Curso Intensivo de Pós-Graduação em Administração - ECG / TCE-RJ
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da teologia da libertação, moveu-se na direção da <strong>de</strong>fesa dos direitos humanos. Os<br />
movimentos urbanos e as associações <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> classe média se expandiram.<br />
Além do MDB e da Igreja Católica, outras organizações se afirmaram como pontos <strong>de</strong><br />
resistência ao governo militar. Dentre eles a Organização dos Advogados do Brasil (OAB), a<br />
Associação Brasileira <strong>de</strong> Imprensa (ABI) e a Socieda<strong>de</strong> Brasileira para o Progresso da Ciência<br />
(SBPC). Menos organizados, mas não menos eficientes na ação oposicionista, foram os<br />
artistas e intelectuais.<br />
O auge da mobilização popular foi a campanha pelas eleições diretas, <strong>em</strong> 1984, que foi a<br />
maior da história do país. Os comícios transformaram-se <strong>em</strong> gran<strong>de</strong>s festas cívicas. A<br />
ban<strong>de</strong>ira nacional foi recuperada como símbolo cívico. O hino nacional foi revalorizado e<br />
reconquistado pelo povo. Com a eleição <strong>de</strong> Tancredo Neves chega ao fim o período <strong>de</strong><br />
governos militares, apesar <strong>de</strong> permaneceram resíduos <strong>de</strong> autoritarismo nas leis e nas práticas<br />
sociais e políticas.<br />
Os avanços nos direitos sociais e a retomada dos direitos políticos, não resultaram <strong>em</strong> avanços<br />
dos direitos civis. Foram eles que mais sofreram no período militar. Como conseqüência da<br />
abertura política esses direitos foram restituídos, mas continuaram beneficiando apenas<br />
parcela reduzida da população. A maioria continuou fora do alcance e proteção da lei e dos<br />
tribunais.<br />
2.6 A cidadania após a re<strong>de</strong>mocratização<br />
A constituinte <strong>de</strong> 1988, redigiu e aprovou a Constituição mais liberal e <strong>de</strong>mocrática que o país<br />
já teve, merecendo por isso, o nome <strong>de</strong> Constituição Cidadã. Os direitos políticos adquiriram<br />
amplitu<strong>de</strong> nunca antes atingida. Entretanto, a <strong>de</strong>mocracia política não resolveu os probl<strong>em</strong>as<br />
econômicos mais sérios do país, como a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> e o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego. Continuaram os<br />
probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> área social, sobretudo da educação, dos serviços sociais e do saneamento.<br />
Houve ainda o agravamento dos direitos civis no que se refere à segurança individual.<br />
A Constituição <strong>de</strong> 1988, ampliou também os direitos sociais. Os indicadores básicos <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida passaram por lenta melhoria: o progresso mais importante se <strong>de</strong>u na área <strong>de</strong><br />
educação fundamental, que é fator <strong>de</strong>cisivo para a cidadania. O analfabetismo diminuiu e a<br />
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