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destaque - Económico - Sapo

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EURO<br />

face ao dólar<br />

1,3561<br />

de enfrentar, tendo em conta<br />

que esta é uma importante fonte<br />

de receita das autarquias, especialmente<br />

no caso das câmaras<br />

do interior do país, que não podem<br />

contar tanto com a arrecadação<br />

dos impostos locais.<br />

Se para 2011, as autarquias<br />

não poderão contar com a ajuda<br />

do Estado, já em 2010, o problema<br />

é outro. Com a construção à<br />

espera da retoma económica, as<br />

receitas próprias das autarquias<br />

(Imposto Municipal sobre Imóveis<br />

- IMI e Imposto Municipal<br />

sobre Transmissões - IMT) estão<br />

PETRÓLEO<br />

valor em dólares<br />

76,93<br />

DA DOS TERRENOS DA EPUL DE ENTRECAMPOS<br />

TAXA EURIBOR<br />

a seis meses<br />

0,959<br />

menos dinheiro em 2011<br />

O presidente<br />

da Câmara de<br />

Lisboa, António<br />

Costa, prevê<br />

umaquebrade<br />

8% nas receitas<br />

de IMI para<br />

este ano, para<br />

os 101 milhões<br />

de euros.<br />

ainda comprometidas. A Câmara<br />

de Lisboa, por exemplo, prevêparaesteanoumaquebrade<br />

8,1% nas receitas de IMT, para<br />

os 101 milhões de euros.<br />

Perante este cenário, o coordenador<br />

do Anuário Financeiros<br />

dos Municípios Portugueses,<br />

João Carvalho, afirma que<br />

os autarcas poderão vir a vender<br />

mais património para fazer<br />

face à falta de receita. No entanto,<br />

dada a incerteza daquele<br />

instrumento, já que muitas vezesasvendasnãochegama<br />

concretizar-se, o professor da<br />

AGENDA DO DIA<br />

● INE divulga índice de volume<br />

de negócios no comércio a retalho<br />

e índice de produção industrial.<br />

● Eurostat divulga flash<br />

da estimativa de inflação para<br />

a zona euro em Fevereiro e índice<br />

de preços do produtor em Janeiro.<br />

Paulo Figueiredo<br />

A Câmara de Lisboa<br />

quer vender este ano os<br />

terrenos de Entrecampos<br />

da Empresa Pública de<br />

Urbanização de Lisboa<br />

(EPUL) e, assim, pretende<br />

conseguir 25,2 milhões<br />

de euros com a alienação.<br />

A construção do<br />

empreendimento esteve<br />

envolta em alguma<br />

polémica. É que houve<br />

atrasos na construção<br />

de alguns lotes, o<br />

que levou a entidade<br />

a devolver dinheiro<br />

aos compradores<br />

e a renegociar<br />

as modalidades<br />

de pagamento. O<br />

empreendimento da<br />

EPUL Jovem foi lançado<br />

em 2005, com Carmona<br />

Rodrigues como<br />

presidente da Câmara<br />

de Lisboa.<br />

Universidade do Minho refere<br />

que a melhor solução passaria<br />

por um aumento excepcional<br />

dos limites de endividamento e<br />

com os devidos mecanismos de<br />

controlo.<br />

As autarquias deverão ter<br />

fechado 2009 com uma derrapagem<br />

significativa nas contas.<br />

Segundo o Boletim Estatístico<br />

do Banco de Portugal,<br />

no ano passado as autarquias<br />

financiaram-se em 736 milhões,<br />

o que compara com um<br />

endividamento de 277 milhões<br />

um ano antes. ■<br />

Terça-feira 2 Março 2010 Diário <strong>Económico</strong> 13<br />

TRÊS PERGUNTAS A...<br />

JOÃO CARVALHO<br />

Coordenador do Anuário Financeiro<br />

dos Municípios Portugueses<br />

“Governo deveria<br />

ponderar aumento<br />

excepcional<br />

do endividamento”<br />

O professor da Universidade<br />

do Minho, João Carvalho, refere<br />

que os municípios podem encontrar<br />

dificuldades na venda de património.<br />

As grandes câmaras estão<br />

aaumentarorecursoàvenda<br />

de património. Que motivos<br />

estão por detrás desta opção?<br />

Está provado que os anos eleitorais<br />

são despesistas e portanto agora é<br />

preciso receitas para cobrir estas<br />

despesas. Também se deve à crise<br />

económica, que provocou uma redução<br />

das receitas, sobretudo ao nível<br />

dos impostos que estão ligados com<br />

a construção de forma directa ou indirecta.<br />

Estas são as duas grandes<br />

razões que estão a levar as autarquias<br />

a vender mais património.<br />

Uma terceira razão são os limites<br />

do endividamento impostos pela Lei<br />

das Finanças Locais, uma vez<br />

que algumas autarquias estão<br />

a atingir esse limite.<br />

É expectável que no próximo<br />

ano este instrumento seja ainda<br />

mais utilizado, na medida em<br />

que as transferências do Estado<br />

vão descer?<br />

Claro.Essaéasolução.Oueventualmente<br />

o Governo permitir<br />

um aumento excepcional do<br />

endividamento, com as consequências<br />

que poderemos depois<br />

ter no aumento da dívida pública<br />

geral. Mas com algum controlo<br />

seria a medida mais acertada.<br />

As câmaras não poderão<br />

confrontar-se com dificuldade<br />

na venda do património<br />

em ano de crise?<br />

Por isso é que seria melhor<br />

o aumento excepcional do endividamento.<br />

Isso até ficou visível nos orçamentos<br />

passados, em que estava<br />

prevista a venda de determinados<br />

bens e que no final do ano não<br />

foram executados porque não conseguiram<br />

vender. Ou então corre-se<br />

o risco de vender a preços mais baixos<br />

que o desejado, pelo que o aumento<br />

excepcional do endividamento<br />

deveria talvez ser uma medida<br />

a pensar pelo Governo. ■

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