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destaque - Económico - Sapo

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Cavaco Silva visita Catalunha e Andorra<br />

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, vai realizar visitas oficiais<br />

à Comunidade Autónoma da Catalunhaeàcomunidade portuguesa<br />

residente no Principado de Andorra, nos próximos dias 4 a 7 de Março.<br />

O Presidente estará na Catalunha nos dias 4 e 5 e em Andorra nos<br />

dias 5 a 7. No primeiro daqueles dias, Cavaco Silva encontrar-se-á em<br />

Barcelona com a comunidade portuguesa residente da Catalunha<br />

e o presidente da Generalitat, José Montilla.<br />

AGENDA DO DIA<br />

● Primeiro frente-a-frente entre os<br />

candidatos Paulo Rangel e Passos<br />

Coelho, na SIC-Notícias.<br />

● Comissão de Ética ouve<br />

administrador delegado da Media<br />

Capital, Bernardo Bairrão.<br />

● Comissão de Inquérito sobre<br />

“Magalhães” ouve Mário Franco.<br />

Paulo Figueiuredo<br />

Primeiro-ministro questionado<br />

sobre o negócio da TVI.<br />

Susana Represas<br />

susana.represas@economico.pt<br />

A comissão de inquérito sobre a<br />

actuação do Governo na compra<br />

da TVI começa hoje a dar os primeiros<br />

passos e já se debatem as<br />

consequências sobre uma eventual<br />

ida do primeiro-ministro ao<br />

Parlamento. A lista de audições<br />

nãoestáfechada,masédado<br />

como certo que José Sócrates<br />

será um dos inquiridos pelos deputados,<br />

uma vez que outro dos<br />

objectivos desta comissão é apurarseochefedoGovernomentiu<br />

ao Parlamento, quando negou ter<br />

conhecimento sobre o interesse<br />

da PT na compra da TVI.<br />

Mas as consequências de um<br />

depoimento do primeiro-ministroperanteoParlamentodivide<br />

os especialistas. O politólogo<br />

António Costa Pinto considera<br />

que “é um jogo muito arriscado<br />

para o primeiro-ministro”, porque<br />

Sócrates vai depor sobre uma<br />

comissão de inquérito que “tem<br />

capacidade para provocar um<br />

impacto político significativo”.<br />

Neste caso, essas consequências<br />

“apontam para uma fragilidade<br />

do primeiro-ministro”. Uma situação<br />

“relativamente inédita<br />

em Portugal”, sublinha o especialista<br />

do Instituto de Ciências<br />

Sociais. “Os primeiros-ministros<br />

sempre cultivaram uma relação<br />

de relativa distância em relação<br />

ao Parlamento”, recorda o politólogo,<br />

e caso Sócrates seja ouvido<br />

pela comissão de inquérito, os<br />

deputados terão mais poderes do<br />

que os que têm habitualmente<br />

quando recebem membros do<br />

Governo na assembleia da República.Eestaéaprimeiravezque<br />

um chefe de Governo responde<br />

numa comissão de inquérito.<br />

Manuel Meirinho é mais cauteloso<br />

quanto ao desenrolar deste<br />

processo. Para o professor do Ins-<br />

Terça-feira 2 Março 2010 Diário <strong>Económico</strong> 19<br />

Ida de Sócrates ao<br />

Parlamento é um<br />

“jogo arriscado”<br />

tituto Superior de Ciências Sociais<br />

e Políticas (ISCSP) “só no final<br />

desta comissão é que será<br />

possível avaliar o seu impacto “.<br />

Contudo, o professor de Ciência<br />

Política destaca que este exemplo<br />

reflecte que “o papel de fiscalização<br />

exercido pelas comissões de<br />

inquérito está a funcionar”, e<br />

mesmo que o primeiro-ministro<br />

venha a ser chamado para estas<br />

audições, “não significa que isso<br />

se traduza num desfecho negativo”.<br />

No entanto, Meirinho admite<br />

que “do ponto de vista político<br />

introduz maior pressão”, mas insiste<br />

que qualquer debate sobre as<br />

suas consequências “é demasiado<br />

especulativo”.<br />

Seja qual for o resultado, os<br />

especialistas não rejeitam que o<br />

caso chamado Face Oculta fez<br />

transpirar para a opinião pública<br />

o sentimento de que o caso<br />

não está bem esclarecido, e isso<br />

já fragilizou o Governo. ■<br />

Outros casos que envolveram políticos<br />

A ida de um alto responsável<br />

político ao Parlamento para<br />

responder no âmbito de uma<br />

comissão de inquérito é inédita em<br />

Portugal, mas há vários exemplos<br />

internacionais de casos em que<br />

chefesdeEstadoedeGoverno<br />

foram confrontados com acusações<br />

de mentira ou falsas declarações. O<br />

mais recente foi o ex primeiroministro<br />

britânico, Tony Blair,<br />

António Costa<br />

Pinto considera<br />

que esta comissão<br />

de inquérito “é um<br />

jogo arriscado<br />

para o primeiroministro”,<br />

do qual<br />

Sócrates pode sair<br />

“fragilizado”.<br />

Manuel Meirinho<br />

defende que “só<br />

no final desta<br />

comissão é que<br />

será possível<br />

avaliar o seu<br />

impacto“ e<br />

diz que estas<br />

comissões “são<br />

fiscalizadoras”.<br />

acusado de mentir sobre a<br />

informação que tinha sobre as<br />

armas de destruição maciça no<br />

Iraque. Mais antigo e polémico, foi o<br />

caso de Bill Clinton e da estagiária<br />

da Casa Branca, quase fez cair o<br />

presidente dos Estados Unidos da<br />

América. Mas o mais mediático foi o<br />

caso Watergate, na sequência do<br />

qual, outro ex-presidente americano,<br />

Nixon, foi destituído. S.R.

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