de pohcia, podetu ser datnanda<strong>dos</strong> ci~il ou criminalmente.<br />

pnr ihctcrs reiativos k suas. funoc;6es, sem. prbviik autoriea~fo.<br />

do goworno ou. <strong>dos</strong> mesmos governadoma; o que pela<br />

aucretaria. d'esttldo doe ncgocios da mal-inha e ultr~mar se<br />

communicrc an governa,dor g,eral da Estxdo da Iadia, para 08<br />

dev~doe effeitoao.<br />

A. auptopiaa$o 6 necessnria dnda qu~ndo o, funcc?onario<br />

accuaadp tenha cesaado de exeqcer as suas fup~raes durnnte<br />

s cusao. do processo, PP: R, de 1.9 outuhro 52 e 18 abril<br />

68 No rnesmo sentido re9olveu, a P. M. M. de I6 rasip 7.4,<br />

Fa, Angola, declarando que, qe o ~agistrads accusado rst~aes<br />

em. outre logar diverso do que occupava qua~do foi<br />

iwguido. abda assim, coqpele ao go1:ernadol: da prouincia,<br />

ode se pra6icou o facto, reaol~er wbre a ]icenl;a, porque<br />

a compctcncia ngo proqerle do logar ondc estA o i.ndivid~o.<br />

awuaado, mas do que occupava qu;~ud.o mticou o facto orb<br />

&.C~YS d0 quo 6 accusado. Yur 0. u. a. b: de 2:) j;mciro ?lo.


32 AR'I'ICO 15.O<br />

conseIllo do governo, as providencizs indispensavci%<br />

se resolvr.~ quo, rrpozar d'um magistrado adrniuis~rativo tcr<br />

sido iiimittido c h:tver rogressado para o roino, competia no<br />

governador da provincia ondc aqcolle servin, conceder ou<br />

dcnegar s liccuga para o proseguimento do processo instaurado<br />

contra o mcsruo mngistrado.<br />

A liconea nho B necessaria para a propositura da ac~Ho, mas<br />

simplesmento para a demnnda a qua1 priacipia, findo o processo<br />

prcpal+atorio, o s~unrns~*io de qucrelln na Elypothesc dc<br />

processo crirninal ordinnrio, e o corpo de dclicio no caso do<br />

proeesso suuimorio,-PI'. R. de 1 main 43, 5 jnneiro 44, 13<br />

dezelnbro 60, 17 jnneiro c 17 abril 57, P. P. C'. dr. Carvalho,<br />

tic 26 sctcmbro 70, Qrtcstbrs cza Aadirc pag. 441.<br />

lJara o cumpt.imento da disposigBo do tcxto, obscrva-sc o<br />

seguintc proccsso:<br />

0 agcnto do M. P. na comarcs onde se instauron o proccsso,<br />

pcdo a uutorisapZo rc~l~ettcurlo 5 secrctnrin gcral o tr.cslndo<br />

do summario corn o dcspaclio de pronuncia, documc!ntos<br />

t:sscnci:xes quo dao indicio velio~l~eutc dc qiic nao O cnluinniosa<br />

a acc~~~a~iLo,--L'P. K. de 17 abril e 8 agosto 57. Na<br />

sucrctari~r sc resorneu os capitulos (la accusapSo c c:n seguida<br />

1. ouvido o emprcgado nrgoido para dizor sobrc cllcs om<br />

tin] prnzo que Ihe 6 marcaclo. Voltsudo (J proccsso com a<br />

rcsposta, srjbc B apreciaqao do consolho do gnvcrno.<br />

A nnctorisnsho pqilt: ser 13edida tambc~n pclo juiz de dircito,<br />

-P. B. de 27 janciro 46. N&o 6 nneccssnrin qnando o proprio<br />

governo haja relnxado o cmprcgado As jos~ipas ( of. [la<br />

sccretaria gcral ao dcIcgndo do h1. P. em Bnrdea, de 25<br />

agnsto SO, h~ndado na P. R. de fi novemljro 74).<br />

No cnso dc se conceder a liccn~n, ~TLO 6 convcniente rnoti-<br />

~311-sc a Cnncesslio, para cl~ir? a opiniLo do gnvcruo nZo iuflun<br />

nh hceusnsho, cm dcsyavor do accusado. Vejam-se as notas<br />

no art. 357.' do cod adm., edi9to official de 1365.<br />

Como questto corrclativa, acrescente.sc que por 0. D. G.<br />

U. du 3 ubril 94 foi rcsoivido quc, em face dn lei vigentc no<br />

ultrnnlnr, nLo 6 obrigatoria a suspensxo <strong>dos</strong> funccionarios adniinist~,ativos<br />

que sejarn pronuncia<strong>dos</strong>, ainda mesmo quo tt<br />

l)n)nuncia tenlls passndo em julgado, devcndo, comtado, eutendcr-so<br />

qiin o govcrnn ou ol; govcrrladores, conf~rmc a cntc:;ovia<br />

dus fu~~~:olor~arios, tcm a facul~1;ttlc dc proccdcr corn<br />

rcjl:~c;~to n ci;scs funccior~srios segundo as circumsLancias indi.<br />

cnrcm.<br />

para acudif a alguma necessidade t.20 urgente clue<br />

nEo possa esperar pela deci~lo das c8rtes ou clu<br />

governo (I).<br />

NIo se considera urgente, e pol. igso nffo 4<br />

permittido aos governadores :<br />

1.0 Lanqar impostos e alterar, ou augnentar os<br />

.estabeleci<strong>dos</strong>, ou aniicipar a sua cobranp ;<br />

2,Vontrahir emprestimos, except0 em caRos<br />

extraordinarios e de urgentissima necessidade, n%o<br />

podendo, ainda n'esta hypothese, verificar-se o<br />

emprestimo .sem yoto affirmative do conselllo (10<br />

governo ;<br />

-3.O Estabelecer monopolies ;<br />

4." Fazer cessGo, ou troca de alguma parte do<br />

kenitorio da provipcia, - ou d'aquella a que a naqRo<br />

denha direito ;<br />

5." Alterar a lei das despeza.~ da provincia (2) ;<br />

(1) O 5 2,' do art. 15.O do primeiro acto .additional ir<br />

aarta constitutional diz :<br />

aEgualmente podertI o governador geral de uma provincia<br />

nltramarina tomar, onvido o seu conselho de governo, as<br />

grovidencias indispensavejs para acudir a alguma necessidade<br />

80 urgente que pHu posea esperar pela decisgo das cBrtes ou<br />

do govern?;).<br />

A P. hl. M. -de 9 outubro 62 declarou que as faculdadss<br />

administrativas que ao governador geral .di o cit. S, 2.O do<br />

art. 15,O, sLo de uso mni reatricto gara casos graves e imprevistoa<br />

; e a C. I$. $1. de 19 do dito mez e annn, que o govermador<br />

geral n?io pode, nem deve usar d'aquellas taculdades<br />

para augment0 da des eza publics ordinaria ou extraordinaria,<br />

.que n8o seja mot~va d" o em caso imprevisto de guerra, insurreipgo<br />

.ou aalamidade publics d'outra origem. 0 mesmo pres-<br />

.creve o art. 23.O do J). de 88 depsmbro 82 e a C. N. 11.<br />

de 23 janeiro 83.<br />

(2) Vide os artigos 25.O a 29." do D. de 29 dezembro $13<br />

transcript~s atraz a pag. 17 ; assim como as instruc~Ges rbgias<br />

me 24 janeiro 83, art. 7.O e seu $ unico, e o D. de 28 dezembro<br />

82, art. 23.O. 0 R. da adainistraelo de fazenda, do<br />

S novembro 89, estaboleccu os preceito~ legaes sobre as


34 ARTXCO 16.' N.' 6.'<br />

6." Crear ou supprimir empregos, aupeutar-lhes<br />

os ordsna<strong>dos</strong>, ou dimittir emprega<strong>dos</strong> de nomeaqao<br />

rQia (1);<br />

despe~as publicas, e dh aos governadores das prorincias ulb<br />

tramarjnas a faculdade dc ordcnar com a deliberapiZo do<br />

conselho do governo o pagamcoto das despezas a fazer, quando<br />

occorraln circumstancias cxtraordinarias (como inunda~j.0,<br />

iucendio, epidcmia, insurreipzo, guerra intena ou externa e<br />

semelhantcs, vide o precit. art. 23.O do D. de 28 denembro<br />

S2), devendo dar immediata conta ao governo,-artigos 171.'<br />

e i72.0.<br />

Sobre as despezas das ohras publtcas em especial, vide a<br />

cit. C. U. l1. dc 19 outubro 82 o o D. de 20 agosto 92.<br />

(1) Pela legisla$io anterior tambem era defeso aos governadores<br />

dimittir ou cxonerar, ainda a pedido, 0s funccionarios<br />

de norneapgo rBgia,--PP. bl. If. do 23 fevereiro 65 0 23<br />

janeiro 66, para Mo~ambiquc. NLo poder2o porGm, os govoruadores<br />

dimittir 03 emprega<strong>dos</strong> cnjo provimcnto lhes pertenco<br />

nos termos do art, 13.0, n." 3.O, do D. organico de 69 1 At6<br />

aqni sempre se estcndcu que o podiam fazer, e nunca se<br />

suscitou questlo sobre tal colnpetoncia ; mas o D. sobro cons.<br />

do S. T. A. de 26 abril 94 recurso n.O 8.814, esbbcleco<br />

doctrina contraria, pelos scguintes fundamentos :<br />

aconsiderando que, nos terluos do art. 13.' do decreto corn<br />

forqa de lci de 1 de dezernbro de 1869, competem ao goveri~ador<br />

gerai como governador civil todas as attribuipiics, quo<br />

pelo codigo administrativo o mais leis competem aos governadores<br />

civis das ilhas adjacentes;<br />

Considerando quc, sogundo os artigos 345.O e seguintes<br />

do codigo administrativo, aos governadorea civis das ilhas<br />

adjacentes apenas compete suspender, nos termos do art. 224.O<br />

n.O 11 do nresmo codigo, do exercicio e vencimcnto to<strong>dos</strong> os<br />

cmprega<strong>dos</strong>, quo estlo debaixo da ma inspecplo dando immediatamente<br />

conta ao governo quando a suspeastlsto recahir<br />

em erupregado de nomeap"a rbegia 011 de nomeapk popular,<br />

ou qualquer outro qne seja pago pelo thesouro ;<br />

Corsiderando que, nIo estando comprehendida a faculdade<br />

de dimittir entre as attribuipBes <strong>dos</strong> go~eruadores civis dm<br />

ilhas adjacentes, 8 evidente que a6 pelo governo pdde ser<br />

exercida, como tam sido declaredo por differentes portarias<br />

erpedidas pclo ministerio do reino ;<br />

ARTIGO 15.O N.O 2.0 35<br />

7.qazer rnerces pecuniarias, ou honorie-<br />

Considerando que, nos termos do art. 15.O' do decreto dc<br />

1 do dezernbro de 1869, o governador geral pode, conformu<br />

o 5 9.O do srt. l5.O do 2ct0 additional, tomar, ouvido o cop<br />

selho do governo, as providencias indispensaveis pars armdir<br />

u alguma necessidade tto urgente que nzo pssa esperar pela<br />

dcciszo das cDrtee ou do govern0 ; e que, segundo o n." 6.O<br />

do citado artigo ngo 6 considerada ugente, a por isso nao<br />

6 ~crmittida aos governadorcs a dimiss"a <strong>dos</strong> emprega<strong>dos</strong><br />

de norneap2o r6gio nos qmes se nLo comprehendem os escri-<br />

TZes das adrninistrap8es de concolho, que s30 nomaa<strong>dos</strong> pelos<br />

mcsmos govornadores ;<br />

Considerando, porhm, quo a dimissso do recorrente<br />

(escriv80 da administraciio do concelho de QuepBm) niio era<br />

urgente, nom essa raao Be allegou ou invocou na portarh<br />

quc o exonerou ;<br />

Considerando que, em vista dc que fica exposto, B manifesta<br />

a illegalidada da decisHo recorrida por incompotencis<br />

do govcrnador para dimitir o recorrente; etc~.<br />

Estcs consideran<strong>dos</strong> SXO do facil impugnac80, porquanto,<br />

pelo proprio art. 13.' do D. organico, citado no primeiro con-<br />

siderando, ao govcrnador geral 11x0 36 compelom todas s<br />

attribui~ijes <strong>dos</strong> governadores civis das ilhas adjacentes, mas<br />

ainda as designadas nos n.OS 1." a 8.O e no 5 unico do referido<br />

art., alGm de varias outras mencionadas cm diferantos<br />

logares do referido diploma que alterou profundamente o cod.<br />

adm. dc 18 marso 42, c o mandou considerar em vigor corn<br />

essas altera~aes, como sc estatae no art. 76.O. Uma das principaee<br />

foi a disposipzo do art. 1.3.' n.O 3.' que concede aos<br />

governadores a faculdade de proverem dejnitivanrcnte to<strong>dos</strong><br />

os empregos publicos, cujos vencimentos nHo exceda~<br />

3004000 rbis, facuIdade que d'antcs nHo tinham o estava reservada<br />

ao governo, AS restric$ges correlativas do cod, develn ,<br />

portanto, desapparecer, sendo certo que a mesma excepqao<br />

do governador n2o poder dimittir emprega<strong>dos</strong> de nomeapzo<br />

rbgia, firma a regra em contrario, isto 8, a cornpatencia para<br />

ciimittir emprega<strong>dos</strong> de nomeap%o provincial. O adminisbador<br />

de concclho B nomeado pelo governador,-art. 13.0 n .~ 4.0<br />

que rcvogou o art. 240 do cod. (vide a nota (1) a Pag. 24);<br />

n:io poderd ser exonerado pcla mesma autoridade '2 Nlo so<br />

deverh considerar, ao meemo tempo, revogado o art. 348."<br />

do cod. ?


cas (1);<br />

8." Approvar o estabeIecimesto de companllias,<br />

ou de empresas corn l~rivilegios eselusivos ou subsidio<br />

do governo ;<br />

Mas ha ainda mais. A. C. BI. hI. de 3 margo 71 ordcnou<br />

que os governadorea das provincias nltramsirinas, quando<br />

nonaeurem ozc exonernrern algum empregado, assim o participeln<br />

ao ministerio da marinha. So elles podem exonerur empl<br />

egado algnm ( jA se vC de nomeagiio provincial ) para que<br />

veio a C. determinar essa cornmunicap2io?<br />

Finalmente, parece que o douto relator do rccnrso cnl<br />

c111estZo n?io attendeu a urn <strong>dos</strong> princ~pios cap~taes que dolninam<br />

o D. organic0 de 69:--atargur n espkera das altrihrci.<br />

cdes da autoridade superior nor ramos da odntinistraqiio qttc<br />

propriamenle lhe incuntbenc. . . .dimmuindo r;wrfo a rorrespoltdencia<br />

corn o governo da n~clro ole, co~no so pondera no rela-<br />

tori0 que precede 0 mcsmo 6.<br />

(1) hlantida a faculdade concedida aos governadores do<br />

distr~cto de Timor por prov~s0es <strong>dos</strong> antigos vice-reis da India<br />

e por ordens rdgias, para darem a patente de coroncl<br />

aos reis d'aquelle paiz, e as de ofiiciaes aos chcfcs indigenas<br />

por scrvi~ns presta<strong>dos</strong> ao governo, sem que similhantes mcrc8s<br />

careFam de confirmap80 rhgia ; devendo, comtudo, havor<br />

escrupulo na cnucessZo das ditas mercis, -P. 11. lI. de 19<br />

marso 70, para JIacau.<br />

As propostas <strong>dos</strong> governadores para as merces honorificas<br />

dcvem ser acnmpanhadxs da espos~plo <strong>dos</strong> motivos que<br />

as posssm recommendar,-C. M. M. de 2 norembro 63.<br />

As propostas on requerimentos para, a concessao de distincpics<br />

honorificas para galardoar servipos presta<strong>dos</strong> em occasiao<br />

de epidemias, devsm ser acompanlladns de inl'ormagiies<br />

miuuciosas acerca dc laes servi~os, e, quando se refiram<br />

a algum faculbtivo, tambem do relatorio da cpidernia por<br />

elle feito,-C. 31 R1. de 31 marso 71.<br />

Rccommendado aos governadores que nZo proponham para<br />

serem agrac~a<strong>dos</strong> com merc&s hono~~ficas, sen50 iudividnos<br />

a respeito <strong>dos</strong> quaes se provc, alkm do ind~spensavcl meiecimerltu<br />

pessoal, quc prat~caram acytes prestantes e sarvl,<br />

50s d~stinctos,-0. 1). G. U. dc 19 marco is.<br />

Infor~naqtcs que so devem dar sobre os processos para a<br />

roncessiio da medalha de serviqos no olharnar,-U. 11. 1\1. de<br />

25 junho 93 e reg. app. por D. dc 18 janeiro 93.<br />

ARTIGO 15." N.' 11 .O 37<br />

9.' Alterar a organisaqi%o do podcr judicial ou as<br />

leis do processo;<br />

10." Suspeilder juizes do seu esercidio ou veiici-<br />

meatos;<br />

11 .' Alterar o valor da inoeda (I);<br />

(1) Em conform~dadc con1 o dlsposto no art. V do tratado<br />

luso-britauniro do 46 de~embro 7S foi feita cntre o gover<br />

Dador goral d'este E~tado e o da India, britannica a conven.<br />

c;zo do sgstenja du moeda, pesos e medidns, a qua1 foi asbignnrla,<br />

por este em Calcutti aos 18 dc rnarQo, e por aqnelle<br />

@In Pangirn aos 12 de abr~l du ISSO. Vide o Act. XVlI cle<br />

1881, do governo geral da India britannica, Bolsli~~r Oficrnd<br />

n." (i8. Em virtude d'esta conven$io, doviam sur cunhadas nu<br />

segu~ntes moodas:<br />

Pvuta-Rupia, pcsando 180 grBos troy.<br />

BIcia-rup~a, 90 gritos troy.<br />

Quarto do rupia, 45 gr:i1)3 troy.<br />

O~tavo dc rupia, 521/.3 graos troy.<br />

scndo a composi~%o typlca do +; de pratn pnm e dc ih dc<br />

lip, sugeita a umo 1)equeu" tolerancia cm peso e composi$Zu.<br />

Cotre-Meia t;l,nga, 200 griios troy, correspondendo no<br />

dnplo paissi ou nleio annri JJ. India bi~tanni~a;<br />

Quarto de tang&, 100 grzos tluy, correspondendo ao paiss:i<br />

indo-bntnnnico.<br />

Oitnvo de tauga, 50 gSos troy, correspondenclo ao lacin<br />

paisn;i indo-britannico.<br />

Real ou de tanga, correspondendo ao pie indo-britannico,<br />

havendo urna tolerancia nlo superior a 2i em peso.<br />

0 valor em cobro dc uma rnpia portugueza 6 de 16 taagas=U4<br />

quartos de tangas on paisstrs=192 rhis on pies.<br />

Tambela se permittiu na India Portugueza a emissJo do<br />

segainte papel moeda (art. 12.' da cunv. andado cumprir<br />

veIa P. X. N. de 14 iunho 801:<br />

a Notas de cobre ds 5 rupias.'<br />

Notas de prata de 10, 20, 50, 100 e 500 rupias, n%o podendo<br />

exceder a quantidade emittida a 4; do valor da moecl:~<br />

em c~rculapito.<br />

Damos em segtlida nma nob da moeda indo-portugueza 0<br />

do papel mocda emittido desdo e durantc a vigencia da cil.


12.O Estatuir em contravenqiio (10s direi~os civis B<br />

politicos <strong>dos</strong> cidad5ios;<br />

conven~iio:<br />

Moeda dez prata<br />

fitpias . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . 1.762.901 :00:1?0<br />

Bieias rupias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178.52G:08:00<br />

Quartos de rupia. -. .. . -. - -. . . . . 117 .F87:00:bO<br />

uitavos dc r~lpia . . . . . . . . . . . . . . . I I 3. T 1 i:OO:(k)<br />

2,171. G %:us~~<br />

Noet'a de oolxe<br />

Quartos de tangs . . . . . . . . . . . . . . . 113.159:12:03~<br />

Uitavos de tanga . . . . . . . . . . . . . . . SF .S5O:GO:OO<br />

%10.0U(J:i2:1I3~<br />

hTZo sc cunhara~n as outras especies<br />

designadas na convenp2.1, e tendo o gon:~dor<br />

da presidencia de Eombainl iuforlnado<br />

em 24 do dezcmbro dc 1885 nzo<br />

(;star montada a machina pala a cu.<br />

nhagem do T2 de tanga=l real, fui recluisitnda<br />

e se recebeu moeda inglem<br />

eqaivalente, o pie do cunho indo-bri-<br />

tanuico, na importanc~a do. . . . . . . . . . 14. FS 1:10:11'<br />

-- -<br />

224.6Yl:U7:U3'<br />

Pagel moeda<br />

Notas de 5 rupias 3.970 . . . . . . . 19.8jO:OO:OO<br />

P do 10 rupias 2.400 . . . . . . . 24.000:00~00~<br />

u de 20 rupias 875 . . . . . . . 17.500:00:00<br />

r dc 50 rupiss 31u . . . . . . . 15.500:Q0:'00.<br />

P de 100 rupias 100 . . . . . . . 10.000:00:00<br />

m dc 500 rupias T8 . . . . . . . 9. 0OO:OO:OO<br />

96. b60:00:06<br />

A moeda de prala entrou em circula@io em 1 de maio ,jc<br />

RSl e a de cobre e n 4 de outnbro do lnesmo annol-P~.<br />

30 abril o 4 outubro 81;-o papel ~noeda em 1 de outubFcl<br />

de 1883, P.1'. de 27 satembro 83. Vide 06 do inspector de<br />

fhzeuda provincial, Navarro d'dndrade, d secretaria do gover.<br />

no geral, datado do 8 de agosto de 1891,.<br />

Por terom sido em devido tempo denuncla<strong>dos</strong>, deinaram de<br />

13." Perdoar, iilinorar, ou comnlutar penas e con-<br />

ceder amnistias (1) f<br />

vigorar em 15 janeiro 92 o dito tratsdo Inso-britannico de 26<br />

deecmbro 78 e as r~spectivas convany3es snpp!r~~~~l~tal.es, ill.<br />

clzindo a de que fallAmos,-Av. da dlrocpfio rltts c~~ns;~lii<strong>dos</strong><br />

c <strong>dos</strong> nrgocros commercines tlu ministoriu do\ estrauge~roa<br />

dc 13 julho 91, D. G. n.O 154.<br />

(1) tA amnistla b llnl acto dc clernercia do pnclcr moclerador<br />

auctorisado pelo artign i4.O 3 S.' dn carrn const~tacioual,<br />

quanclo asslm o nconselhtim a li~unnniclade e o he111 do<br />

Ihtado.<br />

0s scus effcitos $50 o ccbric com o cterno esquecitncl~.<br />

to os crimes, delictos, contrnveogGes ou attenta<strong>dos</strong> a C~IL~<br />

clla se applica, i'iizcr eesaar n cuntinita$io dns proccssos curl-<br />

11.a os anctort~s e cumpl~ces do facto anlnistiado e abolir nh<br />

cou:cqnencins do julguiucnto a respcito <strong>dos</strong> rdus coadcs~n:l<strong>dos</strong>.<br />

Ihse acto equivale portanto B abnli$o dn inculpny%o, q ~ri~~.<br />

:\rites, quar depo~s dojnlgamento, e n'isto se disting~~~ esscrlclalmendc<br />

da concesslo do perdzo on uso do dire110 de ~I.:IF:<br />

a~lcltorisado no 5 7.O do mesmo nrt~go, pois q110 csse 56 tern<br />

logar depois de pxssada en1 julgado a ~entenca couden~l~at,g-<br />

I-;%, e nZo lava, coino aquella, a ~nacula do crime, neln estiu.<br />

guc os efeitos civis da condetnnac8u.<br />

A amnist~a, scgundo a lei, 6 o ebquecimcnto <strong>dos</strong> f~ctos :\<br />

que B mandada applicar; mas apcsar d'ibso nern prejudic:t ,i<br />

ac(;?io civil por p~rdas e damnos, nem tcm effe~to rctrunctiri,<br />

pel0 que pertence aos direitos lo~itirnamenta adqnlridus pi11<br />

tercciro. (Cud penal ant., art. 120.', 5 1 ').<br />

Na sua applicaq%o comprehendem-se nzo so os fmtos qurfi'ella<br />

siio expressamcnte deslgnadm, mas os qne const~tirlram<br />

circutnstancias aggravantes d'etlcs e os accessorii~s, q1rcd<br />

foram cotnmetti<strong>dos</strong> sbtnente para prcp:var on fncilitnr n cxccup,"lo<br />

<strong>dos</strong> crimes que declara, se a pnh que tiqnellcs 6 itn.<br />

posts pcla lei, n8o fGr mais gravc (cit. ccld., art. 120.'!,<br />

c .. 2.O). - ,<br />

Alem da differenta carncteristica j:i ir~disada ent~e :i<br />

alnnist~a e o simples perdto, acresre aintln fund~rnenral~~cnt~<br />

I-Que aquollo toma por objcetivo o facto iucriwinnd~),<br />

emquanto esta se dirige especialmente Q pesson do dell~cqucute;


11-Que a primeira aprovei~a do pleno di4to n to<strong>dos</strong> quautos<br />

$0 a~har.-~n envolvi<strong>dos</strong> na rcspc)nsabilidade do fncto amnit;t~:tdo,<br />

auctorcs ou cu~npl~ceu, sem necessidade dc quo os seus<br />

uomcs sej:~m dcs~gua<strong>dos</strong> expressamenle, emquanto o scgnndo<br />

96 6 applicnvel e s6 aproveita 8 pessoa a quem axpvessa-<br />

,nc.nta e corlccditlo;<br />

111-Que a prinleira in~porta a remissSo absolata dc todcts<br />

11s cffcitos da iucr~minapSo, co~n as lin~~ta~i;es qnc ticntn aporrtadas,<br />

cmquanta o segundo pJde verificar-se por s~u~ples com-<br />

111ut9~5n de 11~113, c ~uestno, no CRSO de perdao completo (1.r<br />

l>cfia, dcisa sxLs~stir to<strong>dos</strong> os cffoitos cir~s cln conde~unaq:~r>,<br />

ouluu pagamento de cu~tas e outros, e n5o rcstitue cs d~rolms<br />

politicos de quo a coudemun~Ro prirou o cri~~ri~~oso, sr.<br />

tl'issc se n&o fisor eapl-essa n~en$Po. (cod. penal ant., a1 t.<br />

121.O);<br />

IV-Qne a prinleira nZo torna o amuistiado rcsponsnvcl<br />

pclo aggravamento da pen3 qus a lei 11llpGe i rci~~cldencl-1,<br />

cluando estn tcnha lognr, emqunnto o segundo drixa o agrxciado<br />

ou iudultado sugei~o, nn mesma hypo~hese da reluciciencia,<br />

a todo o aug~nento da respousab~lictade penal.<br />

Birldn nos motivos qno a determinaln c nos scnt~rncntos<br />

~ U prscidem C i sua concess5o Ila uma difi'erenya enormc entro<br />

uma e o ontro.<br />

k:mquanto o inclulto ou n, comm~t.~cTio dc pcna 8 on rlevf:<br />

scr ditado pelos seutimertos da equidade e clerncucia par,t<br />

coin os desgra~u<strong>dos</strong> qnc se reconimeodam 011 pcla in.<br />

Ju~~ip dacondcmnap80. ou pelas provas qne hfto dado (lo<br />

sea ilrrependimcnto e da saa rehabilitagAo moral, a amnistin<br />

& cLnasi sclnprz, sen20 sempro, urn acto filllo das conveniencias<br />

pollticas e deter~ninado por cousiderapiies do ordem pu-<br />

blics, ern que nem os sentirnentos do humanidade, nem o<br />

desejo de reparale injust~pas avultam como rnotivos.<br />

hssirn e em regra 56 por occns13o de perturbapBes politi-<br />

cas, que hajam produzido urn profundo aha10 na vida social,<br />

00 costumn lanqar miio d'esse malo, como sendo urn poderoso<br />

alcmento de psc~ficaq$o <strong>dos</strong> espir~tos e urn meio efficaz contra<br />

as desastrosas consequenclas das luctas intestinas,.-PerdigXo,<br />

cit. Apo~~tamc~rtos de dire~la, vol. I pag. 21 1. V~de n<br />

art. 125.0 n.O 3.' e 3 1.0 do cod. pen. de 1889. Consulto se<br />

o artigo Amnistie no Diclioniwire Gindralr de la Politique por<br />

AI, Block.<br />

11 .' P1.nvey I,cneiic*io.: c:~~l~ci:~~; (f )<br />

15.0 Defi~iir os liulites do tun.itol.ic, c11nl out,l-ns<br />

nng6cs;<br />

1 ii Toncccler bcncplnc~tos a cjuacsq uer ~ G G(,ti,s I<br />

de concilios, Iatrl~s al)ostolicas ou ~u~tsultas ccclcsiasticas<br />

(2);<br />

(1) DL-sc o nomo do bcncficio, scgando os theologos, an a ,fic*in<br />

ecclesiastico, s quc anda~n pcrl)ctunr~tcnto anacsos cer! rli 1 1\11<br />

dimcntos (Cauczll. port? 11, cdp 43 " $ 1 '' ) Nos cst:ctu[,bs 11:r<br />

univcrsirlndo de (loimhra, lirro 11, tit. 8, cap V1, d{?f III:III-SV<br />

os bencficiss ccclcsinsticos culiir) sendo ofictus e ?nirlistetzos flu<br />

igl-ejft, y11c so co7zfirsm aos clcrigos pavn trcrbnlhnrc~~r e nfrirl(~re?~~<br />

na miltcia dc Ctivisto. D'aqui se vG quc o bcncficio, st; par<br />

urn lado conferc dircito a uma vantngcm. par ontro in1p6c<br />

dcveres e encargos, cujo dcscmpeuho colistit~~o n fim rln eun<br />

cre.~c$o. Leis espcciaca regulnu~ na India o pr.,-:ln>en\n d(2s<br />

bcneficios ecclesiasticos,-DL). tic 2 janeiro 0 9 dezombro<br />

62 e de 14 outubro tiS<br />

(2) Boncplncito 6 o ncto exprcsso do acct:~tnp:io dns<br />

bulIas, rcscriptos ou outras letras apostoliczrs, dccrctc~s <strong>dos</strong> cou-<br />

cilios c qaacsqucr coastitni$iics ctcclesiasticos, pelo qunl se nutorisa<br />

quc;. cstos diplonlns sc publ~~~ue~n c tenham uxccuy>o<br />

no reino. E conhrcirlo nnq chant~cllnrias pclns donom~n:~c;i~t.h<br />

dc place(, exequalur, pccrcntis, litl~rae pntel~tes c ~~,~lus dc prt+<br />

blica~ao.<br />

A faculdadc da cnucess&o do I~onrplircito csth rcs~rvorlt~ no<br />

Rei, como chcfe do poder execulivo,-art 75.O 14.d ds c:rrtn<br />

constitucional, c scm aqnt,lle b~neplacito n>u p~~dcm sor publicadas<br />

e tcr e~ocuy&o em I'ortlcgal, ncrn scr curo;)riclns 11el(,b<br />

cidsdaos portuguezes as bullas, bruvcs on quaosyuer dctcrrilinnc,?ica<br />

cla curia. rornans. A iicl uLb~r\ ilncii~ d'es~cs prccciic,b<br />

constitucionaes foi mtuto exprcsuamcnte reco~~mendada n<br />

to<strong>dos</strong> os prela<strong>dos</strong> das dioceses do rcal padrmdo du dtj.,rmar,<br />

p-e:a P. &I. bf. de S agosto 63, e cspecinlinente para<br />

a arch~dincese de C+oa pcla de %a ontubl o 8.1 n proposito da<br />

pnblica~lo. feita no Boletint Ofl,cinl,, da encyclicn Iftimatcum<br />

I MI US, de 20 abril 84,-e peln tic 6 msrpo 89 p r F;e ter 11u.<br />

blicado umn cart:\-e~rc.ul:v do c:~rrleal sccrctnrlo d'E.slnd1. dr<br />

Su:r Santidade, datnda de 21 d~~c~nbro 88. Yvja ac o Jirctr.c+,<br />

drrr rnruirwis rius d~gjta~ p:lrc~ tlv ~a1110, sc:.s2ir (i(. !V :il~ il 49.<br />

A citada P, dc 8 agcrstrl 63 h~~lur.r;tntio a orreom o r:rt11uYio


4-1 ARTIo(1 " N ' 1 6.m<br />

-<br />

-.- - - --- -.--c:\tl,llllco<br />

(:ump~*c tllais n%o csclucccr quc osEe dtrctto inconcuaso da<br />

~.urli:t ~~ort~~guczit u:~o estd, sb esarado nns Icis do reino, tern<br />

SIIIU conutnntcrucntc rcconhccido pop coocilius, ycln pmpri:b<br />

mntn s6 opostc~lir-n, e ~,alos aeua delega<strong>dos</strong> on represents~ltes.<br />

Egy(lio illartins e Pedro dc Velasco, embnixadores do<br />

scnllor rci D Jogo l ao concilto de Constmsn, protostaram<br />

pomnfe o mcsmo concilio qtxc as suns iIecis"o~ nEo terixm<br />

euccur::o ilern ~1ll~dieuci:t ctn Portugal, serratr nPsqulllo que<br />

1)~:)~s scnf~ol~cs rcis d'cstc rcino fos3sse permittido e natorizado;<br />

e eztc. ~l~cltostu, :tcccito lror aquclln mc~noravel asse~nblha em<br />

quu :. cgr~j:~ universa1 se schab-a represuntarla, foi incorporado<br />

na scsszo 3'2.'<br />

0 s:lntn pallre Grrgorin XIII, no brcve Exponl no66 dc<br />

25 dc :thlll tlc: 157-1, quc foi levndo n prolutllgar cm raeiio<br />

d:15 difi~uldadeb opp,stas n'ostc? rc;no d pul~l~cnr;lio da bnlla<br />

(la cLr, rcb.rlvon (


-. -<br />

nlclhg~rcs lntnitos o-ltrns c~)usidc:ra\ir:~ xc h::jnm rntorpoatr, e<br />

importar~do sobrcmocto qnc os rcvurclldo~ prelador tlo ultramar,<br />

os seas ssff~agancos. ou gouernadores, ou vlgarios c;\pitularcs<br />

e pro-vigarios das respectvas dil)ceses, su uZo npnrtcm<br />

jdmais do que tcm s~do strictamente obscrvndo pclos<br />

senhores reis de Portugnl, e pclos respectlvos governos el11<br />

to<strong>dos</strong> os tcmpos, segundo as msximas por que sc regulou<br />

n predadc d'aquelles catholicos sobcranos e doutos vnrDes,<br />

conv6lu 6ubclt:ir a iuteira, cuidn<strong>dos</strong>a e pontual obscrvancia<br />

dxs leis, pclas qua08 nenhuma bulln, breve, rescripto ou doterrninapao<br />

apnstolica, de qaalquer naturezn ou denorninapdo,<br />

expedida em nome da santa SO, on do nuncros, oo dr qu:~csquer<br />

outros delega<strong>dos</strong> apostolicos, sc possn ex..cutar n'nrluellas<br />

dioceses do real padroado, scm precedcr o rCgio placst, quc<br />

autorisc a sue publica$50 r? exccwj.20, dnda rnasmo qnaudo<br />

sejnm remettidas directamente em carta ou officio, porqne<br />

n'este caso deverzo sor dcvolvldas pula mdsma via, dcclarando-se<br />

nzo sor permittido. pelo dlroito do reino. dar-lhes ct~tnprimento,<br />

scln o refcrido real bcneplacito.<br />

Este influxivel principio da Ieg~slayZo patrin, cuju firn B<br />

obstar a qualquar perigcrsn invasHo nn soberanin temporal,<br />

ern prrjuizo <strong>dos</strong> dl1 citr~s da co10a, c da llarrnonia quu dove<br />

roincrr outre o i~upcrlo e o soccrdocio, pndece umn nnira<br />

excepp80, qnc expreaaa~r~entc rcspoita aos rcscr~plos d:r penttenciaria,<br />

nos ter~nl*s dn c:~rta r6;ia de 33 dc agosto de<br />

1770, sendo quc, pa.ra m.lis su fortalecctr tal di~wito, nBo<br />

orulttiram os ~o~isladores o torual-o 011iecto de particular I:<br />

scvera vigilanc~a nos modcrnos codigos (a).<br />

E porqrlc a S~ia 31agesta,lu toea mantel illcso csse dirc~to,<br />

colno rcr e soberlno ~udu~eudcnte, c:)rno protector e pndrociro<br />

pelos titulos dl: dotny.:~o e fundac;%o, roconlieci<strong>dos</strong> nas<br />

(a) Refcrindo-sc A csrc pcnodo d,! P. supra, escrcvi: o dr. Chavcs<br />

e Castro quc n c\csp~~o dcslgn~dn nZo podc su,rcnt,~r-sc<br />

em face do art 75 :, r+,." Js Chrt3 COLISU~~CIO~;~~, do drt. SL.~ 11.~<br />

XI1 da constlru~$,Xo dc rh35, c do tlrt tjS: n: 2.O do cod. pctl ,<br />

sendo ~st;t lr;~islrl@o, ~ocroL~orrl,lr~ peki prnt~cit i~n,tnn~c'mzntc' 01)-<br />

scrvoda n este rcspcuo;-quo, pol i%o, :i P. L~L 12 scrsmlrto (13<br />

dzneqou o bcncplazito rcgio 30 rcbcrlpto ponufi;io fit I.rcil.lli~.~c<br />

reg~i; &I 11e junho do me>mo XI~I~O, eapadrJo pcl2 >~l;ratl:! Idcol-<br />

[enclrnx, re1 ~tivo oo ~~i'ovrtlislItu e coll.lsio deb, t,~. lsti,,lu\ L CLICspasrlsos<br />

d:, egr


45<br />

dR1.100 18 " N.* 2.O<br />

- -<br />

Art. 16.0 Sei-~~prc ~ U 0s C g~~-er)~:tdor~t; tomnre~u<br />

providencin superio~ 6s suas fitcnl[lades c;rdi~lari:~u,<br />

da6o conta ao $overno pela prinleira ina,ln quc vivr<br />

pa~a o wino. Esta coih serli lnotivacla e vira acornpai~hnda<br />

das respectivas actas do coizsell~o do goverilo<br />

Art. 17,"ua.ndo o governador gerczl julgar neccssaria<br />

ou convel~iellte a rovogac;%o, i~~odifica@o o1r<br />

substituiqiio de ynalq~~cr lei ou disposipiio legislativn,<br />

decreto ou disposiqgo do yovenlo, re~vetterd ito n~illisterio<br />

da marinhit e ukraulrtr n propostkt ou prol)ostas<br />

que julgar conveaiusltes.<br />

Quando as pi-opo~t,as ~.~speitareln B disposiqKo<br />

legislativa, 6 necessai*ii.tmente ouvido antes o conselho<br />

do governo, e alh Zeste it jxmta da fazr:nda<br />

(1) se o objectto por sua naturezn o exigir.<br />

Acompanhar%o as propostas as actas das sesshe:;<br />

respectivas, con1 a opilliBo motivada do governador.<br />

Estas propostas nio ljodem scr pelo govcrnador<br />

declaradas em execuqiio, aindn que provisorianiente,<br />

S~\~fV os C:ISOS de ~rger~cia, confornlc<br />

o disposto no 5 2.c1 (10 artigo 15." do ;iota ac!c\iciond<br />

(2).<br />

I!).'<br />

Art, 18." A]&nl clue su esbibclccc I:B ~ 1 .<br />

1150 pScle 0 ggove~nac'iou gar:xl:<br />

1." Sahir rlos limitcs dn provincin scl\i<br />

licenqa ou ordeiu do govcrno;<br />

2.0 Conccdcr 1icen~:t a qllaesqxxer anyrcgn<strong>dos</strong><br />

ARTIGO 18.' N." 2.'<br />

--- 4 9<br />

rr sallirem de provincia soh qualqucr preterto (1)<br />

(1) Aftewdo corn raspeito S concessXo do licen~as rc-<br />

gistadas,-1). de 9 jnuho 92, cujas disposisiies slo:<br />

#Art. . 1.' 0s governadores geraes, os governadores de<br />

pravincia e os do districtas autonomos ficatll auctorisa<strong>dos</strong> a<br />

conc.eder llcen~as registndas at& seis ruezes para sere111 yosadas<br />

dentro nu fJra da Bren da re*pectiva j~~~*isdic~Ho, e<br />

q~mndo lhes furom pedidas, aos filnccionarios da sua provincia<br />

ou districto autonorno, que tivsrem nomesgZo definitiva,<br />

mediante as cnndigca n'este decreto designadas.<br />

Art. 2." O funccionario quo preciear de licenpa pars gosar<br />

fhr~ da ~rovincin 011 districto autonomo deverS reqtterel-a 6<br />

sactoridade superior administra~iva, depositrrndo, no crrso do<br />

Ibe ser conot!dida, no cofre da respectiva thesouraria, a impnrtancia<br />

ds ysdagem de regvesao.<br />

unico. A ~lnpcrtnncia do depoaito sera, restituida aos interessnrfos<br />

no case de exonera~zo, traneferCncia ou mortc do<br />

funccionm.io liccnciado.<br />

Art. 3 . q liceupas ~ de que tra tam os artigos anterioras,<br />

~nando rrspeitetn a juizes ou quaesquor outros empregadcs<br />

jodiciaes, d poderzo ser conferidas quando os presidrntcs<br />

rIas relaciies, nns provincias onde as haja, informecn que<br />

113 inconvenicn~c para o servip em serem concedidns, de.<br />

veudo precedcr tambem informa~30 favoravcl do procurador<br />

d~ coraa e fazenda, se 0s interesaadoe forem delga<strong>dos</strong> d,,<br />

xninisterio pnblico GU fuaccionarios dae cooe.ervrtorins.<br />

$ uuico. Tratando-s~ de emprega<strong>dos</strong> judiciaes, onde nao<br />

hajn relapiio, exigir-se-ha inlormapBo favoravel do juiz dtr<br />

cumarca; na mesma hypothese, e tratando-se <strong>dos</strong> funcciona.<br />

rins das conservntorias, R licenea s6 pod,! ser conct?,lida<br />

mediante iuforma+?o favoraveI do reapectivo delegado.<br />

Art. 4.O Quando forem da classe ecclesiastioa os emprega<strong>dos</strong><br />

que requererem licenpa, 66 poderL esta Rer concedida se<br />

8 a~lctoridade superior ecoleaiastica iuformar favorsvelmente<br />

a pmtensio.<br />

Art. 5." Aos governadores geraes, an8 governadores de<br />

~rovincia e de district08 autonomos, aos prela<strong>dos</strong> diocesanns,<br />

aos presidentes das relapo'us e aos procuradores da corSa I?<br />

fazenda s6 podem ser concedidas licenpas registadas pelo<br />

govern0 da metmpole.<br />

Art, 6.O A8 licenpas registadas ad eerza concedidaa quando


es~eptn em caws de recollhucidn gral id& tlccla~ .I<br />

n,;u ]I.I~,L prtjulZ0 pala 0 scrrlp e 0s leyuc1cntt.s l,l.r,vr.~~-;<br />

.I,>> Gr~vc~ nnrlol e+ de d~ztl IC~O e a tod:lh rls :~n~t~rrdnrlrs, -1'1'<br />

JI BI ~le 27 ou~~iL~c> 'it) t: do 26 agosto I!), tcndu LINI,~<br />

,uiaeHa sus~,tdlln 1'. P. rlz t; ~nlho $7.<br />

2 " Urln~~)rai- qualqner prop~ledade para o Estndo,--e sell<br />

tl,, p~ec~so fa4 o duve sollic~tnr aurtor~saq:ic~ do go$t.rrlrb.<br />

~etuuttendo ply essn oc~aslho a plantn du crllhc~o cc111 tod~,$<br />

nb csclarec~n~eritos nt,c:r:>sarlus pnrn h n se pudur ,ip~ eci.11 :r<br />

collr-Jjntcncla dt: ae cVrt~~,J~,. a r~querld3 UUL~UI.IS~~;~O,--C<br />

RI 31. rlc scterrlLro Gi.<br />

! Cunceder npoecnta\,'.rr oos ernpre~<strong>dos</strong> pnbllrrrc, f~rrllix<br />

rat. ,1112 C: r-servada ao grlvernrl, -C. fiI hl. de 1 sete~~ill~ I<br />

hl, d~clar.~l:du sc pclo 0. L). O. U, rlc 2:) rhorcmblu ( 1 "<br />

IU~~ILLO n~llo, qul, aqudla C. nLo nhnnge n> 1cloi:n:ib (T.a.


52 AI;TIrtO .?I."<br />

il-; Kn\-c~n~l&d~~.c:s do 8. l'l~olni. c 1'1.incipe (: de<br />

bI;~oi~u<br />

I. 'l'inior tSnl SO 11111 njltdallte cie orcicns.<br />

C.IPITUL0 I11<br />

110 scerelnrio ger:rl do goucnlo<br />

Art. 20.Tm cadn govel-no geral 11a urn secretitrio<br />

~ e r e ~ urun ~ l secl+etal.ia pa1.n o expedlente do.;<br />

?<br />

1~e~:'OClC)S.<br />

Leis e regulan~entos espcciaes estntuen~ sobre a<br />

c,rganisac;Ao e a fol-ma do serx-ic;o tln ~ccl.etari;t (1)<br />

Art, 21 ."O seuret;rrio ge~.ill do goverrlo 6 nomewdo<br />

pot- decreto real, presta jur.amenro n;~s n1;i.o~ do<br />

lnillistro e ~ecl-eta~.io d'estado <strong>dos</strong> negooaios da mnrinha<br />

e ultramay, ],or si on ]>oI. seu proc.nrnc1o1~<br />

Estalrdo jB no aIt,l.nmar quando t: nomeado, presta ~ I I -<br />

~.,arnentonas niiios do gnvernt~rlor gel.nl da~>rovilici:l.<br />

Tern ;IS llonras e gmdnaq2o dt! cclrollt.1 de 2. linlln<br />

-.<br />

1xqas de pret, as quaes podcm ser concedidas pelo gave;nadur<br />

nit c~~nfi~rmidnde das leis em ripor. Antc~*~f!role~rte a<br />

g.~vernaclor geral d'rsts Eslado havia sido ilu~ul.is:~tl~, :t aim-<br />

.*entar nm fnnccion.irit~ civil, que trahn ordensd,, i~lfvl.ior a<br />

:300$000 rets,-0. D. G. U. de 32 fevereirt) 8%.<br />

4.O Approvnr oe estnLutos de niuntn-pilre a s~)ciedndcs coope-<br />

~%s~iras, facu dade que pertence exrlusivnn~ente ao goverrltr,<br />

--0. D. G. U. tlc 7 fevcl-eiro n5 a 1'. H. de (i lllnlo 7 1 .<br />

Q~ianto zi competanc~a para di~u~ttir e~npregad~a, rrJLn<br />

nota (I) a pag. 34.<br />

(I) A secretar-ia (to governo gcral d'este E~tado foi orgnnisaila<br />

por I). de 2G 111aio 45. e tern tido muit(~s altera~Ges<br />

no sen pessoa1.-DL). ds 4 abril e 20 dezen~bro 69. 30 abrtl<br />

7.4. 26 maio 75, 29 drzembro 87 e postarltorea Dl). orpmcntaes.<br />

U regnlamento interno vipente 6 de 1 julho 70 corn<br />

as alterago'es feitas ern 31 tl~~rrnbrr, 72 (inbditas), 30 nnrembro<br />

89 e 8 mdio 90. No Rolrtiqn Ofic~nI, n.OZ 57, 59, ti[,<br />

G3, 6f). 67, 71,74, 77, 79, 82, 85, 88, 91,96, 100 e 10.1,<br />

dc 1879, estd pt~blicada a tnemoria sobre 08 regimentos ant,p<br />

s da secretaria geral, drsde o seculo XVI, par ~1. V.<br />

d'Abreu.<br />

Art. 22.0 & de cinco annos conta<strong>dos</strong> do dia da<br />

posse o praso ordinario do serviqo ao secretario geral;<br />

continria porh a servir, emquanto RHO B substituido<br />

por outro individuo que tenha norneaqiio rB<br />

gia (1).<br />

Art. 23." S6 pGde ser nomeado secretario geral:<br />

1." Individuo habilitado coln algnm curso de instrucqao<br />

superior, que tenlla bem servido como secretario<br />

de govern0 oivil, como administador de conce-<br />

Ilto, ou como agente do ministerio publico, por lnsis<br />

de tres annos;<br />

2.O 0 que tiver hem servido por tempo de tres an-<br />

&IS ern qualquer repartiqbo superior do estado, especialmente<br />

no mi~llsterio ilos negocios da marinha e<br />

ul trasnar;<br />

3.' 0 que por sua reconhecida capacidade evidentamsite<br />

manifestada, e por circumstancias especiaes,<br />

deva luerecer a confianka do govelno.<br />

5 1.' Em todas as hypotheses d'este artigo tern<br />

l~rcferencia em egualdade de circumstancias, o qua<br />

j:i tiver bem servido em alguma provincia ultrarna1.inn,<br />

ou na direcqio do ultramar da respectiw secre<br />

taria d'estado.<br />

(1) Na nosencia ou ~m~edimento do secretario faz as s11as<br />

vezes urn <strong>dos</strong> emprega<strong>dos</strong> mais graduado da secretaria, que<br />

o governador deslgnar,-art. 237.O do cod. adrn. Esta dl&posi$20<br />

6, compulsoria, e o official-maior-ou official que substitt~ir<br />

o secretario ex-o@cio,n"a tern direlto A rernunerapxo algnma<br />

quando o secretario estivhr imped~do em aervigo public~.<br />

Quando, porem, se dBr o caso do secretario estar<br />

corn licen~a de mais de b dim, ausente cam Iicenga da junta<br />

de saude, ou por outro motivo que importe a perda drt<br />

gratifica~lo, reverteri4 esta a baneficio do official-maior ou<br />

official qne escrcer o cargo, accumulando-a corn o seu vencimento;<br />

podendo unicamen~e perceber o vencimento correspondente<br />

ao logar de secretario desde que, por motivo do<br />

vacatura, obtiver nomeaclo legal de secretario interino,-C.<br />

N. 31. de 15 dezembro 87.


5.1 ARTIO o ?ti.@<br />

5 2.' 0s empregx<strong>dos</strong> das repartiq0es do estado<br />

conscrvam o seu logar e o direito ao acccso clue<br />

lhes possa co~npetir na resl)ecti\ra reparti~Ho, e. tor-<br />

11aln a ella qnando deixanl de servir no ultramlcr.<br />

Art. 24.' 0 secretario gcral do governo 4 tambcr~r<br />

secrctario do conselllo do governo e do consellll,<br />

1)rovincial, e tern n'clles voto (1).<br />

Art. 25." secretario geral tern a seu cargo a ins~cq50<br />

immediata da imprensa do gorerno, e a pul~licn$io<br />

do Boletill1 Official p).<br />

CAPITULO IV<br />

Do cor~scll~o do govern0<br />

Art. 26," Formam o consclho do goveiwo (3), sol)<br />

lx-esidcncia do governador da pro~incia:<br />

(1)<br />

Tem voto no conselho do governo s6mente qnmdt,<br />

fcr do nou~eac$o rdgia, veja-so o art. 2tj.O $ I." adixntc, e<br />

a P. 11. &I, du 30 novombro 'is cit. na nota s pag. 18.<br />

No conselho do provincia tern sido admittido coin ~ots<br />

cr secrctario geral iuterinc nomeado pclo governo provincial,<br />

c ainda o oEcial-maior, tanto no impediment0 por molcstia.<br />

do secretario geral, como quando csto tenhn, assumido o govern~<br />

nos tormos do art. 8.0 pnrto fml fundando-so essn<br />

admiss20 do official-maior no art. 237." 5 unico e art. 275 ."<br />

do cod. adm.,-na cit. C. &I. &I. de 16 dezeru bro 87,-na 1'.<br />

&I. H. de 22 agbsto 81, para hIo~ambiqnc,-e nn praxe<br />

est.~belecida,-Reso. do conselho de provincia de I6 outubro<br />

93.<br />

(8) Vide R. da imprensa nacional de Nova Goa, approvado<br />

por D. de 25 novembro 80.<br />

0 secretario geral do governo i? tambcm commissario supcrior<br />

<strong>dos</strong> estu<strong>dos</strong>, no Estado da India, sendo-lhe subardina<strong>dos</strong><br />

o roitor do lyceu nacional, o inspector da instmcgo primaria<br />

c a cscola normal. N'essa qual~dadc B vogal nato do conse-<br />

Iho inspector da instruc@o publicit,-I). de 31 out~tbro 92,<br />

art. 30.O e refercntes.<br />

(3) 0 conselho do governo corresponde ao antigo conselho<br />

do estado, a que se refere a C. R. de 1 do marp<br />

de 1594. 0 seu pessoal foi fixado por C. R. de 31 da<br />

0 secret 11-io gcral do govenlo, secretario do conscll10;<br />

A autoridadc supcrior ecclcsi,zstica da 1)rovincia;<br />

0s juizes effectiros da, 1.elaq.50, c ilas proviilcias<br />

ern que nlo ha rela+o o juiz de direito da ci~pital dzt,<br />

pro~~iiicia, e na sua falta, ou auseilcia quum o substituir<br />

(1);<br />

0s dois ofiiciaes militares dc primcirs liiil~n dc<br />

maior piltente, qize estiverum na ca1)ital da prorincia<br />

(2);<br />

lnarqo de 160.4. cotnpondo-se do governador on vice-rei-:~rcebispo-capit30<br />

tin c~dsdc-cltnncelle~* do Estndo e vbIior<br />

d:~ fa~enrla, agg~'i?gi~ndo-se-lhos os iidalgos quo tinham c:vtns<br />

dc conaolho.<br />

123to ct,nselho hi substitui~lo,-D. de 7 dezctnlro 321,pelu<br />

consclho do gowenlo, compostu <strong>dos</strong> cllcfes dns ~vrpartigi,.~<br />

judiciill, luil~t:ir, tiac~~l s ecclnsinstica, e de mais 2 VIJ,~:IP?;<br />

cscolhitlou pclo sovcmndor gerul d'entre os qoniro II~~:II~I.~IS<br />

1rlai5 votn<strong>dos</strong> dits juntas prc~viuciaes. deyois sobre lis~a triplice<br />

d'ostas; e rec~uiiz simul~~nenn~er~te m attribuiy5cs do cc\rr-<br />

CCI~O de districto, t#>udo-se substituido por esta f.,t*ma o art.<br />

2tirj.O do cod. adtu. d9 1S42,-P. 1'. dc 6 agosto 4.7. 0 con.!:-<br />

Iho do governo corncson a fi~nccionar nzr India em 2 dv (I(:ze~ubro<br />

37. Vitlc .Ipo~ltrn~zerltos para a Wistoriu rlla wl>:l,,*esc:l,,,.<br />

fircdo proui~rciul gao ~Tstaclo da Indiu, pag. 33.<br />

(1) h:Lo podem fazer pnrto do consellto do govetqno os<br />

jnizcs dc direito quo cetqjaln servisdo na rela~2u no irnl~edimento<br />

ou f'alta <strong>dos</strong> juizes effcctiro~ do IIICSL~U trihaoa1,-<br />

1'. 11. hI. do 26 margo 79,<br />

(2) Resolvou-se que o director das obras pc~bl;cas da pmvincia<br />

de JIopambiquo devia fazer parto do consell,:, do<br />

guverno, por ser urn <strong>dos</strong> dois officines de rnaior pntcnte ync<br />

ahi sc achsva,-P. 81. bL. do 37 janeiro 75.<br />

Tendo urn coronel do esercito da Africa Occidental quc se<br />

acha em cou~miss~o n'csbe Estado allegado o seu direito rr<br />

f~~er parte do conselho do governo, por ser o official militar<br />

do 1.' linha de maior patente qno estd na capital, o consel110<br />

do governo, em seasXo do 26 de maryo ultimo, desatte~ldcu<br />

ao pedido; e sendo submettido o assumpto so governo de Sua<br />

Blagestadc, loi dcclarsdo quo o conselho reso!v&ra bcm, por


Art. 27.6 Na falta, ou impcdimento do governador<br />

geral a presidwcia do conselho rl: reguIada pela ordem<br />

da precedencia (1).<br />

-<br />

jutzcs letra<strong>dos</strong>. Note-se que actualmento aos presidentes das<br />

~ela~ijes do ultramar compete o titulo de conselho,.--1t. J. de<br />

20 fevereiro 94, art. 13." $ unico.<br />

5.O 0 secretario do governo, secretario do conselho.<br />

6." 0 procurador da corCa e hzenda onde ha relapao, e<br />

na sua falta ou ausencia qucm o snbstil~r, e pela mesmn<br />

Sorma rlas nutras pro~incias u respective delegado na comarca<br />

da capital.<br />

7.' 0 secretario da junta da fazcoda e, na sua falta on<br />

ausencia, quem o substitnir (vide a nota (1) a pag. 56).<br />

8.' 0 president0 da camara ~sunicipal da capital da prodnoia.<br />

9." 0 chefe do servi~o de saudc.<br />

Qe cit. DD. de 9 juuho 02 e 23 junho 94 determinandc<br />

quo o commissario geral do all;ari e nlfandegas, quando<br />

aonfirmado, fa~a parte do cousellio do governo, niio declarnra~n<br />

o logar que Ihe pcrtencc n'esse corpo; mas tern-se-lhe dadv<br />

o immediate ao chefe do sorvi~o de sxuae.<br />

(1 j Funccionando o conselho gove~mativo, o prcsidcnte d'e5.<br />

tc presldd ao conselho do governo e a to<strong>dos</strong> os corpos e tribunaes,<br />

de que 6 presirlente o governador, em analogia cotu o<br />

drsposto no D, de 10 dezembro 77.<br />

Estando a governar o secretario geral (art. 8 parlc final'<br />

l~reside ao conselho do governo. como foi resolvido por telcsgrnmmas<br />

mnisteriaes de 6 maio 82, para Macon (801.<br />

respect~vo, n.O 20 e BoL da Cabo Verde, n.O 29 do ines<br />

mo anno)-e de 19 jt~nho 85 para a India, sendo isao<br />

definitivamente estabnlecido pela C. &I. N. de 10 agosto<br />

S3. Esta C. cuja doctrina 6 proveitose, porque acabon dc.<br />

vez corn drwidas que frequentemente se snscitavam e sri<br />

tinham como resultado p6r embarayos ao regular andamento<br />

ds administraclo ultramarina, apoia-se em alguns con3idora11<strong>dos</strong><br />

sendo um antinomico ao cit. D. dc 4 novembro 75. Assin],<br />

dlz o 2.O considerando quc no art. 27.O do D. de 1 dezembro<br />

60 se preceiti~a que, na faltaou impedimento do governador gcral,<br />

a presidencia do conselho seja regulada pala ordem da<br />

precedencia, e qne no act. 26.' esth o secretario geral inscripto<br />

antes dc to<strong>dos</strong> 0s 011tros vogaes. 0sa o art. 26.hu80 &<br />

ARTIGO 29.' 69<br />

Art. 25.0 Nos avisos dc oo~~voca$io para o conaellm<br />

do govelilo se dcclararti sempre o local, dia e hora<br />

pt,ra tt reunizo. Logo que ests liora seja clreg~d:~ se<br />

abrir6 a. sesszo coin os vogaes presentes (1).<br />

Art. 29.' 0 oo~~sellio do governo dB pnrecer e voto<br />

em todoe os uegocios em que fbr colisultado pclo<br />

govt.mldor geral. Estc dere oin-il-o em to<strong>dos</strong> os ncgocios<br />

gravcs, e <strong>dos</strong>iglladalnelltc quaudo se trata, dc<br />

l~rovidencias de natureza legislntivu ou regulame~ltar,<br />

mas 1150 6 obrigado a coilform~r sc con1 o pn1.ccer<br />

d:~ mnioria, ou de algu~n <strong>dos</strong> vogacs do consellio.<br />

escepto iioh casos do artigo 30.' (2j.<br />

-<br />

beln invocadn, porqut! Rpcnas etlumera os VGpeS do conscIllet<br />

do ~ovoru, r.<br />

vimos aualngos artigos 110s jornncs du i\Iacno-0 ,Jlucner~sc c<br />

O Independente, 0."' 411 e 313 de 1 c 3 outabio 85<br />

(I) AS f11ncl;Ges de vogal do conselho do gorcrno s:ro<br />

obrigtrtorias, niio podendo os respectivos rnwnb1.o~ iteisar ile<br />

comparecer As sessiies. allegnndo pretextos htleis,-P. 11. JI.<br />

de b julho (36, para Alacau (Bol. resp9ctivo. n." 41 rle 1878) c<br />

0. D. G. G. de 31 agosto 82, para Cabo-Verde.<br />

(2). Mas o socretario gem1 encarregado da rrsolup50 dr.3<br />

negoclos occorrentes nos termos da parte Goal do art. S .o.<br />

sb poderti determioar o que fi3r conforme ao voco affirmative<br />

do conselho do governo. qnando se di. nlgtum caso ern quo,<br />

110s SUB natureza ou gravidade, dova ser onuido o mescno<br />

~ooselko,-l)+ de 3 dezombro 53,


Quxndo o pnrcccr do conselho niYo f'Or unanime,<br />

n:L nctn se fara a dec1arac;;io <strong>dos</strong> votos <strong>dos</strong> que se<br />

iGo c.onfoYm?rem conl'*a 1n:rioria.<br />

Art. 30." E: llecessario voto affirmative da maiorin<br />

do consellin do governo para se considerar urgelite<br />

n necessidade cle providcncias legi~lat~ivns, ou para<br />

se contraliir enlprestiino.<br />

Art. 3 1." No coi~selho do governo, ern que se trat;cr<br />

cle providencia legisl:~tiva urgente, on de contsnliir<br />

ctnPrest.inio, a questgo de urgencis ser$ votada alitca<br />

dc todas as outras.<br />

Art. 3.21."~ vogaes do conselllo do governo tomaul<br />

o primeiro logar nn assignaturn do auto da<br />

1,osse do governador gernl (1).<br />

(I) Obsc~.va.so ainda no auto dn posse <strong>dos</strong> governadores<br />

d'estc Estatlo o for~ltulario dado pelo v~ce-rei rnarqttczdrC~lot*na<br />

e insorto na 6u;l frzstVucc;20 no uice.rei muryltsz de ?'ueo~.n,<br />

snu successor, pltblicada em 2.' edigo corn notas por F. ,C'.<br />

Xavier en1 ISbfj. E' o seguiuae:<br />

rc 1 .O 0 secrl:tario acompanlld no sr. vice-rci desdc a pnrta<br />

(la igrqja de Born Jesus, e dcpois de vlsitarem a S. Frallcisoo<br />

Xzvier nc seu alt:n, entra o sr. v. rci na capella-mSr,<br />

e se senta no logar que estiver prepnrado.<br />

%."~afronte du logar, ondc estiver sentado o sr. v. rzi<br />

lica tml nmn, eln qt~e sc gtinrdn o livro cha~nndu da pas-<br />

se, e escrcvaniuha, quc dcvrrBo levar da secretaria do Estado,<br />

aonde se aentn, crn cadeira rusa, qlle ha de estar provida,<br />

o secretaria, ticando oo seu lado o official-maior, e<br />

mais utll oklicial da Inesrna secretaria.<br />

3.O Estnndo to<strong>dos</strong> seuta<strong>dos</strong>, levanta-se 0 secretario, e de.<br />

poi5 da pedir e recebcr da mXo do sr. v. rci a saa patente,<br />

ou carta rdgia, volta corn ella ao seu lopar e a IS de p&<br />

em voz aka, o qne feito torna a ir "ntregar a rneslna carts<br />

ao sr, V. rai; e voltanttu depois ao sell logar, priucipia 18r de<br />

pi? o tcrmo da posse, o ql~e acabado, leva o official a escrivaninha,<br />

e o secretario ta~nbelll vai corn elles, para tomar a<br />

assignatura do sr. p.. rol, e con1 isso voltarn to<strong>dos</strong> para sell<br />

logar.<br />

4." Depois d'isto vai 0 official-maim a chamar para a<br />

ARTIBO 35.' 61<br />

CAPITULO V<br />

Da junta gcrnl dc provincia<br />

Art. 33.' Constituem a juntageral de provinoia (1):<br />

A No Estado da India:<br />

0 arcebispo, e na sua faih ou ausencia o vigario<br />

assignatura, successiramcnte-1 ." ROS consclhetros do Estado,<br />

-2.' aos mioistros dn ReLy30,--5." ao Sauado da camara<br />

d'esta cidad~,-4.~ ao C'~bido;-5," aos prcla<strong>dos</strong> dns reli-<br />

giijcs-6.O aos olIiciac>a sul;~rioi.es, a quem scguem os res-<br />

tantes,<br />

5.' Acabado tudo isto v ~i o sr. v. rei nr, altar de S. Francisco<br />

Xavier, aondo c~a quanto usliver fazeolio-lbo orapzu, o<br />

administrador da cas.t tirtl. a rota da 11150 do saut,l, ticn<br />

cum ells 6 a entrey dupois ao sr. v. rei, tomaudo d'ellr, a<br />

?no elle lava, que immxliatalnc.nte pi;o na do santo, e<br />

con1 issu dd-se For aculado u actoo.<br />

Ern seguid:~ membl-os do conselho do govc!'no assignam<br />

c auto os vogaes do co~isclho de proviocia.<br />

(1) A junta geral de provincia corresponde 6 junta ger~l<br />

de districto a que se refere o art. 4.' do cod. adm. de 42.<br />

Anteriormonte, essa corporapho tnmbo~n se dcnotninara jttn~n<br />

geral de provincia, creada pclo D. n." 23 do 16 maio 32;<br />

as camaras muliicipaes de cnda sub-prefeitu1.a elegiam a jnnta<br />

de cornarcit na propor~no de dois proculadores por catla<br />

concelho, que era o corpo delibwante qtie estava jnnto an<br />

sub-profcito; cstas juntas dc eomarca da respectiva provincia<br />

elagiaol degois os procuradores Ajiinta geral de pro~incia n:L<br />

propor~Ao d'um procurador por cadit concelho, sendo as nttri-<br />

Luiyijcs da rncsrna junta as meslllas qrle o cit. cocl, confcriir<br />

depuis 6 junta geral dc districto. Pcla C. L. dc %-I abcil 35 e<br />

D, de 13 jullzo 35 as juntas gernes eralu eIeitas pelos chitorcs<br />

de pl'ovincia que elegiarn os depotn<strong>dos</strong>, reunindo-se para<br />

este fim os eloitorss de cads districto. S6 p~dinm ser pl*ocuradnres<br />

d junta os que tinham o censo de depntado; cadn district~<br />

tinhil 13 procnradores, A cscepyXo do dc Lisb~ja qoe<br />

rlegin 17 e do Port0 qne elegin 15. 0 cod, adm. de 51 (In<br />

dezembro 36 couservuu o mesmo nurncro do proct~t.adores e<br />

uinndon eleger urn sulstituto por crtda procur:rdor; erain elegiveis<br />

par8 oste cargo os que tinharn o ceusc du depnti~do e<br />

prii eleitorcs 06: cidad2os que podi:lm ser vereado~es. .4 f'rw


cnpitular, ou o governador da diocese, on o president@<br />

da junta governativa havendo-a, ou o vigsl.io<br />

geral ;<br />

0 secretario gem1 do governo;.<br />

0 procurador da corba, e fazenda (I):<br />

0 secretario dajunta, da fazenda pnl~lica (2);<br />

0 director <strong>dos</strong> trabalhos. publicos;<br />

0 cllefe do serviqo de snude;<br />

Vrn lente da escola medico-eirtzrgios;<br />

Urn lente da escolnmatliematica, e nlilital- dt! N,JVX<br />

Goa, eleito pelo eonsellio da escoIa (3);<br />

guezia ou frcguezias reuntdas, que tinham mil fogos e n50<br />

chegavam a dois mil davam urn eleitor de districto; as qne<br />

eseedcs.em a dois mil e nSo chcgaasem a ttes mil, davam<br />

dois eleitores; e assim por diante. Depois d'esta eleiy30, a<br />

que as camaras proced~am corn as mesmas solemnidades<br />

das suas eleip6es, era cut50 qrte os eleitores rouni<strong>dos</strong> esco-<br />

Ihiazn e votavam os procuradores 6 junta geral. Assim foi<br />

at4 L publicsriio do cod. adm. de 18 margo 43.<br />

Ka India a junta geral comepou a ft~nccionar desde 1641,<br />

dando o concelho das Ilhas 2 procuradores, Saleete 5, Bardez<br />

4, e Darn50 e Din 2. Posteriormente, cm virtudo da P.<br />

M. Dl. de 31 margo 46 as Novas Conqnistas foram ctamndas<br />

a L.:ncorrer pelas camaras geraes (camaras sgrariss) pars a<br />

eleqiio <strong>dos</strong> rnctubros da junta geral, competindo ao governador<br />

em conselho designar o numero do procuradores que deviam<br />

ser eleitos por oada uma das provinciaz, nlo excedendo<br />

o total a 13; mas a reprcaentar;Lo das mesmos camaras<br />

geraes cessou corn a execu~Io do D. dc 1 dezembro 69. Vi.<br />

de a nola (1) a pag. 63, e o cit. opusculo Apontamcntos para<br />

a historio da representapa"~ provincial no Estado da Indra.<br />

(1) No biennio de 1865 e 1886 foi couvocado o ajudanta<br />

do P. C. pela aussncia d'este magistrado no rcino,-0. G.<br />

de 18 fevereiro 85.<br />

('2) 0 funccionario correspondentc, nos termos <strong>dos</strong> DD.<br />

de 20 dezenlbro 88 art. 45.O e 29 dezembro 62.<br />

(3) Pela extinc@o da escola mathematica e militar, -D.<br />

n." 2 de 1 I novembro 7 :-era nomeado utn professor d(8<br />

institute profissional ereado na mesma data, mas tambcm cessou<br />

a sus reprcsentacZo por havcr sido supprimidol-D; de-<br />

Urn professor do lyceu;<br />

Urn professor da escola normal;<br />

Urn vogal eleito por cada uma das camaras mu-<br />

nicipaes do Estado (1).<br />

J? Na provimcia de Angola:<br />

0 bispo da diocese, e na sua falta ou ausencia o<br />

31 outubt-o 95,<br />

(1) Qunndo se promulgou o D: de 1 dezembro 69,<br />

existiam na India sornente 5 camaras municipacs,-nas Ilhas,<br />

Salsete, Bardez, DamLo e Diu--e, porisso, cessou, como dia-<br />

~+5rnos, desde ent2o na junta geral a representag'ao das Novas<br />

Cbnquistas qua nfio estavlio, constituidas em mun~cipios.<br />

Tkndo-se, porem, ali installado em 1881 as cornmisso"cs<br />

mun~cipaes, corn as mcsmas attribui$5es das camaras ( $<br />

unico do art. 2." do D. de 18 dezembro SO), entrou-so em<br />

duuida se aquellss commiss5es deviam tambem ser representsdas<br />

na junta. No conselho do governo em que se dlbcutiu<br />

a duvida, hoove divergencia de opiniGes, e tendo-se consultad0<br />

o governo de S. M., B P, B1.M. dc 1 marqo 83 rcsolveu<br />

que as co~umiss~es municipaes de que sc trata. d'evem ser<br />

representadas nn junta geral da meems forma porque v GO<br />

as camaleas rnunlclpaes, clegendo cada uma para esse fim<br />

urn vognl, scm que obste a origem e denomiua~Bo, qne a lei<br />

lbcs deu unica~nente para acccntuar ti fei~50 omaniciyal qile<br />

se twe em vista impr~mir nas respectivas circumscr1p~8es, e<br />

n'5o uarn alterar a naturezs <strong>dos</strong> correspondentes dircitos e<br />

obr.igasiies.<br />

A eleip'io, a que se refere, deve proceder-se observando as<br />

forrualidades designadas nos art,"IS%."a 196.' do cod. adru.<br />

Como no acto dGem intervir tanto a, camara como o conse-<br />

Iho municipal ( onde o haja ). se n5o concorrer a maioria de<br />

cada urn <strong>dos</strong> ditos corpos, a 01s fio 15 nt~lla,-D. sobre cons. do<br />

S. T. A. do 3 maio 71. NSo padem ser eleitos os vogaes na.<br />

tos da junta, nelu os scus filhos,-00. S. de 2 dezembro 82<br />

fr municipalidade de Dlu, c de 2 dczembro 86, 6 de Sanqne-<br />

Iim [inbaitos).<br />

A junta geral nlo compete conhecer dn vaIidade da elei$io<br />

ds seus vogaes, por ser attribu~@o, do conselho de districto<br />

( nqul de provincia ) cjuando tenham liavido protestos, OIL<br />

quando o governador entenda que sobre sinlilhanto object0 @<br />

deva ouvir,--P. 11. M. de I:! junho 46 c PP. R, do 20 marc;&


vigario capitular ou governador da diocese, on o viprio<br />

geral;<br />

0 secreta~io geral do governo;<br />

O procurador da coria e fazenda;<br />

0 sacretario d:~ junta dn faaenda publica:<br />

0 cllefe do se~~~i~o de saude;<br />

0 engenlleiro principal da provincia;<br />

Um professor da CSCO~R principal;<br />

Tres vogaas, doia elcitos pelos negociantes matricula<strong>dos</strong><br />

de Loarlda e i~nl pelos cle I3enguelb;<br />

Uiu vogal cleito por cada una dtts camarns munic,i~aes<br />

ds pro~incia.<br />

$ 1 Ws profels3ores do lyceu c cscola, llorlnnl da<br />

India, e da escola princil)al de Angola siio desigrla<strong>dos</strong><br />

1x:los go~ernadores geinncs.<br />

5 2." 0s vogaes eleitos ])elas cainarns rnnnicipncs<br />

e egualmente os elcitos pelos ncgociantcs de LoanJa<br />

e Ucnguella, s.20 esco1I~i<strong>dos</strong> pelo goven~aclor dc ei~trc<br />

!istn triplice, clue lllc dcve sel npresentadn pel0 corpn<br />

cleitor.<br />

5 3." 0s vogaes elcitos por qunlqucr corpo scrvcin<br />

pol dois iinnos (I).<br />

Art. 34." Nas provincins de Cabo Vcrde, S. ThomL<br />

e Principe, e Noqanlbique, n3o hav~rd junta gern!.<br />

em quanta 11% fir regulada n sna orgenisaq?io ('111<br />

l~:~tn~oula Com 6 clisposto n'c>te decreto.<br />

Na provincin dellacan e rl'ji~ror nGo 11% jlti~ta ger:iI<br />

dc l~rovinciu.<br />

(lj h spplicavel e tetn-sc applicado para o preenchinleuto<br />

du ~mped~~uentu evenlnal <strong>dos</strong> vognes clectlvns o dlaposto rl,,<br />

a1 t. 214.O con1 rcferenc~a ao art. 11 Lo do cod. ad~u. A cnnvucnglo<br />

<strong>dos</strong> snbrt~tutos nos tcrn~os dns rl~sposi~ijes cltndafi<br />

compete no goveruador e n%o i~ jants.-P. H. de 1S rnaio 1;s.<br />

So casu do fallecit~lcnio <strong>dos</strong> vogaes elcctivos, oncnncedc~~tiozc-lhcs<br />

exoncrnc;Zo, tbm sido escolhi<strong>dos</strong> ontros da mesma<br />

llstrt tripllce nprescntsdn pcli~ munrcipalidade para o rcspce.<br />

ttt, o L~eoulo.<br />

Art. 35: 0s vogaes dn juilta geraI na prirueir;~ scs-<br />

,130 ein qtle comeqam a servir, prestilnl nss rnS,os (lo<br />

11residdetc juramcnto cle be111 serviroln. A for mu?,^<br />

d'este juremeiito serii determillada 110 respective rcgalamento<br />

(I).<br />

Art. 36."~ sessaes da junto s*%o publicas, escepto<br />

110s casos em qne o bem da provin~ia csigir o segredo.<br />

Art. 37.qreside 8 junta o vogal que o goverfiilclvr<br />

veral nolnear para cada reunigo almunl (2).<br />

b<br />

A junta elege pela pluralidade abrol~~ta de voto:. o<br />

.;e~z secretario na, prilveira scssiio de cilcla nmtz di1.s<br />

reuniaes.<br />

Art 35." k applicxvcl As juntas gern.es.dc yrovincia<br />

cln;tnto dispae o codigo ada~iilirtrativo ell1 reIn$,io i~<br />

inntas geraes dc districto, cscepto na p:vtc cm cirla<br />

n'cste dccrcto so dispac de ontro nloclo (3).<br />

Art. 39.' Albm das attribniqccs ~ IIC o cocligo ailmi-~<br />

~listrativo d8 !Is jmitas 1 3 districto (-I), conlpcte 55<br />

jnnt:is geraes clc provincia:<br />

I ." Votar as obras publicas dc clue a proviilci;~ nL-<br />

(I)<br />

No rcgulamcnto da junta gel-a1 ci'cst,z prsrinck r,:icr<br />

SO prosercvcu a furmnla do jolamnnto, e, poriaso, O~SOIV;L-<br />

sc a dcslgnndn uo art. 95.' do cod. ntlm., do tcor scg~untc:<br />

jtc1.0 Jldelicluda ao rci, obeclldlzcrcc ti carts co~lstilt~cionul<br />

e It:zs<br />

*l I 8.ebto.<br />

(2) 0 governador gernl nomcn tnlnbem nnn~~almentc o<br />

vice-presideate da juxta d'entre os sens vogaes,--D. dc 15<br />

novembyo 'id, art 1.'.<br />

(3) A junta geral de provincia tr obrigxdn a occupnr.se<br />

egnalmente <strong>dos</strong> assumptos relativos ii agricultnrs, de qi~c<br />

tratn o R. approvado por D. dc 27 deecmbro i7.<br />

(3) As attribuipiics mnrcadas pdo codigo administ;.nttvo<br />

6x0 estas:<br />

aArt. 215." As attribuiq"us d junta geral de distric;~ $:LO<br />

ddiberativas ou consnltivas.<br />

Art. 216." Slo attribui~Bcs deliberetivas da junta:<br />

I Fazcr a reparti~zo das eontribni$es directas do Estnd~


cessita exceptuaado:<br />

I As das fortalezas;<br />

I1 As <strong>dos</strong> edificios necessarios para o govern0 gc-.<br />

ral da provincia,adlliinis~aq5,0 (1s jnstiqa e da fazcnda,<br />

quarteis de tropa e mais estabelecimentos militases;<br />

2.0 Qotar quaesqrzer trabdhos on saviqos pl*oprio::<br />

para ~nelhoralnento de saude publica;<br />

3,. Crear oscolas de instsucyr'io primariaindustria1<br />

ou commercial;<br />

4." Estatuir Acerca do regimen (10s estabelecirnentos<br />

cle piedade e beneficellcia em hizrmoni~, corn o<br />

disposto nes leis e egualm~nte nos casos omissos;<br />

5.q~unqar as contribniqiies directas e indirectas<br />

qua forern necessarias para a creay;io e collserva+'o<br />

urr execu$o das obrss ou sei.vioos que tivereln VO~;C-.<br />

do, nfio podnndo pordni:<br />

I Alt,erar as pattias dae alfandcgns; ,<br />

I1 Oaerar coil1 descontos ou eontribuipGes os ven-<br />

cimcntos clos emprega<strong>dos</strong> publicos, qualldo niio sejam<br />

ile cargos clue a jtulta pncl4~ crear, on s111~1>riniiq<br />

6." Nomear, se quizer, thesonreiro pars ns rcildimcntos<br />

destina<strong>dos</strong> para os servjqos a scu cargo;<br />

7." E em gem1 prover sobre yunesquer serviqos,<br />

t~abalhos OLI institnigzes que jttlgmnteis 6 provincia.<br />

entrc os concelhos do seu districto;<br />

I1 Dccidir as reclamagiios das camaras municipaes para<br />

redncr;.Xo das quotas em que forom collecta<strong>dos</strong> os concelhos;<br />

111 Votar o orgsmonto annual da receita o despeza privalira<br />

do districto, sobre p~oposta do governador civil;<br />

IV Votar as derramas necessarias para as dcspezas do district~;<br />

V Contrahir corn autorisapzo de lei especial os emprestimos<br />

ncccssarios para objectos do utilidado do districto;<br />

VI Coutrntar pelo mesmo mod0 corn quaesquer cornpanhias<br />

para sc effcitue.rem obras de intoressc do. districto;<br />

ARTIGO 39.' $ UNICO 67<br />

~rl~ico. NBo cornpetem porQli junta xs ~ ~SJIOSEr;6es<br />

<strong>dos</strong> n.OS I." e 2.Vo artigo 216.Vo codigo ndininistrxtivo<br />

(1).<br />

YII TTotar as quotas corn que us concelhos dcvcm contcibuir<br />

pars sustenc,tiio <strong>dos</strong> oxpostos, e applicnr-lhe as contrillti-<br />

$Gus o rendicsentos qae tiv~rcm esta clestino especial;<br />

VIlI De~ignur o logar em ync as rodas dovcm cstsbclocer-se;<br />

IX Approvar as cleliboray?as municipscs pnra cstsbolccito,<br />

supprctls20 ou m11dany.n de fciras e ~ncrca<strong>dos</strong> (:I);<br />

S Approver as contas qne o govern:rdor civil deve dar<br />

a.unualmente de to<strong>dos</strong> os rcndirnentos privativos do districtu.<br />

XI Notnear thesoureiro gerd do districto d'cntre os cirltcd3os<br />

residcntcs na capital d'ellc.<br />

Art. 217.O A cxccup?io de todas as deliberaracs da jiiut:~<br />

pcrteucc ao go~crnador civil.<br />

Art. 218.O Sao atlribuipbs couwltivas da junta:<br />

I Informnr annualmcnlc o govern0 subre os lnclhoramentos<br />

na divis30 do tcrritorio;<br />

I1 Formar annualmente am rolatorio do quo houvcr deli.<br />

bcraclo, e uma consuIta geral sobre as necessidades do dis-.<br />

tricto, mellloramentos de que B snscoptivcl, e mcios de os<br />

consegnir.<br />

Art. 219.O A consulta original serB remettida ao governn<br />

pol% secrot:iria d'estado <strong>dos</strong> ncgooios do reino, ficando copia<br />

no archivo de junta (bj,<br />

$' :~nico. As cuusoltns das juntas geraos colligidas na sccrctsrin,<br />

d'estndo <strong>dos</strong> negocios do reino serHo publicadas annualmento<br />

em sppenso ao Diario do <strong>Governo</strong>. E.ita publioap8o<br />

scrri ordenada polo ministro, o pagn polo credit0 votado rla<br />

lei aunaal das despezas para o servi~o do scu ministerio.<br />

Art. 220." Em geral as juntos dcliberam e consultam so-<br />

1)t.c to<strong>dos</strong> os objectos que as leis e os regulamentos e as autoridadev<br />

sapcrinras lhes incumbirena.<br />

(1) Vcjn-so a nota (4) a pag. 65.<br />

(a) E dn ducjs5o da junta nfo ha recurso por ser rnareriil de ju-<br />

risdlcf50 voluntaria,-D. C. E, de 25 junho 51; as ieiras nHo podem<br />

prolou~.nr-se rnnis que as dias desigila<strong>dos</strong>, sem approvaqfio da junta.<br />

P. K. 8e 13 novcrnbro GS.<br />

(b) A consultn original sera remettido, pot intervell~Bo do go-<br />

.retnador aaral, A secretaria d'cstado <strong>dos</strong> negocios da marinha e ul-<br />

rramar, iicando copia no archivo da juntal-P. P. dc 6 agosto 47.


68 ARTIGO 32 '<br />

Art. 40." Compete ao gnver~lador geral a esccnq.20<br />

cl:t,s deliberaqdrs da junta geral; mas quaesqlier ren-<br />

~Iill~entos vota<strong>dos</strong> peIa juntn, ou que respcitel~l a objectos<br />

que Ihe estiio encarrega<strong>dos</strong>, sSo &dministra<strong>dos</strong><br />

pela junta d~ filzenda publien, eom inteir:l se~ara@o,<br />

~)oP&M, I~OS rs~diilic~ltos geraes do &tado,<br />

Art. 41.' Quando a junt? geral nolllear tItesonreirn,<br />

h.5 este parte da, junta da fazcndn pul:!icn, em 1ogrs.l<br />

do tliesoureiro geral, quando n'ella sc tratfir dn a(ltniuistraq5,o<br />

<strong>dos</strong> rcndimentos ds jtlntn<br />

Art. 42." d j1111tx no primeiro di:~ de cndx ~.enllido<br />

annual elege em list% triplice dois vnges p a . o oonselllo<br />

do provincia (I), e d'esta lists o gc,vel~la.dnr<br />

gwal escolhs dois vogaes ol*(linarios e dois substitotos.<br />

(I) A eieiyk O felt8 por escratinio sccreto, e :i plurslidnclc<br />

nb?olut,a du votos. ~oando no pr~n~ciro escrot;aio hr;r~vc.r<br />

e~~~patc, pracctlo-se a segurr~la li~fsp, rt, be n'cstc nno I~onvcr<br />

mn~orin absolrtta, a terceiro forcatlo, e, se aiotla n'este holrvcr<br />

ernpate, fic31-h eleitit o n1nl.s volbo,-art. 201.O do cod. aJrn.<br />

cornb~nad~) cum n P. R. dc 2(i seterut~ro 43.<br />

As


70 ARTIGO 46.O<br />

Art. 46.O E' prohibido 5 junta alterar ou revogar<br />

qualyuer disposigLo consignada em lei, decreto on<br />

orden1 do governo.<br />

toma nota <strong>dos</strong> que pedem a palavra, assim como das propos.<br />

tas, requerimentos, discussaes, adiamentos, resolu~ijes e vo+<br />

tagEes.<br />

5 A falta on impediment0 do secretario 15 substitnida pelo<br />

vice-secretario eleito pela junta, e a fdta de ambos por am vo.<br />

gal nomeado pelo presidente.<br />

Art. 5." 0 secretario pode fallar do seu logar sobre a mad<br />

teria em discuss%o.<br />

Art. 6.' As actas psra serem authenticas devem depois do<br />

approvadas pela junta ser assignadas pelo presidente e secre.<br />

tario.<br />

Art. 7.O Toda a proposta deve ser feita por escripto, e de-<br />

pois de lida, o presidente pora B votaqlo se se admitte 8. dis-<br />

cussiio; vencendo-se affirmativamente, serd enviada 4 cornmiss<br />

sPo a que couber, a qua1 dar4 sobre ella parecer,.para entrar<br />

em discuss2l0, quando f6r dada para ordem do d~a.<br />

Todas as propostas sedo lancadas nas actas.<br />

Art. 8.O Nenhum vogal pode fallar sem podir a palavra a<br />

aer-lhe concedida pel0 presidente.<br />

Art. 9.0 Nenhum vogal pode fallar mais de duas vezes na<br />

mesma discusslo, exceptuando o autor da proposta, que po-<br />

derS fallar tres vezes.<br />

Art. 19.' Qualqaer vogal podapropBr por escripto duraute<br />

a discusslo as emendas, additamentos e substitui$?ies quo<br />

Ihe parecerem.<br />

5 Depois de admittidas 4 diacussZo e disculidas, serHo ro<br />

emendas votadas antes da quesao principal; porbm os addi-<br />

tamentos e substituip6es o raerxo depois de approvada ou re-<br />

joitada a quest20 principal.<br />

Art. 11." SuEcientemenle discuGda a proposta, e fechada<br />

a discussiio, o secretario a la4 novamente; e terminada a lei.<br />

tura, o presidente a por8. & votago.<br />

Art. 12.0 Se depois de admittida uma proposta d discussLo,<br />

o 6eU autor raquerer que seja julgada urgenie, serzi esta ques-<br />

tHo de urgencia posta logo d vota$o, sem sobre ella ee ad-<br />

mittir discussiio.<br />

Art. 13.O 0 antor da propcsta pode retiral-a antes da dis-<br />

cuss5o; dcpois da diacusslo aberta, B neceasario o conaenti-<br />

mento da junta.<br />

5 ~mico. Qnando porkm a alteraqfo ou rcvoga~30<br />

possa ser util A provincial a junta representare o quc<br />

llle parecer conveniente e o governador geral infor-<br />

marA o governo sobre tal representag80.<br />

Alt. 47.Quando o governador geral entender qne<br />

as resolupaes da junta, por illegaes, injustas on in-<br />

convenientes nit0 devem ser executadas, suspenderh<br />

a execugiio, e dark immediata, conta ao governo, in-<br />

formando amplamente sobre o caso, e juntando os<br />

doeumentos precisos para superior deliberaqiio.<br />

Art. 14." A palavra sobre a ordem tern preferencia A paln-<br />

vra sobre a materia.<br />

Art. l 5 . O A palavra para urn requerimeoto prefere 4 paIa-<br />

vra sobre a ordem, havendo-a.<br />

$ 08 requerimentos votam-se sem discussiio.<br />

Art. 16." A nenhum vogal 6 licito protestar contra as re-<br />

solu~iies da junta.<br />

Art. 17 P Qualquer vogal pose pedir, e n h se lhe ncgari,<br />

que a exposipgo e declara@o do seu voto por eecriptc, redi-<br />

gida convenientemente, seja por appenso junta d acta fazendu<br />

se n'esta monqlo do mesmo escripto.<br />

Estando ausente na occasibo da votapIo, podc na sesszo<br />

immediata a que assistir declarar qua1 aeria o seu voto, sc<br />

presente estivera, mas sem o motivar.<br />

Art. 18.0 As propostas do governo nfio 639 sujeitas ii vota-<br />

$0 sobre se se admittem S discnaslo.<br />

Art. 19.O Haverk duas commiss6es permanentes; uma de<br />

tres membros para os negocios indica<strong>dos</strong> nos n.08 1.0 e 2.0 do<br />

art. 59.O do decreto do 1." de dezembro de 1869; c outra de<br />

cinco membros para os negocios <strong>dos</strong> n.OS 3.' e 4.' do mesmo<br />

decreto .<br />

5 Alcm d'estas, todas as mais commissBe~ que parecerem<br />

necessariaa para os caeos occorrentes.<br />

Art. 20.' As.commiaa8es d2lo parecer por escripto sobre 0s<br />

negocios, que lhes sto incumbi<strong>dos</strong>: podendo o membro que<br />

nlo concordar no parocer <strong>dos</strong> outros, assignar-vencido-ou<br />

dar voto em separado.<br />

Art, 21.' As commissSes nomeam urn presidonte, e urn re.<br />

lator.<br />

3 0 relator da commissLo podc na discuss20 fallar tres


-<br />

$ unico. Um regnlamento do govern0 detenninsl.(r<br />

R, ordezll da precedencia.<br />

Art,. 50." 0s conselhos de provincia tern as attri-<br />

buip3es, que peIo oodigo ediniuistrativo e mais legis-.<br />

1:lr;Eo sHo dadas aos conselhos de district0 (I), corn<br />

(I) Compete egualmcntc ao conselho dc provincia:<br />

Julgar do todas as reclama~aes contra os actos do admi.<br />

nistraglo, funda<strong>dos</strong> nas leis e regulamentos,-D sobre cons.<br />

do S. T. A. de 5 outubro 74.<br />

Approvar os orpamentos mnnicipacs cuja receit~ for excudentc<br />

a :0.000;5000 r8is (moeda do rein^), ficando as~im<br />

revogado o art. 119.O $ unico do cod. adm. de 4" e ex-,<br />

teusivo As provincias ultramarinas o art. 102.' n.0-'6.0 do<br />

cod. ndm. de 76 (do rcino),-D. de 23 dozcmbro 85.<br />

Jolgal. as contas &as corporaci;es municipaes e das misoricordias,<br />

irmaudades e outras iustituipdes do picrlade e beneficencia,<br />

com recurso para o tribunal do contas, nos moslnos<br />

cases em que, scgando a legislaclo do roino, csbe tal recar-<br />

SO <strong>dos</strong> julgamcntos proferi<strong>dos</strong> sobre contns da mesma cspecic<br />

pelos tribunacs diatrictaes,-D. de 20 julho 86, art. 6.".<br />

Aprcciar as cluestiies que se levantam sobre a legitimidade<br />

da admissao de novos irrnIioa n'uma irmandadc, como ast<br />

~ p t contencioso o da sus coml~cteocia,-P. B. dc 21 julho<br />

I r, A. C. P. de 4 novernbro 80. E da mesma forrna conhecor<br />

das questiies levantadas accrca da expulslo <strong>dos</strong> irmiios,<br />

-P. It. de 7 marpo 70, D. 2. E, dc 4 inaio 70.<br />

Julgar as reclamagBes e protestos contra a elei$50 das gerencias<br />

das confmrias,-I


78 ARTIGO 5O.O<br />

ciaes de cada proviiicia (1).<br />

0 coilselho dc i~~ovincia serve e~uallllcnte nal.:c<br />

A D<br />

ju!gar os concnrsos para os differciztes envregos publlcos<br />

(2).<br />

do pels forma prefieripta no R. de M. E no D. sobre cons.<br />

do S. T. A. de 19 abril 94, sobre o recurso n.' 9.140, de<br />

que tambe~n se tonsou conhecirncnto, icrldo o bt. P. sllegado<br />

que o recurso devia formnlar-so nn su.9 interposiplo no*<br />

tcrmosdo art. 47.' do It. de 9 janeiro 50, appareee o soguintc<br />

considerando:<br />

~(Cousiderando que os DD. sobrc cons. do S. T. A. de 312<br />

dc dezembro be 1801) c de 24 de novetnb:~ de 1832 signifiearfo<br />

apenas il necessidade urgenle de se publicarero as disposiees<br />

espcciaes para as prov~ncias ulnamarint~s, a qnc<br />

allude o art. 101.' Lo It. cle 25 de novenlbro de 1856, mas<br />

nlo podom ter por effeito, etnquanto se nZo dBr tal publicaqiro,<br />

impedir o julgamento <strong>dos</strong> pla~tus, cujas partcs litigantes ticariam,<br />

ne incerteza da formula quo deviam seguir nos seus<br />

processos, sem que podcsse imputar-se-llles a cuipa, do apro.<br />

veitar uma on ontra das rluas qae so acham adoptadas e<br />

acceites nos arestos do tribunal ad qzaev, . . . )J<br />

Qnanto aos recursos eloito~~~es, a qae se refere a C. L, do<br />

6 rnaio 78, declaron o 0. D. G. U de 26 mnio 9U, quc doviam<br />

regnlar-se pel& cit. C, L. Go rcvogada, expressamento<br />

peIo R. de 25 novembro 8G. Has o S. T. A. por ac. do<br />

I G fevereiro 93 nXo tomando conhecimento do recur30 elei.<br />

toral, n.O 0.026, julgon ainda applicavd a selnelhantes recursos<br />

os art.s 9.O e 10,' do referido R.<br />

XHo compete ao conselho conhecer <strong>dos</strong> defeitos da petiyAc,<br />

do recurso 'para o S. T. A. ou na sna forma ou na sun essencia,-D.<br />

sobre cons. do S. T. A. do 18 margo Sb.<br />

(1) As attribui~Fes em materia da administra~Bo dns<br />

comniunidad.es agricolas de Goa, estBo designadas no art.<br />

186.' e seus n.OS do respectivo B. de 30 outubro 86.<br />

0s processos sujeitos 8 deciszo do conselho de provincia<br />

d'estc Estado ago distribui<strong>dos</strong> B sorte dn mesma forma qua<br />

no S. T. A,,-D. de 29 dozembro 02, art. 8.O.<br />

(8) Exceptualldo os <strong>dos</strong> officios do jnstipa, regula<strong>dos</strong> polo<br />

I). do 2maio 94,-0. D. G. U. dc 12 julho 94.<br />

Depois da publica~lo n'esfe Estado, <strong>dos</strong> DD. de 30 dc<br />

novembro c de 1 dczembro 69, submettiam-se ao eonselho de<br />

provincia os processos de concursos, Q excepqfo dns relntivos<br />

.ao magisterio do ensiuo publico. A P. P. de 14 jzceiro 61<br />

dotcr~ninou qne tambrn oses proces<strong>dos</strong> f~sscm julgn<strong>dos</strong> pelo<br />

consell,~ de prorincin. Mas, urn bessiio de 9 agosto 82, I)<br />

couscll~o dc prorincin, tendo-ll)e sido presentes os proccssos<br />

de cot~cursos para os provimcntos d3 9: cndeira do estinrt:,<br />

inbtituto pcotissionel u das escolas primarias, proferiu o se-<br />

guinte accordaw:<br />

uI'ara o conselllo resolvere juljiar em relaqBo a semell~nnie<br />

object0 podia fu~ldar-se apenas na disposiyfio do art. 5C.O<br />

do D. do 1." de dczembro do 1809, quo exprcssa, assin]: u<br />

conselho de provincin s2rve epalrnsnte para jolg~r os cuucursos<br />

para os differentes cmpregos publicos; mas,<br />

Conslderalldo qua as palavras-je/{~ar os cvncu~sos-de quo<br />

o cit. art. sc serve, nAo podem ileln do~cin ser tcmadas<br />

1,o sentido amylo, cle dareln ao consolho dc provir~cia corn.<br />

palencia para juljinr to<strong>dos</strong> F quaesquer concnfsos, mns<br />

sbn~ente aqnclles qne so b:lsenren~ cxclnsivamcnta em tlocuii~entos,<br />

nu (IS cha~nn<strong>dos</strong> doruttrct~tf~e~;<br />

Considerando que, so xssi~u n3o fosse, n escolhn, do jnry espwital<br />

que n lei iudica e nlanda fit~er para to<strong>dos</strong> as concur..<br />

sos par provas publicas, seria uma inntilidadc e 5uperfloidi~-<br />

3c; vlsto como,<br />

Considerando qae, a jnlgnr dcpois d'elle o conselho sob1.c<br />

o u~cri~o dcs ennd~dalos, ccloiralin n rednzir o jul-y ir si:~:ples<br />

condipiro de meros espectadorcs o depssitari;~ dxs prllv:rs<br />

e~cril~tas (a havc~l-as) o que nRo p6dc admittir-oe, porquant~~;<br />

C?onsideraudo que para njuizar do me~qito <strong>dos</strong> caudrdatcs,<br />

rcsultanto dn prow ou examc oral, s6 o jury e e ncm pqdn<br />

tleixnr de scr o coniyctente, pois S cllc quem prcsenceia o<br />

luodo porque o exeminendo respnudea i s perguntas feitas<br />

pelos vogaes do mesmo jury, respstns que n8o podel11 ~+eproduzir-se,<br />

nem nppareccr pernnte o conselho;<br />

Considerando que sendo assim, on o conselho tinhn cle h-<br />

acr obra pc!o juixo ernittido pel0 jury, oulhe falravaui os olcmcutos<br />

para julgar, e, em qnalqncr <strong>dos</strong> casos, era exigir-sl:<br />

do conselllo urn julgamento selu consciencia <strong>dos</strong> vogaes po.<br />

dec e dever ficar tranquilla da justip e accrto coln que julgava;<br />

Considerando finnlmcnto quc, ainda que os concorrenlcs<br />

reunam Qs provas do exame e classificaF20 do jnry document3s<br />

ou quaesquer attestn<strong>dos</strong> den~onstretivus da sua nptidlo,


60 ARTIC~O 50.'<br />

1120 6 isso motivo para exigir a interveu$io do consel110 no<br />

jillgnmcnto <strong>dos</strong> rcspcctiros concursos, po~qnanto o verdaclei.<br />

ro mdlito do concorrcnta depcnde da approrapEo e aprecia(;ao<br />

do j11r.y em presensa das pruvas oraes e cxercicios eecripton;<br />

e so para os approva<strong>dos</strong>, em egoaldnda de cil.curnstanclus,<br />

poderiio as dctllnis labilita@es sorrlr de mntivo B nomeayzr~<br />

do preferenc~a, mas csln Q attendida u ~,esoiuicia por quell1<br />

trin a escolha c poder de nolrlrar:<br />

]'or tudo isto, o conscll~o declnra-se incompetente para jrll-<br />

gar CS concnrsos do qlfc sc tl4a&, e cntende que ncm ellc,<br />

nam o conselho insportor dn instruc@o publics on a!,onm ontro,<br />

devem nos concursos por provils pl~LIicas julgar do mer~to<br />

e classificagbo <strong>dos</strong> caqdidatop ou concorruntcs. perteucen.<br />

00 e sendo isso scirncnte attribni~?~~ <strong>dos</strong> reopcctivos jnrys.v<br />

Corn fi~ndamanto n'esre ac., a P. P. de (i sc,em'bro 82<br />

dozlaro~~ rovcg"da a crt. 1'. de :i janeiro 81 c detcrinrnun<br />

o segointc;<br />

1.9t1e nos concursos por provats pnblicas. B s6meute no<br />

r.cspoctivo jary qec con~~~etccc~nl~ccer do rnerito <strong>dos</strong> concorrcntes<br />

Q faze,. a class,ficaLSo dYectes, e isso jncsmo nos eoncarsos<br />

para o magisterio do onhino pnblico.<br />

2.' A hnver reclnrlrapAo, on opposi5.80 yunnto ti re*nla~*ida-<br />

(10 otr Lalta dc legnlidndo corn quc lacs concursos hilJnm '? core<br />

lido perante o jury, o conseihn de provincia, nos termos (lo<br />

cit. art. 50.' tern de jnlgirr sobre rr vukdudc ou iaualiclctde dcs<br />

concursos e a~lnatlal-os, se us~int o enlel$der; o que imports<br />

vcrrladeirameute jolgar os concnrsos, e niio jtdgar $08 concurrcnles<br />

e ewollzcr o>trc ellcs, como se praticavs, invadinclose<br />

d'est'arte as attriluigGes do jury e do governador geraI.<br />

3 Pmalment*, nos concuraos para o mngisterio ou profcseorado,<br />

nuncn tern dc: ser onvrdo o conselho ill~pector da instrtlcy.50<br />

publica, quer em relap%o 4 cias~ifica~~o do; concolscntes<br />

(que pertence ao jury), quer em relac,.lo A escolha<br />

(que pertence 6 nnluridada superlor), quer em relaF20 6s al-<br />

JegapGes sobre le~allclndo (qne pertentem so eonselho do protinc~a,<br />

quando lirljs reclamay0es).<br />

Cam rcla@o aos concnrsos documcntacs e 5s reclams;tcs,<br />

a I?. 1'. do JS agosto 87 estabeleccn o segninte:<br />

1 .' To<strong>dos</strong> os concursos documentaes ser$o julga<strong>dos</strong> pelo<br />

conselho de provnicia, quc procedorri 4 classificuqIo <strong>dos</strong> candidatos<br />

respectivos,<br />

2." i ~ concurs08 s por provas oraes e escriptas serzo, como<br />

~]r-,ccitha a cit. P, de 6 setembro 82, nprecia<strong>dos</strong> pelos jurys<br />

AXTICO 51.O<br />

CAPITULO VII<br />

Da junla da hzcnrltr<br />

Art. 51.@ Compoem a junta da fazenda pul?li-<br />

cn (1):<br />

O govcrnador geral, presidente;<br />

0 proocun<strong>dos</strong> da cor6n e fazenda, onde ha l~eleln-<br />

c;So, e nsa outras pro~inoias o respective delegado<br />

11a cornarea da cal~ital<br />

da provincin;<br />

O secrctczrio da junta drt fazenda;<br />

para csse fim srjarn constit~~i<strong>dos</strong>; pcrtencendo ao consclllu<br />

de pl.oclnci,z joigwr, luanclo lmja rcclamaflo, da validnde<br />

ou ilivalidado d'aqrcellcs eoncursus, isto 6, Sb n'elles foram<br />

,l,t u.:o clltnpridss as furmalldades que as leis on disposi:ccs<br />

vlgcntes estabcloccrsm ou renham n cstabeIccer para 0 9 x 1<br />

I".ocedimcnto.<br />

"JO Logo qae 0s pro~essos <strong>dos</strong> concursosl a que sc refute<br />

o n." precedentc, JGm cntrada aa rccretnrls do governo, 0<br />

seclctario gera1 P~bllc~sk no BoZ. as c1assifica~Ge~ votadns<br />

polo jury, delldo praso dc 8 dias para os concorrentes qnc se<br />

julpern lcsnd~s, apresct~tarem as snas recIama$Ges.<br />

Co~u fi~ndarllc~~to nos cit. A. C. P. dc $4 agoso<br />

P. P. de<br />

ii sa~embro 62, asslm como na P. de I6 sgosto 87, resolveu o<br />

A. C p. de 23 &il 88 qnc as reclamarijes sb podem versnr<br />

accrcn de qualquer irrcgulariclade s accusar no act0 e no proccsso<br />

do con curs^, e nS~o sobro o merccimel~to das provas e<br />

cunsequente clussiiioa@o. Esta doctrinr i corrente, comtvdo<br />

ha rcsola~~o em contmrio,-A. C. P. do 21 agost0 91)-<br />

(1) As (32. R. de 15 marqo 1518 e dc 28 dczcmbro 1513<br />

chnmamm A cssa em que se recebism 0s. fun<strong>dos</strong> da fazenda<br />

yublicn feitoria~. Por C. R. de 11 jane~a 1599, se do1 i<br />

tcitoria novo regimen, chamando-lhe mesa e ~ribulzal de confoq.<br />

convertido em co~well~o da fasentln por A. It. de 17 outubro<br />

1615. A C. R. do 10 abril 1769 transfosmou este conssllto em<br />

junta da faiend~, a qual, em virtude da lei da perfeit~~ra.<br />

ficou redueida B cou~ntissEo dafazenda; mas o D. do 1'; jane~ro<br />

37 restabeleceu em todo o ultralnar as jt~ntas ds fazenda.<br />

scndo reorganisadas pel0 de 1 dezembro 69. Extinctas polo<br />

U. de ?(I dozembro 68 qoe entrou em exec~$io n'este Estdo


82 ARTIGO 51.O<br />

0 thesoureiro geral (1).<br />

0, secretario da junta B substit~~ido nos seus impedimentos<br />

pelo contador, que toma aspento depois<br />

do thesoureiro (2).<br />

NSo estando presente o goverilador, preside o srcretario;<br />

mas no Estado de India e em Angola prcside<br />

o procurador da cor0a e fazenda (3).<br />

(1) Este cargo foi creado par A. R. de 28 abril 1772, em<br />

substituiglo do vedor geral da fazenda, ou, como se denoniinava<br />

em epoca mais remota, provedor-mbr <strong>dos</strong> contos, creado<br />

por C. R. de LO rnarqo 1614, executada no anno subsequcnte,<br />

a qua1 extinguia o cargo de vedor <strong>dos</strong> contos que anteriormente<br />

existia. Subsists o logar de thesoureiro gera1,-art.<br />

21.' do I). de 20 dezenlbro 88,-c~jas obriga$Oes e deveres<br />

estao marca<strong>dos</strong> no R. de 7 novembro 89.<br />

(a) Resolveu-se que o contador devia assistir 5s sessaes<br />

da J. F., quando o secretario assumisse a presidencia, considerando-se<br />

esta um <strong>dos</strong> impedinlentos &o momo secretario,<br />

-I?. $1. I. de 22 agosto 81 para ilfqambique. E n'estn<br />

hypothese as chaves, a que se refere o art. 515.O, eram diatribnidas<br />

pelo secretario da junta, contador e tliesoureiro gerd,<br />

-0. D. G. U. de 12 julho 82 para Cah Verde.<br />

(3) Estando a governar o secretario geral, 1180 podia presidir<br />

51 J. F.,-P. fil. If. de 7 julho '7gT para hlacau, Funccionando<br />

o conselho governativo, o pres~dente d'este presidia<br />

B J. F.,-D. de 10 novembro 77. Vide a P. 11. 31. dc 25<br />

fevereiro 85, para Angola.<br />

Die o art. que nas provincias ultramarinas, euceptaando n<br />

India e Angola, nPo estando presente o governador, devii~<br />

presidir o secretario; se nBo estivesse tambem presente o secretario,<br />

quem deveria presidir 2' Deu-so eete caso em 84 na<br />

pruvincia de Mopmbique, e, embora actualmeole aeja sen1<br />

utilidade discutil-o, informaremos todnvia o que houve e se<br />

resolve=. Estava ausenta o governador geral e doente o so.<br />

cretario da junta, quando o delegado da comarca da capital<br />

assumiu a prasideocia d'uma sessiio em que tomaram parte n<br />

thesoureiro geral e o contador servindo de secretario. Por<br />

este facto o delegado foi suspcnso pelo governador (P. de 4<br />

oatubro 84) e o delegado interino requeren quere!la contr:~<br />

aquelle magietrado incriminando-o no art. 36.O do cod. pen.<br />

0 juiz substitnto em exercicio que egualmente occupsva CJ<br />

dito cargo dt! tl~esoureiro geral, declarou-se an principio incolnpetonte<br />

e suspwito para fttnccionar conlo juiz no processo,<br />

visto ter sido participante do Bcto e haver j& tambe111 em<br />

sessh cla mesma junta manifestado a sua opinizo sobre o acto<br />

praticado pelo querellrdo. 0 delegado interiuo impugnou n<br />

incotupatencia e snspeipHo do juiz que sc declarou d'eeta Tez<br />

cornpetelite e insuspcito, e lanpou em seguida o despacho dc<br />

pronuncia. Subindo o procesuo I relay50 de Goa, foi annullado<br />

deade o comeFo e mandado arch~var, por ac. de 20 jsneiro<br />

85! que contem os seguintes consideran<strong>dos</strong>:<br />

aConslderaudo quo o decreto do 7 de agosto de 1SG2, dcpoi$<br />

de deterlainar no art. 1.O as precedcncias <strong>dos</strong> nieuib~+os<br />

das juntas da fazenda, estabelece no art. 2.* a rgra geral<br />

de que, no i~opedimento do governador, a presidcucia scr&<br />

rcgulada pela orde~n da precedencia;<br />

Gonsiderando que b principio de herrnenet~tica qne as leis<br />

anteriores se suppoem o menos possivel revogadas pelas posteriores;<br />

e conservando os delega<strong>dos</strong>, depois do dacretu de 1<br />

dc dezembrv ds 1869, como antes, o segundo logar na ordem<br />

da precedcncia, permanece a disposi~Bo do art. 2.' do cit.<br />

dccreto de T do agodo de 1862, o qual tiio shmente foi revogado<br />

pel~ art. 51.O do relerido deoreto de 1869, quanto ii<br />

siluapiLo <strong>dos</strong> secretaries ds junta (nas provincias onde nzo<br />

ha rclaglo judicial), indo estes fr~ncciona~ios tomar o logar,<br />

clue antes tinham os magistra<strong>dos</strong> judiciaes, e ficando os de-<br />

It,ga<strong>dos</strong> corn a mesma situa$%o anterior;<br />

Considerando, albm d'isto, que da citada disposigao do dccreto<br />

de 1 de dezembro de 1869, dizendo que na fnlta do<br />

governador preside o secretario, nlo pbde concluir-se que s(;<br />

estes exclusivamente podem presidir, o que equivaleria a cst:rbelecer<br />

quo, ausentes ou impedi<strong>dos</strong> esses dois funccionarios,<br />

ficava prohibida a reunizo da junta, concl~1s3o esta qua<br />

ueln logica uem juri9camente p6de t~rar-ee do rcfurido artigc~,<br />

porque este a nPo autorisa, e que seria absurda por podcr<br />

produziir a paralisapso do servj~o publico: e nth ulna tat illterpretapiio<br />

seria incornpativel coln a disposiglo do art. 55.O,<br />

o qual manda que haja uma sessLo yor semana, e as extraordinarias<br />

que exigir o bem do scrvipo, sendo evidcnte que<br />

slo as exiguncias d'este que doterminam as rcuniihs d'asss<br />

corpo administrativo-fazendario, logo quo liaja lnaiorin <strong>dos</strong><br />

vogaes que legalmente podem n'elle funccionar;<br />

Considerando, poi- estas raz3es, que estando auseute o goerna<br />

ad or o impedido por doenga o secretario da junta, coulo


84 ARTICO 55.'<br />

------<br />

Art. 53." j~~nta ~ Efazenda L tem o trata~~icllunto de<br />

~.ccollcntissi~izn jltnta (1).<br />

Art. 53.O 0 secretario da junta d nolvcado por decreto<br />

real, e presta jnramento nas 11130s do govern~.dor<br />

gcral. Teul as lloilras e graduaq50 de coro~lcl<br />

de 2." linlla.<br />

Art. 54.' 0 tliesoureiro gcl*aI 6 dc nonlcnc2o dn,<br />

junta da fazenda, sujcita 5L confil-mac;to rdgia, e presti^<br />

fianqa ycrantc a lnesma junta (2).<br />

Art. 66." A j~ulta dn fazcncla, celel~ra, uinn sesszo<br />

ordinarie por scmann, c as extraordillarias quc tr<br />

benl do serviqo esigil*.<br />

vonstn das actas do A. 3 c 0. 12, niio praticon o msgistrntlo<br />

quercllado crime alguln presidirrdo si ses&o e~u cjne legallllontc<br />

toinnram parto o tllesourelro gernl e o coutador scrv~ndo<br />

da sccretario;<br />

C~nsidorando ainda, na mesmn hypnthesc, quc, se a pro-<br />

s~dcncin do delcgado na scss2o da junta constituisse crime,<br />

scria culllplice n'este o tliesonreirn geral, v~sto clue podcndo<br />

11npcdlr que tnl acto sc commettesse, para o qne Last:~vn a<br />

sna simples abstcnplo, concorrcn para quc se levasre a effeltg;<br />

e por isso foi tambe~n ~llegal e ruriito 1rrugn1ar qtrc o referido<br />

~l~esout.e~ro ft~nwionasbc corno juiz n'csto processo, violando,<br />

aibm das dispos1~3cs legacs precodcntcnlenco citadas, o principio<br />

trivial dc: yne ninguem podc ser joiz ern causa ern qua<br />

c interessndo, principio qne sc encontra consignado na ord.<br />

11vrn 3 tit. 3-1 principio e no a, t. 2911."do cod. do proc. civ. 8,<br />

11) 0 trntanlento qne d'antos se dam 4 .I. F., era o<br />

de iIlugc~tade.<br />

(2) O logar de thesoureiro gcral6 de nomeayxo r6gia provido<br />

por mcio dc concurso publico,-art. 51 .O do R.de 7 novcmbro 80<br />

0 R. approvado pelo D. de 15 novembro 75 prescrcveo o<br />

process0 da 6nnp do thesoureiro geral d'este Estado, fixando.<br />

:r em 1U0:000 xorafins, c cssa fian~a podia sor prcstada em<br />

cl~nl~eiro ou por ~ eio de hypothoca especial em propnedades.<br />

Resolvon-sc porem,-0. L). G. U. de 26 dezembro 9;-que<br />

a mesma fianp fossa dc 46.000 rupias, devendo ser em diqlheiro<br />

e~cciivo, ou em inscrippijes pelo valor do mercado, e, d<br />

rrn imposs~hilldarle absoluta de adoptar yualq~~cr d'estau indlrac;Ges,<br />

em propnedades.<br />

0s i~cpocios sao decidi<strong>dos</strong> pela l)l~lnralida.ilc de<br />

VOtOS.<br />

Art 56." 0 coOe da jmta da fnzenda. tern t1.w<br />

chaves, distrib~lid;~~ pelo thesoureiro ger~tl, pelo president~<br />

e pclo sec~*ctario da jnnta.<br />

Art. 57,"s ordens da junta da fazenda s2o pa-4saclas<br />

ell1 scu nome e assignadas por to<strong>dos</strong> os membros.<br />

Art. 58." Compctc ii junta da fazenda a administ18acko<br />

<strong>dos</strong> rendilnentos publicos. ta,nto no que rcspeita<br />

B sua arrecadac;So (I), corno ao pagamento das<br />

despezas, tudo co~iforme As leis e rcgulamelitos a cste<br />

respeito.<br />

Art. 59.' 0 mod0 1)01. me deve scr feita a cscri11tnl.ar;io<br />

da junta EL iazeida serA determinado<br />

regulamentos do govcnlo.<br />

Art. 60.' Das clccisaes da junta cle fnzenda s6 hi&<br />

recurso para o rei.<br />

Art. 61." Nenhnma despeza p6de ser paga sem<br />

ordem da jllnta 11% fazenrta.<br />

Art 62.O 0 secrctario da juilt,a exercc por si ou<br />

1'0' seus delcga<strong>dos</strong> as funcqdes de inspector dc revistas,<br />

corn l*eIa(;So B forqn nlilitar dx provincia (2).<br />

Art. 63." A junta da fazenda tern uma contadorin<br />

dirigida por urn contaclor sob a insgecyio inllnediatn<br />

do sec;rct,~lio da junta,.<br />

(1) A cobranp dtls dividns ti fnzcnda publica por contribuigks,<br />

rctldas para as qiiaes n8o esteja lnarcado prwesso<br />

especial, ii"1.o~ e quaes,luur outros rcndimentos, 8 applicavel<br />

o processo de esecu$o administrativa, designado no art. 0.'<br />

do D. dc 32 julho 70, declerado em vigor no ultramar pelo<br />

I). de 30 jnnho 71. Quanto B arrccadat;bo <strong>dos</strong> fdros, veja-ee<br />

~hrnbcrn o D. dc 25 outubrn 81.<br />

(2) Creado polo I). de 20 dczembro 88 urn logar dc<br />

c~fficial eu~arrcgado du fazcnda militar no quadro da rt:parh.<br />

yXu do Faaendr~ provincial, que Eoi sltbst~tuido n'esta Ebtado<br />

pelo deinspector do mobtras,--D. dc 50 dczcmbro 93, tab. A.


$ ul~icu. A organisap50 da, coi~tadorin e a ol*den\<br />

do seu servic;o rcglilaiu-se 1)or leis c reg;.nlamelltvs<br />

c-spcciaeu (1).<br />

L'tlPITULO VIIJ<br />

Dos go~cn~atlores sub:~ller~los ou cic tlislriclo<br />

Art. 64.' Em cnda distlicto ha utn govenlndor<br />

subalterno, excepto no dn capital cla 1)rovinci:l. Para,<br />

governadores dc districto serAo noillca<strong>dos</strong> officiac.~<br />

~~lilitarcs.<br />

0s governadorcs dc districto siio nonle;l.<strong>dos</strong> por<br />

dccrcto real e prestnn~ jurmiento rlas illiios do governndor<br />

gernl.<br />

Art. 65."Na faltltn ou iinpedimento do goverandor<br />

s~tbaltemo, quer cste scja ternpornrio ou perma-<br />

~zei~te, em cl~~ailto n%o cllega noro gove~rmdor de<br />

nomc;ic;%o rhgia on do governndor gcral da pro~rincia,<br />

fltnz snas vezcs o official de 1." linha mxis gradundo,<br />

que estiver na s6de do govern0 (2).<br />

(1) 0 qnadro clos cniprc.rartos da junta e contadorin gernl<br />

dn fazcnda pullicn d'cstc Est;~do fGra estabnlccido ~ O I * (j. L.<br />

du 7 nLril (33 e D. dc $0 aLril 74 c c~utros DD. oryanlcntnes<br />

pnstcriorcs. 0 I). clc 6 niaio 63 l~avin rcgc~lndo n c1nrjsific:rpho<br />

e rtistrib~i~ko do scrviyo dn mesri~n cctntadorin. Actual.<br />

ninntc o quadro clns rcpnrtiy8es dc fazcnda provinciacs e concclliias<br />

G o cstaLclccido no D. de 20 dezcmbro 88, It. dc 7<br />

~iovonlro 811, e n'cstc Est:tdo pclo D. de 09 r1ezt:mbro 92.<br />

(2) Quandc os garernadores <strong>dos</strong> districtos de Uunguella a<br />

hIossnmedcs, da provincin do Angola, sairem das czpitac!s<br />

(10s ~ncsmos districtos em risita aos concclk,os lirnitrc~phcs, devcm<br />

ser substilui<strong>dos</strong> no esercicio das suas funcg6es de ndmi-<br />

~iistmdor de concelho pelos rospectivos secrctarios,-D. de<br />

8 ;~gosto 89.<br />

Ct~lanclo os governnrlorcs <strong>dos</strong> differentes districtos da prooir~cin<br />

de &Ior;amliquc snirelr~ Jas rcspectivas cnpitnes par:r<br />

outros pontr~s <strong>dos</strong> lncsmos districtos, nlo se rlcvo razor s~tlstitaic;:ct<br />

nlguma, iicar~do us sccrctnri~s <strong>dos</strong> govcrnos dist~*istncs<br />

el~carrogn<strong>dos</strong> do cxpedrentc, seguudo as iuulracr;iies qnc rece-<br />

.~CTIGCI GQ." $7<br />

Art. CG.' 0s gc~verr~:idorcs sul~:iltcrnos. cln t~l(ln<br />

sujeitos 5 antoric1:~de do governador geral (I), cscrcenl<br />

;timaqc",es civis c miiitnres.<br />

Art. 67.' Colnpetcin nos govc.rn:tdol~es sub~~lterx~os<br />

rlov casos cm quc n:io telllii~~l ordcrn do governador<br />

gcral, as mcsmas attribuic;.dcs que 09 governndo~-cs<br />

oivis teen1 no seu districto, c n;io ilecessita~ri para as<br />

excrcer do concnrso do co~isclllo do dist,ricto, uu dn<br />

illnta, geral (2).<br />

0s nlesnlos governailores sso os com~n:milontcs<br />

militnres dc todo o distl-icto.<br />

A1.t. fXLo 0 ~ OYC~-~:LI~O~ ~t~l~alienlo corrcsl)onde-se<br />

directamente corn o govenlador gerzcl, e sS por intermedio<br />

d'csta autoridade se 1:Ode dirigir ao goverlio (3).<br />

bcrem <strong>dos</strong> ditos gorernndoros, c como se cstcs presentcs fossi:11i,-P.<br />

I?. de 17 0.2.tiibro b!J, Bu1. rcspoctivo n O 42.<br />

(1) Nyio podem pruvidenciar le$slativarscntc, ncm protcstnr<br />

contrn a lei 011 ordens rlas a~torid,~dcs supcriores-P.M. RI.<br />

dc 21 dczcnibro 67, ptrs Cabu Vcrdc.<br />

(2) Colu fundnmcuto rl:i disposic:%o do trxto, fornm autorisadm<br />

osgltr~erna.dores dc Uanr?~o e 1)iu a n~~rntarc~n regec!orcs<br />

de ~tarocl~is n'ncluollcij districtus--t:. S. de 2 jnneiro 71; c 0. 8.<br />

:to grlvurnaclor c!e DnnGo, do 21 dezembro 'iS (ir~Ctlitos);--c<br />

bc~u sssim pildetll ellcs nu1ncr:rr e rnbricnr os liwos das actas<br />

das respcctivas cnmnras mnt~icip:ler; nos termos do art. 85.'<br />

do cod. ndm.,-0. S. de 16 sotembro SO no governardor de<br />

D:~~n:lo jinQdito).<br />

L)c.tcrmiuoa-.e cgnnlmoute quc a corteiipondencis official dns<br />

rcferidas camnms hssc dirigida aos guvern:idorcs districtaes,<br />

para cstes decidirum logo os negocius c~ija rcsolup~o cstc.jn<br />

dentro dn esphcra clc snas nttriloiciies, ou, no wso contmrio,<br />

para os sujuitarem no guvcrncl do Estndo, esclareciclos con1<br />

sun informapRo,--PI'. 1'. dc :4 rnalr,cl 70 5 19 tlczcmbro 82.<br />

lrnpost:~ nos wo\,ernnd~>rcs suboltcrrios dc XIopmLiquc c dn<br />

Onin6 a obrign>Lo de visitarein anunnlmeutc 03 ~.csl~cc.tivoy<br />

districtos, con1 tlireito ti ?juda cLe custo,-DL). de d!) novcmbra<br />

76 c de Ci setenibro 77.<br />

(2) l'ermittido apcuarr ao govwnndor dc Tirnor cuviur directnmeiitc<br />

no govcrno dc S, fil. noticias e iuforniayiies dn


6 8 AIil'l(iO 1 .' -.<br />

Art. 69.' Junto do govesnsdor subnltenio lla uni<br />

sccrstario nomeado pclo governador geral.<br />

Art. 70.' A organisaqzo e serviqo das secretarias<br />

<strong>dos</strong> governos subalterlios Q regulada por leis e regn-<br />

lainentos cspeciaes (1).<br />

Art. 71." 0 governaclor subalterno nlo tern aju-<br />

d,znte de ordens; mas pbde escolller algi~m officinl,<br />

que esteja Rs suas ordens, sem que perceba poi, extc<br />

serviqo gmtificac;i"io, ou outro qualquer vcncimcnto<br />

aldnl do da sua pstcnte.<br />

-<br />

meslno districto, sernpre que para isso lhc offdrcpa occasiiio<br />

e nLo o possa Fazer corn a lnesrna breviclade por interlnedio<br />

do governo da provincia do Macau e Timor, por faltn do mcios<br />

de comtnrrnicap;So corn &Iacnu, dando todiivia na primeira<br />

opportunidilde no mesnlo governo provincial, conl~ccirnento<br />

da correspondencia oficial quc tivh mandado pnra Lisbua,<br />

-P. h1. 31. do 19 dezembro 77; declarando-se, comtndo, que<br />

essa prrrmiss?in 6 para cssos excepcionaes, graves e urgentes,<br />

-0. I). O. U. de 10 nove~nbro 62.<br />

Antorhadus os governadores de districto e os adxinistra.<br />

do~ecs de concelho a transmiltirem directamente ao rninistcr.io<br />

da marinha quaesquer ocoorrenciav llavidas nas ros1)ectiv:~s<br />

circumsc1*il~g8os, cujo conhccilnento immcdiato possa intercssar<br />

ao governu, qunndo se reconheqa qua possa provir<br />

demora irremediavsl na twnsmivsXo da notici:~ por inturrnedio<br />

do gnverno da provincia, so qual sc devem egualmont,<br />

participar as mesluas occorrencii~s, como 6 do ri~oroso<br />

dever das sobreditas antoridades,-C. D. G. U. do ?li<br />

marpo 79.<br />

Declarado aos governadores de Damlo c Diu, assirn<br />

coluo aos adrninistradorcs do concelho e outras autoridadcs,<br />

quc Illas O defeso entenderem-se on corrcsponderem<br />

directamento corn quaesqoer autoridades politicas ou militarcs<br />

estrangeirns, sen1 que pnra isso tenlram rccebido autorisay~o<br />

cspccjal do govetao do Eststlo, unico competcnte pnra Iratar<br />

torlas ns questaes intornacionaes,-1'. P. de 17 fevoreiro<br />

8s.<br />

(I) li. itltcrx~o dn sccrct:tria do gcrveruo do districto do<br />

Dam50,-P. P. de 13 sctenlbro 70.<br />

-- - -<br />

CAPITULO IX<br />

Dos eoocelhas<br />

Art. 72.' Em cada concelho ha urn administrtl>-<br />

dor (I), e uma oamara municipal corn as attribui-<br />

qbes, que lhes competem pelo codigo administrative<br />

e mais 1egislac;iio em vigor p).<br />

(1) Corn obriga$io de residir na capital do concelbo,-<br />

P. R. de 29 margo 70.<br />

(2) NBo estando em Goa em inteira execugZo o co:., na<br />

parte qua se refere As funcpbes e attribuipB~~ <strong>dos</strong> administradores<br />

do concelho, c tondo-se estabclecido urn mod0 de ser de<br />

administragLo, peculiar Bs in6tituiqi)es e especialidades do paiz,<br />

Farnos dar resumida infortna$%o do que se ha feito n'esto<br />

ramo, dividindo-a, pela seguinte Mrma :<br />

1 AdministraqZo das Velbas Conquistas :<br />

A AdministrapZo <strong>dos</strong> concelhos.<br />

B Administragiio das communidades.<br />

ZI Administraqzo das Novas-Conquistas.<br />

111 Substitutos <strong>dos</strong> administmdores de concelho e adminis.<br />

tra@o das confrarias, fabricas, rnszanias doe pogodes e<br />

mesquitas.<br />

I Admitzistra$o dns VeZhas Conquktas :<br />

A Adminislta$io <strong>dos</strong> concelhos<br />

A C. L. de 25 abril 85 determinou o numero e as fhnc$te.r<br />

das autoridadee administrativas no reino, sua nomeapiio e<br />

ordena<strong>dos</strong>, autorisando o governo a fazer a diviszo administrativa<br />

do continente, e creou o cargo de administradnr de<br />

conce!ho, aem vencimcnto fixo, o qual devia ser provido bicnnalmente<br />

sobre lista triplicefeitn por elei~fo popular, devendo<br />

da mesma lists ser nomeado urn para substituto (art, 3.O).<br />

0 1). da organisago judicial de 'i dezembro 36, publicado<br />

squi em 14 dezembro 37, niandou no seu rut. 12." applicar<br />

a este Estado o oitado art. 3.O, commettendo aos administradores<br />

<strong>dos</strong> concelhos a administras%o propriamente dita dns<br />

communidades; e o cod. adm. de 31 dezembro 36, post0 err*<br />

csecupfo em 31 jnneiro 38, prescreveu que a lista mencionada<br />

fosse quintupla.


90 ARTIGO 72.0<br />

0s administradores <strong>dos</strong> concelhos podem rennir<br />

Em resalkqdo de eleicZo; a quo, em virtude d'aquellas dis-<br />

posipiics, o governo local mandou proceder nos tres concelhos<br />

das Ilhas,- Salaete o. Bardez, fbram nome<strong>dos</strong> 0s. primeiros<br />

admiuistradores e seus substitutos em 24 setembro 38.<br />

0 cod. adm. do 42 aboliu a eleipLo para os sobreditas cargos.<br />

Ao principio, os administradores do concelho nlo tinham<br />

ve~cimeuto fiso. Eos termos do, art. db7.O do cod. adm. de<br />

36, foi-lhes arbitrada uma gratiticaglo pclas respectivas<br />

csmaras ; variava por cada concelho. Depois da execuplo do<br />

cod. de 42 Eoi esaa gratifica~30 convertida em vencimento<br />

aununl sendo actualmento pctgo it& solidz~qna pt<strong>dos</strong> cofres muni-<br />

cipaes; pois, d'antes o era por estes o pelas carnayas agradas.<br />

clueforram alliviadas do encargo, depois da promul, *a Q? .bo do<br />

S. das communidades dc 30 marpo 82.<br />

B Admiaislnpo das tomru~~iladcu<br />

Sem remontarmos aos eeculos. passaclos, podo-se affirmar<br />

yue n administragto das communidades era confiada am 1835<br />

nits Ilhss ao tanadar-nadr, e nos concelhos de Salseta e<br />

Dardez aos jtcizes das conm~unidudes quc succederam nos autigos<br />

capitcies clus teprus. Ernln elles juiies privativos das causas<br />

pertencentes ii administra~$o da fazenda das comtnunida..<br />

dcs; conheciarn das causas civeis d'estss associ@es, verbal e<br />

sommariamente, dando appellapSo para o tribunal da relacgo.<br />

C) tanadar-mdr vonciq desde 1735, 2.000 xerafius por anno,<br />

porque ao logar costnma andar em pessoas distinctas e carecu<br />

de luzimento. decenten dic o regiuzcnto do vice-rei condo de<br />

Snudomil. Aos juizes das commi~nidades de Salsetc e Eardez,<br />

que ao principio percebiam I ,300 xerafius, forall1 successivalllente<br />

augmenta<strong>dos</strong> os ordena<strong>dos</strong>, sendo em 1799 equipara<strong>dos</strong><br />

aos do tanadar-mdr, to<strong>dos</strong> pngos pelas communidades.<br />

Em virtude das leis de 1635, forain declara<strong>dos</strong> ertinctos<br />

os alludi<strong>dos</strong> logaros, tendo sido incumbi<strong>dos</strong> das- respectivas<br />

f~nc~ik?~ os provsdores das cama?.as que, autorisndo pelo aviso<br />

rkgio de 98 maia 31, o prefoitn Bernardo Perm da Silva<br />

nomeoupnra os tres concelhos,-P. P. de 27 jaueiro 36. Dias<br />

depois, o governo provisional que Ihc succedeu, restabelecea<br />

os juizes das communidadea; at6 qne, em 1838, pela nomecr-<br />

930 <strong>dos</strong> administradores. <strong>dos</strong> concelhos, foi commettida a estes<br />

a administra~30 propriamonte dita das communidades, passando<br />

aos jniaes- do daeito a colnpetencia das qt~est'ies ~od1-<br />

as firncqBes de commandante militar.<br />

cines d'ellaa, tudo ern conformidado do disposto no art. 12.O<br />

do cit. D. de 7 dezembr~ 36 que aboliu de vez os cargos<br />

de tanadar-mbr. e juizes das communidades. Assim continuot~<br />

at6 q~w pela P. P. de 23 maio 71 approvada pelo I). de 20<br />

novembrq 71, foram ereadas as adrninistraqiias- privativas das<br />

communidades das Ilhas, Salsete e Bardez, dessnnexando-so<br />

das. administrapaes <strong>dos</strong> concelhos, e designando-ae os ordeoa<strong>dos</strong><br />

que compctiam assim aos administradores <strong>dos</strong> concclhos,<br />

colno aos novos. administradores das communidades.<br />

lr Administra~Zo das Novas Conpuistas.<br />

Tivoram sempre as provincias das Novas Conqr~i*tas urn:&<br />

administrag'io peculiar, conforme aos seus nsos o estilos que,<br />

manti<strong>dos</strong> pclo antigo dominante, furam garantidoe pdo governo<br />

yortugnc.~ depois da conquista, como 6 expreaso do numerosos<br />

editaes o ban<strong>dos</strong>, eutre outros, de 5, junho, 6 agosto c<br />

12 setembro do 1751.<br />

Urn rn~~istrado com o titulo de. aJoiz intendenten ad~ninistrativa<br />

a >ostipa, entendia acerca de causas civeis e crimes<br />

<strong>dos</strong> morarloros e das corumunidades, sendo aasim a jurisdicgfio<br />

d'cste mngistrado maito mais ampla qua e do tauadar-mbr.<br />

Parece que o desembal*gador que accumolava o cargo do juiz<br />

intenr\enta, rcsidia sompre nas Ilhas, sg~ndo sc deprehende<br />

d'ama informn~Zo do conselhoiro 31. 5. Gomes Lourciro, dada<br />

em 17 dcze~ubro 34 ao ministro de jnstiga (z inscrta nas suns<br />

&'emo,.[as publicadas em Lisbon,. 1885.<br />

Para a cobranpa do f6ros e mais contribuiqaes devirlas an<br />

fisco, havia urn exactor do fazenda, com a denornina~Io do<br />

parpotecar .<br />

No decurso dc quasi uru seculo, huuve corn relago s ambos<br />

os ditos cargos e ordena<strong>dos</strong> inhcrentes muitas pro~idencias;<br />

e at& 1834 f~nccionou o juiz intendente qua foi supprimido<br />

PQP officio da prcfaitura de 20 janeiro 35, tendo sido restabclecido<br />

pclo governo provisional em 15 de maioaubsequente;<br />

mas ficou abolida em 16, dezembro 37 em virtude do LJ. de 7<br />

dezembro 36.<br />

Em substittli@o do juiz intendente, creou a a. F. em 19<br />

setcmbro 38 um el~carregada fical que, mais tardo, em 1841,<br />

foi convertido pel0 governo local em admhistrudor &cal,<br />

corn attribui$i5es administrativas e fiscaes; tendo aid0 esta<br />

resolupho contirmada,-D. de 5 abcil 42.


92 ARTIGO 7"' 5 1.'<br />

fj I." 0 s administradores do concelho sZo nomea-<br />

No que ~espeita propriamente & administra~Xo de justiqa.<br />

fornm as provincias aggregadas is comarcas das VeIhas Conquistas.<br />

Ao administrador Jiscal foram da<strong>dos</strong> em seguida urn<br />

substituto, som vencimeuto, a evemplo do substitulo do<br />

administrador de concelho,-P. P. de 18 fever~iro 42 confirmnda,<br />

D. de 3 dezembro 42,--e os emprega<strong>dos</strong> de que carecla<br />

para o expediente do sorvipo que Iha estava cornmott~do.<br />

Em 1851 fornm as Novas Conquistas divididas em quatro<br />

administrapiies fiscaes e designado o pessoal para ellas, determinaodo-se<br />

qne, para o vencimento <strong>dos</strong> respeotivos adminiafmdores<br />

e empreg<strong>dos</strong> que seria pago pelo thesouro pull~co,<br />

fossem as commuuidades d'aquellas proviucias quotisadas<br />

em 12 reis sobre cada pardau do fGro,--PP. P. do 2L<br />

fevereiro e 24 julho 51, D. de 13 outubro 52; sendo esta<br />

contribui~Bo elevada a uma tanga de convenp.io,-D. n.O 4<br />

cie 1 bctcmbro 81.<br />

0s adlninistradores fiscaes tinhsm todas as attribuipiies <strong>dos</strong><br />

ndtnin~stradores dl: concelho e superintendiam egnalmentc nos<br />

negocios das colllmunidades e na cobranpa das rendas do<br />

Estado. Fnnccioneram at& fevereiro de 81 em quo se ercc~~ton<br />

a nova organisa~lio administrativa estabelecide pelo L).<br />

de 14 deaombro 80 e descripta em not& a pag. 10.<br />

0s admlnistradores <strong>dos</strong> concelhos das Xovas Conquistas<br />

exercelu as func~3cs quo Ihes cornpetem legalmente, e serveru<br />

cuinulativnmente os cargos de administradores das colnmunidades,-li.<br />

de 30 outubro 86 ;--e das conCrarias,-P. P. do<br />

21 junho 89 e R. de 2s abril 94.<br />

I11 Subtitutos <strong>dos</strong> ndnlinistradovcs de concclh, e administra-<br />

$30 dm conJrarias, fabricus, mazanias <strong>dos</strong> pugodes 8 nlesquitus.<br />

Como jrl ae disse (I A) os substitutos <strong>dos</strong> administradorcs<br />

de concelho foram nomea<strong>dos</strong> pela primeira vee nos concelhos<br />

das Ilhas, Salsete e Bardez, ao mesmo tempo que os proprieta-<br />

rios (1836). Foi-lhes successivamente commettida a superinten-<br />

dencia das confrarias, que nos termos do art. 248.' do cod.<br />

adm. pertence ao administrador Je concelho,-P. P. de 16<br />

agostc 45, 28 aeternbro 54 e 17 outubro 59 ;--das fabricas<br />

adruinistradas pelas communidades,-P. P. de 20 dezembro<br />

64, e das mazanias <strong>dos</strong> gagodes e das mesqnitas,-P. P. do<br />

19 dezembro 70.<br />

Nos concelhos dns Novas Conqnisfns, clepo;s cln c~rjiaoic~xr,:io<br />

dc 14 dezeinbro SO, foram crea<strong>dos</strong> identicos cnrgos e co~u :IS<br />

rcesmas attnbuiqiies,-P.P. de 3 setelllbro 53. Blas, a IJ.F. tlr<br />

21 junho 89 conferia aos admiuistradores a s~~periutendcnc~a<br />

dss confrarias, de~xando 30s sulst~tutos a <strong>dos</strong> pepdes 8 tlns<br />

mesquitns, sendo o inverso nos concelhos das Velhas Con-<br />

quistas, isto 6, 06 administradores superintendem aqni os pi:-<br />

godes e meequitas, o os substitutos as confrarins e as fitbrica-<br />

adruinistradas pelas communidndes.<br />

As diferentes attribniyiies corn respeito aos n~cncionad~is<br />

estnbeleciu~cntos e hem assiin n respcctivn retribu~c%o est:~o<br />

defioklns no E. das maznnias, de L o ontubro 86, c no B. ?a-;<br />

oonl'rarias, (lo '28 abril 9.1.<br />

0s subst~tutos n%o percebom vencimento scnlo na Gtlta,<br />

ausencia ou impediruento dcs odininisttadorrs pr,lprietarco~,<br />

peIn forma preceituada nss PP. 1'. do 3 nbril 63, 9 dezc~~~brc~<br />

c;Lj e 13 set-mLro 82. A 1'. $1. 81 de -/3 fevereil-o 3;!1 resolvc~a<br />

:~UR 06 administi~xdorcs de concelllo, durante os seus impedi-<br />

nlcntoa, perdem o terco do vcnaimcnto, o qual, cmbora s ~j:~<br />

Jeno~ninado grnr~ficugiio pelo cod adm. dc 42, tern a nattilbeb;s<br />

de o~~lcliarlo, por ser permanente o inscripta nos orpinento.:<br />

?~lnnicipaeq ; como sempre se entendc:~ no rei-o em ~LI:LU~(,<br />

o cit. cod. ali rigoron.<br />

NGS coneelGus dss Ilhas, Salsete e Barder tambem substitucm<br />

os atlmiuistradores dns corumunidadea,--R. rlas comuln .<br />

nidades, de 30 outubro SC, art. 1GZ.O<br />

Notaremos. por nllinlo. rille o art. 244.O do cod. nd111.<br />

ae 42 diz :--ctno caso de a~rseucia 017 i~r~pcdimcuto do adri11-<br />

nlstrador do concell~o faz as suas vezes o substitutoa e,<br />

porisso, este n5o pode funcc:onar simultanoamentc cnni<br />

aqndle. d~vidiudo-se a jurisd1cc20,-P.X. dc 90 janciro 6.5.<br />

1)lz mais o cit. cod. no art. 2&5.'--a 111) ceso de auscnci:~ on<br />

impedirnento do admiaistmdor do conrellio c do seu sobsti-<br />

tuto e emquarito u governador civil nzo nomuar queln<br />

intericnmente o substitha, faz as suss vetes o president,e da<br />

camarar. Tcndo.8e dado por vozes o caso <strong>dos</strong> govet*nndores<br />

sus[~erdercm os adin~nistradores o nomearem administredores<br />

~nteriuos, seln embargo do haver substilutos, ans qnacs<br />

,it. art. 24-1 coulraotte a jurrsdicc%o, resolveu a 1'. 11- de<br />

12 novernbro 73 :-1.O qnando fa!tar ou por qualquer inotivo<br />

estivCr ~mpedido o admiuiytrador do concelho, deve scr<br />

chamado n servir o respective snbst1tnto,--'3.~ est:i ocrloni<br />

,do servi~o nzo porle ser alter:rdn, ~ncnrregnndo.so interinn-


.11 ABTICO T:! $ :'.O<br />

-<br />

11~. l)e1(1 y~~crl~atlor ~elal ; 1)<br />

5 2,' Ga go~br~,r"u~i~l.e:: S~I~F:' ' :V?OS S ~ G a(11fiillis ,<br />

tradores clo eoncellio da, capi;,,! '.;L rlistricto (2).<br />

5 3." Nos concelhos, pordn?: em yue n2o houver<br />

sufficici~te numero de pcssoas aptas para os eal-go~<br />

nlnnicipaes [3), d'entre as qnaes os elcitores posvan)<br />

lim-ementr: escolilcr, ha urn cllefe qne reune a.<br />

nttribnic,bes civis e militares (4), e este colll dois cisc1:~dSos<br />

annualmen be nomea,cios pelo gorenlnclor ge--<br />

lnente da ndministra$io do concelho outro indiridtzo, s:~lvtj<br />

cnso Jr fnltn on de impetli~i~cnto do snbstituto. Xo mcsmr.<br />

scntido sko as PP. R. de 28 outubi.o 'LY coin fundament


Art. 752 Na capital de cada provincin se p~~blicard<br />

urn Bolctil~l Official (I) sob a i~ispecqfio do gover~iador<br />

geral, contendo as leis, deeretos, e regnlarnentos,<br />

e egualmel~te as outras dcterminap6es rkgias,<br />

on do governo provincial que hajnm de ser executadas<br />

na provincia (2). DeverB tambem p~~blicar<br />

Pelos cod.' ndm. de 6 maio 78, art. 5 .O, c de 17 juiho Sli,<br />

51%. 3.*, sZo corpos administrativos a junta geral, a camnr:~<br />

munici cll e a junta de parochia, cuja co:stituigZo B differerrte<br />

dn estaielecidn no cod. dc 42.<br />

0 voto de qualidade G unla prerogativa e preeminencia cine<br />

ijao pode ser exercida seln lei qno expressamente a concedn,<br />

-1'. P. a. C. Ottolini, do 20 fevcreiro 35 o P. R. de 23 do<br />

rncslno mt.z e anno, cit. na nota ao art. 232.O do cod. adiu.,<br />

edi~ao official do l8G:t.<br />

(I) N'este Estado o Bat. comeCort a puiblicar-se em 7 da-.<br />

aembro 37, vide o prologo do h ~dic~ Chto:wlogieo e d2pha6ctiec,<br />

tlu Legiskl$Zo insertn na folha oflicial d'este Estndo ;-nn provincia<br />

do AIacau c Timc~r em 5 sctelnbro 38;-nn de Cabo<br />

Verdc 24 agosto 42 ;-us de Angola 13 bctembro 46 ;-u:~<br />

cle hlopambique 19 maio 54;-nn dn S. Tho~uC e Principe 3<br />

ontnbro 57 ;-ma Gniui! 7 fcverciro YO (a) ; e en] Loaren~o--<br />

Marques 13 jultio YL), luas crhmos que ficou susponsa :(<br />

publicaqao.<br />

Vide as duas notas subscquentcs.<br />

(2) .ProLibido exocctnr nas provincias ultrn~narinxs qilniqucr<br />

la, decreto, portaria ou regul:iinento sem exprosi;:r<br />

clc~erminapXo do govepoo expcdida pelo ministerio dn mnrinhn<br />

c ultramar, -- Z). de 2'7 setombro YS.<br />

h'enl~uma lei, decrcto ou regalamento se deve ccn~iderar<br />

em vigor no ultramar, em quanta UBO fOr publicaila no rrs.<br />

pec~ivo 301. Ofi., salvo o caso em quo outra consa seja cleclarada<br />

na lnesnla lei, - P .P. 31. 111. do 21 setembro 88, pnr:l<br />

JIacnu, e 30 marpo 70, pars S. Tllomi: e Principc,<br />

Determinado qlie 0s governndores fafarn pablicar no<br />

Bol. Olfi. todas as leis e ordens rbgins inscrtas no Diariq de<br />

-<br />

(a) I,. T. I


96 ARTIGO - 75.'<br />

tioticias estatisticas e outras que possam ser de riti--<br />

Made publicn (1).<br />

Determinado quo as peps ofliciacs insertas na parte<br />

official do BoL. d'es:e Estado scjam executadas independentcniente<br />

de outm coinniunica~3o, no concelho das Ilhas tres<br />

dins depois da publica$it,, e nos outros pontos do Eatado<br />

~iccorriclo igual pravo da chcgade dc correio ordinario cine<br />

dcva t.1-nzcr o compctente n."o Bol.,-P. E'. de 3 janeiro<br />

.ih qac osld em l~armonia com a Iegisl~~Po parallels do reino.<br />

-D. de 19 agosto 33, C. L. dc 9 ontnbro 41, PP. R, de 1.1<br />

ontubro 46, 24 ngosto e 10 setcmbro GI, e 21 :tgosto 63.<br />

(I) A este respeito, as CC. &I, 11. de 15 icverciro 55 o<br />

dc 14 agosto 56 n~andaram observnr as seguintes indicaciics<br />

do nntigo conselho ultramarino,dc 26 jnneiro 56, que se encontnun<br />

nos Ansuea do mesmo conselho, coll. de 18521 :<br />

a[. ................-.....-..... .........-.....<br />

a. Que os Bols. pnbliquem, pi~omiscname~te com as<br />

t~ntras yesas para qiui sHo especialmento destina<strong>dos</strong>, noticins<br />

uouiucrciaes, n2o SO da propria loealidadc como dau pryas<br />

corn qae a rc:pectiva proviucia cutrct~ver mais ficqucntes<br />

cela~ijes ; prerbos corrcntes, entradafi e sz.das de navios, tnnto<br />

,:as portnj da capital corno de .to<strong>dos</strong> os uutros da provincia;<br />

Lslancctcs <strong>dos</strong> coires das I. I?. e do suns dclcgnciies ; mappas<br />

do movirneuto das alfandegas, e resumo <strong>dos</strong> principaes<br />

generos lmporta<strong>dos</strong> e asportadus.<br />

3. Noticias resinnirlas clos principaes gcneros dr: producfii~<br />

e industria agrirola ; sentensas <strong>dos</strong> tribunaes superiores da<br />

provincia; estatisticn criminal, estatistica mortueria, especificando<br />

quaes oa individuos livres on escravos, indigenas 011<br />

europeus, menores ou n~aiores, mascnlinos ou femininos, &c.:<br />

nccordiios do respectivo conselho do governo, quando funccionnr<br />

comJ consellin de district0 ; posturas das camaras<br />

m~~nicipaes ; o os documentos interessantes que existirem nos<br />

srchivos das reparti~aes da provincia.<br />

4. Nolicias importantes relativas 6s provincias em que os<br />

Bolctins 650 publica<strong>dos</strong>, taes como desooberta de minas, de<br />

noms productos vegetaes ou animaes, ou de qualquer novo<br />

Senor0 de industria on novo ramo de commercio.<br />

Tratando particularmente de cada provincia : o Bol, dc<br />

Csbo Verde devcri publicar de tempos a tempos, a16m de<br />

noticiaa de Bissau, Cacheu, Geba, outras <strong>dos</strong> estabelecimen.<br />

t3s das nae8es eetrangeiras na coats da Guinb, taes como 0s.<br />

do ~enegal e GorGa, Gambia, Scrra Leon e Cabo Corso,<br />

Liberia e S. Jorpe da Nina.<br />

0 Bol. de 8. Thorn8 deveri dar informaSBes sobre Ajudg,<br />

Fernando PG, e sobre o commercio do3 diversos estabelecimentos<br />

das differentes na~iies europeas ne costa da Mina e<br />

no golfo de Rcniu e rio Gabgo, indicando o que conviria quc<br />

os commerciantes firessem para pa~*ticipar <strong>dos</strong> Incros que as<br />

permuta$es qac se fazem n'aquella costa deixam aos negociattns<br />

estrangeiros.<br />

0 Bol. de Angola doveria dar, al6m das noticins gcmcs<br />

jti inciicadas, as qne podEsse obter do Ambriz, rio Zaire.<br />

Cabinda, Molombo, e cstabelecimentos fraocezes do G;ib:o,<br />

assiln como dcs vastos sertrjes adjacentcs aoa nossos tcrritorios,<br />

c clos mais distantes de que houvesse informaqijes.<br />

0 BoI. de Uoqanibiqne deverd dar, alQm das uoticins<br />

geraes, as que obtiver tanto commerciacs como politicas, (la<br />

c~louia ingleza de Xetal, da Dlauricin, da IIha dc Bourbon.<br />

e da de llayota, da Republics cln Africa austral, formatla<br />

pelos calonos hollaudczus emigra<strong>dos</strong> do Cabo de Boa Espersuca,<br />

de Zanzibar e Imamo de lfascate, a ospecialmcnte clc.<br />

corn~ncrcio e proced~mentos <strong>dos</strong> arabes, stibditos d'esto sob::rano,<br />

nos portos proximos de Cab9 Dclgado. AlBm d'isto todas<br />

as noticias <strong>dos</strong> sert"os vastissirnos do contineute sdjacente<br />

8 provincia serAo dc mnito interesse.<br />

0 Bol. de Goa dari noticias de Damlo c Diu, e do commercio<br />

das terrns visinhas a estas pai-tes, assim como do dc<br />

Bolebairn, o noticias da India britannicn sobre os poutos 1n:lis<br />

interessantes para o commercio e estabelccimentos portuguezes.<br />

Podcrd talnbeol dar noticins das miss5es portugueza8, procedimento<br />

<strong>dos</strong> padres da Propaganda, noticias de Ccyl~o c<br />

Singapura, &c.<br />

0 Bol. de blacau, al8m do quo dia respeilo a este<br />

estabclecimento. convirti pue d2 noticias de Timor, commerci"<br />

dc singapuia, hiacsssir, Java kc., e colu especialidade<br />

do commercio da China em CantZo. Shangae, e outr40s pontos,<br />

e presentcmente noticias das operacDes <strong>dos</strong> insurgentcs e<br />

imperiaes ; noticias especiaes da Ilha de Han-Chin, de<br />

HongICong, Japiio &c.<br />

5. Noticias cxlrallidas <strong>dos</strong> jnrnacs nacionaes ou estrangeiros,<br />

relativas a descobertas scientificas ou emprezas corn.<br />

merciaes. industriaes on agricolaso.<br />

K8o se dovem publicar no Bol. ae questzes entre antoridade~<br />

superiores das proviucias,-P.M.N. do 21 novembro 38.


0s Bols. Ofis. substitn6rn a Gozeta das Rela@es pars<br />

todas as publicacacs a que se refere o codigo civil,-D. de<br />

18 novembro 69, art, 7.".<br />

A C. 31. N. de 15 fevereiro 91 deu 3s segnintes provi-<br />

Ciencias, regulando a publicagb do Bol. Of. uas provincias<br />

ultramarinas :<br />

a1.O As leis e regulamentos, to<strong>dos</strong> os ontros diplomas de<br />

execuplo pcrmrnente ou temporaria, que versem eobre qual.<br />

qucr <strong>dos</strong> ramos da adminisirapiio publica, seriio pnblica<strong>dos</strong><br />

na inlegr.rt em ilrn sb numero or[ supplemento, <strong>dos</strong> Bols.<br />

C)fi., podcndo aproveitnr-ee a respectlra colljposic20 typogr:~pl~i~a,<br />

paw, em caso de roconhecids necessidade, se<br />

faserem edicacs especines ; devendo estas edi~ces constar de<br />

1r1n numero de esemplsres sa&ciente para sercm gratuitsmonfo~neci<strong>dos</strong><br />

ts diversas reparti~zes publicas da ruspcctiv,~<br />

tl~<br />

p~ovincia a quo 0 sen c.ouhecimeuto possa intercssar dircclnrucntp,<br />

e ~nais d'aquelles cujo consnmo nn mesma provincir<br />

se repular provavel, sendo vend~cios pelo preyo que fGr<br />

taxaclu pclo governudor goral, tvlnnndo par Lase o custo<br />

Ja edi~iio.<br />

2.' L)R todns 8s pubiicayBes fcitas por conts do estndo nn<br />

;ropi-msa nncional d3 provincia, scriia envia<strong>dos</strong> dois exemplnres<br />

para o arcl~rvo da d1recpZo geral do ultramar e tres<br />

1):xa as bibliothecas clc Lisboa, Ajatla e CoirnLra.<br />

3 . O Seriio poblica<strong>dos</strong> por extrlcto nos Bols. Oflie. :<br />

a) 0s decretos e pnrtarias, tanto r6gias oomo provlnciaes,<br />

offirnos e rluaesquci ontros diplomas quo se rcfira~n a nomea-<br />

(,i;es, trceu~ss, transfercnciso, profnopo"e8, exoneraqo'es, rcfurmas,<br />

louvores e condecorapSes de funccionarios de qualquer<br />

alassc e categona, exceptnando aponas os decretos de nomcs.<br />

yRu e exoneray30 <strong>dos</strong> ministros e secrctarios d'estado <strong>dos</strong><br />

negocios da marinha e nltramar e <strong>dos</strong> governadores da respcchvs<br />

provincia ou district0 autonorno, que eergo publica.<br />

ilos na integra.<br />

6) 0s a5cordHos <strong>dos</strong> co~sclhos de provincia approvando<br />

es orpmentos e contas dns camaras municipaes, miscricurdias,<br />

confrarias, eic.<br />

4.' As relapBes noolinncs <strong>dos</strong> alumnos que frequentam as<br />

cscolas pnblicns ser3o publicadas no fi~n do anno !ectivo corn<br />

a nota do tcnlpc dc frequencia e aproveitamento respective<br />

a cada um, fazendo-se luensalmeute a publicar>o de ulna<br />

breve estatistiaa do moviulento es~olar.<br />

5.O DOS contas c balanyoij das :repartir;iieu de fazenda e<br />

Art. 76." ~codigo administrative (1) considera-<br />

allandegas publicarae-ha mensalmeate apeaas urn resumo da<br />

receita e despeza, fazendo-se a publica&~ especihcada s6mente<br />

no fim de cada semestre.<br />

6.0 .................... . ........ .- ....-....<br />

- ....<br />

7.O Nas ordens i for~a armada obeervsr-se.hXo as regrag<br />

ane ficam eabbdecidas para - a pnblicap20 de diplomas nos<br />

iols. offic.<br />

S." 0 pep0 ,da assignatura das Bols, Offie. das p~ovinciae<br />

ultramarinas seri de 9!KJ r8is por trimestre, Ih600 &is por<br />

sernestre e 34000 rbis gor anno, ex~e~tnando o Bol. Ofic.<br />

do Estado da India, cujo preso serB respect~samente de rupias<br />

3-00-00, .5.04-00 e 10-00-00,<br />

A wnda avulsa srd de .O-02-00 pnr folha de qnatro pnginas<br />

para o Bol. cia India e do 40 rbie para os das demais<br />

ptovin~las. 0s annuncios, commnnicnq5es e correspondencias<br />

ccstnrao pw linha O-OL-00 no Bol. da India e 30 reis no.;<br />

cut~clfi, e as repati@es respectivatncnte 0.00-04 e 10 r8is.<br />

Va direcpgo garal .do ultramar reccbcr-se-hlo rssignatura;<br />

para os Bo1etins.o<br />

(1) ,O cod. sdm, a que se refercm este e nutros arts.,<br />

6 o de 18 TJlarpo 42, .que ainda vigora no ultramar na malor<br />

parte diis suas disposic;?es. As suas fontes sSo: 0s DD. de It;<br />

lnaio 32 e 18 julho 35, o cod. arlru. dc 31 dezemtro Eti, e xu<br />

CC, L. d~ 19 julho 39, 29 outubro 40, 7 outubro e lii<br />

atrvombro 41, rpodzlando-se pelas leis francezas de S1 marqo<br />

31 e 18 julho 37.<br />

Em i_)l juIho 70 foi publicndo om djctadura no rein0 nm<br />

uovo cod. adm., que, nlo tendo sido approvado polo podec<br />

legislatlvo (C. L. de 27 dezelnbro 701, n8n chegnu, a entrar<br />

em execu$o quo fCra designada para o I." de janeiro 71,<br />

exceptunndo-se as drsposi~5e~ <strong>dos</strong> art. 121P n.O I.', 183.' 5<br />

un. n," I.", 210." n.O Y.* c 211.O 5 un., relativas aos emprestlmos<br />

municipaes e districtaea, c que havinrn fiido desde lug0<br />

postas em vigor,-D. de 18 agosto 70, o qua1 a P. R. de L<br />

abril 21 declarou dever considerar-se vigente e ser appl;ca[\o<br />

oos casns occorrwtcs, visto n80 esbr con~yrehend~tlo no<br />

nurnero <strong>dos</strong> que tinhnm s~dn rovoga<strong>dos</strong>pels cit. C. L. Seguimln-se<br />

os cods. adms. de 6 m~io 68 e de 17 julho 8G, vlgorxndo<br />

este actualmente com as nltera@es fc~tas polo U. de 21<br />

abril 0'2.<br />

Nide as duas notas se~uintes e o prologo.


102 ARTICO 79.' ARTICO 79.' 1 (33<br />

se em \rigor em todas as provincias, corn as modi6.caqaes<br />

actualmente adoptadas em cada uma d'ellas<br />

(I), e assim continuarti provisoriamente em tudn<br />

q~~anto n'este decreto se ngo dispae por differento<br />

modo.<br />

Art. 77,' 0 governo far& rev& o codigo administrativo<br />

(2) pars ser publicsdo e exeoutado em<br />

cada provincia corn as alteraqces exigidas pelo preserite<br />

decreto e mais legislap50 em vigor.<br />

Art. 78." 0s vencimentos <strong>dos</strong> governadores e mair~<br />

emprega<strong>dos</strong> provinciaes slo detcrmina<strong>dos</strong> por leis<br />

especiaes (3).<br />

Art. 79.qontinha em vigor o estabeleoido, assin1<br />

lias Novas-Conquisfas do Estado da India, ooino nas<br />

ozltras provincias ultramarinas, qtlanto aos subditos<br />

(1) As modificac$cs feitas n'este Estado ,em virtudo dry<br />

P. nI. N. de G mar90 47 PCram approvadas pola PP. de G<br />

agosto do mesmo snno, mas devem considerar-se nrr maxima<br />

pnrte obsolctas, jii em vista da 1egislac;ilo posterior ao cod.,<br />

que vem copiosnmcnte cilada em notas nn edict0 offic.ia1 do<br />

1 S65,-j6 pelo D. de 1 dczembro 69 qno deu nova organisa-<br />

$no ao conselho do governo e A junta geral de proviacia, assim<br />

como creou o conselho governativo e o conselho de provincia,-jA<br />

GnaImcntc om vista <strong>dos</strong> DD. de I setembro 81 e<br />

do de 20 dezembro 88 pelos quaea se cstabelccei~ novo regime<br />

tributario e Gscal.<br />

Qnanto 6 provincia, de Angola, veja-se a P. N. 15- de 14<br />

jnneirc, -15 ; e quanto Zt de lfacau e Tirnor o D. de 17 lnarpo<br />

t;b e a P.P. de 9 outubro 21.<br />

(2) 0 D, de 3 novembro 81 auctorisou o governo a<br />

p6r ern vigor nas provincias ultramarinas urn novo cod. adm.<br />

que acompanha o lnesmo D., corn as modificae5es exigidas<br />

pelas circumstanoias especiaes do respective territorio e pelo<br />

seu estado de civilisa@o.<br />

(3) Regula<strong>dos</strong> os venoimentos <strong>dos</strong> governaaores 3<br />

funccionarios das provincias ultramarinas, - DD. de 30<br />

seternbro 91 e 6 julho 94. Em regrs, esses venoimentos<br />

~5n dcsigua<strong>dos</strong> nns tabcllas orpmentaes do cada nnne<br />

economico.<br />

portuguezes nzo cliristIos (I), ou que, sendo-o, sHe<br />

-- -<br />

(1) 0 D. de 18 llovembro 69 que declarou extensiro<br />

6s provincias ultramarinas o cod. civ. approvado pela (>. L.<br />

de I julho 67, determinou o eeguinte no art. 8." :<br />

a&. 8.O Desde que principiar a vigorar o codigo civil,<br />

ficar& revogada toda a legielagilo anterior, qac rocair naa<br />

msterias civis qua o mesmo codigo abrange :<br />

3 1 ."Eo resalva<strong>dos</strong> :<br />

a) Na India os usos e costumes daa Novas Conquistas e<br />

os de Darn3 e de Diu, colligi<strong>dos</strong> nos respectivos cndigos [aj.<br />

E no que se nso oppuwr 4 moral on & ordem publica.<br />

6) Ern hfacau os nsos e costumes <strong>dos</strong> chinn nas causas<br />

da corn etencia do procurador <strong>dos</strong> negocios sinicos (b).<br />

cj em Timor os uaor o costumes <strong>dos</strong> indigenas nas<br />

questaes entre elks.<br />

d) Na GuinB os usos e costumes doa gentios denomina<strong>dos</strong><br />

grumetcs nns questaes entre elles.<br />

e) Em Wo9ambiqne os nsos 8 costumes <strong>dos</strong> baneaneii,<br />

bathias, parses, mouros, gentios o indiganas nns qucstiics<br />

untre elles.<br />

5 2.O Nos cases em que as partes, Qs quaes aproveitnr<br />

a exceppXo do $ 1.O. optarem de comrnum acoordo pcln<br />

app1icat;lo do codigo civil, serS este applicado (c).<br />

(a) Das Novas Conquistas, t4 outubro 53, e de Damgo e Diu 3t<br />

~gosto 5+, to<strong>dos</strong> os Ires a prova<strong>dos</strong> pela P. M. M. de 4 dezembro 65.<br />

par D. de rG dezembro !o foram monti<strong>dos</strong> e resalva<strong>dos</strong> aos hindbs<br />

gcntios de Goa, sem distincqgo de Velhas e Novas Conquistas, os<br />

seus usos e costumes especiaes e pnvatlvos, revistas e cdifica<strong>dos</strong> no<br />

mesmo diplome que restringiu a manuienc'io <strong>dos</strong> mesrnos usos c<br />

costumes aos que 4 0 estriccamenre conneros corn os ritos e or 9<br />

nisac50 familiar <strong>dos</strong> hindk, e cornprehendeu 0s genrios das ~el!?c<br />

~onquistas, por n'ao haver raz'ao algurna de justica ou de convenien-<br />

cia pela qua1 de dirsito se n60 resalvem tambem a estes os usos e<br />

costumes que de facto estHo observando, sen$ a religizo e a organisa~lo<br />

da familia de uns e outros em tudo ~denticas.<br />

1)eclarou-se rnais no art. 29: que os habitantes n5o catholicos de<br />

Goa, que n.50 sLo hindhs. gentios, podem obsewar e lhes s$o appli-<br />

cavels as dls osiq6es do at. D. em tudo o que n'ao lor contrarid aos<br />

seua rhos reyigiosos ; sendo-Ihes epualmenfe resalva<strong>dos</strong> os seus uses<br />

priaarivos 30 que se nZo oppuzer a moral ou i ordcm publics.<br />

Para Diu Coi dado um novo cod.,-P.P. de 10 janeiro 94,-e bem<br />

assim para Dam50,-P.P. dr 30 junho 94.<br />

(b) Regulam.se pelos seus usos e costumes as heransas <strong>dos</strong> chinas<br />

cstabelesi<strong>dos</strong> em hlacau,-D. de 4 agosto 80.<br />

(c) Cf. o cit. D. de JG dezembro 80, art. 30.0.


103 ARTIGO 'i9?<br />

por circumstanc.ias excepcionaes regi<strong>dos</strong> por leis<br />

,especiaes.<br />

3 3 . O 0s governedorcs da~ provincias ultramarinas manilarao<br />

immediatamente proceder por mljio de pessoas competenies<br />

B codificaqZo <strong>dos</strong> usos e costumes resqlva<strong>dos</strong> no 5 1.O<br />

e ainda n2o codifioa<strong>dos</strong>, submettendo os respectivos projectos<br />

2, approva@o do governo.o<br />

0 cit. D. de 18 novembro 169 no art. 2.O marcou o 1.O de<br />

julho de 1850 para o cod. ai~. comepr a ter .execu~Hn indepcndentemente<br />

da publicaqBo nos respectivos Bols. Oflc. em<br />

todas as provincias ultramarinas, sendo o mesmo dia repntado<br />

egunlmente o da sua publicap~o no ultramar para to<strong>dos</strong> os<br />

effeitos ; e declarou no $ unico do referido ,art. qoe pelo minlsterio<br />

da marlnha seriam semetti<strong>dos</strong> aos governadores das<br />

mcsmas provincias exemplases .do cod. afim de sereln dist~ibui<strong>dos</strong><br />

pelos funcciona~ios aos quaes se distribuia o BoE .<br />

0 governador geral d'este Estado, por&rn, n30 tmdo ~vcebido<br />

us ditos exemplares, determlnou que ficasee suspenso c D.<br />

emqtlanto se nao cumprisse ;~qtrelle $ unEco,-1'. P. dc 2;<br />

junho 70,-surpenslo.que Ievantou pela P. de 30 janeiro il,<br />

drclarando-o em esecn@o desde 1 abril 71. Xstas PP. nau<br />

tbm sido reconhecidas peios tribunaes judiciws, como se v6<br />

<strong>dos</strong> ac.' da rela$o dc Goa, de 16 junho 85 c de 12 novembro<br />

Sti, e do ac. do S. T. J. de 25 Jeveyeiro 67.<br />

Diz o primeiro :<br />

u.kttendendo .a. que O principio assente em jurisprudencia,<br />

egualmente segui,do e respeitado ua praxe de todcs os tri.<br />

Lan3es, que as leis e os actos nLo podcm ser revoga<strong>dos</strong>, ncm<br />

suepcnsos em sua execuyXo por virtude d'uma simples portaria,<br />

quer 8eja minlsrerial, quer pro~incial, salvos cxcepcionalmento<br />

os casos restrictos do art. I6.O e g$ do aoto additional<br />

& carta constitutional, a gue bem claramente se acha subordinado<br />

todo o art. l5."0 D. de 1 dczembro dc 1869 ; e<br />

Attendendu a que o cod. civ. publicado pela L. de dr:<br />

julho iic 1867 foi mandado tornar axtcnsivo ti* provincine ultramariuas<br />

por D. de 18 ,de novembro de 1869. devendo a s11a<br />

exccuqEo colnepnr no 1.' de julbo de 1870, sern que por algum<br />

act0 do poder executlvo sc dcterminnsse o contrario<br />

nos lermos , (Vide o jornal A Discussrib, de Nova Goa, n.O -3 de i!<br />

bercmbru 86).<br />

0 segundo ac. b, maid expresao :<br />

11Cou+idcran6o yuc o codigo civil portuguez foi cleclnrailo<br />

em vigor em rodo o ultramar dcsde o 1.O dc julho de 1575<br />

p~lo I). de .I8 de ~~ove~nbro do 18G9, Q pela autorisag50<br />

concedida na L. de I de julho do 1807 ;<br />

aCoosiderando qqe a esta disposic;%o 1eg;rl nXo pode<br />

&tar a citada portaria provincial qne suspendeu a crecuc;Io<br />

do codigo por excedcr as faculdedes <strong>dos</strong> govornos provinciaes,<br />

visto que o art. 1j.O do D. de 1 dc dczembro de 1869<br />

terminantemonto declara quo nKo se considera agente c,<br />

por ~sso, nzo 6 permittido aos governadores-cntrc outrns<br />

cousas- (n.O 12.OJ estatuir om contravenglo <strong>dos</strong> d;rcttos<br />

civis c politicos <strong>dos</strong> cidadzos. - e outra cousa n5o 6 o<br />

declarar suspensn a execugo do codigo, o quo offendla 05<br />

ditqeilos quo elle creava e garantia, como sobejamente o<br />

prow a hypothese doc; autos ;<br />

aCopsiclarando qne o conselho do govorno cerecia de<br />

compctuncia para declarar urgente o que 1150 podc ser urgente<br />

em Care da lei ;<br />

rconsideraado qnr, ainda qge uma difiposipLo tZo ter.<br />

rainante nZo czidisse, o fundamento unico invocado para :J<br />

suspens50-o nOo terem sido envia<strong>dos</strong> ~ clo govern0 do reino<br />

os exernplares do codigo civil que devinm ser distribuidci:<br />

I~elos differentcs funccionarios-n%r, poderia rasoavelo~entl:<br />

motivar a urgcncin da suspens,io, poisq~lo nem se allegou<br />

qile nto hoavesse $. venda exemplares do codigo, e quando<br />

iuesmo tal acootecesee, havia pclo ruenos no paiz ala~rmas<br />

collccpiies <strong>dos</strong> Diarios do Got.emlo osde elle fara publicado,<br />

n%o havendo, portanto, falta do tevto ;<br />

aConsiderando que o art. 15.O 5 2.O do scto nddicion:rl<br />

ii carb c~pstitucional n8o pode deixar-se de julgar-ao evpli.<br />

cado e hmitado pelo art. 1.5.O do D. citado dc 1869 ;<br />

aPor .estes Sundamestos 8 evident0 que o codigo civil<br />

l~ortugue~ .comeqou a vigorrr n'este Estado, como em todo o<br />

nltramar, no 1.O do julho de 18iOu (cit. Dlsoussico, n.O 1G de<br />

.I dcrembro 86).<br />

0 nc. do S. T. 3. de 25 favereiro 87, proferido no mssmo<br />

process0 em que o foi o a~tecedepte ac. da rclaflo d3 tion,<br />

,diz :


Art. SO."ica rcvogndw a legislaq%o em csfi-<br />

drario (1).<br />

~Considcraudo q:uc o codigo civil, oomeqnu a vigor:tr<br />

enl todns as provinclas dltramerinas no din prefix0 dc 1 de.<br />

julho de 1670, segundo a expresss e tes~ninante dispoaicno<br />

do decrcto do 1S de novc~nbro do 1809, conforme ;r antorisapbo<br />

da lei de 1 de jolho do i,S(?i , carec.cndo de jorisdiry8o<br />

o goQCm0 proviuci;d pitra suspender, ou meslllo altorar sunprou1uIga930<br />

e pl.o~npba exccu~30, nctu polo pretest0 da<br />

urguncia para dever consultar o governo cia metropole, nern<br />

pelo da fi~ltlltn dc cscmplares, (LUG 08 Diu~ios do go vest!^ c<br />

outros meios barn snppriam, poryue nzo pod0 dar-se nzgencia,<br />

quando a lei ordcna tarminat~te e prefixamcnte c qnaudo nzo<br />

turuuu dependcnte da rctilessa de oxemplarcs a sita execuck~,<br />

. . . . . . . . . . . . . n (Rulclia~ <strong>dos</strong> Ir~bli~>nes, n.O 68, auno 2:O,c<br />

cit. UiscussLTu, n." 35 do 16 rtbril b:).<br />

0 L). de 30 jitnlio 7 I ,--qne ioz exteusivas ao ultramar ns.<br />

disl)clsi@es da U. L. de 15 do jnnho do mcsmo anno qnu.<br />

prorogou ali! 32 nrarqo 73 ou prnsos par>\ Ir registo dnc<br />

hgpothecas e <strong>dos</strong> ones rcaes, e pnra a cxigcnci:t <strong>dos</strong> fbros<br />

vouci<strong>dos</strong> ao tcmpo dit prol?lulgap3o do cod. cir., a do D. tlc.<br />

23 de julllo 70 corn respeito 5 cvb~~nnr;a de detcrniinadas di-<br />

vidiis fiscnes e para scr applicado o processo ndm~nistratiro<br />

estabelecido para a ar~.ccad:tybo <strong>dos</strong> impostos Q csbmnga <strong>dos</strong><br />

firos, consos e pens0es e tle quiresquer rendin~entos perten-<br />

ccutos a fazencla,-c~lnsignc~u ctn UIU (ios SCLIB co1lsidernn:111~.<br />

que uo cvdigo civil estd eln cxecugiio uo ultramar desde 1 dc.<br />

jalllo dc IS'il),. por f ~ r do ~ a art. 2.O do D. do 18 Je novem.<br />

bro de 18690.<br />

Em sessiio de I7 marp 02 o cunsel!lo de provincia d'esto<br />

Estndo, a psoposito da execup80 dns disposiqiica aubre o<br />

registo civil <strong>dos</strong> Labitautes nao christlos, tambem reso!veu:<br />

quc o cod. civ. dew considcrar-se em vigor na Indis desdo<br />

1 de jull~o dc 1870 ($ 1 ." da. respcctiva acta).<br />

(1) Esta chusnla--;fica T ~ . V Q a ~ ~ !cgisla$Co U em contmrio~<br />

-6iguifica aponas a dcrogap5o csprcssn parcial, lr~nitada As,<br />

displlsiq6es contrarins nu inconciliaveis corn as ultirnas eslnbclccidas.<br />

A dcroga~ao (I: total, qaando se dcclwrarem esprcs-,<br />

snmente ~bnlidas todss as leis anterinres. Vide a Revista (lo<br />

d~relto ad~ninislratiuo, toruo 1, pag. 123.<br />

(3 ~uinfstro c. secrettt~io d'estndo <strong>dos</strong> negocios dx<br />

nmri~~lln e nItrainar assi~n o tetilla entelldido e fiu;:t<br />

cxeecutar.


h Inglaterra cnjo don~il~io colonial, come~arldo npcmas 1111<br />

sccnlo XVII, len~ attingido ti1 cxpan~no que abra~a Ilojt: a<br />

rlrcima pork da supcr8r.1~ e urri se\Lo da populayio do g1obo.-o<br />

~ IICSC dcve ii sila I~nbrl drplun~ac~a e opnlcnlos rccursus, awn1<br />

conlo 6 cnc.r,-;,I c persc(cranfa corn qttc a ray an,-lo-sa\rlrt;,~<br />

ptost;:;'uc no e~iipcnho de prepondet.ar n sun inilucncia no* dcshno-;<br />

do n~undo,--a Inglntrrra qae c aclualo~rnle l~erdertn da IIespanila<br />

I I su~~rcnm~iieolonral,<br />

~<br />

scrido rrlals nlodcrnx rlo sbrqugyle eoropcrr<br />

nn Indla, possue-a rpsi totla, e prorlan~ua solcninetucnll:. sem<br />

contcsla~;o, eal Dclh~, anlige capi\al mogul, o intpljcwio i1trl?-blLLorl,<br />

~ilarcnndo rlma data gloriosa n:, Crd v~ctorlana (I de janc~ro df:<br />

1X77j. E.,tc folir. rr.sr~itado, tiin uni cscriptor, (love attribair.rtx<br />

nio yo 6 boa !ortmia, ntas princip:~lrucnte :I c~pectntira c nbstc:~~,io<br />

CUIII rille I rucsinn polencia procedco. craprr!~cndctldo as conqll;+<br />

tds lcl~ritorracs sonlcnte qrtando se JII~~C.II hab~lila~la corn .!s :.,crcr<<br />

ncres5aricls pnrA as cortseguir,- a Lctlai! per slatcnr:a Col11 Ilao<br />

cont~n~tu~l no piano enrelado,-:i ~llrni~latia cnnfiilrrrn qitc rc1.iprocmwnlc<br />

sc dispcnsavam os agcnles dn Con~p:lnl~in tlxs Indr,itli~rantc<br />

as cpoca.; dc ngituciies,- e, linalnl~nll., :lo dccid~do zpul~l<br />

(Id ~lictro,wIc oo governo local.<br />

1' Coi~..ullcm-si.<br />

~/rb,r?,l-rtic ndniilllrtrnl~on or liitli,i, 1Sh'l.<br />

(11~~~11r11-0n It!111,tt1 ]IIIIII!, 1870<br />

Cl~.rh-l)~;L~o~:~~~ir~ dc la ~OIIIII~UO, 18:"<br />

lI:t~~l~r-'Jlil~(. Earl ol l i ~ .In11 ~ o lllo itulis,~l~tlnhon (si ll~c !Jutcn * rillr,<br />

v --l'lle lttiperinl &I -. XIII \I. 1rid1 t,<br />

f ~ - .\ qr11(1~ III I~~,I,~II<br />

,, -I~OITILI,~~,<br />

IruO~cg-L'Indu, prcI&c ui ~r,l~lo.Liii'l (It, Julc. !..I) n: ~riil 1H:r:


AS possess6cs inglezas na India sZo divididas, conlbrme a sux<br />

posi~lo geographica, em 18 provincias con] seus govcrnos, a quc<br />

*:st80 reuni<strong>dos</strong> 13 gr~~pos de Esta<strong>dos</strong> nalivos fe~ldatatios. Estes<br />

occupam ulna irea de 582.0 f7 milba9 quadradas (1) e aqucllaa<br />

868.168, ou seja 1.455.612, corn um:~ popula~Bo tolal (censo<br />

tle 1881) de 955.617.863 habitantes (9).<br />

As 28 provincias corn. governos sCo:<br />

1. Presidencia de Xladrasla incluindo Pudhkata, Di~nganapali<br />

e Sandhur, aom urn-governador.<br />

2. Presidencia de Bombaim, incluindo Scindc, con^ un:<br />

governador.<br />

3. Ileagala, corn urn logar-tenenle governador.<br />

4. I'unj:ll), corn. urn logar-tenente governador.<br />

5, Provincias do Noroeste, con1 urn logar-tcnentc governador.<br />

G. Oudhe encorporado em I nas provincias do Nol.oesle,<br />

cbm um comrnissario em chefe, que i: o mesmo logar-tcnonte<br />

governador das rereridas provincias.<br />

7. Provincias centraes corn urn comrnissario em chefc.<br />

S. Birmania ingleza, corn urn commissario ern chef*.<br />

9. hssam, quc antes de 1874 fazia partc do govcrno dc<br />

Bcngala, cam um commissario ern chefc.<br />

10. Berar que se con~pBe dc G dis~rictos enlrcgucs B admi-<br />

uistrasiio inglcza pclo Kizan~ de nyderabad, CON urn commissario..<br />

11. Ajrnir, corn urn commissario.<br />

12, Cooi~g, corn um commissario.<br />

0s 13 grupos de Esta<strong>dos</strong> nalivos feudatarios slo :<br />

1. Rajputana.<br />

2. Il~derabad, dominios do Nizam.<br />

3. Agencia da Inllia Central e Uundelkand.<br />

4. Baroda.<br />

5. hlgsore que eslevc direclarnenlc soh a administrac~c<br />

ingleza desde I 830 atit 1SS1, em qae foi restabelecido o regime<br />

nalivo par tcr chcgado a maioridade o herdciro da corta.<br />

(1) Cada milha quadrada--258089f m.q.,4h7=9 kil.~ ,!iIfO approsirnadamente<br />

(9) Pnra st. avelinr o minuscule cocfficienle quo tanlo J'orlugnl, como a Franca<br />

rc~rcsenhm aclualn~cntc na India onde oulr'ora livcrarn ?asto dominio. a~reseit~h~os<br />

as ~eguinlcs da<strong>dos</strong> :<br />

Eafado da lndia [Ooa cntrando a ilhn d'hncedi'a. Damno (I DiuJ-keo 9.365<br />

niilh~s quadrarlos,-popula$o (canso de 1887) 561.381 h . . ICS.<br />

E.': *cimc?rlos [rance-es (Pond . . liarihal Xanao~,. L~~.rt~dernogor c Hahi)<br />

-ires . ':' milhas quadradas,-pop, C.1 OGG bnb.'(ralso dc 188ij.<br />

6. hchemira.<br />

7. Mauipvr.<br />

Estes 7 esta<strong>dos</strong> eslxo sob a superinlendencia do governador<br />

gcral em. consel ho.<br />

S. .Esta<strong>dos</strong> nativos sob o govern0 da presidcncia dc Bombaim.<br />

9. Esta<strong>dos</strong> nativos sob 0 governo da presidencia de Bladrasta.<br />

10. Esta<strong>dos</strong> nalivos sob o govcrno de Bcngala.<br />

I 1. Esla<strong>dos</strong> nativos sol) o govcrno de Punjab.<br />

12. Esin<strong>dos</strong> llativos sujeilos 5s proviucias do Norotste.<br />

14. Esla<strong>dos</strong> nativos sujeitos as provincias otntraes.<br />

Cada urna das ~efcridas IS provincias tern seu chcfe, sendc<br />

to<strong>dos</strong> subordina<strong>dos</strong> ao governo superior da India, representado<br />

pclo gave~na<strong>dos</strong> geral em conselho qnc, por sun vez, B subordinado<br />

ao secretario dc EAado da India.<br />

0% Estado~ natiros siio governa<strong>dos</strong> polos respeclivos prin-<br />

eipes corn a assistencia dc agcnles 611 residenlcs britaunicos,<br />

nomea<strong>dos</strong> pclo vice-rci; LEm seu regime especial con) rciay;:lo<br />

3s rendas publicas, ao excrcilo, a ad~ninislracf~o civil e social.<br />

0 govcrno brilannico, como sozcrano da India, nao pcrlliitte<br />

q~ie csses principes L~am guerra urn a outro, nerll que ienhan~<br />

relacSes corn as Ejta<strong>dos</strong> cslrangciros ; intervd~u quanrlo algum<br />

d'elles governe ma1 ; rclnove, sendo nccessado, o oppressor ;<br />

prolege os fracos e pacifica tudo corn firmeza,<br />

A ki organice da adminislrarlo publica e o Acta para o<br />

mtelhnr govcrno da India, prom~tlgado em 9 de de~embro de<br />

1SjS ; por cste diploma foi transferido todo o govcrno da antip<br />

conlpanhia das Indias Orienlacs para a CorBa, crcando-se urn<br />

cargo especiaI dc secretario d~ Eslado, a qlem sc attrib~liram<br />

to<strong>dos</strong> as podcres d'aquella Compnnhia e do scu Board of Control<br />

(junta fiscal), sendo o nlesn~o ft~nccionario assistido, em cenos<br />

casos, d'um consclbo. Esic sccretario de Eslado corn o seu conse-<br />

Eho c o governador geral en1 consclho slo as duns supremas entidades<br />

na administraciio indiana, ,segundo as disposi~cs do cihdo<br />

Act0 e do Acro do conselho indiano, do 1861, qec regulam todo<br />

o f~~ncoionamento <strong>dos</strong> diflercntcs governos da India, descriplo<br />

por sir John Strachcy, cnja esposic80 scguimos.<br />

Q governador geral e os n~emhros do seu consclho scl'o<br />

nomea<strong>dos</strong> pela Coraa. 0 Ilraso das suas func~Bcs nFio esli determinado,<br />

mas a praxc, quasi sernpre obscryda, lixa-o cm cinco<br />

anncls. L)B.sc, de ordinario, o titulo de vice-rei ao governador<br />

geral desde quc o governo passou i Coraa, mas a lei nlo reconhece<br />

seaiio o dc governador geral.


0 conselho con~pSc-sc de cillco vogacs ordinar~os e, dcsdc<br />

o dcfo dc 187il ti'um scvlo vosal ordruario pala as olrres puhlrcas.<br />

'I'rts Jos bogacs ord~narios, bcndo dors d'es~es do Civil<br />

S'eruice (I) e urn do cxercllo, cicvcn~ ser <strong>dos</strong> quc lenl~a~ii servido<br />

Ira 11ldla pelu nlcrloz I0 ilrlnos Dos resta~ltcs dois Vogncs<br />

nrdin;~rros, urn dew ser 6a1.rkstcr or1 da h~culdadc de lels d'Esc<br />

~ s ~ ~ ~e~drl d , ~ C J O mcnos 5 011nG5 de cacrcic~o; csla a testa da<br />

reparlicJo legrslelira. 0 qniulo vogal 6 encarregado da fmndn.<br />

U con~niandantc cm cllefe da India pude scr tam11en1-c-o scmpre<br />

Ira pral~ca-vogal cxlraordlnarro do conselho. 0s govcrnadol-cs<br />

ri~? Alndrasta p, de Bolnba~m lozc~~l pule, n trtrllo dc vogacs estrat~rdrrl~~ri~~s,<br />

sc o conscllro rc11n;t nos mcsmas prcsid~-nc~,~s.<br />

Quando o governador geral em ccmsell~o dcclnra qae vac<br />

I is~ti~r q~~alqucr ponlo dalndia,sem sc acon~paalrar do scu corrsell~u,<br />

116dc nonlear presrdcnle d'rntre os rrspcclrvos vogacs, o qua1<br />

cuerce lo<strong>dos</strong> os podcros confia<strong>dos</strong> aqr~ellc nlagistrado assistldo do<br />

conselhb, sal~o qnando so Irate de approvar 011 dc suspcndrr<br />

~~II:I~S~UC~ Ic~s, pols n'estes citros o nlesrno govcrnador, emb01.n<br />

nusenre, podc desen~penllar todab as artr~bui~tcs qac tcnr ern<br />

con\clho, e\ccplo n do prornulgar :IS Ins. U consclho ll~dc<br />

( ~ncocar-st c::r qualyucr locnlrdadc da Indra, dcstguada pclo<br />

go. crnsdor gernl.<br />

I':lr,l as qulystSes dc legislnriio, 0 consclho Lcrr v0gac.j<br />

dddrciunile~. Falld-se ~rltrrlns vems d'uui corisell~o lo,!islati~o,<br />

romo se tivc+sa umra e~isle:lcra scparada ; mr~s i. crro. 112<br />

apeoas tlnr c r~nico conscll~o rccclllrrcido po~ Ici. 0s bogdes<br />

atldrcionacs nfio !>-d~n~ scr mcnrls dc srls, nan 111:iis do dwe<br />

Srio riornea<strong>dos</strong> pcl~ cr:vcrnador :.ern1 c nio assislcn~ nu conrclho<br />

s~r~ao qu,111do drsiutcnl clue~lG~s legiel,tl;vas. Pclo ~ECn03<br />

(1, CII 11 .\rn ice I* om curso Ir I~aL~lr~n$io porn (I* Iognrrs gladuarlos da l~urocrac~:~.<br />

I'orle -vr ~,liolllr< cr~d srl.trrr leujil :~l~~cvl~~lu~,r I, (. S uo 111uteri ctoil rrrllre<br />

it L S ; Cb.fi~111-IC D.1r.l cS,tC, ,Ilvnr <strong>dos</strong> co~rbcc~rnmlob 'Ic atlllllnlslral 20 plllrl~ca<br />

rOn>laltrra dqur3!lc. {,rofic.rcneln all rls>lr,ur.r d.1~ ;mfws ,rra.~tul.~s kid II~IJ, yrlscr-<br />

J~I~,,I,I~ no LI,,~I~,I..IIL Sdu ta1,Lzs .. Idu \PI~III~I,I~ ,IS n1.11er13: 11 rsLc cllr3n qlle<br />

~JI~II~IIII .~lr: pdln od nilo~ c.tr6oa dc juorraiula E' ,rouco Iwllucnl4ldo, Ilorque ,I,<br />

~llrlit u11L~rlc\ 11s. ~!,LIP~II~.I~ curo lluc teln dl: ,irc,tl o c.~tldlrbto, vcnl alll;lr-,e 0,<br />

obttc~nllo- dn rrl.tdc d"16lnli.ein r{lrc dt.3~ .-w mfrrlw a 18 JIIII~~, o do IIIYI~O dcl~.,,lnlilttdu<br />

do 3 .IIIII~~ p,ir& cunclurr o cur-o, sub pella dc o r12o putlc~ CUII~IIIU~I.<br />

man,.<br />

LII?I(!F-QC em co~itr*~~onl 11 c snr01r1in1rlt~r1, tcrmob ruja slgn16cnrZo e n *r*urt~tp<br />

5. ~'~c111*~9 FCrr:lale5 c1.1 Comp.:t~ll,.r d.tr t,iflr.t' C)rlcnt.les eraor uhrrg::dob llirru:lr<br />

ulll ~onlr.lrlo (cr~~.cno~tli pclo IIII.I~ be o5tljidv In a 11.i~ so cn1ri'g.w .\u cor~rmi~:cto,<br />

n*clbber prrser~lt~s


lolunr prnl.itlrr~rins (l!rrl 1ia11t Ii~r'ca dc 11.i ~~II.'II~ iior scjs r~lrec!s,<br />

~:~~~!ii-ri~r-sr.lile cslc dirt~ilrr 11or IIIII Acto ilc I t;ii 1 ; mas 1150 :.I<br />

wnl ~~>ilt:lv sel~do rdraj vczcs, pclr s~r~lirc~.: dc ntilidaile passagcira.<br />

0 Aclo rle ls(il n.30 nllrrou n cnns~iluir3o dns govcrno.:<br />

cL\rc~~li\os (11: 31:1tlr:1sta dc Ilolabain~, tanlo clue clir:r coo..cBr\i~nr<br />

ninili~ 11nj1: resI.igio.; d;~ SII;I aotign prrc~ni!~cl~cii~ c iotlel~cndencia.<br />

I:orreu!rnr~tlr~~~~-t:~) directa~rrc!!r~c, cu~ dcicrn~inatlos cltsos, corn o<br />

rcbt.rcbl;lrio tlc Istotlo, ~)ri*iilr+sio tlc clue 1130 gozanr os outros gowrilatlnr's.<br />

0 govcr~lndor e (1s vo~acs do cot~scll~o s;io non~catlos<br />

j~('lil Cnriln c o gtr\~:~~nadnr 6, co~ rcgra, Iinl IIOIII~~II d'J2slatlo (1111:<br />

vrXln dirccl~~~~cr~lc (la Ir~;ialcrt~:~. O corl~r~~:~rltlan~c err, cllcfe e<br />

tlois nlcml~ros dn I:'iuii .Scraicc i'ornlan~ o conscllro. 0s podcvr.j<br />

Ic~i~li~~iro~, liratlns :I U,ldrasia c Bo~ltboini pclo Acto dc 1833,<br />

~I~~;II~I-~~I(.S resiil~~iiios ~III I Sb I.<br />

0 ~JI'O~OSSII par (111~ sc CSCCLI~P o tral~allro Icgisli~liro 110 scio<br />

tin col~nr~ll~o do gorcrnadl~r p ~ll, ~mtic al)l~licar-su trriubcm nos<br />

c:ooscll~os l~rc~inriacs.<br />

U pvcrrlador nonlcn 11elo nlcnos 4 c at,! S vognrri addicro-<br />

II~IOP, t111c (ilzorn pnrtc (lo conscll~o, i;t~a:~~in convocado para 0.9<br />

fins Irgislallvos; Illas, rl~ctiltlc r;)!.lo IIIP::IJS d'csee nrlnlcrr) dcre<br />

vo~l~y~tir-so do clcn~(!i~lo II:I~ clllicial. Xc-r~haora Ici c jalida scnl u<br />

s;lrlc.!.io (lo ;ovcrnatlor ;cr;~l.<br />

la a[irib!l!rijrs Icgioli~l~ivi~s [to govcrondor grr.nl rrlr corlsz.<br />

1110 r50 III)I/(*~II ell1 ('Wo ?I~$IIII~ 1- clli (111a\t111cr pnrlr: do ICrriLt~rio<br />

tln lrltlia hnfl'rtr allcr;t!.iics 6[!$1t11110 as dtcisilc.~1 d a ~ Icgislatrrras:<br />

Iocacs; nlosf clll ri!:;l'il, cbs1:l.; PC ~i:l!ll~!l)l Ir~rcs clrl lnflils o$ f]rlr!s-<br />

16c5 ile ititcrn*~c !oc;:l I: !~rnvil~ci:ll. ki0 lroden~ crncndar Ir[.lu dcrognr<br />

Acfo al;n~ll rlo parlart~cnlr~, t1e111 ti'io 11011~0 IIPIIII~I~IR (18s leis<br />

]~roi~l~~lg;~di~~<br />

rlil Ir~di:~ ;III~I:?; i!:t c~:;~'ctt~iio do IIIL~~ULI~~ C01117)cils ilc~,<br />

I I I ; rlcrh, linr.l~rtei~le 11otlct11, s:llva oeluri:af$n esl~ucial [lo<br />

yover~li~cior ~wal, torllnr. ~ C C ~ F ~ relalirils ~ C S ;i divids ;)ohlica, is<br />

;~lhnrIcgas, aus inlpos~os, ao exnhio. aos scr~iys <strong>dos</strong> colrcttrs c:<br />

Irlegra~~l~os, ao codrgo penal, i relit;i?to, a ror~a tllilitar c naval,<br />

;IS pill~r~tcs. ;i [~~~~[lr~~drlclc litlcrarja, e $5 rclar6cs con) 03 Esla<strong>dos</strong><br />

~~~lri~r~~cirus,<br />

Nns outrn3 alnrrrlci pl.o~incins da India, a c(~nsliluic;lo do<br />

go\ kDrno c IICIII ~Iivcl.r;a.<br />

,I ~rrovir~cia (JC ilungali~, as (lo ?iorobsle e o Panjal, s70 ;tdnIirlistr;~tli~x<br />

Imr Io:ar-lcncn~es go~crn:!duros, cine rlc~c~i~ ?;clV us1.o.<br />

1111~Io~ II'VIII~~ 115 f'~~~ri!rion;~rios (10 wrvi!:o LI~I (;nrO;,, [cr~clo 111!ltj<br />

~ ~ l ~ ~ 11) ~ ! t;lll!l~l~ l l ~ (11' !'l1~\i~l1 11;l ~ ~ l t ~ SIII ~ i l . tlnnl~~:~(Ii~~ [jt510 ~ (1, vr..<br />

nailor gural, c cnnfirma<strong>dos</strong> pela CorGn, c, 5 cxcep$io d'um IIII~CO<br />

vase. Rririn scmprc cscoll~i<strong>dos</strong> d'cntre os memhros do Coc(!nnriled<br />

L'icil Srn)ice. 0s \ogar-lcncnles go~erndores nRo I ~ conselho I<br />

para os DP.:;OC~OS eseruli~os, mas lrOdc o governador geral en1<br />

conscll~o cst;~hclcccr ern cada urnn d'cslas provincias 11111 consell~o,<br />

clrja espllera de alLnbr1ir6cs se lin~ilc apcnas a asslrmirtos de<br />

cari~ctcr Icgislalivo. Conl'eriy-se rsle prirrlcgio a Bcngala e is<br />

provintrias do R'nrn$slc. Esses consc~lzos Icgiskctttvos sjo em ludo<br />

cgrlaes aos dc hladrasla c dc Bonlbnim.<br />

0s soycrnos da Uirmania. das provincias centraes e de<br />

Assan1 slo adll~inislra<strong>dos</strong> por con~niissarioe CIII cllcrc.<br />

A' esccpc,'lo do ~itulo, da order11 Iiierartihica o do diplon~a de<br />

nomcar3o e e:;oncmyRo, n3o ha nenl~~lnra dibrcnca entrc cllcs e<br />

03 logar-tetlent!:~ go:.crnadorcs.<br />

E' digna de altcnrSo a forma cc-n~o so dis~ribue o trabalho<br />

csccutivo no conscll~o d3 goveri~ador geral.<br />

Q sl;slelun quc hojc vigora 6 essencialmente diflkrcnte da<br />

ndaptado no govcrrlo da Con~panliia das lndias Orientaes. Se,<br />

dcsde o Acto dc 1 i'33, era indisl~uladn a auloridadc do govcrnador.<br />

corn~udo a idca f~rndo~~~cl~l;~l quc presidira i orpnisagilo at~lcrior,<br />

con[ino3\,a a prevaloccr, isto 5 a administrarfio devia scr dirigidn<br />

pclo governador ,"era1 dc accordo e con, a collal~ora~fo do cousc-<br />

1110, conlposlo dc Lo<strong>dos</strong> os seus vogacs. Suppur~l~a-sc 11uc us nugorios<br />

clc clnal(l~rer nalurezo, ~ncsnlo os mnis comesinltos, dcyian:<br />

~lasssar par tuclos os vogaes do ~ ~~~sclli~. To:nnvan~-st as rlecisiics<br />

1>dl;l nlaioria dus rotus, tcndo o gorcrnador gcral voto dc<br />

clndidade ern caso de emllalc. Sc o governador gcrd julgasse<br />

passar sollrc o voto da rai~iorin, era preciso que cllc c os 1uenl-<br />

11ros do consell~o troras~crn nlt1tn;lrncnte [)or escriplo os<br />

rcspcctivt~s porercrcs c os scns funda~ncnlos. Uevian~ ern seguid:~<br />

passar a un1a scgurlda deliberacZo, e, sc as duas parrialidadt.s<br />

iluizcsscn~ aind,~ sustenlar o seu voto, os projcclos 'ran1 submcttl<strong>dos</strong><br />

n ulna dccisiln especial,. Yor oilinlo, c~eculavarn-sc uu<br />

ordens do go~er!~ador gcral.<br />

KO SCII Bssaio sobrc o governo rcpresentntioo, publicado ern<br />

1 SG I, na cpoa em quc aindn estara cnr roy o proccsso descrillto,<br />

slr .I. Sluart llill espltnl~o, pela segui~~lc Forrlla, as rcgms qr~c<br />

dcriam, cnl SciI cr~lendi:r, presidir ds rclaccics elitrc os chcfcs<br />

d'um govcrtlo el;eculivo c scus consclltos :<br />

a As rcla~ircs que devcm chistir clllrc urn chcic e os seus<br />

consclhc~~+os sio as rIllc f6ranl mui judici~samc~llc [)rt:rislas na<br />

ronrli!nir.io do gorcroo gcral c do< g~rcrnos da:: ~~KC~CIIICZ<br />

!IC?:-


sidcnciaa (la India. Eslcs conscllms 930 conlposlos dc pcssons conr<br />

nliiilo conllecin~cnlo profissional (10s ncgocios indinnos, qne<br />

lliio 16cm os governadorcs geraes, ncln os governadorcs. A cspressBo<br />

do parccer de qualqncr vogal el em rcpra, simplcs annncncie,<br />

mas, sc ha divergencia, cada unl <strong>dos</strong> vogacs tern o direilo<br />

dc consignar os furundamcntos do seu voto, o quc fi~z tam-<br />

11eni o govcrllador geral ou o govcrnador;-6 esta a pralica invariavclmcnte<br />

scguida. Nos casos ordinarios, tomando.se as deliherac6cs<br />

pcla maioria, o conselho tcln parle sltbslnncial no govcrno,<br />

mas, sc o governatlor julgar convcnicntc, p6de rcsolvcr<br />

conlra a opiniZo aindaqw unanimc do conselho, fazcndo dc<br />

llovo valer as srlas raziics. Fica por conscguir~le pcssoalmsnlc e<br />

i~id~vidualmcnle respo~~savel por lo<strong>dos</strong> 0s acl~is govcrnativos. 0s<br />

vogncs do consclho niio t$m scniio a responsabilidadc da consnlta,<br />

Inas pcla ecistcncia de docan~cnlos, c111c podcm ser ,puhlica<strong>dos</strong><br />

c o e5o senlpre qne o parlan~en~o e a opiniiio assinl o esigirem,<br />

sabem-sc quaes as opiniacs quc cada urn d'clles cspoz c<br />

clcfendcu com os argunlcnlos clue addazin para as abonar; c111<br />

vista da sun alln posi$io e da pnrle ostcnsiva quc tonlam na<br />

direc~iio do gnverno, 18m de dcsempenhar con] 2810 as soas<br />

tuncriics c forinar unr juizo hem refleclido sobre lodas as qucs-<br />

~Ges, .conlo sc lhcs pcrtencesse intcira rcsponsabilidade.<br />

eEslc mod0 dc lralar as mais elevadas quesliics adminis-<br />

lralivas ii unl (10s mclhores escmplos da adaplapiTo <strong>dos</strong> n~eios acls<br />

tins, qnc aprcscnla a llisloria polilica, ali: l~ojc pouco fcliz CIII<br />

trabalhos dc habilidadc e de engcnho. E' nma dns accluisigiics,<br />

con1 quc a politica cnriqocccu graras ri erperiencia governativa<br />

da Conlpanhia das Indias.. . . . . - . . . . *<br />

Enrbora a de;ignarPo das rcperli$Bes sc,ja mcnos complcla do<br />

qtle na Inglaicrra, c a auloridadc dc cada vogal ordinario do con-<br />

sclho scja muito menos crclusiva quc a d'uni sccrclario dc Eslndo,<br />

0s v ~ g do ~ ~~n~clllo<br />

c ~ siio hojc ~crdadciros n~inislros de gahinetc,<br />

tcndo cada nm a direcrBo d'nm ou dc muilos servi~os importanlcs.<br />

As suas funcrCes sZo antcs as dc adminislrndorcs quc as<br />

dc consclhciros. 0 gnvcrnador gcral dislribirc-lhcs o lraball~o,<br />

rc~crvando-se ordinarian~enlc os negocios cslrangciros. As oulras<br />

rer,artir6cs s50 as do inlcrior, das rendas e da agricnllura, das linnncas<br />

c do commcrcio, da gacrra, das olrras publicas, c da<br />

Icgisla~Zo.<br />

Sc 0s n~cnlhros do conselho rcpresenlam o papcl dc verdadciros<br />

sccrclariov dc Estado csistc, d'onlro lado, ern cada rcparti:lo<br />

rlnl sccrclario, cnjas f1111cr6cs sZo analogas is d'nm sub-sccrclnrio<br />

dc Eslado pcrnlanc~ltc na Inglalcrril, c consistc~~ cru suhrncllcr corn<br />

a. skis inforn~a!.So lo<strong>dos</strong> 0s ~icgocios no govcroi~dor gcrnl 011 no<br />

vogiunl tlu cunsctho cncarrefi;~rlr~ d,~ rcspcctiva rcparlicgo, por Iornlit<br />

qnc a resolurlo cslvja ja suUicicl~tcr~lente prcpnradi~.<br />

Gcraln~cnlc cnda vogi~l tlo consell~o J:i ordcns posilivne.<br />

Sc a yacsliio aprescnla Irnl cnrocler dc gravidedc, o yoga1<br />

do consclho lransn~ille-a corn as sags ol~~crvafOes ao govcrnador<br />

g~ral. So eslc niio livdr 0llJ~cr6e~ a L~zcr c jl~lgar int~lil nova<br />

discusslo, siio erpcdidt~s as conrr:nicntcs ordcns aos agcnlej<br />

cscca~ivos. Sc, ao conlrario, nto jolgar acccilavcl a resolusiio<br />

proposh, su,jci~a o negocio ao conscll~o. do IIICSIIIO n~odo conlo<br />

na [oglalcrra todas its rjuestfies i~npo~.lanles sso sul~rnctt~das ac,<br />

galincle.<br />

0 secrctarin, alcm da sua rcspo!isal~illtlndc para crjrn o<br />

vognl do conselho clrufc da rcspcc~iva rcparti~iio, 6 cncilrregado<br />

de lcror pessoaln~cntc ao conhccimcnlo do gnvcrnador<br />

gcrd lodes trs ncgoc:ios dc i~nporlanci:~ csl~ecial.<br />

Todns as ordens do governador gcral, siio sclnpre cspcdidils<br />

corn a I'urnlula -0 Covenccc~for Go~ctl elit LoirseTlro-.<br />

C)uando qoalqner qrrcslrio c snl)mcllida ao consclho, 1 or.<br />

dinarian~enlc resolvida pela n~aioria <strong>dos</strong> rolt)s; comludo a lei<br />

scscrva ao goveraador geral a faculdadc dc r~rocedcr conlbmtc<br />

o act1 1)roprLo juizo lodns us cezcs ytrc ci soyurallgn, a tv(l12qtciIliducle<br />

ozc as intc?tsscs dus possessvcs britannicos ,~tcr 112dia ctssi71~<br />

o vecla~trnrom (33 Viclorin). Ilaras. vcres tcnl sido neccssario re-<br />

.correr .a esta disposi~iio.<br />

Embora o govcrnador gcral em conscll~o nao tcnha a cscr-<br />

ccr senso unra sopcrintentlenc~a gcral na adn~inislr;tc:;io intcrna<br />

do inlpcrio, IIJ. conitndo ccrtas scrvl~os clt~c n;io podcm<br />

fnnccionar bcn~ scniic, con1 I, in~pulso dn suloridadc cenlral.<br />

E' assinl quc a dcfrza mililar da India, a dirccciio das relayOcs<br />

com as polcncias estrangeiras c COIII os Esta<strong>dos</strong> nalil:os niio<br />

dcpcndcnl sen50 do govern0 suprclao.<br />

Deisando nos govenlos provinciacs a ac~So da jn~tip c As<br />

ar~loridades locaes 0 cnidallo dc rtpplici~~ as Icjs, o govcrno (la<br />

India C, en1 ~naxinra parle, reslr~!nsavcl pcla crccllcncia otr<br />

irnperl'eil;lo d'essas Incslnas Icis. S~ljcilo ac? sccretario dc Eslado,<br />

compete-ll~c lontar as providcncias ~~cccssarias para a constrncyiio<br />

dc caminhos de fcrm e para a aber1ur.a dc canncs, sen1 os<br />

quacs n8o sc pode conscguir o dcsenvolvinicnto d;~ rrclttcaa p11b11ca,<br />

nclu prolcgcr a po[bulnylio contra a cslia&co~ c a Lbmc.<br />

Admiuislra 0s: ct)rrciot: c lclcgl.al~i~os; k, sol~rclutio, rcsponsa~cl<br />

pcla I~oa csecuc$o do rcglluc lin,inccirir c pro1~11I~a os pr~ucipios,


0 Co71splI~o dn 11td;a junlo no sccrctario de Estndo em<br />

Londrcs, conip0c-sc dc quiaze rogaes por cllc nonlcadus ; doze<br />

d'cstcs funccionan) por Jcz annos, podcndo ser rcconrluzi<strong>dos</strong> por<br />

considcrayiics cspecinci; do hcn~ puhlrco. Trcs vogat:s no~avcis<br />

pay' Seus t,lol.i/os p~ ~fis~ioncre~ otc Otctr.~~ r/ttuliducrdes paTti~ll/al.cd<br />

podrm lcr nomencan ~i~alicia, A luaioria do conselho dcve fornlnr.se<br />

dc pcr;soas clue Irnjanr scr~ido on rcsidido n;l India pclo mr-<br />

110s durante dcr annos, c clue aBo lenl~nn~ regressado Iln mais dc<br />

flr~ iinnoa, no mon~ento da $Ira nornearso. A n~aioria <strong>dos</strong> vogacs do<br />

conselho c.onsli(uc-sc clc anligos nl10s fi~nccionarios da India, es-<br />

~iccialn~cnlc <strong>dos</strong> yl~c pctrlcncrratn 80 Ciilil. Service jndiano c occ~lynranl<br />

os carpos dc ~ ~ ~ ~ ~ c - I ~ Igorernndorcs I ~ I I ~ c s on dc rcigncs do<br />

1 onc1~1I10 irnl~eriol,- olliciaes ~~ililorcs,-cngen11eiros~- cnlrandr)<br />

lan)ben~ Irnnr~ociros c pcssoas esperinlcntsdas na diplomacia, no<br />

ct~m~t~crrio ou I I ~ ( I I I I ~ I ~ ~ S ~ I ~ : I ~ ~ O .<br />

A Ici Lcrr (*::I vislc~ nssr:gIIi.:lr ao secrclario rlc Eslado qoc,<br />

(In) rcRra, i: pcsso:~ln~cnlc 11o11ro vl:reado zlos ncgocios da India, OR<br />

auailros c as 111zr.s ~'IIIII CDI-110 tccbniro. 0 papel do consell~o da<br />

Jndin, qirc nlio ICIII tli~,ciro al~rrnr clc inicialiva, d~ffcre csscficial-<br />

~l~cnte. do que crnlr'ora rcprcscll(ara o ro~~ssllto <strong>dos</strong> directores tln<br />

co~npanl~ia rli~s ludii~s Oricntacs, quc possuin rlrne Inrgn s~rtoridnde<br />

c podcrcs ~ndependcnles. l'ode snrcedcr cjne ~nnilns vexes q~rcsliies<br />

da mais alln in~rlortancia, discrltidas pelo pollliro do n~undo<br />

inlciro, liclucnl ~)cndenlcs, sc:n: qrrc o consell~o cn~itln i~ sun opini5o<br />

sohrp o assnnlplo, a r~Po ser qnc ll~c l~njam sido submcllldas pclo<br />

sorreterio dc Iklndo.<br />

'1 rilles as orrlcmns tl~re o sccrclnrio do l'.slado se proptc Ijzer<br />

chccutnr, s2o, antcs rle ~rnn~a~itiidns, srrjcitns n unla disr.oss8o do<br />

ronselkro on csposlns nn hala (Ins scssiies 5 disposis8o <strong>dos</strong><br />

n~crnhros, r:xcel~ln qoantlo o sccrc~nrio tlc Eslatlo jnlgar urgcnlc<br />

a (jr~catiio, c n'czlc case 110dc loalar deltl)cmr.so por slln propria<br />

:~nrcridadc, j~rslilic;~ntlo.n con1 fr~ntlnn~entos. Ksln iillrib~~i~fio<br />

cspec~nl t!, r:onllu~lo, Iinlitadir quanrfo Re Irali~ dc dcbpc7a,-.,<br />

jrois 11:io podc ordcnor ~~cr~lrnlna dcs~~czn scnl o conrcntimr~~~o da<br />

~naioria (lo consel!io. 0 llctu dc 1858 dislr0e a~dap~t1,~.<br />

cjfrclrcnrkt.~ ro?72 crs vrr~clus ckl .hrdi(~, r?n hdir~ otr eel qtrfllyucr<br />

octtl-u pnrta, ~CL.CIII SPI. str?)nlrt!idus no secretario de Estotlo 1.1,~<br />

r./,n~rr!ho ; (, y/ta il~e?~/rtt?l/rf r.o?/c'~.~s~u (gr:rnI) 021 r~p]>rq~)rtff~iro<br />

d'!l?llft llol'te qlfm~qrre~. d'c~slfls ?'t2?ld~~s olt, d(: qzctr/yrre:. urtltn<br />

grol viedudc (Irrc~l~tr~J) tl~l,e?~dr~tle do st creta~io dc E~tado eui<br />

co~~sefho ?or uirltcde d'cstc tlclo, poderc;. scr feita senL o co7icurso<br />

du m.~io~.in JOS solos do con.se~ho.<br />

Gssas nllribuif6es conccdidas ao consclllo corn rcspcilo ii<br />

fiscalisarlo dns despczas cslso 1on;c dc scr lalas, porque conlprehendem<br />

sbrnenlc as que~lGcs adlninistrolivas ordinerias. As<br />

resoluctics que acarrelam largas despczas, poden srr lornadils pel0<br />

sccrclarlo dc I3slado sent audiencia, ncln vole do conscll~o.<br />

I'elo que loca as relac6es co~ll as polcncias cslmngeirus, ao<br />

dircito de pax ou de gocrrn, i polilicil a seguir corn reapcito aos<br />

lwincipts indinnos, e cm gcral a lo<strong>dos</strong> os neg0cio.i qctc crigeni<br />

segredo, o sccrctario de Eslado proccde par sun nnicil e propria<br />

nu toridade.<br />

Anlcs do Acto dc 1S3SJ o Bqard of Co~~ttul podia cspcrlir<br />

inslr11c~8cs para a lndia sohrc sen~clhanlcs assnmplos por intermedio<br />

lia Secwt Conzrnttlec (corn~i~is-,Bo sccrc~a'), con~posla hb d~<br />

trcs yogacs tie cbrtc <strong>dos</strong> directores ; as atiril)l1i!:r3ics d'cssa corn.<br />

~rlissfio sccrcla passasan) no sccrcl~rio dc Jistado.<br />

0s dcspechos clue Lralarn de nssumplos d'crla nalurcza, c~pe.<br />

di<strong>dos</strong> para a lndia, Icram o carin~bo de secret, a niio se cosn~t~l~icon1<br />

nos roves do consclt~o csccplo por dclcrn~inariii, do se:rctario<br />

dc Estado. l'sr escn~plo, n&o s5o s~~bnicllr<strong>dos</strong> ii aprccioyBo<br />

do consclho ncgocios con10 os dn grlc.rra dc ~fglllni~l811, as<br />

1icgociay5es con1 a Russia c coln o cn~ir dc Cnl~nl sahre a q~lcslao<br />

da fronlcira afghan ou clnienncsa~iio da Uit.nlania ; n2o so IC<br />

lira aos vogaes o direilo de intcrvir cnl assurnptos d'cstn nalurcra,<br />

lrlas ellcs licsn~ sabendo lanlo corno o pubiicu em grral.<br />

Alkni dns qncs~6es qae aprcscntnm es1.c caruclcr especial,<br />

n lnaior park do traballlo ordinario passa pclo consell~o, c, con^.<br />

~IOSLO con10 k de bomeus yne possucrr~ c\priencia consum~l~ada (10s<br />

~regocios indianos, as s~ms opinifies sho scgtridas gcri1lfl1cfilc pel0<br />

sccrctario dc E5lndo.<br />

0 tral~allro c dis~rihuido ],or divcrsas rcpnrticu'cs, cada tmla <strong>dos</strong><br />

tluacc" tern d tesla urn sccrctario pcrnlancntc, c o scrrclario dc Estado<br />

nolnen, para csan~inar os din'ercnles assumptos ~ra~~~rnit~itlos<br />

n cada rcpartic80, cor~imissbc~ COIII~IM~~ de trcs ou qualro mem-<br />

11ros do conscll~o, cscollti<strong>dos</strong> scgtrndo a sne coo~pctcncia par~icular.<br />

tl'cslns ro11~1ni.ss6cs s0.0 cnvia<strong>dos</strong> at, secrclario de<br />

0s PW~CC~~S<br />

Eslado, e sc esk oiio [em algu~lre objccrBo 1 fdrcr., no cot~seliro.<br />

Tcm-sc dilo por vczcs quc a Irensrcrc~rcia do govcrno do<br />

lndia, da Coml)s11111a 5 Cdroi~, lcvc pus ronscqrlrncin angmenlar<br />

t3nl ~vopor~fics nr~ti consider:~\~is a ingcrencia tl;~ n~etrol~cilc IS<br />

nrgocios tl;~ Indin, c rlinrinuir assir11 I'uncyilo (In ;overno nrl<br />

11rop1 ia lndi:~.


% carccidn de ft~ndnmeuio uma tal nprcciarZo. b Bcilidadc<br />

das cornmunica~Ues, o csrabclccinicnto <strong>dos</strong> lulegmphos, a ,~ral~tle<br />

inlporlancia quo o p~lblico 111g1ca e 0 11arIa111~11to ligan~ BOS ncgocias<br />

tlii Intlia, sssirn cotno a cscnla crcsccnle <strong>dos</strong> dtsvcrcs do govern0<br />

n~ctro~~olilano,-ekitos dot; enortlrcs c.api1ac.s inglezcs eniprcga<strong>dos</strong><br />

nn India,--1di11 rn~~ltiplicado e tornatlo actual~uc~lte inais cstreilas<br />

as rclaciics cnlre os dois paizcs.<br />

h ac!.iio do sccrctnrio dc Eslado lirni~a se ~trincipnlo~cntc a<br />

responder itos rcldtorios cloe lhc sio dirigi<strong>dos</strong> pclo gorerno drr<br />

India c, aftha as grnntlcs rlucslbcs linanccirc~s, o nulnero e a<br />

nalnrcza d'esscs rclatorius dcl)cn~lem do caracl<br />

,go dividi<strong>dos</strong> en1 lractos pcquenos, dcnomina<strong>dos</strong> sub-dioiaGe.c ~ III<br />

Bcngala, Qnlu1;ns nas presidencins dc Bomhain: c dc AIadras~a, ~LLJI.<br />

sils no Norle, dondo se formnm para a dcsignaczo <strong>dos</strong> respccl~vt~-:<br />

as palavras tiik~1,-dar. e lnlrsildar, 5s tlohts podc acrcsc:cnt,~t. -<br />

sc a de ntfimletdng., que sc usn geralmenlc na India n~eridion~~l.<br />

Aindn a t(rk&?, quando scja de maiores dimensles, sr~brlivitlc .


Ainda q11c as sccrttarios gazem <strong>dos</strong> coniorios da rida<br />

social das cilpilacs, conk clc\.n<strong>dos</strong> ordenatlos e brill~anlrs pro locae!;.<br />

Ao iirvcz do qtie :, gi~~ crno por1a;ucL tcnl kilo ci.r:r rcln!.h-j<br />

.is con~o~llniil~~des de (ioa, rc;ai.rodo-ns ptlos prrnciyios ~;LL!Is~;u~!Iv~I.:<br />

c !)cia apjilicn!.,to, por vczcs Sr!r:nda, ti;lc ](:is do rei~~,-ric~11oi;irt.<br />

bas da 311:. j~rislina n1itr~11o;nio,-rcst~rn;ind0.11es as c~nc!i~Go><br />

(la Stlit ncrio arirninisl!alivn,-e altcrando~os ria srrc cfi11.;liloil as illrli~uic&s da ~l1clropol~.<br />

Eran~ NU~LO mais nilidamcntc coastdcra<strong>dos</strong> ma India os rnlcrcssc.dns<br />

popnla~iics pclas conl~nunidadcs aldcanas, quando accumulavain<br />

as fuuc!:6cs municipaes, do qr~r. depois que sc proccdeo a dcsag.<br />

gregydo c se instilairam as camarasu (I),<br />

As cidadcs principacs da India Urilnnnica tOm as snns niunlcipalidades,<br />

cujos n~cnll~ros slo, na nlaior parle, indigcnas scrn<br />

rcla$ijes corn o govenlo. Em 1S8G esisliam, con~prul~endendo as<br />

cidadcs dc Calculta, Bladrasla c Boml~ainl, 750 mrtnicipalidadcs.<br />

dispoudo d'uma receila dc 3.500:000 libras c ahrangcodo nos<br />

scus li~tilcs 1 &.S00.0~ habilantcu.<br />

Estes corpos nHo oficiacs, niio lcndo il~gercncia algurna no<br />

govern0 politico, prestan~ provcilosa coopcra~Lio is auloritladcs<br />

adminislrativas nos scrvi~os e mcll~~rarnentos prtblicos. Conc~jrret~l<br />

para o eslabelecinrerilo c conscrvapiio das estradas, do5 hospitaes,<br />

d:\s cscolas c de outras obras de ulilldadc local. A inslruqjio publiea,<br />

cspecialnlcnlc a primaria, i: urn irnporlanlc capilulo da despcza<br />

nlunicipal. . - polo systcma do grant-iwaiil c sob a inspecrho<br />

official:<br />

No seio dns nmnicipalidadcs contant-sc rnoilos magislrad~s<br />

honornrios corn assenlo nos tribunaes. Geraln~cnlc os melllbrov<br />

<strong>dos</strong> consdlios rnunicipaes sHo cleilos pclos proprios rnunicipcs. 0<br />

direito do voto dcpcnde das qaolas do irrconze-tun: (imposlo do rcndimenlo<br />

dcfiniliramcnlo cslabclecido c acccito corn nnla das bases<br />

nornlacs do orcamenlo da India), das palentes e das conlribr~irGes<br />

nlunielpacs. A legisla$io clcitoral c promulgada pel0 govern0 de<br />

proviacia e varia con!ornlc as circun~stancias. 0 presidcnte<br />

(cltail.manj i: do ordi~~rrio o iliagisirado do dislriclo, m,,s Iia<br />

liberdadc na eacollia qnc 6 fcita pclo corpo manicipal.<br />

SBo muiLas as Iolilcs das rcceitas municil)aus, scndo a principal<br />

0s direitos dc octroi (i~~iposto dc barrci!.~) cobra<strong>dos</strong> na<br />

elitrada <strong>dos</strong> ar~igos dc consulnnlo nas cidadcs.<br />

Nos districlos ruraes cxistcni Cnnrds (juntas) analofos aos<br />

corpos niunicipaes das cidndcs. 0 collcgio eleitoral e nomendo<br />

pclo govern0 c os clcilores, quo o compocm, escolhcm d'cnlrc si<br />

pclo rncno:: lres quartos do? mcmbros do Loa~.cl, que dcvo scr<br />

prcsidido pclo magistrado do dislricto. Esles botzrds nno pod en^<br />

lan~ar in~poslus, mas tbru subsidio para occorrcrcm ds suas neccssidad~s.<br />

11) Sr. g611cral \.RSC~ I, -Kplnlori', dl) I:; (11. jnnt'irw Jr 1801 .lit r;cjvcrno<br />

I


. ,<br />

1~:!1rIs 1 ~ ~ ~IIK ~ ~ J~ U I~ I ~ Ic*I~)I~;Ic~ ~ I ~ ~ 1 (14 ~ co~~.~lilt~i~ir,<br />

~ ) at1111i~r.;<br />

Ii~ti~a da Irldia Urilat~nica, 11>o podcr~do d;lr-J!lcs dcscn\*ol\illlcrrlcI<br />

i vista do acan!latlo plnno tlo presc~llc op~~sculo. Ila, 11ot.bl11,<br />

ol~ras valiosas SO~J~C o ;~seurl~(~lo qtlc, j~ulio co~r~ os rulaltlrios<br />

(?'opo"f~.l quetodoe 0s a1111os ;tli sc 11111)licanl dccrca 110s cljlfi:rclllus<br />

rntllns de ~ld~ninis~rt~rfio. potlcrt~ scr consul~a<strong>dos</strong> corn pl.ovcito \bur<br />

h N k s ~ 0s q11t sc dcdiciu~~~ a I.tio irl~[~oslanccs colljo utcls c.;~lld~*.<br />

Crcn<strong>dos</strong>trihnnacs~dc contas uau provi~>cins c!e S. TbornB<br />

c Principu, Angola, BIo~ambiqne, c dc JLncau c Timer, coui<br />

:\ttribu+cs c c,rganisqio idcnticns 6s (lo tributliil cre:~do nn<br />

pr~~vinci:~ tlc Cnbo-Verdc pclo D. de 24 dezcmbro 92,-D.<br />

tlc 2U sctctubro 9-1.<br />

.Dctern~inadu :<br />

1".-qw us vogrncs d;ts cnlonrns mnnicil>nes cli.bsolv~das<br />

pclos gc~c-onlndores das pvovincins nltmm:~rinas s%o inelrgivcis<br />

para as nlesmns corpornqDcs na priuteira eleiyko n quo so procrrlor,<br />

Bcnnclr~, todavi:\, esceptnadcs d'estc yrcceit,o os rercndnrcs<br />

cpe ussignara~i' vcnci<strong>dos</strong> L ~R deliberayiics q ~ motivnrnl~~<br />

e<br />

11 clissolugZo,ott quo, em sesszo pnblicn o em tempo competct~tu,<br />

ti~6rc::n protcstado contra :t fal~n dc cumpri~ncsnta da lei ;<br />

2.'-os niestnos.gnvernatlores, q~~and(, ordcna~:or:l a dissolng'lo<br />

c1:4 qunl


3.'---no diploma cm qnc fi,r ordcnada n dissolu$:io, mnndnr-sc-ha<br />

procedor dcntro do pr~so dc 90 dias d elcigzo da<br />

nova, camara,--D. do 28 julho 04.<br />

0 cit. art. IS." n.O 5.' tinha restringido o art. 106.' do<br />

cod. adm., em virtnde do qua1 n camara lllunicipal s6 podia<br />

ser dissolvida pclr D. do Rci. Fice agora altcrado egualrncntP<br />

o art. 107.' $ unieo quo estabclecia o nlaximo praso<br />

de 30 dias entrc a dissolupZo e e nova eleipzo.<br />

0 rcialorio qne precede o cit. D. diz quo se teve em<br />

vista, a disposiyio do art. 17.O 5 4.O do cod. adnr. do 17<br />

jr~lho SG em vigor no reino, o y~~aI, poreim, estatfie que os<br />

vogaes da corporag50 dissolvidn s5o inclcgiveis palea a<br />

prinicira elei~ao a clue sc proceder, no caso de ser bvoravcl<br />

fi dissolnc20 o parecer do S. T. A. que o art. 17.O mandrc.<br />

prduiatnente ouvir.<br />

Nota (1) pag. 27<br />

Con1 ~.espeito aos cmpregn<strong>dos</strong> do qnndro intcruo (Ins slf~lndogas<br />

d'este Estndo, vcja-se o D. dc 23 junho 94, art. 17.".<br />

Art. 14.O pag. 2S<br />

Aos governsdores dao provi.ncias nltrarnnrinas e do district0<br />

nulonorno da Gnint': Portugueza, cabc excrcer, qualquer que<br />

sejs n patento ou gredunqiio do prestunido delinquente, as at-<br />

tisilui$Ges qnc pelotr arts. 24G.9 2-18.", 282.O e 263.O do co-<br />

digo do jnstip militar de 9 nbrii 75, sZo cunfcridas aos com-<br />

lnnadantes dau divisiics militares e ao ministro da guerra,-<br />

U. do 22 setembro 94.<br />

Art. 49.0 1'". 75<br />

0 1). sobro cons. do S. T. A. de 19 julho 94, rccnrso<br />

n.' 3.445, dcrl~roo o procurador da coda e fazenda parte<br />

illegitiwa para reeorrer <strong>dos</strong> accord5os do conselho de<br />

pl.ovincin para o mesmo S. T., visto polo cod. adm. de 43<br />

c pelo D. de Z dezernbro li9 Go haver reprcsentantc do 31. P.<br />

jun~o do mesmo couselho.<br />

A quest20 que den lognr riquolle recurso, foi a segt~inte:<br />

Tinhn a catllara municipal de Saiseto estabelccido urn<br />

~III~IOSCO<br />

tcmpornl+io, nddicion:tl i s contribni$o"cs predial, in-<br />

dustrlal, dc rend;& de casas c decirus dc juros, corn dcstitlo ii<br />

via920 do concclho, impasto clue fui npprovado pelo A. C. P.<br />

de 14 fevcreiro 80; e o governo prov~ncial cncarrogou ulna<br />

commissHo de claborar as instrucgks par& o lanpmento e<br />

cobranga d'esses addicionaes, conjunctamente com a das respectivas<br />

contribltip6es do Estado. A commissZio apresentando<br />

o projecto, dcrnonstrou ao uesmo tempo que, sob o domioio<br />

do cod, adm. de 42, nlo podiam as camaras lanpr addicionaes<br />

As contribuiy5cs da decima tie juros e da rcnda de<br />

&tans, podendo fnzel-o unica~nentc sobre as contribnigiies<br />

prcdial e industrial jvidc o relatorio do 1 julho 89, insorto<br />

no Bol Of. n.' 72 de 2 julho 02).<br />

0 governador geral ouviu o consclho do governo, c<br />

conformando-se corn o voto d'estc c corn o parecer dn commisslo,<br />

dcclarou susrcnvo o mcsmo A. C. P. na yartc rebtiva<br />

4s referidas duas ccmtribui~3es, c aubmctteu o negocio ao<br />

governo soperior,--P do 8 ngosto 89. Em 1'. 31. X. de 16<br />

janoiro 9.l foi approvaita a rcsolupiio do governador geml,<br />

ordenando-sc que pels autoridade contpeter~te se inter ozcsso<br />

recurso para o S. T. A. d'aquelle A.O.P., offensivo f a clarn<br />

o axpressa disposi$io do artigo 139.qo mcncionado cod. ;<br />

o.que so cnrnpriu, interpondo o procurador da corCja e hzondn<br />

o 'recurso que, se vc, foi regeitado pela illegitimidadc do recol~ente.<br />

Asaim, rcsta resolver qucm B parte legiti~na pnrn recorrcr<br />

ex.ojTc~o <strong>dos</strong> A. C. P., qne violarem as leis ou os rcgn-<br />

Iarncntou, porquanto b inadmissivel que n'estes casos 1120<br />

possam our revoga<strong>dos</strong> pel0 S. T. A.<br />

Em vista da doctrina estabelecida no ac. do S. T. A.<br />

de 16 fwereiro 93, s no D. sobro cons. do mcslno tribunal<br />

do 1.9 abril 94, transcrevernos em seguids as disposig5es do<br />

X. de 25 novembro S6 sobre a forma do process0 e inter-<br />

posig"a <strong>dos</strong> rccarsos perante aquello tribunal, inclusivi! <strong>dos</strong><br />

quo sao directamento apresenta<strong>dos</strong> na rcspecliv,z ~ecretnria,<br />

disposipGc6 a quo sc refwo o O. U.G. U. de 1G ,zbril 87:


Art. 27." As pctigFcs de rccurso scr3o spresentad.~~ cm<br />

drzplicado, salvo se o recorso fGr official, c vido acompanba-<br />

:as da decisao recorida, sc nfo estivor comprohendida em<br />

contra-f& dc intimap8o on officio de notidcaf;:io, on n&o tiver<br />

sido intimnda ou notilicada nos termos do artigo 9.O,<br />

Art. 28," 0 praso para a interposipEc, d'esteu recursos<br />

6 o dollarado no artigo 356.O do codigo admirtistrativo ; mas<br />

so os recorrcntes fhem moradores nas illtas <strong>dos</strong> A~ores ou<br />

lladeirn, o praso serQ de des dias, conta<strong>dos</strong> dn. chegada ao<br />

porto do Lisbon da segunda ombarcaplo, qlle houver said0<br />

yosteriormente 6 intima~:io ort nuti6cng:io.<br />

,$ nnico. Se us i*ecu~,reutl:.i residircm empaiz eetra~gei.<br />

ro na Europn, o praso scrii d. iJ'CS ruezps ; se residirem f6ra<br />

da Jurnpa, scrii de seis mezes pam or qae estivarom Agacm<br />

do cabo de 13oa Espcranp, e Je urn anno para os quc cstive-<br />

rcm aIBm do tnesmo caLo.<br />

Art. 29.O Recehido o process0 ca sccretaria do supromo<br />

tribunal administrativo, clepois de sutoado, scgistado e dis-<br />

tribuido, serL conclnso no relator para ordenar a citayfo da<br />

partc coulraris a fim do aprcsentnr na lnesma sccret~lria 3<br />

rcsposh, 011 para cxigir jnfvrr~~n$o, ou rc.spost:r dc qualquer<br />

antoridade, quo f6r partc t~c:corrida no recurso,<br />

5 1.' A ordctu para citap3o ou resposta seri pnssnds cm<br />

fArma de provitj%o, re~nettids a-oflicio a qualqaer autoridado<br />

udministrativa, assignada pclo pl.e~?Yidcnto do tribunal, e subscript~<br />

pclo secrctario, lcvaudo urn <strong>dos</strong> dl~plica<strong>dos</strong> da pctiGo<br />

de rccnrso, on a copia, se o recorso fGr official.<br />

8 2.O II autoridade ndministrativa, logo quo rceoba a<br />

proviszo, mandara c~rmprir a cita$iio ou notifica@o no pmso<br />

n~:~:iimo de dez dias, o enviarB ao supremo tribunal adminisirativo<br />

as rcspectivae certid8cs.<br />

....................*.*.........._............:,...<br />

Art. 31 .a As partes, qne sesidem om paiz sstrnngoiro<br />

ou nas provincias ultratnnrina,~, sor:ulo cibdav por oditos, nos<br />

qmos se dcclararh o pwso para aprescntag30 da resposta, quo<br />

o tribunal fixarg scgundo a distancia.<br />

Art. 67.' pag, 57.<br />

Compctincio aoG governadares do l)am%o 8 dc Jjiu visilar<br />

nnooalmeatc os respcctivos distriotos. nos [errnos do art,<br />

233.' dv rd. adm., applic;lvel pnr fory;~ do dispos~o no cil.<br />

art. 67.O, t!t:enuinon :i P.1'. du 27 ozi~ubr~ 3.1 ;<br />

1.0, , B';%~L% a quo sc rcfcrc o masnlo art. 233.', devc<br />

s, precc&ido dr nl~toriiaZdo govrrrrdor gcr~l ;<br />

p.0, find;, visit&, 6 goverr~ador s~~h:llterno devcrS, dar<br />

o<br />

a. gorPr~dor<br />

rolrtorio circumitruaindo do crtado do<br />

&strict.o e <strong>dos</strong> rx~t?~llorau~u~ltoa i\" clue b susccptivel (cit. art.<br />

933.'<br />

p. p,. do 24 fevcroiru 4Xj ;<br />

3.0, 3 3juda do ous~o, nutoris;tdr polo s~rrigo dlessas<br />

visitas (art, 48." do D. dc 21 dozcnlbro SG) s6 podcrrl scr<br />

lcvantsda dcpoi& dc se prestar o rulaturio, a cllle se refwe 0<br />

~~~a~ nolado ;ivcrsidade dc interprcta$cs do Z). dc<br />

27 sotembra $8 (cf. ;l P. 31. li. do 13 out. 3s qlle SO rcfer~<br />

, i s o lielo Eario dc Rc~ofitdo,<br />

l,lm. \u ~~$--&~ti,r,,,u~io Ovoi~ulqico por Brr~to dr Costa,<br />

2.r prg.<br />

.<br />

?0--J~~liir. I2nnbsiuo por Castilllo Barrctu.<br />

~ ~ - ] : ~ ~ Aipb8ctico ~ b ~ i por o Silvn, pag. 177, c hrdk.<br />

Lcgixiuyiu psg. 990) tran5rrl:-<br />

~ ~ , , ~ o ~ ~ , i , ,<br />

:<br />

values sru scgnicln o cit.<br />

cSeurlo-me yrescl:tc guc algnns govm~nadores, tank(,<br />

Eerier, corn0 snba]trmi.~, das prnvinciw uiti;uoaricls b,[U<br />

kito execu/ar dgy.~a~ lcis, dccretos c ordcas, qne rir:uu<br />

~nnssriptzP no Dirrio do Oovemo, c outros periodieos Be<br />

por~upl\, peln e.perrrom (pe Ihm fossem commanicadns<br />

Falo Ninirterio compelonlo ; para occorrcr a este abUs0 clu<br />

, j restLlt~d~ pr~j~~dieiaes cffeitos : hai ~CIU<br />

ordonlr, qUC DOnh~~. governador. 011 goverw provisorio<br />

~aIklin~as ultra~~&rnnos, p0"h:~ Dm ~S~CU~%O ~llllij~l~r<br />

lei, doerfto, sostarin, ou rcg~d~ento, seln qUe ~11% pur<br />

milll lho sejx positivzmente determinnfin 11olo com1)ctcntc.<br />

Binisterio dir lnaria]~s a ~1tr~mCbr.<br />

- . .CtC.u


C ORRZGENDA<br />

P(I~, LI,,. Ondc sc! 12 J2sAs:<br />

10 9u. IS27 1838<br />

13 Inn. 19 17<br />

22 4n. 17 10<br />

2- 2 . st~bstituir snbsistir<br />

5-t 9 n, art. 2;'i.O $ UQ. e srt. '"i;).' nrt. 237.O c 111<br />

do n~t. 2i2."<br />

K. qucr dieer urotn-nu. xota da nofa.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!