16.04.2013 Views

Letras Vernáculas: língua latina - EAD - Uesc

Letras Vernáculas: língua latina - EAD - Uesc

Letras Vernáculas: língua latina - EAD - Uesc

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Língua Latina<br />

Preliminares Latinas: o alfabeto, a pronúncia, a quantidade e a acentuação<br />

FIGURA 1 - Alfabeto latino arcaico<br />

SAIBA MAIS<br />

Os dicionários latinos escolares<br />

e os livros didáticos<br />

geralmente apresentam<br />

palavras com v e j<br />

quando o u e i ocupam<br />

posição de consoante:<br />

uita – vita, ieiunum – jejunum.<br />

Como curiosidade, as<br />

iniciais I.N.R.I. na cruz<br />

de Cristo, em Latim correspondem<br />

a Iesu Nazarenus<br />

Rex Iudeorum,<br />

que significa “Jesus Nazareno<br />

Rei dos Judeus”.<br />

Homorgânica: fonemas<br />

consonânticos com o mesmo<br />

ponto de articulação.<br />

2 O ALFABETO LATINO<br />

O alfabeto latino derivou do etrusco e este derivou do grego.<br />

Ou seja, indiretamente, o alfabeto latino derivou do alfabeto grego.<br />

Pois bem! Esse alfabeto latino era composto apenas de letras<br />

maiúsculas, mais tarde, no século I a.C., os romanos desenvolveram<br />

as minúsculas.<br />

Cícero, no período áureo da literatura (de 100 a.C. até 100<br />

d.C.), em sua obra Natura, faz menção a vinte e uma letras, que já se<br />

apresentavam como capitales (maiúsculas) e cursivae (minúsculas).<br />

São elas:<br />

Aa, Bb, Cc, Dd, Ee, Ff, Gg, Hh, Ii, Kk, Ll, Mm, Nn, Oo, Pp, Qq,<br />

Rr, Ss, Tt, Vu, Xx.<br />

Fonte: http://www.belaletra.com/alfabeto.htm<br />

O X é consoante dupla e equivale aos dígrafos cs, gs, vs, ps,<br />

ts (vox, vocis; lex, lege; nix, nivis; proximus, propre; nixus, nitor).<br />

O Y e o Z não eram letras <strong>latina</strong>s, mas gregas, e se incorporaram<br />

ao alfabeto latino pela sempre crescente influência dos gregos em<br />

Roma, nos fins da República. Os latinos, para transliterarem o som<br />

das letras γ (ípsilon) e ζ (dzeta), introduziram o y e o z. Elas eram<br />

usadas apenas em palavras gregas transcritas em latim: lyra,<br />

syllaba, Lysander. No início de palavra, o y é sempre precedido de h,<br />

que corresponde ao espírito forte da <strong>língua</strong> grega: hymnus, hydra.<br />

O I e o J são equivalentes e tanto podemos escrever “Iesus”<br />

como “Jesus”. O U e o V também são equivalentes e será indiferente<br />

em “uita” ou “vita”. O emprego das letras J e V, para a representação<br />

dos seus verdadeiros valores consonânticos, foi difundido pelo<br />

humanista francês Pierre La Ramée, a partir do séc. XVI (1515 –<br />

1572) – em latim Petrus Ramus – de onde vem a denominação de<br />

“letras ramistas”. Até então, as letras I e U apresentavam-se com<br />

valor de consoante e de vogal conforme o contexto fônico.<br />

O C, nos primeiros documentos escritos em Latim, era<br />

empregado tanto para representar o K (oclusiva velar surda) como<br />

o G (a sua homorgânica sonora). Depois, para diferenciar as duas<br />

oclusivas, uma pequena barra horizontal foi acrescida na haste<br />

inferior do C, criando assim a letra G.<br />

O K era somente usado em abreviaturas Kal. de kalendae<br />

30 Módulo 2 I Volume 8 <strong>EAD</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!