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Letras Vernáculas: língua latina - EAD - Uesc

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Língua Latina<br />

Importância e atualidade do latim<br />

2 IMPORTÂNCIA E ATUALIDADE DO LATIM<br />

Você, com certeza, já deve ter feito e enviado o seu “curriculum<br />

vitae”... ou já ouviu os noticiários da TV falar em renda “per capta”,<br />

ou que fulano de tal comprou um “duplex”. Você já assistiu ao filme<br />

“Sociedade dos Poetas Mortos”, no qual a frase “Carpe Diem” é<br />

intensamente utilizada? Quem nunca ouviu falar em álibi, que levante<br />

a mão. E o “vide bula”, escrito na caixa de remédio? Como podem ver,<br />

tudo isso é o Latim no nosso cotidiano.<br />

No passado, o Latim deveu sua importância ao prestígio de<br />

Roma, pois foi a <strong>língua</strong> de comunicação de toda a Europa. Hoje, a<br />

<strong>língua</strong> e a rica literatura deixada pelos romanos, que se estende<br />

por outras áreas do conhecimento como Historia, Filosofia, Teoria<br />

Literária, Antropologia, Medicina, Botânica, Zoologia etc., e o interesse<br />

linguístico pela mesma, explicita a importância do conhecimento do<br />

Latim, mesmo depois de ter sido abolido das escolas pela reforma<br />

do ensino brasileiro de 1964, pois era obrigatória nos quatro anos<br />

do ensino ginasial até 1961, quando entrou em vigor a LDB (Lei de<br />

Diretrizes e Bases - 4024/61). O Latim é o caminho certo para as<br />

explicações dos fenômenos aparentemente inexplicáveis do Português<br />

e das suas outras <strong>língua</strong>s filhas. Ele nos ajuda a compreender melhor<br />

o nosso idioma e os seus mistérios interessantíssimos.<br />

Há aqueles que, inequivocadamente, dizem que o Latim<br />

é um <strong>língua</strong> morta. Segundo Michaelis (1998 p.1415) “morto adj.<br />

(lat. mortuu) que deixou de existir. Diz-se da <strong>língua</strong> que não é<br />

falada”. Linguisticamente, <strong>língua</strong> morta é aquela que se conserva em<br />

documentos, mas não é falada.<br />

Mas de morta ela não tem nada. Além dos exemplos citados<br />

no primeiro parágrafo, vejamos mais alguns: os nomes científicos na<br />

Zoologia e na Botânica são todos em Latim: abelha (apis mellifera),<br />

boi (bos taurus), cão (canis lupus familiaris), beterraba (beta<br />

vulgaris), cebola (allium cepa), laranjeira (citrus aurantium), limoeiro<br />

(citrus limon); as expressões usadas no Direito: habeas corpus, data<br />

venia... também estão todas em Latim. Aliás, o nosso Direito é fruto<br />

do Direito Romano. Todo aluno de graduação pensa em fazer uma<br />

pós-graduação lato sensu ou strictu sensu. Ou já ouvimos dizer que<br />

fulano é doutor “honoris causa” (para a honra). O Papa Bento XVI,<br />

através da Carta Apostólica Motu Próprio, autorizou, recentemente,<br />

a missa em Latim. E, tão interessante quanto o P.S. ao final de uma<br />

carta, que é Latim: “Post scriptum” (pós-escrito), é o nosso tão usado<br />

etc.: abreviação de et caetera (e as demais coisas).<br />

42 Módulo 2 I Volume 8 <strong>EAD</strong>

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