17.04.2013 Views

A garganta do diabo - Cabine Cultural

A garganta do diabo - Cabine Cultural

A garganta do diabo - Cabine Cultural

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

- É serviço dela, ler, cuidar <strong>do</strong> apartamento e de mim!<br />

Sorriu.<br />

- Mas hoje libertou?<br />

- Estou aproveitan<strong>do</strong> o intervalo, sorriu novamente.<br />

- Minha colega contou-me que tens uma construtora.<br />

- Sou sócio, tenho obras aqui e em Foz <strong>do</strong> Iguaçu, é<br />

claro que prefiro as daqui!<br />

- Imagino! Esse mar, mulheres, praias...<br />

- Poucas coisas diferem, em Foz <strong>do</strong> Iguaçu há muita<br />

gente bonita também e o turismo é maior que aqui, porque a<br />

temporada de visitação é o ano to<strong>do</strong>. O povo sabe como lidar<br />

com turismo, depois transações com o Paraguai e Argentina,<br />

aumentam o fluxo de pessoas.<br />

- É verdade, Florianópolis depende muito <strong>do</strong> verão,<br />

porque o negócio está volta<strong>do</strong> para os atrativos <strong>do</strong> mar,<br />

concor<strong>do</strong>u Sara.<br />

- Por esta razão é que precisamos desenvolver o turismo<br />

na Capital, para preencher a lacuna deixada pela temporada. A<br />

Universidade, com cursos de especialização, poderá contribuir<br />

para esse campo, afinal, nossa Ilha e nosso litoral são de grande<br />

encanto.<br />

- É! As pessoas procuram o litoral nas temporadas para<br />

descansarem <strong>do</strong> trabalho anual. Parece uma questão lógica, todas<br />

as pessoas que trabalham nas cidades <strong>do</strong> interior sentem uma<br />

atração pelo litoral, quan<strong>do</strong> chega o verão.<br />

- É um ciclo que já está no sangue, somos como<br />

an<strong>do</strong>rinha, chega o verão imigramos para o litoral.<br />

- Além das compras, da Beira Mar e da esposa, mais<br />

algo de importante?<br />

- Tenho pouco tempo até para essas pequenas horas<br />

extras, mais tarde preten<strong>do</strong> viajar, conhecer lugares, etc. E você?<br />

- Andei muito pelo país, conheci o Nordeste, a seca e as<br />

enchentes. O litoral brasileiro, as chapadas e os vales. Juntei-me<br />

a um médico de Porto Alegre. Nos fins de semanas íamos às<br />

praias distantes. Depois fiquei no Rio de Janeiro um ano com um<br />

carinha que conheci na cidade de Porto Seguro. Paulista, vendia<br />

artesanato. Fomos pro Rio, ele viajava, havia dias que estávamos<br />

em Vitória, depois Campos, nos feria<strong>do</strong>s em Saquarema e em<br />

Copacabana, uma vida bem diferente da que vivi com o gaúcho.<br />

- Trocar um médico por um artesão?<br />

- Pra se ver o que é a vida. Quan<strong>do</strong> as coisas não<br />

combinam, as procissões não definem a felicidade!<br />

- Não vai querer me contar com quantos homens an<strong>do</strong>u,<br />

pule essa parte, interferiu Marcos André.<br />

- Está bem! Sorriu Sara Rodrigues. Essas histórias<br />

cansam?<br />

- Não, mas podemos conversar sobre coisas mais<br />

importantes, não achas?<br />

- É verdade! Respondeu Sara e silenciou.<br />

- Chateada?

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!