A garganta do diabo - Cabine Cultural
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A noite já havia caí<strong>do</strong>. Não se ouvia o barulho da<br />
cidade, somente alguns pássaros e animais manifestavam-se.<br />
Paulo Sérgio recebeu as ordens de Ubal<strong>do</strong>. Dessa vez<br />
não podia per<strong>do</strong>ar Adriana. Ela representava uma voz ativa<br />
contra toda a organização, qualquer descui<strong>do</strong> e um bom<br />
Advoga<strong>do</strong> e tu<strong>do</strong> estava perdi<strong>do</strong>. Não poderia ter piedade. É<br />
claro que Ubal<strong>do</strong> recomen<strong>do</strong>u uma ação sem tortura e muito<br />
menos atos violentos contra o pu<strong>do</strong>r da mulher.<br />
Paulo Sérgio a princípio implorou. Não queria que<br />
Ubal<strong>do</strong> tomasse essa decisão. Afinal, estavam arriscan<strong>do</strong>-se a<br />
ceifar quantos? Paulo Sérgio negava-se a dar as ordens a seus<br />
companheiros, seria uma falta de palavra. Prometera a Adriana<br />
que daria sua vida para mantê-la feliz ao seu la<strong>do</strong>.<br />
Porém Adriana não quis agradar seu tio Ubal<strong>do</strong>,<br />
ameaçan<strong>do</strong> entregar os assassinos. Não restava mais acor<strong>do</strong>.<br />
Ubal<strong>do</strong> chamou Paulo Sérgio e determinou que Adriana<br />
devesse desaparecer ainda naquela noite, que fosse comunica<strong>do</strong><br />
imediatamente ao grupo. Ubal<strong>do</strong> não podia mais conviver com<br />
pessoas que se tornavam verdadeiras minas de informação.<br />
Otávio, Francisco e Gilberto não estavam acostuma<strong>do</strong>s<br />
com crimes envolven<strong>do</strong> mulheres. Adriana seria a primeira.<br />
- Você acaso sabe nadar? Perguntou Otávio à Adriana,<br />
antes de executá-la.<br />
Adriana estava com uma mordaça, por isso só<br />
respondeu, com a cabeça, negativamente.<br />
- Então vou te dar uma oportunidade. Rapazes! Vamos<br />
jogar esta graciosa flor, viva, no rio. Se Deus ajudar, ela poderá<br />
se salvar.<br />
-Desculpe meu amor! Não posso fazer nada, é minha<br />
profissão! Sorriu sarcástico, Paulo Sérgio.<br />
Em seguida retirou o pano que tampava a boca de<br />
Adriana, e sob reclamações, a arremessou contra a correnteza.<br />
Ouviram-se alguns gritos após a queda, depois o<br />
murmúrio <strong>do</strong> rio silenciou a voz.<br />
Capítulo Dezenove<br />
Sara conhecia bem o Edifício Parati, inclusive uma<br />
ocasião que Adriana havia viaja<strong>do</strong> a Foz <strong>do</strong> Iguaçu, Marcos<br />
André a convi<strong>do</strong>u para passarem uma noite em seu apartamento.<br />
Diante <strong>do</strong> Edifício, neste instante em companhia de<br />
Paulo Sérgio. Sara não lembrava ser o mesmo apartamento de<br />
Marcos André.<br />
Quan<strong>do</strong> Paulo Sérgio tocou o interfone e o número <strong>do</strong><br />
apartamento coincidiu com o de Marcos André, surgiu uma<br />
dúvida repentina na mente de Sara. Que envolvimento tinha<br />
Marcos com Ubal<strong>do</strong>? Como Marcos desapareceu? E cadê a<br />
mulher? E este apartamento!