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O Bruxo e o Rabugento primeira parte.indd - Livraria Martins Fontes

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âneos. No caso de Machado, percebemos todos que ele fala<br />

de uma realidade mais real do que aquela de Alencar e seus<br />

gaúchos, sertanejos e índios decalcados de cavalheiros europeus;<br />

no caso de Graciliano, que seus pobres diabos têm<br />

bem mais carne e osso do que os pescadores de Jorge Amado<br />

derramando dores de amor como se estivessem recitando<br />

Castro Alves em um sarau burguês. Machado e Graciliano,<br />

malgrado suas diferenças — que não são pequenas —, são<br />

um e outro imensos escritores cuja leitura nos ensina muita<br />

coisa sobre essa mistura de chanchada e esperança chamada<br />

Brasil. Se o leitor que me acompanhou até aqui está interessado<br />

nesse enigma, recomendo que troque uma das várias<br />

frivolidades que nos distraem nesse mundo entulhado de<br />

“cultura” pela leitura de ambos.<br />

<br />

Notas<br />

1 Mário de Andrade, “Machado de Assis”. In: Aspectos da Literatura Brasileira.<br />

São Paulo/Brasília: <strong>Martins</strong>/INL, p. 89, 1972.<br />

2 Citado por Zuenir Campos Reis, “Sinal de Menos”. In: Teresa — revista de<br />

literatura brasileira. São Paulo: USP/Editora 34, nº 2, p. 160, 2001.<br />

3 Citado por Dênis de Moraes, O Velho Graça. Rio de Janeiro: José Olympio,<br />

pp. 171-172, 1996.<br />

4 Idem, op. cit., p. 69.<br />

5 Graciliano Ramos, Linhas Tortas. Rio de Janeiro: Record, pp. 104-105, 1989.<br />

6 Dênis de Moraes, op. cit., p. 171.<br />

7 Roberto Schwarz, Ao Vencedor as Batatas. São Paulo: Duas Cidades, 1977.<br />

8 Como exceção à regra, anote-se o estudo recente de Gledson, “Machado de<br />

Assis e Graciliano Ramos – Especulações sobre sexo e sexualidade”. In: Por<br />

um Novo Machado de Assis. São Paulo: Cia. das Letras, pp. 312-334, 2006.<br />

9 Tristão de Athayde, “Os Ramos de Graciliano”. In: Viventes das Alagoas.<br />

Rio de Janeiro/São Paulo: Editora Record, p. 197, 1992.<br />

10 Agripino Grieco, “Graciliano Ramos — Caetés”. In: Sônia Brayner (org.),<br />

Graciliano Ramos — Seleção de Textos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira<br />

(Coleção Fortuna Crítica), p. 149, 1978.<br />

42 • O <strong>Bruxo</strong> e o <strong>Rabugento</strong> • Luciano Oliveira

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