Curso Intensivo de Pós-Graduação em Administração - ECG / TCE-RJ
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transmissão <strong>de</strong> conhecimentos para os alunos. Para que esta transmissão ocorra <strong>de</strong> maneira<br />
crítica, o educador precisa ter com o seu trabalho uma relação que implique uma consciência<br />
com o fim específico <strong>de</strong>ste trabalho, que é a formação do “indivíduo-educando-concreto” (o<br />
aluno). Não basta formar indivíduos, é preciso saber para que tipo <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>, para que tipo<br />
<strong>de</strong> prática social o educador está formando indivíduos.<br />
Dada esta relevância, o educador <strong>de</strong>ve manter uma relação consciente com seu trabalho, <strong>de</strong><br />
modo que possa realizá-lo da melhor maneira possível visando a formação do hom<strong>em</strong><br />
integral, da individualida<strong>de</strong> para-si <strong>em</strong> cada educando. Caso o educador não tenha esta relação<br />
consciente, seu trabalho acaba por reproduzir a alienação da socieda<strong>de</strong> e, portanto, seu<br />
trabalho não alcançará os objetivos propostos pela PHC.<br />
Para que o professor <strong>de</strong>senvolva na sua tarefa diária a Pedagogia Histórico-Crítica é<br />
necessário que se reconheça no educando. Quando isto acontecer a ativida<strong>de</strong> do educador não<br />
será apenas um meio para satisfazer a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sobrevivência física, mas sim a<br />
satisfação <strong>de</strong> uma necessida<strong>de</strong> vital para ele enquanto indivíduo, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formar<br />
outros indivíduos <strong>de</strong> maneira humanizadora.<br />
Para a PHC, portanto, o papel do professor ganha uma centralida<strong>de</strong>, pois, passam a ser<br />
responsáveis pelo trabalho educativo, que, por sua vez, t<strong>em</strong> como objetivo a formação do<br />
educando através da transmissão crítica dos conhecimentos produzidos pelos homens <strong>em</strong><br />
socieda<strong>de</strong>.<br />
Após apresentarmos resumidamente essas duas correntes pedagógicas, salta aos olhos que<br />
uma educação como prática <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> t<strong>em</strong> um sentido amplo: é sobretudo, o processo <strong>de</strong><br />
aprendizag<strong>em</strong> <strong>de</strong> uma ética atenta a integrida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada ser humano e que respeita o direito<br />
<strong>de</strong> todos a uma existência digna. Essa educação libertária também está comprometida com a<br />
apropriação e a construção <strong>de</strong> conhecimentos, porque conhecimentos são as matérias primas<br />
s<strong>em</strong> as quais não se po<strong>de</strong> participar do processo permanente <strong>de</strong> criação e recriação da<br />
existência.<br />
Educação significa educar para a socieda<strong>de</strong>. É a socialização do patrimônio <strong>de</strong> conhecimento<br />
acumulado, o saber sobre os meios <strong>de</strong> obter o conhecimento e as formas <strong>de</strong> convivência<br />
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