tese - A Oralidade em sala de aula....pdf - RUN UNL
tese - A Oralidade em sala de aula....pdf - RUN UNL
tese - A Oralidade em sala de aula....pdf - RUN UNL
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
questão permitiam diversas visões e caminhos que foram sendo revelados pelos<br />
diferentes textos apresentados.<br />
É bastante importante mostrar aos jovens que uma imag<strong>em</strong>, um texto, uma<br />
palavra pod<strong>em</strong> ter diferentes interpretações para diferentes espetadores ou leitores e<br />
que essas interpretações pod<strong>em</strong> muitas vezes possibilitar que a nossa própria<br />
interpretação se transforme, evolua. Um texto po<strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar diferentes reações, <strong>de</strong><br />
agrado, <strong>de</strong> <strong>de</strong>sagrado, <strong>de</strong> incómodo, <strong>de</strong> indiferença…<br />
III. 3. Trabalho com a turma<br />
Estando habituado a lecionar <strong>aula</strong>s <strong>de</strong> Língua Portuguesa ao 3ºciclo foi para<br />
mim um <strong>de</strong>safio muito especial lecionar algumas <strong>aula</strong>s <strong>de</strong> Português no Secundário. O<br />
primeiro passo que <strong>de</strong>i ao saber que iria trabalhar com uma turma do 10º ano foi ler o<br />
programa <strong>de</strong>finido pelo Ministério da Educação para aquele nível <strong>de</strong> ensino.<br />
A interação com a turma foi, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira hora, bastante ativa, porém não<br />
passava <strong>de</strong> intervenções pontuais que po<strong>de</strong>riam contribuir para as t<strong>em</strong>áticas que<br />
estavam a ser trabalhadas. O meu trabalho mais aprofundado e autónomo teve o seu<br />
início com a t<strong>em</strong>ática do Camões Lírico.<br />
A primeira gran<strong>de</strong> questão que coloquei foi quais os po<strong>em</strong>as que iria escolher.<br />
Não há dúvida que a lírica camoniana é muito rica e variada, o que acaba por tornar<br />
difícil qualquer ato <strong>de</strong> escolha, porém era necessário tomar uma <strong>de</strong>cisão.<br />
Decidi planificar uma primeira <strong>aula</strong> introdutória da t<strong>em</strong>ática e incluir uma<br />
primeira análise do po<strong>em</strong>a: “O dia <strong>em</strong> que nasci moura e pereça”, po<strong>em</strong>a que <strong>de</strong><br />
alguma forma acaba por estar ligado à própria história do poeta. (Anexo1 –<br />
Planificação 1)<br />
Na segunda <strong>aula</strong>, terminámos <strong>de</strong> trabalhar o po<strong>em</strong>a da primeira <strong>aula</strong> e, <strong>em</strong><br />
seguida, aproveitando uma interessante versão musicada e cantada por Sérgio<br />
Godinho, analisámos o po<strong>em</strong>a «En<strong>de</strong>chas a Bárbara Escrava», cuja t<strong>em</strong>ática é o Amor<br />
e que cativou bastante os alunos. Para terminar a minha abordag<strong>em</strong> do Camões lírico,<br />
foi feita a análise <strong>de</strong> um soneto «Mudam-se os t<strong>em</strong>pos, mudam-se as vonta<strong>de</strong>s», cujo<br />
t<strong>em</strong>a era a Mudança. Aproveitando a t<strong>em</strong>ática do soneto <strong>de</strong>cidi criar um momento da<br />
24