A garganta do diabo - Cabine Cultural
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- Duvi<strong>do</strong>, aqueles <strong>do</strong>is não se separam nunca. Como vai<br />
teu romance com aquele bandi<strong>do</strong>?<br />
- É pena, Mônica, que tens que se referir a Paulo Sérgio<br />
dessa forma, eu o amo, infelizmente.<br />
- Então to<strong>do</strong> nosso esforço para chegar ao<br />
conhecimento <strong>do</strong>s assassinos será vão? No final você será a<br />
primeira a recusar-se a comprometer aquele homem!<br />
- Vamos ver se precisamos desses argumentos, tenho<br />
me<strong>do</strong> de comungar com Paulo Sérgio. Apesar de amá-lo, não o<br />
conheço bem, ainda me é estranho. Não vejo sinceridade, mas<br />
tenho atração, seu corpo me fascina.<br />
- Você está enfeitiçada, isso sim. Tens que procurar<br />
uma cartomante e fazer um trabalho.<br />
-Sei lá Mônica, aprendi a gostar desse homem assim,<br />
loucamente. Não é só você, Otávio também me disse que ele é<br />
perigoso, mas não vejo maldade nele. É capaz de chorar toda vez<br />
que digo que vamos nos separar.<br />
-Fazer o que?<br />
-Pois é, fico quieta e quan<strong>do</strong> ele me procura sou a que<br />
mais quer o seu amor.<br />
-Não posso dizer nada! Tomara que o amor supere<br />
todas as diversidades, Sara!<br />
-Eu que nunca acreditei, chego até a rezar para que<br />
Paulo Sérgio deixe dessa vida de contravenções e eu viva<br />
tranqüila, com uma atividade honesta.<br />
-Deus que te ouça, Sara, pode ser que um dia aconteça<br />
algo muito impressionante e ele se redima <strong>do</strong>s males pratica<strong>do</strong>s.<br />
-Reconheço ser mesmo difícil, Mônica. Chego a me<br />
perguntar como fui entrar na vida desse homem. Acontece que<br />
agora estou embebida pelos negócios e as aventuras dele.<br />
-Tentação, Sara! Praga, carma pesa<strong>do</strong>!<br />
-Pois é Mônica, vamos aproveitar para viver bem<br />
enquanto é possível. Para tanto, conto com Ernesto Pedro, está<br />
certo?<br />
-Eu sei Sara! Está bem. Vou convencê-lo a colaborar,<br />
mas não tente seduzi-lo sua puta despu<strong>do</strong>rada!<br />
- Sabe que gostaria de ensinar umas técnicas para<br />
seu garoto, Mônica? Você a<strong>do</strong>raria!<br />
- Pode ser que ele já saiba minha cara, e deseja aplicálas<br />
somente à sua loirinha!<br />
- Muito egoísmo teu, anjinho, pode ser que ele precise<br />
de catecismo e, as putas velhas a<strong>do</strong>ram ensinar-lhe as primeiras<br />
orações <strong>do</strong> amor!<br />
- Sara! Você me deixa excitada, pare com essa<br />
conversa, senão posso pedir que me ensine a primeira ladainha!<br />
Sorriu com rubor.<br />
- Está certa! E Rosana?<br />
- Na praia, minha cara, desde que Francisco viajou, ela<br />
teve folga.<br />
- Não vão substituí-lo?