Liberdade de existir - Visão Judaica

OLHAR
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Vacina para gripe em gotas nasais
Cientistas israelenses estão desenvolvendo
uma vacina contra gripe que apenas com uma
gota nasal protegerá pessoas de todas as
idades contra todas as formas atuais e futuras
da doença durante cinco anos. A vacina está
sendo testada em ratos e os testes em seres
humanos começarão em 2006. É o resultado de
20 anos de pesquisas da professora Ruth
Arnon, do Instituto Weizmann, da equipe
veterana que desenvolveu o Copaxone para a
esclerose múltipla. Os testes finais em
laboratório estão sendo efetuados na empresa
BiondVax. As vacinas convencionais são válidas
apenas por um ano, dado que o vírus — cujas
complicações podem ser mortais para idosos ou
pessoas com sistema imunológico debilitado
— muda a cada ano, período em que entre 5 a
20% da população mundial contrai a doença.
Complicações decorrentes da gripe atingem 1,
2 milhão de pessoas por ano.
Cirurgia de bacia assistida
por computador
Pela primeira vez no mundo, cirurgiões
ortopedistas realizaram uma operação de
recolocação de bacia com o auxílio de um
sistema de navegação computadorizado. Foi no
Hospital Universitário Hadassah, em Israel.
Esse complexo procedimento cirúrgico —
conhecido como artroscopia — é o tratamento
para o último estágio da artrite, efetuado
anualmente em mais de 150 mil pessoas nos
EUA. Duas empresas gigantes do exterior —
Zimmer e Medtronics — pioneiras no
desenvolvimento de hardware e software para
cirurgias escolheram o Hospital Hadassah para
realizar o procedimento, devido à experiência
de seus ortopedistas em cirurgias assistidas
por computador, incluindo a remoção de
estilhaços em vítimas do terrorismo.
Esta tecnologia que melhora a qualidade
de vida do paciente no pós-cirúrgico,
com maior capacidade de movimentos,
será disponibilizada aos melhores
centros cirúrgicos.
Carro controlado por celular
Um novo dispositivo inventado por israelenses
pode mostrar aos pais qual a velocidade em
que seus filhos estão dirigindo, através de
mensagem do telefone celular do interessado,
que se comunica com o sistema de alarme
anti-roubo e com marcador de velocidade do
automóvel. Em Israel, como em muitos países
do Ocidente, é grande o número de acidentes
de automóvel envolvendo jovens,
especialmente nos finais de semana.
A invenção acionada por controle remoto,
patenteada pela empresa Ituran, também
permitirá às firmas controlarem os motoristas
dos carros que estão em serviço.
Israel e Jordânia criam instituto científico
Israel e a Jordânia criaram em conjunto um
instituto científico de grandes proporções,
HIGH-TECH
após cinco anos de preparativos secretos.
A pedra fundamental do ambicioso projeto
acaba de ser colocada em Arava, próximo
a Ein Yahav. Espera-se que estudantes
israelenses e jordanianos trabalhem juntos
em projetos de pesquisas biológicas e
tecnológicas. O principal objetivo é a
aproximação entre os dois países.
Myasthenia Gravis perto da cura
Uma empresa israelense está em estágio de
desenvolvimento avançado de um tratamento
efetivo para Myasthenia Gravis (MG). É uma
doença crônica que afeta cerca de 100 mil
pessoas em todo o mundo, caracterizada por
fraqueza, dificuldade de abrir os olhos e
problemas musculares nas mãos e pernas.
O sistema imunológico do corpo ataca os
receptores de acetylcholine na junção
neuromuscular, interferindo na função da
musculatura, em diversos casos inclusive
afetando a respiração. A empresa Ester
Neurosciences, de Herzliya, acaba de completar
com sucesso a fase de testes da substância
Monarsen – um medicamento por via oral para
a doença neurológica e em conseqüência
galgou um degrau em termos de autorização da
FDA, Departamento dos EUA, que regulamenta
as medicações, recebendo o status de Orphan
Drug Designation, (antigo EN101). O Monarsen
é mais eficaz e com menos efeitos colaterais
do que outras substâncias pesquisadas.
Trabalho, a fonte da juventude
Um estudo realizado durante 13 anos com
idosos pelo Departamento de Reabilitação e
Geriatria do Hospital Hadassah Mt. Scopus
mostra o segredo da fonte da juventude:
continuar trabalhando o mais que puder e se
isto não for possível atuar como voluntário.
É o que explica o dr. Yaram Maaravi, chefe do
departamento e líder do estudo, que envolveu
1000 cidadãos israelenses, nascidos em 1920.
'Aqueles que continuam trabalhando após os
70 anos têm mais chance de viver de maneira
independente até aos 77 anos ou mais'. Há
pouca diferença se o trabalho é voluntário ou
não, se é uma ou mais vezes por semana.
Encontrada solução para apnéia infantil
De acordo com uma nova pesquisa do Centro
Médico Soroka de Israel, é possível melhorar a
qualidade do sono de crianças que sofrem da
síndrome de apnéia (que influi no desempenho
escolar e no comportamento), através da
remoção das amídalas, bem como da adenóide.
Os efeitos da apnéia durante o sono são
totalmente reversíveis, explica o professor Asher
Tal, que chefia a pesquisa junto com o dr. Haim
Reuveni do Departamento de Saúde Pública e de
Pediatria e o dr. Ariel Tarasiuk, chefe do
Laboratório do Sono. As descobertas foram
publicadas em dois estudos separados em
dezembro de 2003, nos jornais médicos Chest e
Sleep. Segundo os pesquisadores, 3% das crianças
têm problemas durante o sono, resultantes do
bloqueio das vias aéreas superiores.
VISÃO JUDAICA • Março de 2004 • Adar/Nissan • 5764
Pessach: 17
Uma
visão histórica e universal
Edda Bergmann *
A Hagadá de Pessach que foi escrita muitos anos mais tarde se inicia com um
relato histórico da maior importância.
“Entretanto levantou-se no Egito um novo rei que não conhecera José”. Estabeleceu
sobre eles inspetores de obras para os oprimirem com trabalhos penosos
e eles edificaram para o Faraó as cidades dos armazéns de Pitom e Ramsés
(Êxodo 1-8-19). O novo rei que não conhecera José era Ramsés II. Seu desconhecimento
é perfeitamente compreensível, porque José viveu séculos antes
dele e no tempo dos hicsos.
Os egípcios não nos transmitiram nem os nomes dos odiados soberanos hicsos
quanto mais de dignatários.
Portanto, a época de José e posteriormente de seus irmãos no Egito é a época
em que o país esteve sob a denominação dos hicsos e quando esta terminou, os
israelitas que estavam na fértil terra de Gessem foram feitos escravos pelo faraó
que voltava ao poder e resolvera construir as cidades armazéns.
Um egípcio que se prezasse tinha dois motivos para desdenhar os israelitas,
estes eram asiáticos e portanto desprezíveis “vagabundos da areia” e teriam sido
amigos dos invasores hicsos, o que não representava recomendação para o faraó.
Nos detalhes das inscrições arqueológicas aparece um povo de pele clara vestido
com tanga de linho e no trabalho pesado da construção de tijolos os capatazes
de pele escura. Está claro que eles não estavam ali de pura e espontânea vontade
mas sim, sob um regime de escravidão forçada. As duas cidades dos escravos, uma
era a antiga capital de Ecos, Abares, e pela nova política internacional do Egito não
era aconselhável a capital em Tebas, muito distante do Delta, de onde os egípcios
poderiam controlar melhor a irrequieta Ásia e os domínios de Canaã e da Síria.
De Avaris, a antiga terra dos irmãos de José, surgiu Piton Ramsés Meir Aimon.
Se 4.000 anos a.C. já houvesse um registro de patentes os egípcios poderiam
ter registrado a invenção dos silos. Os silos das fazendas americanas e canadenses
ainda hoje são construídos sob o mesmo princípio.
José mandou construir celeiros e os seus descendentes construíram-nos como
escravos da terra de Gessem.
Ramsés II deu muito trabalho aos arqueólogos, pois por vaidade colocou o seu
nome em todas as construções do Egito.
Segundo o nosso conhecimento atual da topografia do Delta Oriental, a narrativa
do começo do Êxodo (Ex. 12-37 e 13-20) é absolutamente exata topograficamente
e a narrativa histórica também da sua peregrinação nas regiões do Sinai,
Madiã e Cades. Até a data da saída do Egito, por tanto tempo discutida, pode ser
determinada hoje em 1290 a.C.
O tempo dos filhos de Israel no Egito foi de 450 anos. Moisés era um hebreu
nascido no Egito com um nome tipicamente egípcio como era usado no país do Nilo.
Sendo Moisés já grande quando resolvera visitar seus irmãos e viu sua aflição,
razão que fez com que matasse um capataz. Saiu da jurisdição do Egito para Madiã,
pois Canaã era terra ocupada pelo Egito e a leste do Golfo de Ácaba ficava Madiã
com cujos habitantes tinha laços de parentesco pois era a terra de Célera, mulher
de Abrão após a morte de Sara.
As pragas são comuns no Egito mas acontecem em diferentes épocas do ano e a
coincidência de terem surgido todas ao mesmo tempo é intrigante para os historiadores.
Moisés conduziu seu povo pela região das minas que começava em Menphis e
passava junto à ponta do Golfo.
Para uma caravana com muita gente e rebanhos 70 quilômetros representava
uma marcha de três dias sem encontrar água, a água é salgada, sulfurosa e amarga
diz a Bíblia.
As codornizes e o maná são inteiramente naturais naquela região e não faltam
escritores fidedignos sobre sua existência.
Pode-se encontrar o sobrenatural em tudo isto? Com toda a certeza sim!
As coincidências históricas e a naturalidade da comunicação de Moisés com D-us
no Monte Sinai onde as Tábuas da Lei que até hoje fazem parte dos códigos universais
do mundo chamado civilizado são prova disso.
O sobrenatural pode estar em qualquer parte, dentro e fora de nós mesmos. E
ele sempre será detectado como algo superior e inexplicável para nossas inteligências,
mas muitas vezes captado pelo que de mais digno existe em cada um de nós,
“a nossa alma”.
Vamos estudar as coincidências e teremos um Pessach mais rico e sua influência
e percepção mais duradoura.
Vamos conhecer melhor o nosso eu.
* Edda Bergmann é vice-presidente internacional da B’nai B’rith.