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34 Diário <strong>Económico</strong> Terça-feira 2 Março 2010<br />
EMPRESAS<br />
TURISMO<br />
Sonae cria nova empresa para fazer<br />
a gestão dos hotéis do grupo<br />
A Sonae Turismo Hotéis vai juntar competências para a gestão<br />
transversal dos hotéis que integram a Sonae Capital. Esta nova<br />
empresa, que passa por um novo modelo estrutural central do negócio<br />
hoteleiro, junta o Porto Palácio Congress Hotel, as unidades Aqualuz<br />
na Península de Tróia e o empreendimento de Lagos. Assim, a Sonae<br />
Turismo Hotéis faz um “aproveitamento sinérgico de custos,<br />
e é encabeçada por Miguel Velez, antigo director-geral do Porto Palácio.<br />
Mota e FCC<br />
agravam<br />
guerra no TGV<br />
Consórcio da Mota-Engil acusa a FCC de não<br />
cumprir as horas de manutenção exigidas.<br />
Nuno Miguel Silva<br />
nuno.silva@economico.pt<br />
O processo para decidir o vencedor<br />
do concurso público internacional<br />
para a construção do troço<br />
de AltaVelocidade ferroviária entre<br />
Lisboa e o Poceirão, incluindo<br />
a terceira ponte sobre o Tejo, está<br />
cada vez mais agitado. Os consórcios<br />
concorrentes do Tavetejo,<br />
agrupamento liderado pelos espanhóis<br />
da FCC, já protestaram a<br />
classificação provisória do concurso<br />
definida pelo júri de avaliação<br />
das propostas, ameaçam ir<br />
para tribunais cíveis em Portugal<br />
enaUniãoEuropeiaseojúrinão<br />
afastar a proposta da FCC e continuam<br />
a detectar defeitos incontornáveis<br />
no projecto do grupo<br />
espanhol .<br />
Fonte do consórcio da Mota-<br />
Engil adiantou ao Diário <strong>Económico</strong><br />
que – após as questões técnicas<br />
e de segurança da nova<br />
ponte, alegadamente detectadas<br />
no projecto da FCC –, estão agora<br />
em cima da mesa eventuais incumprimentos<br />
do consórcio espanhol<br />
no que toca aos mínimos<br />
de taxa de disponibilidade que a<br />
Rave, empresa responsável pelo<br />
concurso, exige.<br />
“Estes níveis muito elevados<br />
de disponibilidade exigem que os<br />
concorrentes mobilizem e dimensionem<br />
meios de monitorização<br />
em tempo real, meios humanos,<br />
de organização e de<br />
equipamento de manutenção e<br />
António Mendonça,<br />
ministro das Obras<br />
Públicas, quer<br />
acelerar o projecto<br />
do TGV, mas<br />
oconcurso<br />
da nova ponte<br />
(troço Caia-<br />
Poceirão), ameaça<br />
complicar-se.<br />
de reparação de avarias que assegurem<br />
aqueles níveis dentro do<br />
único período autorizado de<br />
quatro horas nocturnas”, explica<br />
a referida fonte do agrupamento<br />
comandado pela Mota.<br />
A razão desta nova queixa em<br />
relaçãoàFCC,équeaproposta<br />
do grupo espanhol exige a interrupção<br />
da circulação da linha de<br />
alta velocidade durante uma<br />
hora por dia, para além da janela<br />
autorizada das quatro horas durante<br />
a noite. Com efeito, a proposta-base<br />
do Tavetejo no que<br />
respeita à “estratégia de manutenção”,<br />
a que o Diário <strong>Económico</strong><br />
teve acesso, especifica, na<br />
página 3 desta secção, que a linha<br />
[de TGV] fica dedicada à<br />
manutenção durante as inspecções<br />
periódicas (em média uma<br />
horapordiadasemana)etambém<br />
durante os períodos de manutenção<br />
programados”, acrescentando<br />
“geralmente em média<br />
3 a 4 horas de trabalho por dia”.<br />
Segundo os responsáveis do<br />
consórcio da Mota-Engil, mesmo<br />
que considerado em apenas<br />
uma secção da via, esta imposição<br />
leva a que “a disponibilidade<br />
da infraestrutura da proposta<br />
seja de 97,66% a 99, 87%, dependente<br />
da secção encerrada,<br />
mas sempre inferior aos mínimos<br />
exigidos”. Para o consórcio<br />
Altavia, esta situação é tanto<br />
mais grave quanto a alta velocidade<br />
é muito rigorosa em termos<br />
de atrasos, exigindo o ressarcimento<br />
aos clientes quando tal<br />
sucede.<br />
“A Tavetejo mantém a posição<br />
que sempre assumiu neste processo<br />
de não fazer comentários<br />
às propostas apresentadas pelos<br />
concorrentes e reafirma que está<br />
totalmente posta fora de causa<br />
tentar influenciar a comissão.<br />
Não nos manifestámos à comissão<br />
e não vamos fazê-lo. Mais<br />
uma vez, os nossos concorrentes<br />
dão sinais de desespero perante<br />
uma proposta já classificada pelo<br />
júri em primeiro lugar”.<br />
Até ao fecho da edição não foi<br />
possível obter informações junto<br />
da Rave em relação à data provável<br />
para o júri se pronunciar sobre<br />
estas queixas. ■<br />
A Galp Energia poderá vir a explorar<br />
petróleo em São Tomé e Príncipe.<br />
PETRÓLEO<br />
IBERIA COBRA MAIS PELA BAGAGEM<br />
Galp, Sonangol e Petrogás podem formar<br />
consórcio para operar em São Tomé<br />
A Galp Energia, a Sonangol e a Petrogás poderão formar um consórcio<br />
para exploração de petróleo na zona económica exclusiva de São Tomé<br />
e Príncipe, garantiu ontem à Lusa o director administrativo<br />
e de relações públicas da Agência Nacional de Petróleos. “As altas<br />
instâncias políticas do país têm manifestado esse interesse e parece-me<br />
ter havido um acolhimento positivo quer por parte da Galp, quer por<br />
parte da Sonangol, disse Carlos Neves. A decisão é política, adiantou.<br />
Dani Cardona/Reuters<br />
A companhia aérea espanhola começou ontem a cobrar aos passageiros que viajem<br />
em classe turística, nos voos nacionais e europeus, uma taxa pela segunda mala:<br />
60 euros se pagarem no aeroporto e 50 euros se o ‘check-in’ for feito na internet.<br />
A medida da Iberia visa reduzir a carga dos aviões para poupar combustível.<br />
Os limites de peso mantêm-se: 23 quilos é o limite da primeira bagagem.