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O Mensageiro do Islam e os Ahlul Bait

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“Oh Mohammad, tu n<strong>os</strong> ordenaste testemunharm<strong>os</strong> de que<br />

não há divindade além de Deus e que tu és o Seu <strong>Mensageiro</strong>,<br />

e nós aceitam<strong>os</strong>. Tu n<strong>os</strong> ordenaste rezarm<strong>os</strong> as cinco orações<br />

to<strong>do</strong>s <strong>os</strong> dias, jejuarm<strong>os</strong> no mês de Ramadan, peregrinarm<strong>os</strong><br />

na Kába, pagarm<strong>os</strong> o dízimo de n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> lucr<strong>os</strong> a<strong>os</strong> necessita<strong>do</strong>s,<br />

e, contu<strong>do</strong>, concordam<strong>os</strong> com tu<strong>do</strong> isso, porém, como se<br />

não bastasse, agora tu vens impôr-n<strong>os</strong> o teu primo como sucessor,<br />

preferin<strong>do</strong>-o a<strong>os</strong> demais, dizen<strong>do</strong>-n<strong>os</strong>: Aquele que sou<br />

o seu soberano, Ali o será também!... Afinal, isto veio de tua<br />

vontade ou da vontade de Deus?<br />

O <strong>Mensageiro</strong> (S.A.A.S) olhou firme para ele, com <strong>os</strong> olh<strong>os</strong><br />

avermelha<strong>do</strong>s pela indignação e lhe respondeu:<br />

Por Deus!. Exclamou. Não há divindade além de Deus, que<br />

isto é da vontade de Deus e não da minha vontade!<br />

Repetin<strong>do</strong> esta afirmação por três vezes. Al-Háreth ibn<br />

Naamán se levantou dizen<strong>do</strong>:<br />

Por Deus! Se o que Mohammad falou é verdadeiro, que caia<br />

sobre mim pedras <strong>do</strong> céu ou que se ap<strong>os</strong>se de mim o pior <strong>do</strong>s<br />

sofriment<strong>os</strong>! Sain<strong>do</strong> <strong>do</strong> recinto imediatamente.<br />

Logo depois, o <strong>Mensageiro</strong> (S.A.A.S) de Deus contou:<br />

... e eu v<strong>os</strong> juro, que ele nem chegou a alcançar a sua camela,<br />

quan<strong>do</strong> caiu-lhe <strong>do</strong> céu uma pesada pedra, atingin<strong>do</strong>-o em<br />

cheio na cabeça, matan<strong>do</strong>-o na hora.<br />

P<strong>os</strong>teriormente, desceu sobre o Profeta (S.A.A.S) uma Revelação,<br />

mencionada no Alcorão Sagra<strong>do</strong>:<br />

“Um inquirente questiona sobre um castigo iminente que é<br />

indefensável a<strong>os</strong> incrédul<strong>os</strong>”<br />

(Surata Al-Maaredj, Cap. 70, V. 1 e 2)<br />

Sheikh Taleb Hussein Al-Khazraji<br />

Muit<strong>os</strong> <strong>do</strong>utores em teologia mencionaram este acontecimento, e quem<br />

quiser ampliar o seu conhecimento, eis que relacionam<strong>os</strong> abaixo algumas<br />

fontes de obras em árabe: Chauáhed Attanzíl, <strong>do</strong> Al-Máscati, Cap.<br />

2, pág. 286; Tafsír Athaalaby, na interpretação <strong>do</strong> versículo menciona<strong>do</strong><br />

“Sa-alá sá-elon be-azáben uáqeen...; Tafsír Al-Qartaby, Cap. 18, pág.<br />

278; Tafsír Al-Manár, de Rachid Reda, Cap. 6, pág. 464; Yanabí Al-<br />

Mauadda, de Al-Qunduzi Al-Hanafi, pág. 328 e Al-Hákem, no que referiu<br />

sobre <strong>os</strong> “As-Sahíhin”, ou seja, “Os Infalíveis”, Cap. 2, pág. 502)<br />

A outra questão que <strong>os</strong> livr<strong>os</strong> mencionam, é sobre a omissão <strong>do</strong><br />

testemunho ocorri<strong>do</strong> no “Al-Ghadir”, foi quan<strong>do</strong> o Imam Ali (A.S)<br />

estava na Mesquita da cidade de Al-Cúfa, no Iraque, durante o seu<br />

califa<strong>do</strong>, ele convocou o povo e falou-lhes no púlpito:<br />

“Deus conjurou to<strong>do</strong> muçulmano que ouviu o <strong>Mensageiro</strong> de<br />

Deus no dia <strong>do</strong> Ghadir Khom dizer: Aquele que lhe sou soberano,<br />

Ali o será também. Uns se levantaram e confirmaram o<br />

que ouviram e outr<strong>os</strong> que o viram e o ouviram, não se levantaram.<br />

Os que se levantaram foram em número de trinta, <strong>do</strong>s quais<br />

eram Badrin<strong>os</strong> e divulgaram que o <strong>Mensageiro</strong> tomou-me pela<br />

mão e indagou a<strong>os</strong> presentes: Sabei que sou benemérito pel<strong>os</strong><br />

crentes mais <strong>do</strong> que eles sobre si mesm<strong>os</strong>? E to<strong>do</strong>s responderam<br />

afirmativamente. Então, o Profeta Mohammad pr<strong>os</strong>seguiu:<br />

Aquele que lhe sou soberano, este o será. Deus aprovará quem<br />

o aprovar e amaldiçoará aquele que se inimizar com ele”<br />

Entretanto, a inveja e a aversão contra o Imam Ali (A.S) se apoderaram<br />

de alguns <strong>do</strong>s presentes, <strong>os</strong> quais presenciaram outrora<br />

a reunião de “Ghadir Khom” e p<strong>os</strong>teriormente omitiram o testemunho<br />

sobre a sucessão, e, dentre eles se encontrava Ânas ibn<br />

Málek. O Imam Ali desceu <strong>do</strong> púlpito e dirigiu-se a Ânas questionan<strong>do</strong>-o<br />

diante da multidão:<br />

“Por que, oh Ânas, não te levantaste com <strong>os</strong> companheir<strong>os</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Mensageiro</strong> e confirmaste o que ele afirmara na ocasião,<br />

como o fizeram <strong>os</strong> demais?”<br />

Encabula<strong>do</strong>, Ânas falou: “Oh Príncipe <strong>do</strong>s Crentes, eu estou<br />

com a idade avançada e já me esqueci deste fato”.<br />

Da orientação <strong>do</strong> <strong>Islam</strong> II - O <strong>Mensageiro</strong> <strong>do</strong> <strong>Islam</strong> e <strong>os</strong> <strong>Ahlul</strong> <strong>Bait</strong><br />

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