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Municípios devem assumir a tributação do ... - Vida Económica

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merca<strong>do</strong>s<br />

Em tempo de crise<br />

A economia mundial está em crise. Intensificam-se os<br />

debates acerca da continuidade da crise <strong>do</strong> “subprime”,<br />

da escalada <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong> petróleo e <strong>do</strong> forte aumento<br />

<strong>do</strong>s produtos alimentares. Contu<strong>do</strong>, a verdadeira crise é<br />

aquela que as famílias sentem no seu dia-a-dia. Assim,<br />

mais importante que o aumento <strong>do</strong> preço <strong>do</strong> crude é o<br />

aumento <strong>do</strong> preço <strong>do</strong>s combustíveis e mais importante<br />

que o aumento das matérias-primas agrícolas é o aumento<br />

<strong>do</strong> preço <strong>do</strong> pão.<br />

As oscilações <strong>do</strong> preço das matérias-primas nos merca<strong>do</strong>s<br />

internacionais têm uma influência directa, mas<br />

não necessariamente proporcional, no preço <strong>do</strong>s bens de<br />

consumo que se encontram à nossa disposição. Contu<strong>do</strong>,<br />

a crise não pode ser enfrentada apenas numa perspectiva<br />

macroeconómica. É também necessário ter uma<br />

perspectiva microeconómica, ao ponto de analisar as famílias<br />

em particular. Não se trata de visitar cada família,<br />

porque um estu<strong>do</strong> dessa envergadura seria certamente<br />

muito difícil de concretizar. Trata-se sim de analisar os<br />

principais produtos que as famílias consomem. Muitos<br />

<strong>do</strong>s problemas seriam facilmente resolvi<strong>do</strong>s se, por<br />

exemplo, estivéssemos um ano sem consumir qualquer<br />

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deriva<strong>do</strong> de produto petrolífero, sem consumir pão nem<br />

arroz, ou a trabalhar sem auferir salários. Contu<strong>do</strong>, tal<br />

concepção é obviamente impossível e demonstra a importância<br />

associada aos padrões de consumo das famílias.<br />

Assim, no primeiro trimestre de 2008, a taxa de inflação<br />

foi de 2,6%. Recuan<strong>do</strong> um pouco mais no tempo,<br />

observa-se que nos últimos <strong>do</strong>is anos a inflação registada<br />

em Portugal foi de 5,3%. No entanto, um estu<strong>do</strong> agora<br />

realiza<strong>do</strong> pela revista “Visão” revela que a inflação oficial,<br />

divulgada pelo INE, pode não ser aquela que os portugueses<br />

verdadeiramente sentem. O preço de um simples<br />

cabaz de compras composto por produtos integrantes de<br />

uma alimentação básica, como o pão, leite, água, arroz,<br />

esparguete, carne e peixe aumentou 18,6% ao longo <strong>do</strong>s<br />

últimos <strong>do</strong>is anos. Da<strong>do</strong> que a análise através da média<br />

pode distorcer os resulta<strong>do</strong>s, façamos o mesmo exercício<br />

mas retiran<strong>do</strong> o produto que sofreu o maior aumento,<br />

o esparguete (63,9%), e o produto que sofreu o menor<br />

aumento, a água (0%). Este novo cabaz registou um aumento<br />

de 13,3% que, ainda assim, é mais <strong>do</strong> <strong>do</strong>bro <strong>do</strong>s<br />

números oficiais. Já o cabaz completo <strong>do</strong>s produtos que<br />

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sexta-feira, 23 Maio de 2008<br />

Pedro Correia<br />

Pedro Arroja Gestão<br />

de Patrimónios S.A<br />

a revista “Visão” utilizou valorizou 15,3%.<br />

Em relação aos produtos petrolíferos, o preço <strong>do</strong> barril<br />

de petróleo cota<strong>do</strong> em euros valorizou desde o início de<br />

2006 cerca de 55%. Em relação aos preços pratica<strong>do</strong>s<br />

pelas gasolineiras, a gasolina sem chumbo 95 aumentou<br />

neste horizonte temporal cerca de 18%. Esta é pelo menos<br />

a informação disponibilizada pela Galp em Janeiro<br />

de 2006. Ou seja, se os aumentos na bomba tivessem<br />

si<strong>do</strong> proporcionais à valorização <strong>do</strong> preço <strong>do</strong> petróleo,<br />

estaríamos nesta altura a pagar cerca de 1,90 euros por<br />

cada litro de gasolina.<br />

Este artigo pretende alertar para a real inflação que as<br />

famílias estão a enfrentar, sobretu<strong>do</strong> em relação aos produtos<br />

mais básicos. Outra variável que importa analisar<br />

é a evolução <strong>do</strong>s salários. A boa notícia é que o aumento<br />

<strong>do</strong> salário mínimo nacional foi, neste perío<strong>do</strong>, superior<br />

a 10%. Contu<strong>do</strong>, o aumento <strong>do</strong> salário médio foi, nos<br />

últimos <strong>do</strong>is anos, de 5,5%. Por fim, no que constitui<br />

outra notícia que em teoria será menos boa para as famílias,<br />

inclui-se a preocupação de Jean-Claude Trichet,<br />

o presidente <strong>do</strong> BCE, em relação ao crescimento da inflação<br />

e que, uma vez mais, o leva a afastar o cenário de<br />

descida das taxas de juro. Em suma, a crise das famílias,<br />

agravada pelo crescimento da inflação, está para ficar.<br />

net.investi<strong>do</strong>r<br />

www.protestepoupanca.pt<br />

A “Proteste Poupança” é o portal financeiro da<br />

“DECO Proteste”, que prima por uma qualidade<br />

superior, quer ao nível <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s quer da apresentação<br />

gráfica e organização <strong>do</strong> teor informativo.<br />

O site organiza-se em função das duas revistas<br />

financeiras que são publicadas pela DECO. Por um<br />

la<strong>do</strong>, a abordagem a uma gama variada de produtos<br />

financeiros, desde os tradicionais depósitos a prazo,<br />

certifica<strong>do</strong>s de aforro, contas-poupança, passan<strong>do</strong><br />

por produtos estrutura<strong>do</strong>s e fun<strong>do</strong>s de investimento<br />

até às acções. Os conteú<strong>do</strong>s são apresenta<strong>do</strong>s de<br />

uma forma clara e acessível, oferecen<strong>do</strong>-lhe ainda<br />

informação sobre a situação económica mundial<br />

e as repercussões desta nos investimentos. Na<br />

rubrica “Entre nós” respondem às questões <strong>do</strong>s<br />

leitores, realizan<strong>do</strong> testes práticos e indican<strong>do</strong><br />

pequenos truques essenciais para aumentar os<br />

seus rendimentos: como evitar comissões inúteis,<br />

como lidar com a fiscalidade, etc.<br />

Na outra vertente apresenta-se uma abordagem específica<br />

sobre o investimento em acções, com uma<br />

visão geral, mas precisa, sobre a evolução da Bolsa<br />

nacional e <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> internacional, abrangen<strong>do</strong><br />

uma vasta selecção de acções nacionais e estrangeiras.<br />

O rendimento <strong>do</strong>s dividen<strong>do</strong>s, lucros e “cashflow”<br />

espera<strong>do</strong>s das empresas face às suas cotações,<br />

o valor <strong>do</strong>s seus capitais próprios e o rendimento<br />

espera<strong>do</strong> a longo prazo estão na base da avaliação<br />

efectuada pela “Proteste Poupança”. Para além<br />

disso, incorpora também os aspectos macroeconómicos<br />

que orientam os merca<strong>do</strong>s bolsistas mundiais.<br />

Assim, pode dispor todas as semanas de avaliações<br />

sobre cerca de 150 empresas nacionais e estrangeiras,<br />

que ajudam o investi<strong>do</strong>r a saber quais as<br />

acções que deve comprar, vender ou manter em<br />

carteira.

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