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Liberdade de existir - Visão Judaica

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14<br />

VISÃO JUDAICA • Março <strong>de</strong> 2004 • Adar/Nissan • 5764<br />

TURISMO<br />

Aqueles que visitam a esplanada<br />

on<strong>de</strong> se encontram os dois importantes<br />

monumentos da fé islâmica em<br />

Jerusalém, Domo da Rocha e Mesquita<br />

<strong>de</strong> Al Aksa, dificilmente reparam<br />

na construção que se encontra<br />

próxima à bilheteria: a Fonte do<br />

Sultão Quytbay.<br />

A fonte do século 15 (1482), não<br />

tem merecido a atenção dos guias <strong>de</strong><br />

turismo, o que é uma injustiça. Ela<br />

passa <strong>de</strong>spercebida pelos olhos dos<br />

visitantes como outros tantos monumentos<br />

que fazem parte do conjunto<br />

<strong>de</strong> obras <strong>de</strong>ixadas pelos califas e sultões<br />

que passaram por Jerusalém ou<br />

que, mesmo sem estarem presentes,<br />

or<strong>de</strong>naram suas construções que hoje<br />

lembram os seus nomes.<br />

A fonte construída por artesãos<br />

Jerusalém (9)<br />

Bairro árabe (4)<br />

Antônio Carlos Coelho da Costa*<br />

egípcios e por um mestre cristão, traz<br />

a característica da requintada arquitetura<br />

mameluca. Seu interior é <strong>de</strong>corado<br />

com o mesmo requinte e, em<br />

seu entorno, há uma inscrição <strong>de</strong> frases<br />

do Corão.<br />

No ano <strong>de</strong> 1883 sofreu sua única<br />

restauração, sem que esta modificasse<br />

o seu aspecto original. Por ter<br />

sido construída por artesãos especializados<br />

em edifícios fúnebres,<br />

recebeu também, influência da arquitetura<br />

funerária.<br />

Outra obra que chama a atenção<br />

por sua beleza é o Púlpito <strong>de</strong> Burhan<br />

ed-Din. Situado à direita do Domo<br />

da Rocha. A construção do século 14<br />

(1388) reúne elementos bizantinos<br />

e cruzados, formando uma combinação<br />

muito interessante. Há uma es-<br />

O púlpito <strong>de</strong> Burhan ed-Din, um tesouros arquitetônicos que passam<br />

<strong>de</strong>spercebidos em Jerusalém<br />

cada que leva ao lugar do pregador<br />

(juiz). O púlpito coberto diferenciase<br />

dos outros com a mesma finalida<strong>de</strong>,<br />

pois foi feito especialmente para<br />

pregações em local aberto.<br />

No imenso jardim da esplanada há<br />

muitas outras marcas da presença islâmica<br />

em Jerusalém. Lamentavelmente,<br />

elas passam <strong>de</strong>spercebidas dos<br />

visitantes que, hipnotizados pelo<br />

dourado da cúpula do Domo da Ro-<br />

cha ou apresados para cumprir os<br />

apertados programas turísticos.<br />

Não só na esplanada há belos<br />

exemplos da arquitetura islâmica. Elas<br />

estão nas vielas, nas fachadas dos<br />

edifícios, nas fontes e nas <strong>de</strong>corações<br />

talhadas na pedra, perdidas nos<br />

cantos do mercado. Visitar Jerusalém<br />

requer olhos atentos para cada <strong>de</strong>talhe<br />

que contam a história <strong>de</strong> uma<br />

cida<strong>de</strong> única.<br />

*Antônio Carlos Coelho da Costa é professor e diretor do Instituto Ciência e Fé

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