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Conhece esta mulher? - Fonoteca Municipal de Lisboa

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Flash<br />

Sumário<br />

Amália 6<br />

Vamos conhecê-la<br />

Batida 12<br />

A colisão entre a música<br />

angolana <strong>de</strong> ontem e os<br />

ritmos <strong>de</strong> hoje.<br />

Au Revoir Simone 15<br />

As meninas da caixinha<br />

<strong>de</strong> música<br />

Air 16<br />

“Love 2” is in the Air<br />

Stockhausen 18<br />

A Gulbenkian dá a ouvir<br />

pelas do ciclo “Klang”<br />

Phillipe Lioret 20<br />

Filma o encontro <strong>de</strong> um<br />

imigrante clan<strong>de</strong>stino e<br />

um professor <strong>de</strong> natação:<br />

“Welcome”, melodrama com<br />

a realida<strong>de</strong> colada à pele<br />

David Grann 25<br />

Foi atrás do rasto <strong>de</strong> Percy<br />

Fawcett, o último gran<strong>de</strong><br />

explorador romântico da<br />

Amazónia<br />

Ficha Técnica<br />

Director José Manuel Fernan<strong>de</strong>s<br />

Editor Vasco Câmara, Inês Nadais<br />

(adjunta)<br />

Conselho editorial Isabel<br />

Coutinho, Óscar Faria, Cristina<br />

Fernan<strong>de</strong>s, Vítor Belanciano<br />

Design Mark Porter, Simon<br />

Esterson, Kuchar Swara<br />

Directora <strong>de</strong> arte Sónia Matos<br />

Designers Ana Carvalho, Carla<br />

Noronha, Mariana Soares<br />

Editor <strong>de</strong> fotografia Miguel<br />

Ma<strong>de</strong>ira<br />

E-mail: ipsilon@publico.pt<br />

Cartas <strong>de</strong> Lord<br />

Byron vão a leilão<br />

É o mais impressionante conjunto<br />

<strong>de</strong> cartas <strong>de</strong> Lord Byron a aparecer<br />

no mercado nos últimos 30 anos: a<br />

correspondência adquirida em 1885<br />

pelo con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Roserbery, que inclui<br />

alguns documentos inéditos, será<br />

agora colocada em leilão pela<br />

Sotheby’s, em Londres, embora a<br />

data ainda não tenha sido revelada.<br />

Do lote fazem parte as cartas que o<br />

poeta inglês escreveu a Francis<br />

Hodgson, um membro do clero da<br />

Tintin<br />

troca<br />

<strong>de</strong> editor<br />

português<br />

e muda<br />

<strong>de</strong> nome<br />

Descontente com as vendas<br />

em Portugal, o editor<br />

histórico <strong>de</strong> Tintin e<br />

<strong>de</strong>tentor universal dos<br />

direitos para álbum<br />

(Casterman) pôs termo em<br />

Janeiro <strong>de</strong>ste ano ao<br />

contrato que o ligava à<br />

Editorial Verbo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1988.<br />

Esta semana ficou a<br />

também saber-se quem lhe<br />

suce<strong>de</strong>: as Edições ASA,<br />

que já estão a trabalhar em<br />

novas traduções e<br />

prometem os primeiros<br />

álbuns para a Primavera <strong>de</strong><br />

2010.<br />

Willy Fa<strong>de</strong>ur, director do<br />

<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> direitos<br />

internacionais da<br />

Casterman, confirmou ao<br />

Ípsilon a “insatisfação” com<br />

as vendas, consi<strong>de</strong>radas<br />

“insuficientes tendo em<br />

conta a notorieda<strong>de</strong> do<br />

herói e do seu criador”. A<br />

rapi<strong>de</strong>z com que foi<br />

escolhido um novo editor é<br />

justificada com a<br />

importância que o editor<br />

franco-belga atribui ao<br />

mercado português: “Para<br />

nós, o mercado português,<br />

francófilo e francófono, é<br />

<strong>de</strong> primeira linha.”<br />

era vitoriana que era seu amigo. Aí<br />

revela <strong>de</strong>talhes íntimos, como o<br />

caso que teve com uma criada,<br />

Susan Vaughan, que abandonou<br />

quando percebeu que ela o traía<br />

com outros. Gabriel Heaton,<br />

especialista da Sotheby’s, disse ao<br />

“Guardian” que Byron nunca diz<br />

nas cartas que vai ser fiel a Susan,<br />

mas escreve que espera que ela lhe<br />

seja fiel. E quando lhe chegam<br />

rumores <strong>de</strong> que Susan não lhe foi<br />

fiel, a criada e amante per<strong>de</strong> o<br />

emprego.<br />

A <strong>de</strong>terminada altura, escreve<br />

Numa das suas cartas, Lord<br />

Byron diz que os portugueses<br />

têm poucos vícios, “exceptuando<br />

os piolhos e a sodomia”<br />

também que os portugueses são um<br />

povo <strong>de</strong> poucos vícios,<br />

“exceptuando os piolhos e a<br />

sodomia”. E fala também sobre a<br />

Albânia, <strong>de</strong>screvendo ao amigo o<br />

governante Ali Pasha como sendo<br />

“uma pessoas boa, corpulenta e<br />

com 200 <strong>mulher</strong>es e outros tantos<br />

rapazes” - “alguns dos quais eu vi e<br />

que lindas criaturas eram”,<br />

sublinha. Byron claramente achava<br />

“graça a escrever coisas<br />

ligeiramente chocantes a um<br />

homem do clero, mas também se vê<br />

que eles mantinham uma amiza<strong>de</strong><br />

Segundo a ASA, o<br />

objectivo é pôr cá fora<br />

toda a colecção Tintin<br />

(24 álbuns) até 2011,<br />

data da estreia do filme<br />

<strong>de</strong> Spielberg<br />

Maria José Pereira Pereira,<br />

alteração” alteração”, explica Maria<br />

responsável pelo<br />

José Pereira.<br />

<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> BD da Graças a este negócio, as<br />

ASA, diz que o objectivo é Edições ASA ganham para o<br />

pôr cá fora toda a colecção seu catálogo uma das séries<br />

das aventuras <strong>de</strong> Tintin mais emblemáticas (e<br />

(num total <strong>de</strong> 24 álbuns) até também mais lucrativas) da<br />

2011, data prevista para a BD mundial. Os fãs po<strong>de</strong>m<br />

estreia do filme que Steven contar com uma presença<br />

Spielberg está a realizar. O mais agressiva do<br />

editor português assegura herói nas livrarias,<br />

que o herói vai recuperar o on<strong>de</strong> teve um lugar<br />

seu nome original – “Tintin” relativamente<br />

em vez do “Tintim” que discreto nas últimas<br />

surgia nos álbuns da Verbo: décadas. Recor<strong>de</strong>-<br />

“É o nome da personagem e se que Portugal<br />

uma marca. Não há razão foi o primeiro<br />

para não fazermos essa país não-<br />

JEAN PIERRE MULLER/ AFP<br />

muito forte. Nota-se que há<br />

intimida<strong>de</strong> entre eles”, continua<br />

Gabriel Heaton em <strong>de</strong>clarações ao<br />

“The Guardian”. Por fim, Byron<br />

também tece comentários sobre<br />

outros poetas do seu tempo, como<br />

Robert Southey e William<br />

Wordsworth. Este último <strong>de</strong>negriu<br />

o poeta que Byron muito admirava,<br />

Alexan<strong>de</strong>r Pope, ao dizer que o seu<br />

estilo era artificial e arcaico e por<br />

isso é referido n<strong>esta</strong>s cartas <strong>de</strong><br />

maneira <strong>de</strong>preciativa. Quinze por<br />

cento do material d<strong>esta</strong><br />

correspondência nunca foi<br />

publicado e está por estudar.<br />

francófono fr do mundo a<br />

publicar p Tintin, em 1936<br />

(revista (r “O Papagaio”). Foi<br />

também ta o primeiro país do<br />

mundo m on<strong>de</strong> se pu<strong>de</strong>ram<br />

ler le as aventuras do famoso<br />

jornalista jo a cores, ainda<br />

antes a <strong>de</strong> isso acontecer na<br />

Bélgica B ou em França.<br />

Para P a Casterman, o<br />

negócio n com a ASA é<br />

também ta vantajoso, pois<br />

ganha g alguma margem <strong>de</strong><br />

manobra m relativamente à<br />

socieda<strong>de</strong> s Moulinsart,<br />

gestora g dos direitos<br />

mundiais m <strong>de</strong> Hergé (16<br />

milhões m <strong>de</strong> euros por ano).<br />

Nick N Rodwell, marido <strong>de</strong><br />

Fanny F Vlaminck (segunda<br />

<strong>mulher</strong> m <strong>de</strong> Hergé e her<strong>de</strong>ira<br />

do d património do artista) e<br />

administrador a<br />

da<br />

Moulinsart, M exprimiu em<br />

Abril A passado o seu<br />

<strong>de</strong>scontentamento d<br />

com a<br />

forma fo como o editor<br />

franco-belga fr<br />

tem gerido os<br />

direitos d sobre os álbuns <strong>de</strong><br />

Tintin. T Embora nunca<br />

tenha te sido oficialmente<br />

afirmado, admitia-se nos<br />

meios ligados à BD que as<br />

divergências pu<strong>de</strong>ssem<br />

acabar em divórcio entre os<br />

dois parceiros.<br />

Passados quase seis meses,<br />

não houve novos <strong>de</strong>senvolvimentos<br />

e Willy Fa<strong>de</strong>ur,<br />

interpelado sobre o<br />

assunto, foi lacónico: “A<br />

Casterman é contratualmente<br />

o gestor mundial<br />

dos direitos das<br />

aventuras <strong>de</strong> Tintin<br />

e tenciona<br />

continuar a sê-lo.”<br />

Carlos Pessoa<br />

3

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