TCC FORMATADO PRONTO FUNDAO UNIVERSIDADE ... - Furb

4 ESTUDO DE CASO – COLCCI
4.1 INDÚSTRIA TÊXTIL
Em meados da década de 90 grandes modificações aconteceram nas
empresas do setor têxtil do Vale do Itajaí. Uma forte crise desestruturou a economia
brasileira, consequentemente as empresas têxteis. A entrada de produtos asiáticos,
sem fiscalização e uma boa parte contrabandeada, com baixos preços, passou a
forçar as indústrias brasileiras a baixarem seus preços para uma competição mais
equilibrada. Na época, as indústrias têxteis tinham como seus principais produtos
roupas “básicas” como a maioria das indústrias produzia na época, as peças eram
feitas em escala de produção, e tinham um custo por terem boa qualidade. Com a
entrada dos produtos asiáticos, que também eram roupas básicas, e na sua maioria
de baixa qualidade, comparado com as peças daqui, a competitividade tornou-se
inacessível, pois os consumidores, principalmente de baixa renda, preferiam
comprar pelo menor preço e não pela boa qualidade. Como o Real, na época,
estava sobrevalorizado, a exportação também ficou inviável. A crise dos anos 90 foi
a mais agressiva já enfrentada no setor.
Com toda essa crise acontecendo, as empresas precisavam de uma
maneira de superar as dificuldades. A solução encontrada para manter o setor em
funcionamento, foi a reestruturação de segmento para competir com o mercado da
moda. O produto foi modificado para concorrer com as griffes, com qualidade igual
ou superior. O que mudou foi à criação de peças modernas, diferentes, inovadoras,
seguindo as tendências de moda. Mas para acontecer essa mudança no setor,
foram necessárias novas técnicas de produção, necessidade de equipamentos e
mão-de-obra especializada para um número excessivamente grande de operações.
Buscava-se agregar valor de marca para os produtos que passaram a ser
produzidos em escalas variadas deixando de lado o conceito básico. Com um novo
direcionamento do produto a crise foi contornada. Esse processo de
reposicionamento é bem visível no ano de 1999, quando a economia brasileira
estava passando por um regime de câmbio, com ajustes fiscais.
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