tese - A Oralidade em sala de aula....pdf - RUN UNL
tese - A Oralidade em sala de aula....pdf - RUN UNL
tese - A Oralidade em sala de aula....pdf - RUN UNL
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
III. 4. Estratégias <strong>de</strong> mobilização para a oralida<strong>de</strong><br />
A escrita e o oral constitu<strong>em</strong> os dois gran<strong>de</strong>s domínios do ensino das línguas,<br />
tanto da materna como das estrangeiras que adquirimos <strong>em</strong> contexto escolar como<br />
compl<strong>em</strong>ento do currículo <strong>de</strong>finido para os diferentes graus <strong>de</strong> ensino.<br />
A gran<strong>de</strong> maioria das vezes há, nas <strong>aula</strong>s <strong>de</strong> Língua Portuguesa, e, mais tar<strong>de</strong>,<br />
nas <strong>aula</strong>s <strong>de</strong> Português, um gran<strong>de</strong> investimento na escrita pois preten<strong>de</strong>-se que os<br />
alunos e futuros cidadãos que irão entrar no mundo do trabalho, consigam expressar-<br />
se convenient<strong>em</strong>ente através do que escrev<strong>em</strong>, porém o investimento ao nível do oral<br />
não é o mesmo. Parte-se do princípio que sendo a língua materna da gran<strong>de</strong> maioria<br />
dos alunos, o português, não haverá tanta necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar esta competência<br />
pois ela é constant<strong>em</strong>ente utilizada no respetivo quotidiano. Mas a questão po<strong>de</strong> ser<br />
colocada <strong>de</strong> uma outra maneira, será que os nossos alunos sab<strong>em</strong> ouvir e interpretar o<br />
que ouv<strong>em</strong>? Será que as informações que lhes são passadas oralmente ficam<br />
registadas nas suas m<strong>em</strong>órias ou pura e simplesmente perd<strong>em</strong>-se? Será que os alunos<br />
sab<strong>em</strong> distinguir os diferentes contextos <strong>de</strong> oralida<strong>de</strong> que lhes surg<strong>em</strong> e sab<strong>em</strong><br />
a<strong>de</strong>quar as suas intervenções ao formalismo ou não dos mesmos? Será que o aluno<br />
t<strong>em</strong> a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> explicar, comentar, opinar ou mesmo ler sobre os assuntos do<br />
seu dia-a-dia ou das matérias escolares que lhe vão surgindo ao longo da sua<br />
escolarida<strong>de</strong>?<br />
Se questionarmos os alunos sobre qual a área que lhes é mais fácil, a da escrita<br />
ou a da oralida<strong>de</strong>, a gran<strong>de</strong> maioria respon<strong>de</strong> que é a oralida<strong>de</strong> porque não implica a<br />
utilização das regras gramaticais que têm obrigatoriamente <strong>de</strong> ser respeitadas na<br />
escrita.<br />
Visando o <strong>de</strong>senvolvimento da oralida<strong>de</strong> como meio <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> informação e<br />
<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, <strong>de</strong>cidi promover um <strong>de</strong>bate relacionado com os Direitos Humanos, t<strong>em</strong>a que<br />
eu consi<strong>de</strong>ro <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>a atualida<strong>de</strong> e importância para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
qualquer jov<strong>em</strong>.<br />
As nossas vidas são norteadas por um conjunto <strong>de</strong> leis nacionais que procuram<br />
reger o funcionamento da socieda<strong>de</strong>, porém estas não são perfeitas, como tal, são<br />
muitas vezes alvo <strong>de</strong> reformulação. Os Direitos Humanos, por sua vez, têm uma<br />
28