Caballeros Solitários Rumo do Sol Poente
Caballeros Solitários Rumo do Sol Poente
Caballeros Solitários Rumo do Sol Poente
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
E eis quem aparece no retrovisor contra-plongé <strong>do</strong> cavaleiro solitário, senhoras e<br />
senhores, é o Gigante Tatua<strong>do</strong>, ainda mais gigante se visto lá de baixo, como na visão das<br />
britadeiras arranca<strong>do</strong>ras <strong>do</strong>s dentes da cidade, esse pesadelo que toma conta deste sítio sempre<br />
em obras, reformas e crateras, miro para riba lá <strong>do</strong> solo, de onde costumamos enxergar os<br />
adversários. O Gigante Tatua<strong>do</strong> está verde de raiva, clorofila<strong>do</strong> pelas carregadas tintas <strong>do</strong><br />
ciúme, este brinque<strong>do</strong> assassino com o qual bolimos assim que nos entendemos por gente, o<br />
Incrível Hulk das nossas fraquezas, que ainda há pouco era apenas uma estrela, uma imensa<br />
tocha antes <strong>do</strong> mergulho, brinque<strong>do</strong> nada pedagógico que quebramos logo que ganhamos o<br />
boneco Édipo ou a boneca Electra, o brinque<strong>do</strong> que nos faz de criança até o silêncio-mor das<br />
catacumbas.<br />
“Nada está tão mal assim que una chica não possa piorar más un pouco su pobre bida”.<br />
113