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Vi
sexta-feira, 23 Maio de 2008 FRanchising e eMpReendedoRisMo
Re/Max quer atingir
300 lojas em 2010
A integração do sector da mediação imobiliária em redes de franchising
continua a desenvolver-se. A Re/Max pretende duplicar a dimensão da sua rede
de agentes até 2010, atingindo as 300 agências, no sentido de conquistar uma
quota de mercado de 20%, como determinado no congresso Re/Max, que teve
lugar no Funchal.
A Re/Max, rede de mediação imobiliária de expansão
em franchising, pretende atingir uma quota
de mercado de 20% até 2010, pelo que irá duplicar
a dimensão da sua rede de agentes, o que corresponde
à integração de cerca de 3000 novos mediadores
durante os próximos dois anos. Este foi o principal
objectivo traçado no congresso do grupo, que teve
lugar no Funchal, afirmando que pretende chegar a
2010 com 300 agências e uma rede total de mais de
6000 agentes imobiliários responsáveis pela concretização
de 90 mil transacções – o equivalente a 20%
do mercado.
Foram mais de 1500 agentes e “brokers” que se
juntaram, no sentido de premiarem os melhores desempenhos
de 2007 e lançar novos desafios desta
rede, que conta actualmente com 220 agências e
3000 mediadores associados. A duplicação do número
de agentes no mercado nacional será atingida
quer por reforço das equipas nas 220 lojas Re/Max
actualmente existentes, quer através da abertura de
cerca de 80 novas agências. A estratégia de aumento
de novos efectivos inicia-se já em 2008 com a integração
de 800 novos mediadores e a abertura de 25
novas agências.
“O crescimento da rede em número de agentes é
um factor essencial para a expansão da marca, mais
do que a abertura de novas lojas” refere Manuel Alvarez,
presidente executivo da Re/Max Portugal. “O
nosso modelo de funcionamento impõe que cada
agente tenha uma carteira limitada de imóveis que
pode trabalhar em simultâneo, de modo a garantir a
qualidade de serviço ao cliente. O aumento do número
de transacções da rede implica, por um lado,
o elevar do rácio de concretização de vendas, que
é actualmente de duas por hora, e o aumento das
equipas de mediação”, salienta.
Rede procura trabalhadores
acima dos 40 e jovens licenciados
Por outro lado, é propósito deste grupo “contrariar
a lógica do mercado empregador”, reforçando
“as nossas equipas com pessoas já experientes, acima
dos 40 anos, mulheres que representam já mais de
49% da nossa rede e jovens licenciados e empreendedores
que procuram uma primeira oportunidade”,
sublinha Manuel Alvarez. “Queremos abrir as
portas da empresa àqueles que ambicionam ter o seu
próprio negócio, com base num baixo investimento
e com possibilidade de elevados rendimentos.”
Segundo dados da empresa, mais de 10 agentes
Re/Max atingiram facturações superiores a 150 mil
euros em 2007 e mais de 50 atingiram a fasquia dos
90 mil euros de facturação. Ainda de acordo com a
empresa, a Re/Max é a rede que pratica a mais elevada
comissão aos agentes imobiliários associados,
com valores que podem oscilar entre os 40 e os 80%
da comissão de venda paga pelo cliente final.
A expansão das redes de mediação imobiliária
em franchising é encarada cada vez mais como
uma forma de crescer de forma sustentada, contrariando
a tendência de quebra do mercado imobiliário.
Marcas como Era Portugal, Veigas Imobiliária,
La Forêt ou Comprar Casa apostam neste segmento
para desenvolverem os seus negócios e a
sua estratégia de crescimento. Porém, esta última
integra a rede da APEMIP - Associação dos Profissionais
e Empresas de Mediação Imobiliária de
Este modelo foi lançado pela Re/Max, nos EUA,
há mais de 30 anos, como forma de atrair e reter
os melhores agentes. Todos os agentes associados
Re/Max são empresários em nome individual sem
remuneração fixa. “É um modelo único que maximiza
a comissão ao agente e permite que os rendimentos
sejam tão elevados quanto o esforço, o profissionalismo
e a dedicação colocados por cada um
na sua actividade”, refere o presidente executivo da
Re/Max em Portugal.
Facturação cresce 35% em 2008
Em 2008 a Re/Max Portugal foi eleita, pelo segundo
ano consecutivo, a segunda melhor empresa
para trabalhar em Portugal e nomeada, também
pela segunda vez, Marca de Excelência. Criada no
ano 2000, a Re/Max Portugal ocupa, desde 2001,
o primeiro lugar do ranking de franchising do IIF
– Instituto de Informação em Franchising no sector
imobiliário. O Instituto de Informação em Franchising
elegeu-a Melhor Franchising de Serviços e
Melhor Franchising do mercado em 2007.
A Re/Max mediou 21 701 transacções em 2007,
que movimentaram mais de 1,3 mil milhões de euros.
A facturação da rede cresceu 35,5% e o volume
total de negócios registou um acréscimo de 30%.
Em 2008, a rede tem como meta os 1,6 mil milhões
de euros de volume de negócios. O número
de agências deverá ascender a 250.
Mediação RecoRRe ao FRanchising paRa contRaRiaR
quebRa do MeRcado
Portugal, apostando numa lógica diversa, como
“uma forma estratégica e até algo desafiadora entre
as demais marcas internacionais, já que se trata da
única rede representada que não assenta o seu modelo
organizacional no conceito de franchising”.
A sua lógica visa a “aproximação ao investidor
interessado em conhecer as vantagens de pertencer
à rede das mediadoras nacionais e a postura de
investimento comercial num mercado ainda pouco
conhecedor da viabilidade da marca enquanto
negócio”.
DICAS PARA UM FRANCHISING
DE SUCESSO
Capacidade de Replicação: deve ser fácil transferir os conhecimentos
e know-how do negócio para os Franchisados.
à ajuda de especialistas.
consultóRio
JOSé VIEIRA LOPES
Managing Director da Team Vision
Competitividade: analise o
que torna o seu produto ou
serviço único, que atrai tanto
franchisados como clientes.
O que o torna especial face a
marcas concorrentes?
Lucros: as margens de lucros
devem ser suficientes
para o franchisador e o franchisado.
Aconselhamento de especialistas:
para desenvolver
um contrato de franchising
consistente e materiais de
formação eficientes, recorra
Recrutamento de franchisados: seja selectivo quando começar.
Caso contrário, pode minar todo o sistema.
Apoio contínuo: para manter os seus franchisados motivados, é
essencial providenciar apoio contínuo. Caso contrário, irão questionar
o que recebem pelo que pagam. Não subestime os recursos
e esforços necessários para manter uma rede de franchisados.
Negócios com dificuldades: O franchising não é uma solução
para recuperar uma empresa em apuros. O retorno do investimento
não será imediato, o investimento inicial é alto, e os direitos
de entrada iniciais irão apenas cobrir custos de recrutamento
e formação.
Contingências: circunstâncias inesperadas podem pôr em causa
mesmo os melhores projectos.
Assegure-se que tem fundos adicionais disponíveis se necessário.
O que pode correr mal?
Os especialistas apontam cinco razões principais para que um
conceito em franchising falhe. Estes não são problemas genéricos,
mas especificamente relacionados com este sistema de expansão.
Fraudes
Por exemplo, o uso de celebridades para atrair franchisados para
sistemas que não foram correctamente desenvolvidos, como
aconteceu bastante nos EUA nos anos 1960 e 1970.
Competição dentro do sistema
Isto acontece quando as unidades estão demasiado próximas, ou
quando unidades próprias estão perto de unidades franchisadas.
O resultado é a canibalização das vendas do outro, mesmo que o
franchisador veja esta situação apenas como um modo de obter o
máximo de receitas, ignorando os efeitos a longo prazo na rede.
Apoio insuficiente
Se for dado pouco apoio aos franchisados com acções de préabertura,
apoio na gestão, publicidade, etc., as unidades podem
acabar por fechar.
Conflitos persistentes entre franchisador e franchisado
A culpa pode ser de qualquer um dos lados: apoio insuficiente
do franchisador ou falta de qualidade na venda dos produtos ou
serviços pelo franchisado. Os conflitos devem ser reconhecidos e
resolvidos com a máxima eficácia possível.
Fiducial pretende angariar novos
franchisados
A Fiducial, marca de contabilidade
e consultoria, está a desenvolver
iniciativas de divulgação do seu
sistema de franchising para novos
parceiros. Para tanto, a aposta em
2008 far-se-á em duas vertentes
de divulgação: “roadshow” e “open
day”. Com o primeiro pretende
chegar até empresas ou empreendedores
ligados à área da gestão
que ainda não conhecem o conceito
Fiducial, e com o segundo quer
elucidar de forma mais consistente
potenciais parceiros que estejam no
processo de selecção de franchisados
mas que ainda não decidiram
avançar para a abertura de um negócio
em parceria com a marca.
A realização do “Roadshow” está
em linha com o que a Fiducial tem
vindo a seguir desde 2006, com
bReVes
apresentações efectuadas em diversas
capitais de distrito em Portugal.
Já o “open day” pretende
oferecer informação mais detalhada
e mais aprofundada sobre o sistema
seguido pela Fiducial, que abre
as portas das suas instalações aos
seus potenciais parceiros, dando a
conhecer as suas metodologias de
trabalho.
Estes eventos têm como “objectivo
último o crescimento sustentado
e expansão da rede em Portugal,
contribuindo para o sucesso dos
seus actuais e futuros parceiros”.
O calendário de “roadshows” passa
por Albufeira, a 11 de Junho, e
Tomar, a 25 de Setembro. Os próximos
“open day” terão lugar a 4
de Junho, 17 de Setembro, 15 de
Outubro e 12 de Novembro.