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Letras Vernáculas: língua latina - EAD - Uesc

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UESC<br />

ideia de posse. O genitivo supõe “partilha”, “parte que me cabe”. É<br />

a relação de possuidor e posse. O genitivo é restritivo, portanto, é<br />

o caso do adjunto adnominal restritivo. Em Português, o possuidor<br />

vem antecedido pela preposição “de”. “Jesus é filho de Maria”; “de<br />

Maria” é o possuidor, “Jesus” é a posse. O objeto possuído “Jesus” é<br />

parte do todo. Em Latim, “de Maria” fica no caso Genitivo. Exemplo:<br />

Iesu Mariae filĭus est.<br />

d) Dativo: dativus casus. É o caso do complemento oracional.<br />

Dativo deriva do verbo do (infinitivo dare), datus (particípio),<br />

respectivamente, dou, dar, dado. Trata-se do argumento “para quem<br />

se dá alguma coisa” no evento de dar. O dativo também expressa<br />

a ideia de movimento “em direção a”. É o caso do objeto indireto e<br />

do complemento nominal. Em “A criança dá uma rosa à amiga”; “à<br />

amiga” é o objeto indireto, portanto o caso é dativo. Exemplo: Puēlla<br />

rosam amica dat.<br />

e) Ablativo: ablativus casus. É o caso do adjunto adverbial.<br />

Possui significados básicos de afastamento a partir de um ponto ou<br />

instrumento pelo qual se faz alguma coisa. Indica uma circunstância<br />

verbal que pode ser de causa, de tempo, de instrumento etc. Em<br />

“Passeamos pelo jardim”; “pelo jardim” é caso ablativo. Geralmente,<br />

o ablativo vem regido pelas preposições per, in, sine e cum. Exemplo:<br />

Ambulāmus per horto.<br />

f) Acusativo: acusativus casus. É o caso do objeto direto. Pode<br />

também ser usado quando há ideia de movimento “para dentro de”<br />

ou “para junto” de algum outro ponto. Em “Paulo vê Maria”; “Maria”<br />

é objeto direto, portando é caso Acusativo. Exemplo: Maria Paulum<br />

videt.<br />

Existiam, ainda, o caso LOCATIVO, que indicava a circunstância<br />

de lugar, e o INSTRUMENTAL, que indicava o instrumento pelo qual<br />

era exercida a ação verbal. Mas esse dois casos foram absorvidos<br />

pelo Ablativo.<br />

Não há um caso específico para o aposto, apesar de ser uma<br />

função sintática. Em Latim, ele concorda em CASO com o substantivo<br />

a que se refere; “Lucrécia, grande mestra, está no jardim”. Em Latim,<br />

“grande mestra” fica no caso nominativo e tem a função sintática<br />

de aposto, pois concorda com “Lucrécia” que é do caso nominativo<br />

e tem a função sintática de sujeito. Então, a oração em Latim fica:<br />

“Lucretia, magna magistra, in horto est.”<br />

Ufa! Muita informação! Mas calma!<br />

O quadro abaixo é para você visualizar melhor a relação entre<br />

<strong>Letras</strong> <strong>Vernáculas</strong><br />

Não confunda o ó que aparece<br />

nos vocativos com o<br />

oh! das orações exclamativas.<br />

O oh! Indica admiração<br />

e vem com h e ponto de exclamação,<br />

ao passo que o ó,<br />

que as vezes acompanha o<br />

vocativo, não tem h.<br />

Adjunto: etimologicamente,<br />

ad + iectivum – “ajuntado”<br />

FIGURA 2 – Cícero, grande orador<br />

romano<br />

Fonte: http://commons.wikimedia.<br />

org/wiki/File:Cicero_transparent.gif<br />

SAIBA MAIS<br />

O nominativo e o vocativo<br />

são chamados de casos retos,<br />

isto é, independentes.<br />

Os outros são chamados<br />

de casos oblíquos, isto é,<br />

dependentes.<br />

Aposto: ad + positum =<br />

posto ao lado. É um nome<br />

que posto ao lado, explica<br />

o sentido de outro.<br />

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5<br />

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