Liberdade de existir - Visão Judaica
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tempo, mas logo me adaptei e participei<br />
da Chevra Kadisha, do Fundo Comunitário,<br />
do Hils Farein e aju<strong>de</strong>i a<br />
fundar a B’nai B’rith, da qual ainda<br />
faço parte, além <strong>de</strong> ter sido vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
do Beit Chabad.<br />
VJ — Qual a sua relação com o<br />
Estado <strong>de</strong> Israel?<br />
JB — Sou cem por cento sionista.<br />
Graças a Israel o povo ju<strong>de</strong>u tem<br />
hoje um país para viver em segurança<br />
e nos permite viver em segurança<br />
em qualquer parte do mundo. Acredito<br />
que todo ju<strong>de</strong>u tem laços afetivos<br />
com Israel.<br />
VJ — Como lí<strong>de</strong>r comunitário,<br />
qual o momento mais difícil e o melhor<br />
momento vividos?<br />
JB — Creio que o momento mais<br />
difícil foi durante a Guerra dos Seis<br />
Dias, em 1967 porque mexeu muito<br />
com a gente. Estávamos apreensivos<br />
com os acontecimentos e as ameaças<br />
<strong>de</strong> jogar os ju<strong>de</strong>us no mar. Em<br />
1973 houve outro momento <strong>de</strong> tensão,<br />
durante a Guerra do Iom Kipur,<br />
quando houve perigo. Mas graças a<br />
Sharon, que hoje é o primeiro-minis-<br />
tro do país, tudo <strong>de</strong>u certo. O melhor<br />
momento, sem dúvida foi a alegria da<br />
In<strong>de</strong>pendência do Estado <strong>de</strong> Israel.<br />
VJ — Hoje é fácil, como ontem,<br />
<strong>de</strong> atuar na comunida<strong>de</strong>?<br />
JB — Atualmente é mais difícil<br />
trabalhar com a comunida<strong>de</strong>. Antigamente<br />
isso representava para as pessoas<br />
uma honra. Hoje, ninguém mais<br />
liga para isso. Parece que as pessoas<br />
só se preocupam com seus problemas<br />
e os <strong>de</strong> sua família, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> lado<br />
o trabalho comunitário.<br />
VJ — Qual a mensagem que gostaria<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar para os novos lí<strong>de</strong>res<br />
comunitários?<br />
JB — Gostaria que eles mantivessem<br />
firme a continuida<strong>de</strong> do judaísmo.<br />
Um exemplo a seguir é o<br />
que está acontecendo na parte religiosa.<br />
Estamos assistindo a um belo<br />
trabalho com a juventu<strong>de</strong>, por parte<br />
do nosso lí<strong>de</strong>r espiritual Sami<br />
Goldstein, na Sinagoga “Francisco<br />
Frischmann”, como com o trabalho<br />
<strong>de</strong>senvolvido pelo rabino Dubrawsky<br />
do Beit Chabad e <strong>de</strong> sua esposa Tila<br />
em favor do judaísmo.<br />
Foto: Internet<br />
VISÃO JUDAICA • Março <strong>de</strong> 2004 • Adar/Nissan • 5764<br />
‘Armando’ a fotografia<br />
Esta fotografia<br />
foi feita durante<br />
uma manifestação<br />
na qual participaram<br />
organizações<br />
palestinas e israelenses<br />
<strong>de</strong> direitos<br />
humanos e associaçõespró-palestinas<br />
em Abu Dis,<br />
on<strong>de</strong> está sendo<br />
construído a cerca<br />
<strong>de</strong> segurança.<br />
A foto foi publicada<br />
por um jornal<br />
israelense que tem<br />
contrato com duas<br />
importantes agências <strong>de</strong> notícias para aquisição <strong>de</strong> fotografias.<br />
A diferença <strong>de</strong>sse jornal com os outros meios, é que<br />
utilizam somente fotografias autorizadas e pelas quais pagam<br />
um <strong>de</strong>terminado preço através <strong>de</strong> uma conta mensal.<br />
Manipulação: Como se "arma" uma cena <strong>de</strong> protesto, enganando<br />
a imprensa em todo mundo e o seus leitores<br />
A foto mencionada pertence a um meio ao qual o jornal<br />
não é associado. Por isso, o jornal entrou em contato com as<br />
agências noticiosas com as que tem contrato, para saber se<br />
tinham alguma fotografia similar, explicando-lhes do que se<br />
tratava. Esperou uns minutos enquanto procuravam entre as<br />
fotos feitas no dia anterior e não tinham nada parecido.<br />
Surgiu então a interrogação do porquê o fotógrafo não<br />
se prevenira <strong>de</strong> fazer a tomada como os <strong>de</strong>mais, ao que<br />
respon<strong>de</strong>ram: “Nosso fotógrafo observou a situação, mas se<br />
<strong>de</strong>u conta que era uma tomada 'armada'”. Assim é que se<br />
po<strong>de</strong> ver que a mulher está 'justamente' parada diante <strong>de</strong><br />
uma pichação que diz: 'Parem <strong>de</strong> matar o povo palestino'.<br />
Para conseguir a fotografia tal como se observa o jornal<br />
teve que se dirigir a uma agência que a possuía.<br />
Esta é mais uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> que a maioria dos<br />
meios <strong>de</strong> comunicação (sobretudo estrangeiros), muitas<br />
vezes <strong>de</strong> forma ingênua, faz mau uso jornalismo e acaba<br />
prejudicando Israel <strong>de</strong> forma intencional ou não.<br />
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