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Letras Vernáculas: língua latina - EAD - Uesc

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UESC<br />

e, às vezes, permutava com a letra c: Karthago, Carthago.<br />

O Latim não possuía as aspiradas gregas e as letras que as<br />

representavam em grego foram tomadas como sinais de numeração:<br />

o teta (θ) passou a representar o numeral cem, depois foi substituído<br />

pelo C inicial de centum “cem”; o fi (φ), o numeral mil, mais tarde<br />

representado pela letra M, inicial de mille “mil”. Mas a metade vertical<br />

de φ, identificada com o D, passou a representar quinhentos. E o psi<br />

(ψ), que representava no alfabeto grego ocidental o KH (oclusiva<br />

velar surda aspirada), foi empregada para representar cinquenta,<br />

que depois passou a L. Para transcreverem as letras χ, φ, θ e ρ (qui,<br />

fi, teta e rô), os latinos introduziram os dígrafos ch, ph, th e rh,<br />

respectivamente.<br />

Estes são os nomes, em Latim, das vinte e três letras que<br />

passaram a constituir o alfabeto usado pelos romanos no período<br />

clássico: a, be, ce, (quê), de, e, ef, ge (guê), há, i, ka, el, em, em,<br />

o, pe, qu, er, es, te, u, ix, hy , zeta. Vale lembrar que os nomes das<br />

letras são indeclináveis.<br />

3 A PRONÚNCIA<br />

No século XIX, depois de a Filologia Clássica se constituir<br />

como uma verdadeira ciência, servida por outras ciências auxiliares,<br />

é que os estudos de fonética <strong>latina</strong> passaram a ter base sólida. Os<br />

comparativistas, com base nos estudos feitos entre os séculos XVI<br />

e XIX sobre transcrição <strong>latina</strong> de palavras gregas, depoimentos de<br />

gramáticos e a pronúncia do Latim pelos germanos, reconstituíram a<br />

pronúncia <strong>latina</strong> que teria sido a pronúncia da elite culta de Roma no<br />

ápice cultural romano. Estamos falando sobre a pronúncia restaurada<br />

ou reconstituída. Mas, além dessa, as gramáticas <strong>latina</strong>s, aqui no<br />

Brasil, apontam a existência de também outras duas possíveis<br />

pronúncias do Latim clássico: a pronúncia eclesiástica e a pronúncia<br />

tradicional.<br />

A Pronúncia Eclesiástica é uma pronúncia italianizada, a<br />

que mais se aproxima do italiano por ter sido difundida pela Igreja<br />

Católica a partir de Roma. Possui as seguintes características:<br />

• ae soa como é de pé: paene, servae, laetae /lété/;<br />

• oe soa arredondado como o francês peu (para tal faz-se uma<br />

espécie de bico com os lábios e pronuncia o ditongo);<br />

• c seguido de e, i, ae, oe soa africada como em Thecoslováquia:<br />

caelum /tchélum/, Cícero, coena, cedo;<br />

<strong>Letras</strong> <strong>Vernáculas</strong><br />

SAIBA MAIS<br />

Com a última reforma<br />

ortográfica da Língua<br />

Portuguesa, válida<br />

desde 1° de janeiro de<br />

2009, o nosso alfabeto<br />

passou a ter 26 letras.<br />

As letras K, W e Y foram<br />

reintroduzidas.<br />

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2<br />

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