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ATLETISMO<br />
Cubano Ivan Pedroso volta a competir<br />
após dois anos fora do salto em comprimento<br />
Aos 37 anos, o cubano Ivan Pedroso, quatro vezes campeão do Mundo de<br />
salto em comprimento ao ar livre, cinco em pista coberta e campeão<br />
olímpico em Sydney no ano 2000, vai voltar à actividade. Em entrevista<br />
ao diário “El País”, Pedroso, radicado em Espanha, confessa que o salto é<br />
a sua vida e que o regresso fica a dever-se ao facto de “não ter ficado<br />
satisfeito com os últimos tempos de competição”, marcados por lesões e<br />
outros problemas.<br />
‘ILDOTTORE’DOCOSTUME<br />
Governo, Câmara e João Lagos<br />
em parceria para a prova de 2011-2012.<br />
Stringer Malaysia / Reuters<br />
A alcunha podia ter chegado pelo número de títulos - nove no total -, mas foi o<br />
estilo que lhe valeu o cognome de ‘Il Dottore’. O campeão do Mundo de MotoGP,<br />
Valentino Rossi, voltou em grande: nos treinos em Sepang não só foi o mais rápido<br />
como melhorou o tempo com que conquistara a pole position da corrida de 2009.<br />
VELA<br />
Terça-feira 2 Março 2010 Diário <strong>Económico</strong> 51<br />
Mais de 50 milhões de euros de retorno para<br />
investimento de dez na Volvo Ocean Race<br />
Portugal é uma das três cidades europeias que irá receber uma etapa<br />
da Volvo Ocean Race de 2011-2012, uma prova de vela que faz a volta<br />
ao Mundo em nove meses. Para receber a competição, em Junho de 2012,<br />
Câmara de Lisboa, Governo e João Lagos Sports vão investir entre 8<br />
e 10 milhões de euros. O retorno deste investimento será “muito superior<br />
a cinco vezes”, assegurou ontem João Lagos ao Diário <strong>Económico</strong>, face<br />
aos números gerados na etapa da prova na Irlanda (Galway), em 2009.<br />
Canadá satisfeito<br />
com Jogos<br />
pouco seguros<br />
Jogos Olímpicos de Inverno Edição de 2010<br />
sob signo dos acidentes. Russos insatisfeitos.<br />
Paulo Jorge Pereira<br />
paulo.pereira@economico.pt<br />
Jacques Rogge, líder do Comité<br />
Olímpico Internacional (COI),<br />
até pode dizer que houve “um<br />
esforço enorme para que tudo<br />
corresse bem” nos Jogos de Inverno<br />
que terminaram no domingo<br />
em Vancouver, mas nem<br />
assim apaga a imagem dos acidentes<br />
associada a esta edição.<br />
O próprio Rogge lamenta a<br />
mortedogeorgianoNodarKumaritashvili,<br />
de 21 anos, após os<br />
graves ferimentos sofridos<br />
quando treinava para a prova de<br />
trenó na pista de Whistler. Só<br />
que o dirigente não mencionou<br />
outras situações que poderiam<br />
ter acabado mal como o acidente<br />
que enviou o australiano<br />
Duncan Harvey para o hospital<br />
já depois de alterações na fatídica<br />
pista. Favorito à conquista da<br />
medalha de ouro no trenó, o italiano<br />
Armin Zoeggeler também<br />
não evitou ser um dos acidentados,<br />
tal como a romena Violeta<br />
Stramaturaru que chegou a perder<br />
a consciência. Outra romena,<br />
Edith Miklos, caiu na prova<br />
de downhill e teve de ser evacuada<br />
de helicóptero depois de<br />
ser socorrida ainda na pista.<br />
A imprensa canadiana, entusiasmada<br />
com o triunfo sobre os<br />
Estados Unidos na final de hóqueisobreogeloaterminar,<br />
classificaoeventocomo“um<br />
momento definidor para a história<br />
do país”. Não surpreende:<br />
o Canadá terminou a classificação<br />
de medalhas com mais galardões<br />
de ouro (14) do que<br />
qualquer outro concorrente<br />
para um total de 26 prémios<br />
(Alemanha, com 30, e EUA, que<br />
chegou às 37, obtiveram mais,<br />
mas quedaram-se pelas 10 e 9<br />
de ouro, respectivamente).<br />
Até Joe Biden, vice-presidente<br />
dos EUA, acrescentou o seu<br />
nome à lista de casos insólitos:<br />
no dia 15, o carro da sua comitiva<br />
sofreu um acidente, ferindo<br />
duas atletas olímpicas: Peggy<br />
Fleming e Vonetta Flowers<br />
A pior Rússia de sempre<br />
Enquanto uns se congratulam,<br />
também há quem não esconda o<br />
tom crítico. É o caso das autoridades<br />
russas, que organizam a<br />
próxima edição em Sochi<br />
(2014), descontentes com o 11º<br />
lugar global (15 medalhas, pior<br />
desempennho de sempre nos<br />
Jogos Olímpicos de Inverno). O<br />
presidente, Dmitry Medvedev,<br />
exigiu mesmo que os responsáveis<br />
da equipa olímpica se demitissem.<br />
“Se não forem capazes<br />
terão a nossa ajuda. Temos<br />
de mudar de forma drástica os<br />
nossos métodos de treino, a julgar<br />
pelo sucedido em Vancouver”,<br />
criticou. “Está perdida a<br />
escola soviética de formação<br />
dos atletas e, pelos vistos, não<br />
fomos capazes de formar a nossa<br />
própria escola”, concluiu o<br />
presidente russo.<br />
Na edição de 2006, realizada<br />
em Turim, a Rússia ficara entre<br />
os cinco primeiros com um total<br />
de 22 medalhas (oito de ouro). O<br />
alarme chegou mesmo ao primeiro-ministro,<br />
Vladimir Putin,<br />
que reconheceu que se “esperava<br />
mais dos atletas e técnicos”,<br />
apontando para a necessidade<br />
de “analisar erros e derrotas<br />
e melhorar já em 2014”. ■<br />
NÚMEROS DE VANCOUVER<br />
● As transmissões televisivas<br />
foram seguidas, entre os dias 12<br />
e28deFevereiro,porcercade<br />
3,5 mil milhões de espectadores.<br />
● Somando todas as plataformas<br />
de transmissão houve seis mil<br />
horas de cobertura.<br />
● Ositedaprovateve275<br />
milhões de visitantes, superando<br />
o recorde dos Jogos de Verão em<br />
2008 (105 milhões).<br />
● Houve 10.800 jornalistas<br />
acreditados para as provas e<br />
foram entregues 615 medalhas<br />
em 15 disciplinas diferentes.