A garganta do diabo - Cabine Cultural
A garganta do diabo - Cabine Cultural
A garganta do diabo - Cabine Cultural
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Por fim a bela e <strong>do</strong>ce Mônica, alemã de Blumenau, a<br />
Vera rainha da October Fest, com todas as nuances da colônia;<br />
loura, olhos azuis, esbelta, caprichosa no vestir e delicada no<br />
falar. Bastava um olhar e conseguia as facilidades das conquistas<br />
amorosas, contu<strong>do</strong> as ofertas de passeios como esse seminário.<br />
Sara saiu <strong>do</strong> banho envolta na toalha, cantarolava<br />
apenas para suas colegas perceberem que tu<strong>do</strong> estava se<br />
encaixan<strong>do</strong>.<br />
- Que tal o passeio? Perguntou Mônica.<br />
- Uma maravilha as Cataratas! São mesmo bem<br />
diferentes que ver na televisão. Vocês deviam conhecê-las.<br />
- Estou te achan<strong>do</strong> alegre demais, não acredito que<br />
tenha si<strong>do</strong> somente pela paisagem, acho que algo mais<br />
aconteceu!<br />
- As coisas estão dan<strong>do</strong> certo, Mônica. Sabe, conheci<br />
um carinha, ele nos convi<strong>do</strong>u a passear de helicóptero!<br />
- O quê? Intrometeu-se Rosana. Helicóptero!<br />
- Sim, a nossa colega já conseguiu um admira<strong>do</strong>r.<br />
Retornou Mônica. Que bom, dessa vez lembrou de nos convidar.<br />
- Mal agradecidas, sempre tenho ótimas opções, vocês<br />
que jamais me convidam.<br />
- Sara tens certeza que esse cara vai nos levar só a<br />
passeio? Viste bem! Preocupou-se Rosana.<br />
- Gostei <strong>do</strong> jeito dele. Acho até que vai rolar uns beijos!<br />
Brincou Sara, sorrin<strong>do</strong> meio a contra gosto.<br />
- A mesma história de sempre, Sara. Dessa vez é pra<br />
valer! Sai com o cara algumas vezes e em poucos encontros,<br />
termina o romance! Refletiu Mônica.<br />
- Que pena que pensas assim! Pareceu-me interessante,<br />
você vai conhecê-lo. Argumentou Sara.<br />
- Então quan<strong>do</strong> vamos voar? Retornou Rosana.<br />
- Não podemos perder muito tempo. Marquei pra hoje à<br />
tarde.<br />
- O seminário? Lembrou Rosana.<br />
- É mesmo! Você acha que eu ia me lembrar? Posso<br />
marcar pra amanhã.<br />
- Lembrou ao menos de pedir o telefone? Perguntou<br />
Mônica.<br />
- Claro! Né! E vou ligar agora. Decidiu-se.<br />
Em sua primeira conversa, Paulo Sérgio havia<br />
manifesta<strong>do</strong> apenas seu mo<strong>do</strong> afetivo e cordial. Tu<strong>do</strong> que tinha<br />
dito não passou de alguns galanteios à conquista. Como Sara<br />
poderia perceber, naquele instante, toda ladainha de<br />
preocupações que suas colegas lhe atribuíam? Por essas razões,<br />
Sara lembrava das poucas palavras e preparava-se à palestra da<br />
tarde.<br />
*