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A garganta do diabo - Cabine Cultural

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- Sabe, Sara, que quan<strong>do</strong> Ubal<strong>do</strong> me convi<strong>do</strong>u para essa<br />

tarefa não senti prazer. A senhora é muito inteligente e muito<br />

bela. Não me senti bem, mas foi o que meu patrão pediu!<br />

- Pois é Gilberto! Será que Otávio é mesmo capaz de<br />

cumprir esse acor<strong>do</strong> entre vocês? Ele te deu garantias que essa<br />

resolução pode dar certo? Nada está sen<strong>do</strong> precipita<strong>do</strong>? Eu<br />

a<strong>do</strong>raria que essa tarefa desse certo!<br />

- A senhora fala como uma bandida!<br />

- Não, Gilberto. Depois disso, nosso empreendimento<br />

nunca mais precisará cometer crimes. Temos capital bastante<br />

para montar uma grande empresa. Com o fim de Ubal<strong>do</strong> acabam<br />

as atividades clandestinas. Nós não estamos envolvi<strong>do</strong>s em<br />

nenhum negócio.<br />

- Quer dizer que se eu colaborar com a senhora estou<br />

livre e posso cuidar <strong>do</strong> ga<strong>do</strong> de Otávio, tranqüilo?<br />

- Isso mesmo!<br />

- A senhora pode contar comigo! Só que não quero trair<br />

Otávio! Ele salvou nossas vidas! Fale com Otávio. Se ele<br />

concordar me comprometo a jogar Eduin e Ubal<strong>do</strong> na Garganta<br />

<strong>do</strong> Diabo.<br />

- Muito bem, alimento, é assim que a partir de hoje<br />

serás chama<strong>do</strong>! Sorriu, Sara.<br />

As palavras de Gilberto deixaram Sara pensativa. “Por<br />

que pedir a Otávio que execute Ubal<strong>do</strong> se Gilberto pode ser<br />

sigiloso e fazer os <strong>do</strong>is trabalhos?”<br />

Sara devia pensar melhor quan<strong>do</strong> fosse falar com<br />

Otávio. Devia sondar o assunto. Se o homem não concordasse,<br />

ela possuía a alternativa. Gilberto havia da<strong>do</strong> a palavra. Ela<br />

precisava dessa certeza para enfrentar os momentos de angústia.<br />

Sara precisava encontrar-se com Otávio. Não se sentia<br />

segura longe de sua proteção. Decidiu ir com Ernesto Pedro a<br />

Foz.<br />

Baseada nessas acertadas idéias é que Sara não<br />

dispensou Otávio. Queria a presença dele por perto. A partir<br />

daquela hora, Otávio seria o guarda particular de Sara. Ainda<br />

restava a última tentativa: o amor se transformaria em graça, e<br />

Sara poderia receber os benefícios de Otávio. Ela sabe que um<br />

homem apaixona<strong>do</strong> faz o possível para agradar a mulher, em<br />

busca da conquista<br />

Capítulo Quarenta e Nove<br />

O derradeiro ato de amor é caprichoso, terno, forte e<br />

sedutor.<br />

Para Sara restava a lembrança da noite que havia<br />

comunica<strong>do</strong> a Paulo Sérgio a conclusão <strong>do</strong> curso. Fora vibrante,<br />

sem me<strong>do</strong> e carente de to<strong>do</strong> afeto. Depois, um adeus sem<br />

piedade. Amor bandi<strong>do</strong>, assim Sara poderia classificar o<br />

envolvimento com esse homem.

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