Flash Arquitecto da Tate Mo<strong>de</strong>rn <strong>de</strong>ixa Herzog & <strong>de</strong> Meuron Harry Gugger, o arquitecto que projectou e dirigiu a transformação do edifício <strong>de</strong> uma velha central <strong>de</strong> energia londrina na actual Tate Mo<strong>de</strong>rn, em Londres, anunciou que irá <strong>de</strong>ixar o prestigiado “atelier” suíço Herzog & <strong>de</strong> Meuron, <strong>de</strong> que é sócio <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1991. No âmbito da sua longa colaboração com o gabinete fundado por Jacques Herzog e Pierre <strong>de</strong> Meuron, Gugger assinou alguns outros projectos marcantes, como a Biblioteca da Escola Técnica <strong>de</strong> Eberswal<strong>de</strong>, na Alemanha, a se<strong>de</strong> da Prada em Nova Iorque, ou o Schaulager, em Basileia. A planeada extensão da Tate Mo<strong>de</strong>rn, que <strong>de</strong>verá arrancar em breve, e que se prevê que esteja concluída em 2012, já não contará com Gugger, ainda que este se tenha disponibilizado para trabalhar, até ao final do ano, com Ascan Mergenthaler, o arquitecto da Herzog & <strong>de</strong> Meuron que o irá substituir. Formado em Engenharia Mecânica e Arquitectura, Gugger preten<strong>de</strong> iniciar uma carreira in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, mas continuará a dar aulas no Instituto <strong>de</strong> Tecnologia <strong>de</strong> Zurique. Homenagem ao “Megafone” <strong>de</strong> João Aguar<strong>de</strong>la Quando foi apanhado pela morte, em Janeiro, João Aguar<strong>de</strong>la não concluíra o “Megafone”, o projecto visionário que criara em 1997, no qual cruzava recolhas do cancioneiro tradicional português com linguagens electrónicas. “Música para raves e arraiais”, assim o <strong>de</strong>screvia o fundador dos Sitiados e, mais tar<strong>de</strong>, co-fundador com Luís Varatojo d’A Naifa. Dizia Aguar<strong>de</strong>la que o “Megafone” era um projecto <strong>de</strong> cinco álbuns. João Aguar<strong>de</strong>la 4 “Between Waves” será editado a 2 <strong>de</strong> Novembro Deixou-nos quatro, o último editado em 2006. Agora, um colectivo <strong>de</strong> amigos e admiradores, a associação Megafone 5, tratará <strong>de</strong> o cumprir. Antes, porém, há música para homenagear o músico. Dia 4 <strong>de</strong> Novembro, o Gran<strong>de</strong> Auditório do Centro Cultural <strong>de</strong> Belém acolhe um concerto on<strong>de</strong> A Naifa, Dead Combo, O’queStrada e Gaiteiros <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong> revisitam a obra <strong>de</strong> João Aguar<strong>de</strong>la – os bilhetes, a 20 euros, encontram-se à venda nos locais habituais. O concerto servirá, também, para anunciar o Prémio Megafone, a atribuir anualmente pela Socieda<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Autores a músicos ou entida<strong>de</strong>s que se distingam no trabalho sobre a tradição musical portuguesa. Entretanto, está “online” o “site” Megafone 5 (www.aguar<strong>de</strong>la.com), on<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> um extenso trabalho biográfico e <strong>de</strong> arquivos relacionados com a carreira <strong>de</strong> Aguar<strong>de</strong>la, estão disponíveis para “download” gratuito os quatro álbuns “Megafone”. David Fonseca entre ondas no novo álbum O novo álbum <strong>de</strong> originais <strong>de</strong> David Fonseca já tem nome, chama-se “Between Waves”, e será editado a 2 <strong>de</strong> Novembro, com a pré-venda a realizar-se a partir <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Outubro nas Fnac. Quarto longa-duração, e sucessor <strong>de</strong> “Dreams In Colour” (2007), é produzido pelo próprio e por Nelson Carvalho e será alvo <strong>de</strong> edições diferenciadas em vários formatos. Haverá uma “huge fan pack”, uma edição especial limitada, que conterá o CD, o DVD “Streets of Lisbon acoustic live sessions”, com cinco canções do novo disco gravadas ao vivo em formato acústico, e um EP em vinil (com três versões inéditas <strong>de</strong> “A cry for love”, o single <strong>de</strong> lançamento já revelado, entre elas uma remistura <strong>de</strong> Rui Maia dos X-Wife). Haverá também uma edição especial e limitada (CD + DVD), uma edição com CD + vinil e a vulgar edição em CD. No último ano, para além <strong>de</strong> concertos, o músico tem investido num percurso internacional, com d<strong>esta</strong>que para Espanha, on<strong>de</strong> actuou várias vezes e on<strong>de</strong> foi alvo <strong>de</strong> artigos elogiosos por parte da imprensa. Fhjn Fh Fhjn jn j Nova Iorque aplau<strong>de</strong> João Pedro Rodrigues Po<strong>de</strong> não ter gerado gran<strong>de</strong> entusiasmo no Festival <strong>de</strong> Cannes, on<strong>de</strong> passou na secção “Un Certain Regard”, mas “Morrer como um Homem”, <strong>de</strong> João Pedro Rodrigues, está a chamar a atenção da crítica americana. Exibido <strong>esta</strong> semana no Festival <strong>de</strong> Nova Iorque, ao lado da Palma <strong>de</strong> Ouro <strong>de</strong> Cannes, “The White Ribbon”, <strong>de</strong> Michael Haneke, do Leão <strong>de</strong> Ouro <strong>de</strong> Veneza, “Lebanon”, <strong>de</strong> Samuel Maoz, do mais recente Alain Resnais, “Les Herbes Folles”, ou das “Singularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma Rapariga Loura”, <strong>de</strong> Oliveira, a terceira longa do autor <strong>de</strong> “O Fantasma”, história <strong>de</strong> um travesti dilacerado entre viver como uma <strong>mulher</strong> ou morrer como um homem, foi elogiada por dois dos mais respeitados e influentes críticos novaiorquinos. J. Hoberman, da “Village Voice” e um dos programadores do festival, escolheu “Morrer como um Homem” como um dos seus cinco “imperdíveis” João Pedro Rodrigues e os seus actores, Jenny Larrue e Cindy Scrash, no último Festival <strong>de</strong> Cannes do certame ainda sem distribuição americana, chamando-lhe “uma fábula profunda e fabulosamente triste, bem como um exemplo <strong>de</strong> cinema lírico, lúdico e imprevisível”. A temida Manohla Dargis, do “New York Times”, por seu lado, critica uma “primeira hora muitas vezes lúgubre” mas diz em seguida que o filme “recompensa a nossa paciência com beleza e mistério”: “No exacto momento em que a história parece <strong>esta</strong>r à beira <strong>de</strong> se afogar em torrentes <strong>de</strong> lágrimas, Rodrigues <strong>de</strong>smultiplica o tom e o cenário e transporta as personagens para um santuário on<strong>de</strong> outro travesti, inspirado por Judy Garland cerca <strong>de</strong> 1961, as conduz — e a nós — para lá do arco-íris. E <strong>de</strong>pois tudo volta a mudar, d<strong>esta</strong> vez para uma tragédia justamente merecida.” Por cá, “Morrer como um Homem” chega às salas já a 15 <strong>de</strong> Outubro, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter sido o filme <strong>de</strong> abertura da edição 2009 do Queer <strong>Lisboa</strong>. ERIC GAILLARD/ REUTERS
Consulte a agenda cultural Fnac em