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A garganta do diabo - Cabine Cultural

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- Ora! Comigo? Estava apenas rodan<strong>do</strong> pela cidade, o<br />

carro é ótimo, amor. Já liguei pras garotas, chegaram bem e<br />

estavam a caminho das praias.<br />

- Das praias? Pensei que fossem pra cama!<br />

- Em Florianópolis, Ubal<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> se chega de uma<br />

viagem e faz calor, vai-se à casa de praia, para quem possui.<br />

Quem não, tomar um banho e deitar-se na areia. Quer mumu?<br />

- Nada como nós pensamos Paulo Sérgio! Essa gente<br />

sabe mesmo curtir a vida, descansa na praia, enquanto nós<br />

ficamos aqui preocupa<strong>do</strong>s com negócios.<br />

- Também não é tanto assim, né, Ubal<strong>do</strong>! Há ocasiões<br />

que não se têm tempo para praia. Então se toma um banho em<br />

casa, cama e os afazeres. Afinal elas merecem um passeio,<br />

depois de um seminário desses, discutin<strong>do</strong> sobre política,<br />

reabertura de estrada, ecologia, etc. Precisa-se de uma pausa.<br />

- Que há certa lógica eu sei, concor<strong>do</strong>u Ubal<strong>do</strong>.<br />

- Depois elas são bonitas e fogosas, precisam dar uma<br />

paquerada na praia, conhecer um gato e relaxar, sorriu.<br />

- Amor, nós resolvemos conversar contigo sobre uma<br />

série de itens que precisamos acertar, sabes que tu<strong>do</strong> entre nós<br />

vai ficar esclareci<strong>do</strong>. Segun<strong>do</strong> Ubal<strong>do</strong>, vocês combinaram formar<br />

uma parceria no setor imobiliário e turístico. Tu<strong>do</strong> bem, nisso<br />

está tu<strong>do</strong> certo. Mas o que você precisa saber, amor, é que existe<br />

uma organização nossa, da qual vocês não devem fazer parte.<br />

Achamos melhor você saber. Fica a teu critério contar a tuas<br />

colegas, ou somente você saber. Mas há algo que pode<br />

comprometer. Então é melhor ficar de fora. Começou Paulo<br />

Sérgio.<br />

- Nossa organização precisa continuar obten<strong>do</strong> lucros<br />

regulares com nossos empreendimentos os quais vocês sabem:<br />

madeireira, helicópteros com vôos panorâmicos, lojas, aviões,<br />

cassinos e agora imóveis. A isso terão acesso. As demais ações<br />

ficam sob nossa responsabilidade. Digamos, não dá para você<br />

trabalhar pensan<strong>do</strong> nesses itens? Continuou Ubal<strong>do</strong>.<br />

- Tu<strong>do</strong> bem. Concor<strong>do</strong>u, Sara.<br />

- Não gostaríamos, amor, que tuas colegas procurassem<br />

perder tempo matutan<strong>do</strong> sobre os assuntos referentes ao resto <strong>do</strong><br />

nosso empreendimento, entende?<br />

- Depende da conversa que terei com elas!<br />

- Sei, mas tente explicar que somos obriga<strong>do</strong>s a colocar<br />

nossos amigos trabalhan<strong>do</strong> ao la<strong>do</strong> delas. Haverá toda segurança.<br />

Será somente por questão profissional. Eles são pilotos das<br />

nossas aeronaves. Não podemos abrir mão deles.<br />

- Não vejo problemas!<br />

- Sara, Rosana naquela manhã meio que discutiu<br />

comigo e, vi quan<strong>do</strong> ela se referiu com meus colegas...<br />

- Eu cui<strong>do</strong> desse detalhe. Deixa que acerto essas<br />

pendengas. O que importa é o lucro e a aprendizagem. Não creio<br />

que elas queiram complicar.

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