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Liberdade de existir - Visão Judaica

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Pessach 14<br />

Pessach (Páscoa) é uma festa da<br />

primavera que comemora o Êxodo - a<br />

saída dos filhos <strong>de</strong> Israel do Egito há<br />

cerca <strong>de</strong> 3300 anos, guiados por Moisés,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> dois séculos <strong>de</strong> escravidão.<br />

A festa começa com o Se<strong>de</strong>r, um jantar<br />

cerimonial em família, durante o qual<br />

a história do Êxodo, tal como relatada<br />

na Hagadá, é recitada e celebrada.<br />

Durante os sete dias <strong>de</strong> Pessach, é<br />

proibido comer pão fermentado (isto<br />

é, feito com fermento), que é substituído<br />

pelo pão ázimo. A origem do<br />

nome da festa está na promessa feita<br />

pelo Eterno <strong>de</strong> “Passar por cima” das<br />

casas dos filhos <strong>de</strong> Israel, colocandoas<br />

a salvo <strong>de</strong>ssas pragas.<br />

Na época bíblica, Pessach coincidia<br />

com a colheita da cevada, a primeira<br />

colheita <strong>de</strong> cereal do ano. Na<br />

segunda noite <strong>de</strong> Pessach começa a<br />

contagem do Ômer, que se conclui quarenta<br />

e nove dias mais tar<strong>de</strong>, na véspera<br />

<strong>de</strong> Shavuót.<br />

Guia para a Páscoa judaica<br />

Busca do chametz<br />

Uma busca formal por chametz (restos<br />

<strong>de</strong> comida esquecida ou migalhas<br />

perdidas ou caídas <strong>de</strong> pão, biscoito,<br />

etc) <strong>de</strong>ve ocorrer na noite anterior a<br />

Pessach, este ano, 2004, segunda-feira<br />

à noite, dia 5 <strong>de</strong> abril. A busca do<br />

chametz é feita à luz <strong>de</strong> uma vela. Os<br />

membros da família percorrem aposento<br />

por aposento, on<strong>de</strong> quer que algum<br />

alimento possa estar. É um costume cabalístico<br />

colocar <strong>de</strong>z pedaços <strong>de</strong> pão<br />

bem embrulhados<br />

(para que<br />

não caia nenhum<br />

farelo) e<br />

espalhados pelos<br />

diversos<br />

ambientes,<br />

para serem<br />

achados e coletadosdurante<br />

a busca geral <strong>de</strong> chametz. As crianças<br />

curtem muito este momento, percorrendo<br />

a casa munidos com uma pena<br />

que serve para “varrer” o chametz. Antes<br />

<strong>de</strong> procurar, recita-se a bênção Al<br />

Biur Chametz:<br />

“Baruch Atá A-do-nai E-lo-hê-nu<br />

Mêlech Haolám, Asher Ki<strong>de</strong>shánu Be-<br />

mitsvotav Vetzivánu Al Biur Chamêts.”<br />

(“Bendito és Tu, Senhor nosso D-us,<br />

Rei do Universo que nos santificou com<br />

Seus mandamentos e nos or<strong>de</strong>nou remover<br />

o chametz”).<br />

Ao concluir a busca e após ter-se<br />

recolhido qualquer chametz que por<br />

acaso tenha sido encontrado, a seguinte<br />

<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> anulação <strong>de</strong>ve<br />

ser pronunciada:<br />

“Todo fermento ou qualquer produto<br />

fermentado em meu po<strong>de</strong>r que<br />

não vi ou removi, e <strong>de</strong> que não tenho<br />

consciência, seja<br />

consi<strong>de</strong>rado sem valor<br />

e sem dono como o pó<br />

da terra.”<br />

O chametz encontrado<br />

durante a busca<br />

<strong>de</strong>ve então ser embrulhado<br />

e colocado <strong>de</strong><br />

lado, para ser queimado<br />

na manhã seguinte<br />

na sinagoga juntamente<br />

com o chametz <strong>de</strong><br />

outros membros <strong>de</strong> sua<br />

comunida<strong>de</strong> e que passaram<br />

pelo mesmo procedimento.<br />

Venda do<br />

chametz<br />

Tradicionalmente, após guardar o<br />

chametz num quarto fechado ou num<br />

congelador trancado, é dada autorização<br />

ao rabino para a venda do nosso<br />

chametz. Assim o chametz <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> pertencer<br />

ao ju<strong>de</strong>u.<br />

Jejum dos primogênitos<br />

Este jejum é realizado na véspera<br />

<strong>de</strong> Pessach,<br />

porém costuma-separticipar<br />

<strong>de</strong><br />

um término<br />

<strong>de</strong> tratado<br />

Talmud para<br />

isentar-se<br />

<strong>de</strong>le.<br />

Na véspera do Se<strong>de</strong>r<br />

No domingo, a cozinha <strong>de</strong>verá estar<br />

<strong>de</strong>vidamente “casherizada”. À véspera<br />

<strong>de</strong> Pessach, é permitido comer matzá<br />

ashirá (matzá <strong>de</strong> ovo). A matzá shemurá<br />

é usada nas duas noites do Se<strong>de</strong>r. Alguns<br />

a usam durante toda a festa. Na<br />

véspera <strong>de</strong> Pessach é proibido ingerir pão<br />

após as 9h30m e também não po<strong>de</strong>mos<br />

ingerir matzá antes do Se<strong>de</strong>r.<br />

Em Yom Tov (dia sagrado) não se<br />

cozinha para o dia seguinte.<br />

Preparação da mesa<br />

No Se<strong>de</strong>r, prepara-se a mesa da seguinte<br />

forma: no centro <strong>de</strong> uma ban<strong>de</strong>ja<br />

colocam-se três matzót, que representam<br />

os três grupos <strong>de</strong> ju<strong>de</strong>us:<br />

Cohanim, Leviim e Israel. Ao lado<br />

<strong>de</strong>ssas matzót, colocam-se os seguintes<br />

símbolos:<br />

Zeroá - Pedaço <strong>de</strong><br />

osso do cor<strong>de</strong>iro ou<br />

ovelha, que se coloca<br />

na parte superior, à direita<br />

da ban<strong>de</strong>ja. Este<br />

osso simboliza o po<strong>de</strong>r<br />

com que D-us nos tirou<br />

do Egito e o cor<strong>de</strong>iro<br />

nos lembra o cor<strong>de</strong>iro<br />

pascal, sacrificado no<br />

Templo.<br />

Betsá - Ovo cozido,<br />

colocado na parte superior<br />

à esquerda da<br />

ban<strong>de</strong>ja, simboliza<br />

uma lembrança do sacrifício<br />

que se oferecia<br />

em cada festivida<strong>de</strong>.<br />

Marór - Erva amarga, colocada no<br />

centro da ban<strong>de</strong>ja, simboliza o sofrimento<br />

dos ju<strong>de</strong>us escravos no Egito.<br />

Usa-se escarola, verdura mais amarga<br />

que alface.<br />

Charósset - Mistura <strong>de</strong> nozes, amêndoas,<br />

tâmaras, canela e vinho. Colocada<br />

na parte inferior à direita da ban<strong>de</strong>ja,<br />

representa a argamassa com a<br />

qual os ju<strong>de</strong>us trabalhavam na construção<br />

das edificações do faraó.<br />

Karpás - O salsão, colocado embaixo,<br />

à esquerda. Essa verdura, molhada<br />

em vinagre ou água salgada, serve para<br />

dar o “sabor” do Êxodo. Lembra o hissopo<br />

(Ezov) com o qual os israelitas<br />

aspergiram um pouco <strong>de</strong> sangue nos<br />

batentes <strong>de</strong> suas casas, antes da praga<br />

dos primogênitos.<br />

Chazéret - Escarola.<br />

Coloca-se sob o Marór.<br />

Além disso, colocam-se na mesa:<br />

• Um recipiente com água salgada, em<br />

que se mergulham as verduras. Lembra<br />

o mar.<br />

VISÃO JUDAICA • Março <strong>de</strong> 2004 • Adar/Nissan • 5764<br />

– a festa que comemora a libertação<br />

<strong>de</strong> Nissan 5764 - 6 e 7 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2004<br />

<strong>Visão</strong> <strong>Judaica</strong>,<br />

Hana Kleiner, Sheilla Figlarz,<br />

Szyja Lorber e famílias<br />

Desejam nesta festa da <strong>Liberda<strong>de</strong></strong><br />

um Pessach com muitas alegrias<br />

• A taça para cada um dos presentes. O<br />

conteúdo mínimo <strong>de</strong> cada taça é <strong>de</strong> 86<br />

mililitros (valor numérico <strong>de</strong> Kos = copo).<br />

O Se<strong>de</strong>r (Or<strong>de</strong>m)<br />

Durante o Se<strong>de</strong>r, quem conduz a cerimônia<br />

<strong>de</strong>ve obe<strong>de</strong>cer a seguinte or<strong>de</strong>m:<br />

Ka<strong>de</strong>sh - fazer o kidush<br />

(benção)<br />

O Se<strong>de</strong>r começa com o kidush feito<br />

sobre um copo <strong>de</strong> vinho cheio. Cada<br />

um dos presentes tem obrigação <strong>de</strong><br />

beber no <strong>de</strong>correr do Se<strong>de</strong>r quatro copos<br />

<strong>de</strong> vinho. Estes quatro copos lembram<br />

as quatro expressões <strong>de</strong> salvação<br />

mencionadas na Torá: “...E vos tirarei<br />

do Egito... e vos salvarei da escravidão...<br />

e vos redimirei com braço estendido...<br />

e vos tomarei para mim como<br />

povo...” Ao terminar <strong>de</strong> recitar o<br />

kidush, cada um dos presentes bebe o<br />

primeiro dos quatro copos, reclinandose<br />

sobre o lado esquerdo, como expressão<br />

<strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>. Ele moa<strong>de</strong>i Ad-onai<br />

mikraê ko<strong>de</strong>sh, asher tikreú otam bemoadam.<br />

Vaidaber Moshe et moa<strong>de</strong>i Adonai<br />

el benei Israel. Sabri maranan!<br />

Veonim: (Lechaim).<br />

Baruch Atá Ad-onai El-oheinu melech<br />

haolam borê peri haguefen. Baruch<br />

Atá Ad-onai El-oheinu melech haolam,<br />

asher bachar banu mikol am, veromemanu<br />

mikol lashon, veki<strong>de</strong>shanu bemits-<br />

votav, vatiten lanu Ad-onai El-ohenu<br />

beahavá Shabatot limnuchá umoadim<br />

lesimchá, chaguim uzmanim lessasson.<br />

Et yom chag hamatsot hazé, veet yom<br />

tov mikra ko<strong>de</strong>sh hazé, zeman cherutenu.<br />

Beahavá mikra ko<strong>de</strong>sh, zecher litsiat<br />

mitzraim, ki banu bacharta veotanu kidashta<br />

mikol haamim, umoa<strong>de</strong>i kôdshecha<br />

besimchá uvssasson hinchaltánu.<br />

Baruch Atá Ad-onai, meka<strong>de</strong>sh Yisrael<br />

vehazemanim.<br />

Baruch Atá Ado-nai El-ohenu melech<br />

haolam shehecheianu vekiyemanu vehiguianu<br />

lazeman haze.<br />

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