Municípios devem assumir a tributação do ... - Vida Económica
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BCP:<br />
-39,7%<br />
desde<br />
o início <strong>do</strong> ano<br />
sexta-feira, 23 Maio de 2008 37<br />
BPi:<br />
-35,8%<br />
desde<br />
o início <strong>do</strong> ano<br />
Merca<strong>do</strong>s<br />
À custa de condições mais gravosas e visan<strong>do</strong> repor fun<strong>do</strong> de maneio<br />
Crédito às empresas mantém<br />
o ritmo de crescimento<br />
A crise <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s financeiros internacionais<br />
despoletada no 3º trimestre de 2007 parece não ter<br />
ainda ti<strong>do</strong> efeitos impactantes nas carteiras de crédito<br />
concedi<strong>do</strong> às empresas em Portugal. Assim, a taxa de<br />
crescimento entre Junho de 2007 e Março de 2008 foi<br />
de 11%, sensivelmente idêntica à taxa de crescimento<br />
nos nove meses anteriores ao início da crise <strong>do</strong><br />
“subprime” (11,5%).<br />
Estes da<strong>do</strong>s são deduzi<strong>do</strong>s<br />
duma amostra determinante<br />
constituída pelos quatro maiores<br />
bancos a operar no merca<strong>do</strong> nacional,<br />
sen<strong>do</strong> certo que os crescimentos<br />
nos últimos trimestres<br />
têm vin<strong>do</strong> a desacelerar, mas<br />
nada de relevante face a valores<br />
anteriores. Estamos a falar de<br />
crédito concedi<strong>do</strong> em Portugal,<br />
já que, face ao peso crescente da<br />
actividade internacional dalguns<br />
bancos de referência (em média,<br />
não ultrapassa, contu<strong>do</strong>, a<br />
importância relativa de 15%) o<br />
crescimento <strong>do</strong> crédito global às<br />
empresas será ligeiramente superior<br />
(taxa de 16,2% entre Março<br />
07 e Março 08 “versus” 15,5%<br />
na área <strong>do</strong>méstica).<br />
P e r g u n -<br />
tar-se-á: então<br />
e a crise<br />
tantas vezes<br />
proclamada<br />
não suscitou<br />
q u a l q u e r<br />
reacção de<br />
p r u d ê n c i a<br />
por parte<br />
<strong>do</strong>s bancos?<br />
E aqui a<br />
análise às<br />
r e s p o s t a s<br />
qualitativas<br />
ao Inquérito<br />
trimestral <strong>do</strong> Banco de Portugal<br />
dirigi<strong>do</strong> aos cinco maiores<br />
grupos bancários já nos fornece<br />
conclusões mais adequadas.<br />
Com efeito, na sequência de tais<br />
respostas, podemos verificar que,<br />
a oferta de crédito às empresas<br />
(medida pela evolução da restrição<br />
às facilidades de crédito) sofreu<br />
um significavo aperto desde<br />
o 3º trimestre de 2007, ou seja,<br />
mal a crise internacional tocou<br />
o alarme. Toman<strong>do</strong> como base<br />
o 2º trimestre de 2007 (índice<br />
base= 100), os valores trimestrais<br />
posteriores apura<strong>do</strong>s na resposta<br />
à questão “nos últimos três<br />
meses o banco a<strong>do</strong>ptou critérios<br />
mais restritivos na concessão de<br />
crédito ás empresas?” revelam<br />
um acentua<strong>do</strong> agravamento que<br />
O financiamento<br />
das necessidades de<br />
fun<strong>do</strong> de maneio e<br />
de reestruturação de<br />
dívida são os factores<br />
qe alimentam o crédito,<br />
agora em condições<br />
mais gravosas<br />
se prolonga até final <strong>do</strong> 1º trimestre<br />
deste ano, e que se prevê<br />
continuar no 2º trimestre. Esta<br />
tendência foi transversal no senti<strong>do</strong><br />
em que abrange as PME e<br />
as grandes empresas.<br />
No relatório que acompanha<br />
tal inquérito constata-se que<br />
esta maior exigência/selectividade<br />
<strong>do</strong>s bancos inquiri<strong>do</strong>s devese<br />
sobretu<strong>do</strong> a:<br />
- dificuldade por eles sentidas<br />
no acesso ao seu próprio merca<strong>do</strong><br />
de financiamento por grosso<br />
na sequência da instabilidade<br />
<strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s financeiros associada<br />
à crise <strong>do</strong> “subprime” (o<br />
que significa aumento <strong>do</strong> custo<br />
<strong>do</strong> “funding”);<br />
- expectativas mais pessimistas<br />
– e cada<br />
vez mais<br />
confirmadas<br />
– quanto à<br />
evolução da<br />
a c t i v i d a d e<br />
e c o n ó m i -<br />
ca em geral<br />
e de certos<br />
sectores de<br />
actividade e<br />
empresas.<br />
- restrições<br />
<strong>do</strong> seu<br />
próprio balanço,designadamente<br />
numa perspectiva<br />
de implementação <strong>do</strong> acor<strong>do</strong> de<br />
Basileia II.<br />
Por sua vez a a<strong>do</strong>pção pelos<br />
bancos de critérios mais restritivos<br />
na concessão de crédito<br />
às empresas tem-se progressivamente<br />
traduzi<strong>do</strong> desde o 3º trimestre<br />
de 2007 por:<br />
– aumento generaliza<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />
“spreads” ao longo destes últimos<br />
meses, mesmo em situação<br />
de risco normal <strong>do</strong>s clientes,<br />
quan<strong>do</strong> no 2º trimestre de<br />
2007 (antes da crise) os bancos<br />
inquiri<strong>do</strong>s referiam a tendência<br />
para diminuir “spreads” na sequência<br />
da forte pressão concorrêncial;<br />
– maiores exigências em termos<br />
de garantias pessoais e reais,<br />
Crédito às eMpresas<br />
Base 2º tr 07 = 100 (antes da Crise <strong>do</strong> “suBpriMe”)<br />
130<br />
110<br />
90<br />
70<br />
50<br />
30<br />
Crédito concedi<strong>do</strong> às empresas<br />
Facilidade no critério de concessão de créditos ás empresas<br />
2ºTR 07 3ºTR 07 4ºTR 07 1ºTR 08<br />
Fontes: Banco de Portugal (Inquérito Trimestral) e os quatro maiores Bancos Priva<strong>do</strong>s<br />
(BCP; BES; Santander Totta; BPI)<br />
de negociação da maturidade<br />
<strong>do</strong>s empréstimos e de diminuição<br />
tendencial <strong>do</strong> montante empresta<strong>do</strong><br />
(o que, globalmente,<br />
ainda não é visível).<br />
Em suma, o quadro é este:<br />
- as empresas continuam a<br />
procurar crédito e os bancos<br />
a<strong>do</strong>ptam critérios mais restritivos<br />
na respectiva concessão,<br />
- mas se as empresas continuam<br />
a financiar-se junto da banca<br />
a ritmo apreciável, então é porque<br />
são sujeitas, mesmo num<br />
contexto de alta das taxas de<br />
juro, a condições mais gravosas<br />
nos “spreads” e noutros factores<br />
complementares.<br />
Até quan<strong>do</strong> isto acontecerá?<br />
A resposta a esta questão remete<br />
parcialmente para uma análise<br />
da procura de crédito pelas empresas<br />
nos termos em que é feita<br />
no âmbito <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> inquérito<br />
<strong>do</strong> Banco de Portugal. E os respectivos<br />
resulta<strong>do</strong>s qualitativos<br />
permitem concluir que, apesar<br />
duma ligeira desaceleração nos<br />
meses mais recentes, a procura<br />
mantém-se a níveis razoavelmente<br />
dinâmico.<br />
Os resulta<strong>do</strong>s de sucessivos inquéritos<br />
trimestrais permitemnos<br />
melhor compreender o peso<br />
relativo <strong>do</strong>s diversos factores<br />
indutores da procura. Segun<strong>do</strong><br />
eles, continuamos a verificar que<br />
o financiamento das necessidades<br />
de fun<strong>do</strong> de maneio (inclui<br />
financiamento <strong>do</strong>s stocks) e as<br />
necessidades de reestruturação<br />
de dívida (por dificuldades de<br />
cumprimento <strong>do</strong> respectivo serviço)<br />
são os factores que ao lon-<br />
go <strong>do</strong>s meses – diremos, últimos<br />
anos – têm contribuí<strong>do</strong> positivamente<br />
para a evolução da procura<br />
de crédito pelas empresas. Por<br />
seu turno, a perca significativa <strong>do</strong><br />
peso das necessidades de financiamento<br />
para acções de redimensionamento<br />
e reestruturação empresariais<br />
(v.g. fusões e aquisições) e<br />
a tímida retoma, melhor dizen<strong>do</strong>,<br />
estagnação, da procura de crédito<br />
para projectos de investimento<br />
são os factores (quase estruturais)<br />
que têm desacelera<strong>do</strong> a evolução<br />
da procura.<br />
Temos, pois, um enquadramento<br />
objectivo.<br />
As empresas continuam a procurar<br />
crédito maioritariamente<br />
dirigi<strong>do</strong> numa perspectiva de<br />
curto prazo e de sobrevivência<br />
empresarial, pois é determinante<br />
a renegociação das linhas e<br />
limites de crédito atribuí<strong>do</strong>s às<br />
empresas que <strong>do</strong>minam tal tipo<br />
de crédito. O que não é bom<br />
sintoma em termos da saúde<br />
económica <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> empresarial<br />
português, maioritariamente<br />
constituí<strong>do</strong> por PME, na medida<br />
em que estas se afastam da<br />
implementação de projectos de<br />
investimento e das tão necessárias<br />
acções de reestruturação e<br />
redimensionamento empresariais.<br />
Domínios estes onde, importa<br />
salientar, a actual restritividade<br />
<strong>do</strong>s critérios <strong>do</strong>s bancos<br />
teria mais dificuldade em “casar”<br />
com volume de crédito concedi<strong>do</strong>,<br />
ainda que em condições<br />
mais gravosas.<br />
Pós-graduação em análise<br />
financeira (FEP) confere<br />
certificação profissional<br />
europeia<br />
A. M.<br />
11,300<br />
11,000<br />
10,700<br />
ÍndIcEs<br />
PsI20<br />
14-05 15-05 16-05 19-05 20-05<br />
PsI 20 (Fecho) (20/05) 10906,19<br />
Var. Semana -2,12%<br />
Var. 2008 -16,23%<br />
<strong>do</strong>w Jones (Fecho) (20/05) 12829,66<br />
Var. Semana -0,02%<br />
Var. 2008 -3,28%<br />
nasdaq (Fecho) (20/05) 1993,03<br />
Var. Semana -0,38%<br />
Var. 2008 -4,41%<br />
Ibex (Fecho) (20/05) 13992,1<br />
Var. Semana -0,17%<br />
Var. 2008 -7,84%<br />
dax (Fecho) (20/05) 7083,24<br />
Var. Semana 0,10%<br />
Var. 2008 -12,20%<br />
cAc 40 (Fecho) (20/05) 5054,88<br />
Var. Semana 1,12%<br />
Var. 2008 -10,17%<br />
1.5800<br />
1.5600<br />
1.5400<br />
cAmbIAL<br />
EurodóLAr<br />
14-05 15-05 16-05 19-05 20-05<br />
Eurodólar (Fecho) (20/05) 1,5673<br />
Var. Semana 1,28%<br />
Var. 2008 6,47%<br />
Euro Libra (Fecho) (20/05) 0,7951<br />
Var. Semana 0,29%<br />
Var. 2008 8,42%<br />
Euro Iene (Fecho) (20/05) 162,46<br />
Var. Semana -0,07%<br />
Var. 2008 -1,50%<br />
4.91<br />
4.90<br />
4.89<br />
monEtárIo<br />
EurIbor 6m<br />
14-05 15-05 16-05 19-05 20-05<br />
Euribor 6m (Fecho) (20/05) 4,8980<br />
Var. Abs. Semana 0,0190%<br />
Var. Abs. 2008 0,1890%<br />
Euribor 3m (Fecho) (20/05) 4,8560<br />
Var. Abs. Semana 0,0000%<br />
Var. Abs. 2008 0,1660%<br />
Euribor 1Y (Fecho) (20/05) 4,9870<br />
Var. Abs. Semana 0,037%<br />
Var. Abs. 2008 0,2330%<br />
126.00<br />
123.00<br />
120.00<br />
mErcA<strong>do</strong>rIAs<br />
PEtróLEo<br />
14-05 15-05 16-05 19-05 20-05<br />
Petróleo (Brent) (20/05) 124,37<br />
Var. Semana 1,32%<br />
Var.2008 31,85%<br />
ouro (Fecho) (20/05) 921,45<br />
Var. Semana 4,66%<br />
Var. 2008 10,59%<br />
Prata (Fecho) (20/05) 17,45<br />
Var. Semana 5,95%<br />
Var. 2008 18,14%