19.04.2013 Views

Municípios devem assumir a tributação do ... - Vida Económica

Municípios devem assumir a tributação do ... - Vida Económica

Municípios devem assumir a tributação do ... - Vida Económica

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

2<br />

ACTUALIDADE<br />

Abertura<br />

Portugueses trabalharam<br />

139 dias para pagar ao Fisco<br />

Que os contribuintes passam metade da vida a trabalhar para pagar<br />

os impostos já não é notícia para ninguém. Mas saber que a actividade<br />

<strong>do</strong>s primeiros 139 dias <strong>do</strong> ano se destina única e exclusivamente<br />

às Finanças assusta qualquer um. O relatório “Dia de Libertação <strong>do</strong>s<br />

Impostos 2008”, da responsabilidade <strong>do</strong> GANEC (Gabinete de Análise<br />

<strong>Económica</strong> da Faculdade de Economia da Universidade Nova de<br />

Lisboa), com o apoio da AIP-CE, confi rma o cenário. Sob a coordenação<br />

<strong>do</strong> professor António Pinto Barbosa, este relatório aponta<br />

o dia 19 de Maio como o “Dia Livre de Impostos”(DLI), ou seja, a<br />

data em que o português médio já terá ganho o rendimento sufi ciente<br />

para cumprir as suas obrigações fi scais (um dia mais tarde <strong>do</strong> que<br />

em 2007).<br />

O objectivo deste relatório é chamar a atenção para o papel da fi scalidade<br />

em matéria de competitividade e de atractividade da economia<br />

portuguesa no contexto da globalização, dan<strong>do</strong>-lhe visibilidade através<br />

de um indica<strong>do</strong>r simples e de fácil compreensão. Segun<strong>do</strong> o responsável<br />

pelo estu<strong>do</strong>, esta estimativa baseia-se na informação relativa à<br />

execução orçamental de 2007 e <strong>do</strong>s<br />

Os portugueses<br />

irão trabalhar<br />

até 17 de Junho<br />

(168 dias) para<br />

pagar a totalidade<br />

<strong>do</strong> Sector Público<br />

EDITOR E PROPRIETÁRIO <strong>Vida</strong> <strong>Económica</strong> Editorial, SA DIRECTOR João Peixoto de Sousa COOR-<br />

DENADORES EDIÇÃO João Luís de Sousa e Albano Melo REDACÇÃO Virgílio Ferreira (Chefe de<br />

Redacção), Adérito Bandeira, Alexandra Costa, Ana Santos Gomes, Aquiles Pinto, Fátima<br />

Ferrão, Guilherme Osswald, Martim Porto, Rute Barreira, Sandra Ribeiro e Susana Marvão;<br />

E-mail redaccao@vidaeconomica.pt; PAGINAÇÃO Célia César, Flávia Leitão, José Barbosa e<br />

Mário Almeida; PUBLICIDADE PORTO Rua Gonçalo Cristóvão, 111, 6º Esq 4049-037 Porto<br />

- Tel 223 399 400 • Fax 222 058 098 • E-mail: comercial@vidaeconomica.pt; PUBLICIDADE<br />

LISBOA Campo Pequeno, 50 - 4º Esq 1000-081 Lisboa • Tel 217 815 410 • Fax 217 815<br />

415 E-mail publicidade@vidaeconomica.pt; ASSINATURAS Tel 223 399 456 E-mail assinaturas@vidaeconomica.pt;<br />

IMPRESSÃO Naveprinter, SA - Porto DISTRIBUIÇÃO VASP, SA - Cacém<br />

E-mail geral@vasp.pt • Tel 214 337 000 - Fax 214 326 009<br />

EMPRESA<br />

CERTIFICADA<br />

primeiros meses de 2008, bem como<br />

no crescimento da receita fi scal previsto<br />

no Orçamento de Esta<strong>do</strong> para<br />

2008. No entanto, o DLI de 2008<br />

não será muito afecta<strong>do</strong> por medidas<br />

de política fi scal, com excepção <strong>do</strong><br />

efeito negativo sobre a receita <strong>do</strong> IVA<br />

da redução da taxa normal de 21 para<br />

20% que ocorrerá a partir de Julho.<br />

Além desta, há outras medidas com<br />

menor impacto no DLI de 2008, tais<br />

como a diminuição da receita de IRS<br />

por via da actualização das tabelas de retenção na fonte em 2008, ten<strong>do</strong><br />

como contrapartida uma redução <strong>do</strong>s reembolsos líqui<strong>do</strong>s <strong>do</strong> imposto<br />

em 2009, o remanescente <strong>do</strong> efeito da alteração da <strong>tributação</strong> sobre as<br />

vendas e circulação de automóveis introduzidas a partir de Julho de<br />

2007, e, por fi m, a subida da componente específi ca <strong>do</strong> imposto sobre<br />

o tabaco em 11%, terão os seus efeitos.<br />

No que se refere à repartição por tipo de imposto, e a título de exemplo,<br />

um indivíduo trabalhará, em média, quatro dias por ano para<br />

pagar o Imposto de Selo, 21 dias para pagar o IRS e 47 dias para as<br />

Contribuições Sociais. De salientar que um português que não fume<br />

poderá ver o seu DLI reduzi<strong>do</strong> em mais três dias.<br />

Outro indica<strong>do</strong>r incluí<strong>do</strong> neste estu<strong>do</strong> é o DLSP (Dia da Libertação<br />

<strong>do</strong> Sector Público). Este factor procura ter em conta to<strong>do</strong> o tipo de<br />

<strong>tributação</strong>, nomeadamente, aquela que está implicitamente associada<br />

ao défi ce. Segun<strong>do</strong> este indica<strong>do</strong>r, em 2008, os portugueses irão trabalhar<br />

até 17 de Junho (168 dias) para pagar a totalidade <strong>do</strong> Sector<br />

Público, também mais um dia <strong>do</strong> que em 2007. Esta variação deve-se<br />

ao comportamento desfavorável da despesa pública (que representou<br />

mais <strong>do</strong>is dias de trabalho), que mais <strong>do</strong> que compensou a subida da<br />

estimativa <strong>do</strong> PIB nominal (que se traduziu na redução <strong>do</strong> DLSP em<br />

aproximadamente um dia de trabalho).<br />

FÁTIMA FERRÃO<br />

fatimaferrao@vidaeconomica.pt<br />

BREVE<br />

COMISSÃO EUROPEIA PROMOVE FLEXIGURANÇA<br />

A Comissão Europeia lançou uma iniciativa para ajudar a concretizar, a nível<br />

nacional, a Flexigurança, que tem como objectivo a procura <strong>do</strong> equilíbrio entre<br />

a fl exibilidade <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de trabalho e a segurança <strong>do</strong> emprego.<br />

As missões pretendem ir ao encontro <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res e <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>s,<br />

através de uma série de visitas nacionais durante <strong>do</strong>is meses. A iniciativa<br />

surge na sequência da decisão a<strong>do</strong>ptada pelos Esta<strong>do</strong>s-membros no último<br />

Conselho Informal <strong>do</strong> Emprego de Janeiro passa<strong>do</strong>. Os resulta<strong>do</strong>s serão<br />

apresenta<strong>do</strong>s em Dezembro próximo.<br />

MEMBRO DA EUROPEAN<br />

BUSINESS PRESS<br />

TIRAGEM CONTROLADA<br />

PELA:<br />

TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 21.700<br />

4000 Município (Porto) TAXA PAGA<br />

Registo na D G C S nº 109 477 • Depósito Legal nº 33 445/89 • ISSN 0871-4320 • Registo <strong>do</strong> ICS nº 109 477<br />

QREN<br />

NEGÓCIOS<br />

E EMPRESAS<br />

NEGÓCIOS<br />

E EMPRESAS<br />

Sotheby´s .............................. 14<br />

Alualpha ............................... 16<br />

Ciaferal ................................. 16<br />

M. Rodrigues ......................... 16<br />

LM Perfi s .............................. 16<br />

STA ...................................... 16<br />

Old Mutual ............................ 17<br />

Skandia ................................ 17<br />

Fluxograma ........................... 18<br />

Ramos Catarino ..................... 22<br />

Inditex .................................. 22<br />

DBK ..................................... 22<br />

José de Mello Saúde .............. 22<br />

HPP ..................................... 22<br />

Espírito Santo Saúde ............. 22<br />

Clisa ..................................... 22<br />

Enervento ............................. 25<br />

Sonae ................................... 25<br />

IBM...................................... 26<br />

Ikea...................................... 27<br />

EMPRESAS CITADAS<br />

sexta-feira, 23 Maio de 2008<br />

NESTA EDIÇÃO<br />

Pág. 7 Pág. 20<br />

INCENTIVOS PEDIDOS AO POPH<br />

ATINGEM SETE MIL MILHÕES DE EUROS<br />

HUMOR ECONÓMICO<br />

Aguirre Newman Cosmopolita ... 28<br />

Jones Lang LaSalle ................ 28<br />

Portbuilding .......................... 28<br />

Caixanova ............................. 32<br />

Repsol .................................. 32<br />

Deloitte ................................ 32<br />

Converse ............................... 32<br />

CH Consulting ....................... 32<br />

Heylife.................................. 34<br />

Bus Consulting ...................... 35<br />

BES ..................................... 36<br />

Vodafone ............................... 36<br />

CGD ..................................... 39<br />

BIG ...................................... 39<br />

BPI ...................................... 39<br />

BCP ..................................... 44<br />

Peugeot ................................ 46<br />

Mazda .................................. 46<br />

Grupo Salva<strong>do</strong>r Caetano ......... 47<br />

Renault Portugal .................... 47<br />

Pág. 21<br />

O Programa Operacional Potencial Humano (POPH) está a despertar bastante<br />

interesse junto <strong>do</strong>s opera<strong>do</strong>res de merca<strong>do</strong>. Esta a perspectiva de Rui<br />

Fiolhais, gestor <strong>do</strong> programa, que garante que a primeira fase já resultou<br />

em mais de 12 mil candidaturas, correspondentes a um montante global de<br />

fi nanciamento solicita<strong>do</strong> na ordem <strong>do</strong>s sete mil milhões de euros.<br />

PME VÃO RECEBER 60% DOS INCENTIVOS<br />

DIRECTOS ÀS EMPRESAS<br />

O Governo assume um compromisso político: durante o actual quadro comunitário<br />

cerca de 60% <strong>do</strong>s incentivos directos vão ter como destino as PME.<br />

A garantia é dada por Rui Baleiras, secretário de Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Desenvolvimento<br />

Regional. Mas apela a uma maior cooperação entre as empresas, as instituições<br />

de investigação e os serviços da administração pública.<br />

ASSOCIAÇÕES DE AGRICULTORES PODEM ATENUAR<br />

PRESSÃO EXERCIDA PELAS CADEIAS DE DISTRIBUIÇÃO<br />

O sector agrícola debate-se com problemas graves. No entanto, Paul Dolleman,<br />

presidente de uma das maiores associações de horticultores <strong>do</strong> país,<br />

considera que existem soluções. A criação de associações poderá reduzir<br />

a pressão exercida sobre os preços por parte das grandes cadeias de distribuição<br />

e as culturas têm que ser adequadas aos clientes e às condições<br />

climatéricas.<br />

BREVE<br />

LIQUIDEZ<br />

E “SPREADS”<br />

DE CRÉDITO<br />

NO TOPO DAS<br />

PREOCUPAÇÕES<br />

DA BANCA<br />

A turbulência nos merca<strong>do</strong>s fi -<br />

nanceiros transformou, completamente,<br />

o panorama <strong>do</strong> risco no<br />

sector da banca, de acor<strong>do</strong> com<br />

um relatório da consultora PricewaterhouseCoopers.Continuam<br />

a existir fortes receios que se<br />

verifi que uma recessão global.<br />

O conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> relatório é <strong>do</strong>mina<strong>do</strong><br />

pelas preocupações com as<br />

actuais condições de merca<strong>do</strong>,<br />

especialmente a falta de liquidez<br />

e os problemas nos merca<strong>do</strong>s de<br />

crédito e de deriva<strong>do</strong>s. Dois <strong>do</strong>s<br />

três primeiros – liquidez e “spreads”<br />

de crédito – nunca tinham<br />

apareci<strong>do</strong> no ranking, um sinal<br />

de mudança dramática nos cenários<br />

de risco. O único risco não<br />

fi nanceiro entre as dez principais<br />

preocupações é a perspectiva de<br />

uma reacção regulatória excessiva<br />

por parte das autoridades e<br />

<strong>do</strong>s políticos.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!