Municípios devem assumir a tributação do ... - Vida Económica
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A distribuição de dividen<strong>do</strong>s na empresa familiar (II de III)<br />
Jesus e Francisco Negreira del Rio.<br />
Professores da Escuela de Negocios Caixanova<br />
A matriz <strong>do</strong> accionista que construímos a semana passada<br />
configura quatro possibilidades na altura de avaliar<br />
os proprietários da empresa. Vejamos:<br />
- Accionista exigente com a gestão. Estamos perante<br />
uma pessoa envolvida no projecto e com um elevadas capacidades<br />
de direcção. Será um accionista exigente com<br />
a gestão, mas ao mesmo tempo poderemos contar com<br />
ele nos momentos difíceis. A exigência de qualidade na<br />
gestão não significa que não esteja orienta<strong>do</strong> face aos<br />
resulta<strong>do</strong>s e à liquidez, mas apenas que este accionista<br />
não se orientará pelo curto-prazo e saberá adaptar as<br />
suas expectativas de liquidez às necessidades <strong>do</strong>s fluxos<br />
da empresa, mas será muito exigente com a equipa de<br />
direcção.<br />
- Accionista exigente com os resulta<strong>do</strong>s. Também o denominamos<br />
de “accionista fun<strong>do</strong> de investimento”, já que<br />
estamos perante uma pessoa formada, capaz de interpre-<br />
Consultório da empresa familiar<br />
sexta-feira, 23 Maio de 2008 empresas familiares 29<br />
Pretendemos redigir um pacto de compra de acções entre os irmãos para que, caso<br />
algum de nós pretenda em algum momento aban<strong>do</strong>nar a empresa, o possa fazer de uma<br />
forma organizada e para que os restantes mantenham uma parte proporcional à que agora<br />
detêm. Estamos a colocar a hipótese de que a venda possa ser reversível se num prazo de<br />
cinco anos o familiar pretender regressar. Será viável?<br />
Efectivamente, é bastante aconselhável que a empresa familiar se antecipe a<br />
possíveis expectativas de liquidez por parte <strong>do</strong>s accionistas (principalmente os<br />
minoritários) e que se definam as políticas com as quais se vai enfrentar este tipo<br />
de exigências. É aconselhável que se chegue a um acor<strong>do</strong> sobre o ou os méto<strong>do</strong>s de<br />
avaliação que serão utiliza<strong>do</strong>s e quem será responsável pela execução da avaliação<br />
(externos, empresa auditora actual, etc.)<br />
Numa perspectiva operativa, a questão de dispor na empresa de um fun<strong>do</strong><br />
remanescente que permitisse realizar a operação como autocarteira é alvo de<br />
críticas, por significar uma imobilização de recursos; de qualquer forma, deve ser o<br />
conselho de administração (referenda<strong>do</strong> pela Junta Geral de Accionistas) a avaliar a<br />
oportunidade.<br />
O que sim é mais discutível é a opção que coloca, e como exemplo <strong>do</strong>u-lhe uma<br />
caso no qual a situação se pode virar contra vocês e prejudicar irremediavelmente<br />
a relação entre os sócios. O que aconteceria se um familiar decidisse vender numa<br />
fase “má” ou numa situação crítica para a empresa e pretendesse voltar a entrar num<br />
altura em que as coisas melhorassem? Ainda que o preço fosse diferente e reflectisse<br />
ambas as realidades, o certo é que a manobra daria, sem dúvida, lugar a percepções<br />
muito negativas entre to<strong>do</strong>s os afecta<strong>do</strong>s. Qual o objectivo desta proposta? Permita-<br />
-me demonstrar o meu cepticismo relativamente à mesma.<br />
Especialistas na Consultoria a Empresas Familiares<br />
e elaboração de Protocolos Familiares<br />
tar adequadamente os resulta<strong>do</strong>s da empresa, mas com<br />
um baixo nível de envolvimento; isto é, para ele, as suas<br />
acções são como qualquer outro investimento: analisa-o<br />
de forma asséptica. Se os resulta<strong>do</strong>s acompanham, fantástico;<br />
mas a verdade é que para ele o seu dinheiro tem um<br />
importante custo de oportunidade.<br />
- Accionista exigente com a liquidez. Será um sócio<br />
exigente relativamente às suas expectativas de retorno<br />
líqui<strong>do</strong> de dividen<strong>do</strong>s de forma sustentada no tempo,<br />
ainda que em algumas ocasiões a situação da empresa<br />
não o aconselhe ou que a estratégia prevista exija importantes<br />
reinvestimentos de capital. Caso tenha um importante<br />
volume de acções, a sua influência na gestão<br />
Envie-nos as suas questões para<br />
consultorio@efconsulting.es<br />
BES valoriza economia social<br />
O Banco Espírito Santo quer tornar-se o<br />
banco português de referência na chamada<br />
economia social, anuncian<strong>do</strong> o reforço de<br />
iniciativas neste pilar <strong>do</strong> seu posicionamento,<br />
anunciou Joaquim Góes, administra<strong>do</strong>r<br />
<strong>do</strong> banco, numa conferência organizada<br />
para dar a conhecer os projectos e as necessidades<br />
de instituições que se dedicam<br />
a apoio solidário. De acor<strong>do</strong> com Joaquim<br />
Góes, o apoio social e cultural à comunidade<br />
ocupa já no posicionamento <strong>do</strong> banco<br />
um espaço paralelo ao pilar económico e ao<br />
pilar ambiental, que o BES promove com<br />
igual intensidade.<br />
A prestação de serviços, enquanto entidade<br />
bancária, e os apoio directos às instituições<br />
com quem celebra protocolos de<br />
colaboração tem constituí<strong>do</strong> as formas de<br />
pôr em prática a economia social, revela<br />
Joaquim Góes. O BES tem já um departamento<br />
especializa<strong>do</strong> nesta matéria para<br />
lidar com os vários projectos e só em 2007<br />
foram contabiliza<strong>do</strong>s quase quatro milhões<br />
de euros em <strong>do</strong>nativos concedi<strong>do</strong>s a diversas<br />
instituições. “A economia social tem uma<br />
dimensão relevante e vai acentuar-se cada<br />
vez mais. O posicionamento na economia<br />
social é, por isso, um eixo estratégico <strong>do</strong><br />
BES”, confirma o administra<strong>do</strong>r <strong>do</strong> banco,<br />
que estabeleceu já protocolos de cooperação<br />
com a Confederação Nacional das Instituições<br />
de Solidariedade (CNIS) e com a<br />
União das Misericórdias. ANA SANTOS GOMES<br />
anagomes@vidaeconomica.pt<br />
JuNhO<br />
www.efconsulting.es<br />
Santiago Compostela – Valencia – Porto<br />
efconsulting@efconsulting.es<br />
poderá ser determinante para a empresa ao vincular em<br />
excesso a obtenção de liquidez pessoal, em detrimento<br />
<strong>do</strong> projecto.<br />
- Accionista acomoda<strong>do</strong>. Estamos perante um accionista<br />
“dócil” devi<strong>do</strong> ao seu eleva<strong>do</strong> grau de envolvimento emocional<br />
com a empresa, normalmente resultante seja de<br />
um forte vínculo familiar (“a empresa fundada pelo meu<br />
avó e desenvolvida pelo meu pai…”), ou porque à frente<br />
da gestão se encontra uma pessoa com muita influência<br />
sobre ele (normalmente um familiar próximo), ou porque<br />
estamos perante uma pessoa com um eleva<strong>do</strong> sentimento<br />
de família, para a qual a empresa é uma fonte de união e<br />
isso converte-a numa peça fundamental que é necessário<br />
estimar.<br />
Como utilizar a matriz na tomada de decisões?<br />
A tarefa de posicionar os diferentes membros de uma<br />
junta de accionistas num <strong>do</strong>s quadrantes da matriz tem<br />
uma importante componente de subjectividade, assim,<br />
temos de tentar ser o mais rigorosos possível e <strong>devem</strong>os<br />
fazê-lo pensan<strong>do</strong> na realidade (não no que gostaríamos<br />
que esta fosse ou no que deveria ser).<br />
Depois de efectuar o mesmo processo para to<strong>do</strong>s os accionistas,<br />
temos de assinalar as percentagens de capital<br />
detidas por cada um deles no quadrante correspondente,<br />
asseguran<strong>do</strong>-nos de que os 100% <strong>do</strong> capital social estão<br />
representa<strong>do</strong>s na matriz. O mesmo será feito para a geração<br />
seguinte e confrontam-se os <strong>do</strong>is gráficos; com esta<br />
comparação de perfis procuramos detectar movimento de<br />
fun<strong>do</strong> e tendências. É algo semelhantes a uma análise genética<br />
que nos mostra as possibilidades de no futuro sofrer<br />
de alguma <strong>do</strong>ença.<br />
Esta semana convidamo-lo a reflectir sobre o seu caso<br />
em particular e na próxima semana veremos como tentar<br />
converter este exercício de reflexão em acções concretas e<br />
benéficas quer para a empresa quer para a família.<br />
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Ana Maria Vieira<br />
<strong>Vida</strong> <strong>Económica</strong> Editorial, SA<br />
Rua Gonçalo Cristóvão nº111, 6ºEsq., 4049-037 Porto<br />
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