A garganta do diabo - Cabine Cultural
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Mistério que Sara não podia perguntar a Paulo Sérgio.<br />
Prometera calar-se diante <strong>do</strong>s fatos, mas sabia que no futuro,<br />
com o envolvimento, obteria toda confiança <strong>do</strong> grupo e quan<strong>do</strong><br />
dispusesse de da<strong>do</strong>s suficientes para entender o emaranha<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
empreendimento, teria que contratar um bom Advoga<strong>do</strong>, contar<br />
com a sorte para entender todas as ações e, se possível, descobrir<br />
até onde o grupo pretendia chegar. Agora sabia que o<br />
empreendimento realmente <strong>do</strong>minava muitos setores. Não sabia<br />
que Marcos André havia desapareci<strong>do</strong> assim. Para Sara, depois<br />
da briga na beira mar. Marcos André resolveu desaparecer de sua<br />
vida para não ter que se separar da esposa. Não imaginava que<br />
eles fossem ter ligações com as mesmas pessoas que acaba de<br />
conhecer. Será que a esposa também fazia parte <strong>do</strong> esquema?<br />
Marcos André disse-lhe que naquela naquele fim de semana<br />
viajaria a compromissos. Nunca mais telefonou. Nem apareceu<br />
nas noites.<br />
Dúvidas! Realmente é um mistério, tu<strong>do</strong> acontecer<br />
assim. Tão aos nossos olhos. O mun<strong>do</strong> parece cada vez menor e<br />
ver como as coisas se encaixam. Isso tu<strong>do</strong> amedrontava a Sara.<br />
-O que foi, Sara? Perguntou Paulo Sérgio, confuso com<br />
a repentina mudança de conduta.<br />
-Desculpe meu amor! É que quan<strong>do</strong> você tocou o<br />
número <strong>do</strong> apartamento, lembrei-me de umas bobagens e me<br />
distrai.<br />
-Você vai a<strong>do</strong>rar meu amor! Do apartamento vê-se toda<br />
a beira mar e parte <strong>do</strong> continente.<br />
-Deve ser muito interessante, balbuciou Sara, assim<br />
meio a contra gosto, pois havia divisa<strong>do</strong> to<strong>do</strong> aquele panorama<br />
nos braços de Marcos André.<br />
-Aqui vai ser a tua residência e <strong>do</strong>micílio por um bom<br />
tempo, meu amor!<br />
-Que bom, espero viver aqui por muitos anos. Eu a<strong>do</strong>ro<br />
Florianópolis.<br />
-É e este apartamento fica perto de tu<strong>do</strong>. E não se<br />
esqueça, Ubal<strong>do</strong> fez questão de passar a escritura para teu nome!<br />
-Este apartamento estava em nome de Ubal<strong>do</strong>?<br />
Admirou-se Sara.<br />
-Faz anos, meu amor! Havia um engenheiro moran<strong>do</strong><br />
aqui. Ubal<strong>do</strong> cedeu o apartamento até ele concluir umas obras.<br />
Agora o inquilino e a esposa foram para a Europa e devolveram<br />
o apartamento. Feliz com nossa união, meu tio resolveu passar<br />
este para você. Eu tenho meus bens e vamos casar em regime de<br />
separação, Sara. Por isso é bom que tenhas bens.<br />
-Acho ótimo, Paulo Sérgio, assim cada um faz a sua<br />
parte.<br />
-Foi o que pensei, já que em Foz <strong>do</strong> Iguaçu eu estou<br />
mais acostuma<strong>do</strong> e não se sabe até quan<strong>do</strong> vou ficar trabalhan<strong>do</strong><br />
por aqui. Enquanto isso você cuida <strong>do</strong> que é teu.