Municípios devem assumir a tributação do ... - Vida Económica
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editorial<br />
E os investi<strong>do</strong>res<br />
passam ao largo<br />
Os números são frios e objectivos. Enquanto o investimento<br />
estrangeiro em Portugal diminuiu 50% em 2007,<br />
triplicou em Espanha no mesmo perío<strong>do</strong> e registou aumentos<br />
significativos em to<strong>do</strong>s os países da União Europeia.<br />
Na comparação directa, os 36<br />
mil milhões de euros recebi<strong>do</strong>s<br />
pela Espanha representam nove<br />
vezes os parcos 4,1 mil milhões<br />
investi<strong>do</strong>s em Portugal, fican<strong>do</strong><br />
muito aquém <strong>do</strong> potencial e das<br />
necessidades <strong>do</strong> nosso país.<br />
Uma primeira explicação para<br />
esta quebra tão acentuada pode<br />
estar na distracção <strong>do</strong>s investi<strong>do</strong>res<br />
estrangeiros. Em vez de apro-<br />
João luís de Sousa<br />
Director Adjunto<br />
sexta-feira, 23 Maio de 2008 actualidade 5<br />
veitarem as boas oportunidades<br />
que o país oferece, os salários<br />
baixos, o clima ameno, o nosso<br />
sol, a paz social, a segurança, a<br />
estabilidade política, as relações com África, a vocação atlântica<br />
e a cordialidade <strong>do</strong>s portugueses, preferem investir em<br />
regiões onde os custos são mais eleva<strong>do</strong>s e o clima é menos<br />
agradável, por ter mais calor, mais frio, ou mais chuva.<br />
A segunda explicação pode estar na racionalidade da análise<br />
<strong>do</strong>s investi<strong>do</strong>res estrangeiros. Apesar de tu<strong>do</strong> o que o<br />
nosso país tem de bom para oferecer – que os governantes<br />
não se cansam de apregoar – e pondera<strong>do</strong>s os custos <strong>do</strong><br />
contexto, Portugal fica perder em relação aos destinos alternativos<br />
para investimento.<br />
A análise <strong>do</strong>s empresários estrangeiros pode não andar<br />
muito distante <strong>do</strong>s empresários nacionais. Os inquéritos <strong>do</strong><br />
Banco de Portugal revelam que a razão principal da queda<br />
<strong>do</strong> investimento não é a dificuldade de acesso ao crédito<br />
mas sim a falta de condições de rentabilidade sentida pelas<br />
empresas.<br />
A falta de rentabilidade que desmobiliza os investi<strong>do</strong>res<br />
deve-se sobretu<strong>do</strong> aos custos <strong>do</strong> contexto impostos pelo<br />
mau funcionamento <strong>do</strong>s serviços públicos, pelo quadro le-<br />
A falta de rentabilidade que<br />
desmobiliza os investi<strong>do</strong>res deve-se<br />
sobretu<strong>do</strong> aos custos <strong>do</strong> contexto<br />
impostos pelo mau funcionamento<br />
<strong>do</strong>s serviços públicos<br />
gal confuso e de má qualidade e pela pressão fiscal crescente<br />
sobre a actividade produtiva.<br />
Mas, em vez de corrigir os efeitos acumula<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s erros<br />
sucessivos das políticas económicas, os governantes ignoram<br />
e desprezam por completo o problema crucial da falta<br />
de condições de rentabilidade e vão reincidin<strong>do</strong> em más<br />
práticas, que são apresentadas como novas tendências.<br />
A moda actual está na perseguição aos agentes económicos.<br />
O conceito foi inventa<strong>do</strong> pela Administração Fiscal e<br />
tem vin<strong>do</strong> progressivamente a ser alarga<strong>do</strong> a todas as áreas<br />
<strong>do</strong> sector público estatal. Segurança Social, ASAE (uma<br />
nova polícia para as actividades económicas), e agora relações<br />
laborais. A ideia é a mesma: Multiplicar os processos<br />
contra as alegadas infracções, encerrar as unidades “incumpri<strong>do</strong>ras”<br />
e criminalizar de forma crescente a actuação <strong>do</strong>s<br />
priva<strong>do</strong>s.<br />
Apesar de o Esta<strong>do</strong> ser de longe o maior contrata<strong>do</strong>r de<br />
“falsos” recibos verdes, os governantes falam em impor responsabilidade<br />
criminal às empresas que o façam. Não beneficiam<br />
<strong>do</strong> mesmo interesse público…<br />
O zelo é tal que aos inspectores da ASAE são atribuí<strong>do</strong>s<br />
objectivos de produtividade em número de detenções, processos-crime,<br />
estabelecimentos a encerrar e contra-ordenações.<br />
Só que, enquanto os inspectores da ASAE se afadigam a<br />
arranjar detenções, processo-crime e a encerrar estabelecimentos,<br />
e Administração Fiscal se empenha em recuperar o<br />
princípio da prisão por dívidas aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> no século XIX,<br />
os investi<strong>do</strong>res vão passan<strong>do</strong> ao largo.<br />
Possivelmente, voltarão um dia se e quan<strong>do</strong> for feita a<br />
desminagem <strong>do</strong> terreno torna<strong>do</strong> perigoso por conceitos e<br />
práticas absurdas inventa<strong>do</strong>s por governantes e dirigentes<br />
com cultura saloia, ao arrepio <strong>do</strong> que se faz <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> civiliza<strong>do</strong>.<br />
Para já, os governantes vão manten<strong>do</strong> o optimismo e<br />
acreditam que os investi<strong>do</strong>res tornam a acreditar no país.<br />
Mas, tal como dizia Albert Einstein, só por insanidade<br />
se pode pensar que, fazen<strong>do</strong> as coisas da mesma forma, se<br />
conseguem obter resulta<strong>do</strong>s diferentes.<br />
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul<br />
procura investi<strong>do</strong>res em Portugal<br />
O governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> brasileiro<br />
de Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, André<br />
Puccinelli, quer que os portugueses<br />
descubram Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, que<br />
considera o melhor lugar para investir<br />
no Brasil. Este desejo foi expresso<br />
durante a recente visita de uma comitiva<br />
de políticos e empresários locais a<br />
Vila Nova de Gaia, enquadrada numa<br />
viagem mais alargada a oito cidades<br />
de Portugal, Espanha e Japão.<br />
Com uma área três vezes maior que<br />
a de Portugal e com 25% <strong>do</strong> seu território<br />
ocupa<strong>do</strong> pela floresta tropical<br />
<strong>do</strong> Pantanal, Património da Humanidade,<br />
o esta<strong>do</strong> de Mato Grosso <strong>do</strong><br />
Sul oferece, segun<strong>do</strong> o seu governa<strong>do</strong>r,<br />
importantes oportunidades na<br />
área agro-alimentar, na produção de<br />
energia e em actividades ligadas ao<br />
ecoturismo e outras actividades turísticas.<br />
Para além destes sectores de actividade,<br />
André Puccinelli destacou<br />
ainda as indústrias da madeira, da<br />
siderurgia, da celulose e da construção,<br />
sobretu<strong>do</strong> ao nível das infra-estruturas<br />
viárias, como possíveis bons<br />
investimentos para os empresários<br />
nacionais. Queremos que os empresários<br />
portugueses descubram o nosso<br />
esta<strong>do</strong> como fonte segura de investimentos,<br />
geração de empregos e lucro<br />
de forma sustentável, afirmou.<br />
O governa<strong>do</strong>r lembrou ainda que<br />
ANJE promove<br />
encontros<br />
de negócios<br />
inova<strong>do</strong>res<br />
A ANJE - Associação<br />
Nacional de Jovens Empresários,<br />
em parceria com<br />
a empresa Big Eventos,<br />
promove no próximo dia<br />
29 de Maio, quinta-feira,<br />
entre as 18h30 e as 21h00,<br />
uma tipologia de encontros<br />
de negócios inova<strong>do</strong>ra<br />
em Portugal: Speed Networking.<br />
Depois <strong>do</strong> sucesso<br />
regista<strong>do</strong> no Núcleo<br />
de Lisboa e Vale <strong>do</strong> Tejo<br />
<strong>do</strong>s Jovens Empresários, a<br />
iniciativa promete agora<br />
marcar a agenda empresarial<br />
<strong>do</strong> Porto, aportan<strong>do</strong><br />
regularmente na sede nacional<br />
da associação (Casa<br />
<strong>do</strong> Farol - Rua Paulo da<br />
Gama).<br />
Neste evento, cada participante<br />
tem a oportunidade<br />
de ter uma reunião individual<br />
de cinco minutos com<br />
os vários empresários presentes,<br />
usufruin<strong>do</strong> assim da<br />
possibilidade de apresentar<br />
os seus negócios e de potenciar<br />
os respectivos serviços<br />
e produtos. Nesta lógica de<br />
funcionamento, cada evento<br />
permite que os empresários<br />
travem conhecimentos<br />
com uma média de 12 a<br />
18 profissionais, número<br />
de contactos que, em condições<br />
normais, pode levar<br />
meses a ser consegui<strong>do</strong>.<br />
As inscrições podem ser<br />
efectuadas através <strong>do</strong> telefone<br />
220108000 ou <strong>do</strong> site<br />
www.speednetworking.<br />
com.pt.<br />
<br />
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul oferece uma localização<br />
privilegiada, fazen<strong>do</strong> fronteira<br />
com os esta<strong>do</strong>s de São Paulo,<br />
Minas Gerais e Paraná, mais populosos<br />
e industrializa<strong>do</strong>s, e com a Bolívia<br />
e o Paraguai.<br />
Face a algumas preocupações <strong>do</strong>s<br />
empresários presentes na palestra com<br />
a elevada carga tributária no Brasil, o<br />
governa<strong>do</strong>r relembrou a oferta de incentivos<br />
fiscais pelo prazo de 10 anos.<br />
Nós estamos trocan<strong>do</strong> impostos por<br />
empregos, referiu André Puccinelli.<br />
Para além de Porto, Gaia e Lisboa,<br />
onde terá encontros com empresários<br />
e lideranças locais, André Puccinelli<br />
visitará ainda as cidades de Vigo e<br />
Santiago de Compostela, em Espanha,<br />
e Tóquio, Nagoya e Okinawa,<br />
no Japão, onde participará em encontros<br />
com dirigentes da Toyota,<br />
visitará as instalações locais da Petrobrás<br />
e discursará sobre oportunidades<br />
de investimentos e negócios em<br />
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul na VI expoBU-<br />
SINESS, dedicada este ano ao tema<br />
Ano <strong>do</strong> Intercâmbio Japão-Brasil.<br />
Uma missão empresarial portuguesa<br />
foi ainda convidada a visitar o esta<strong>do</strong><br />
de Mato Grosso <strong>do</strong> Sul.<br />
Fernanda Silva Teixeira<br />
NOVIDADE<br />
A Tributação<br />
<strong>do</strong> Patrimóni Património<br />
Colectânea de legislação<br />
fundamental<br />
Inclui os Códigos<br />
<strong>do</strong> IMI, IMT e IS<br />
com notas e remissões<br />
Autores: Carlos Rodrigues,<br />
António Oliveira e Nuno no Miranda<br />
Págs.: 720 (15,5 15,5 x 23 cm cm)<br />
P.V.P.: A 17 (IVA incl.)<br />
Esta obra, agora em 2ª edição, revista e mais completa, contém os três códigos<br />
– CIMI, CIMT e CIS –, actualiza<strong>do</strong>s em 2008 e enriqueci<strong>do</strong>s com notas remissivas<br />
que irão permitir ao utiliza<strong>do</strong>r conhecer relativamente a cada uma das normas outras<br />
que com ela se relacionam e que fornecem, assim, sobre cada facto, os coman<strong>do</strong>s<br />
normativos necessários sobre essa temática.<br />
Inclui legislação complementar avulsa, desenvolvi<strong>do</strong> índice alfabético, remissivo e sistemático.<br />
Pedi<strong>do</strong>s para: <strong>Vida</strong> <strong>Económica</strong> - R. Gonçalo Cristóvão, 111, 6º esq. • 4049-037 PORTO<br />
Tel. 223 399 400 • Fax 222 058 098 • E-mail encomendas: encomendas@vidaeconomica.pt<br />
www.vidaeconomica.pt<br />
Nome<br />
Morada C. Postal<br />
Nº Contribuinte E-mail<br />
Solicito o envio de exemplar(es) da obra “A “ TRIBUTAÇÃO DO PATRIMÓNIO<br />
PATRIMÓNIO”.<br />
Para o efeito envio cheque/vale nº , s/ o , no valor de A<br />
Debitem A , no meu cartão com o nº<br />
Cód. Seg. emiti<strong>do</strong> em nome de<br />
e váli<strong>do</strong> até / .<br />
Solicito o envio à cobrança. (Acrescem A 4 para despesas de envio e cobrança).<br />
ASSINATURA<br />
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