O Mensageiro do Islam e os Ahlul Bait
O Mensageiro do Islam e os Ahlul Bait
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É deveras curi<strong>os</strong>o <strong>do</strong> quanto se lhe reportaram honras, mesmo em sua<br />
época, e <strong>do</strong> quanto aumentavam dia a dia <strong>os</strong> seus discípul<strong>os</strong>, <strong>os</strong> quais conversavam<br />
sobre ele com comoventes discurs<strong>os</strong> na jurisprudência e na essência<br />
das ciências, da interpretação, <strong>do</strong> caráter, da ideologia e <strong>do</strong>s divers<strong>os</strong><br />
conheciment<strong>os</strong> islâmic<strong>os</strong>.<br />
Um de seus discípul<strong>os</strong>, Mohammad ibn M<strong>os</strong>lem, disse:<br />
“Toda vez que se me afigurava algum parecer, eu recorria imediatamente<br />
para Abu Jafar”. Aludin<strong>do</strong> ao Imam Al-Báquer (A.S). “e o questionava<br />
sobre trinta mil questões!”<br />
Jáber ibn Yazid Al-Jaafi, outro <strong>do</strong>s discípul<strong>os</strong> <strong>do</strong> Imam Al-Báquer (A.S)<br />
confirmava diante de seus interlocutores:<br />
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“Abu Jafar já conversou comigo sobre setenta mil questões”.<br />
E quan<strong>do</strong> Jáber ibn Yazid falava sobre ele, fazia a seguinte alusão:<br />
“Conversou comigo o Conselheiro <strong>do</strong>s Conselheir<strong>os</strong> e o Herdeiro<br />
da Sapiência <strong>do</strong>s Profetas, que ninguém é senão Mohammad ibn Ali ibn<br />
Al-Hussein”.<br />
Algo da biografia <strong>do</strong> Imam Mohammad Al-Báquer<br />
O Imam Al-Báquer (A.S), era como <strong>os</strong> seus purifica<strong>do</strong>s ancestrais, sempre<br />
mencionan<strong>do</strong> Deus Supremo e se dirigin<strong>do</strong> a Ele com intensa devoção,<br />
dedicação e amor, e não valorizava nada que não o aproximasse de Deus.<br />
Seu filho, o Imam Assadeq (A.S) falava em suas citações:<br />
“O meu pai era demasiadamente devoto em sua fé.. Se eu andava<br />
com ele, pronunciava o nome de Deus.. Se eu comia em sua companhia,<br />
pronunciava o nome de Deus.. Quan<strong>do</strong> ele conversava com o povo, não<br />
deixava de mencionar o nome de Deus.. Enfim, sempre via a sua língua<br />
colada ao seu palato, pronta à pronúncia de: Lá iláha illal’Láh!...”<br />
O Imam Al-Báquer (A.S) se preocupava muito com <strong>os</strong> interesses da nação e<br />
de seus problemas, procuran<strong>do</strong> sempre amenizar o seu sofrimento, provoca<strong>do</strong><br />
pel<strong>os</strong> cruéis governantes e seu despotismo, sempre empenha<strong>do</strong> no pr<strong>os</strong>seguimento<br />
da ín<strong>do</strong>le <strong>do</strong>s provenientes da linhagem <strong>do</strong> Profeta Mohammad (S.A.A.S).<br />
Sheikh Taleb Hussein Al-Khazraji<br />
O Imam Al-Báquer (A.S) praticava a caridade para com <strong>os</strong> necessita<strong>do</strong>s<br />
e <strong>os</strong> alimentava, vestia e auxiliava financeiramente dizen<strong>do</strong>-lhes:<br />
“A caridade <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, é a conexão entre <strong>os</strong> irmã<strong>os</strong> e o conhecimento”.<br />
Certa vez, Hassan ibn Cutháir falou:<br />
“Fui me queixar para Abu Jafar, Mohammad ibn Ali das minhas<br />
necessidades e <strong>do</strong> afastamento <strong>do</strong>s irmã<strong>os</strong>, e ele me disse: Perante a<br />
op<strong>os</strong>ição fraterna, o irmão se te m<strong>os</strong>trará complacente quan<strong>do</strong> fores<br />
rico e te cortará quan<strong>do</strong> te tornares pobre. Depois, tirou um saquinho<br />
conten<strong>do</strong> 700 dirhames e me deu dizen<strong>do</strong>: Use o conteú<strong>do</strong> deste saquinho,<br />
e, quan<strong>do</strong> terminar, me comunique...”<br />
De acor<strong>do</strong> com a informação histórica, a cunhagem das moedas islâmicas<br />
foi feita sob a orientação e aprovação <strong>do</strong> Imam Al-Báquer (A.S), quan<strong>do</strong><br />
o califa Omíada Hichám ibn Abdel Málek ibn Maruán viu que as moedas<br />
eram cunhadas de acor<strong>do</strong> com a arte bizantina, sem a insígnia religi<strong>os</strong>a<br />
e longe da unificação de Deus. Preocupa<strong>do</strong>, foi se aconselhar com <strong>os</strong> sábi<strong>os</strong><br />
muçulman<strong>os</strong>, sem, porém, obter deles solução alguma.<br />
Entretanto, um deles se manifestou dizen<strong>do</strong>:<br />
“V<strong>os</strong>sa Majestade irá se opor ao descobrir quem poderá solucionar<br />
a questão.<br />
Hichám ibn Abdel Málek, intriga<strong>do</strong>, advertiu-o, dizen<strong>do</strong>:<br />
Cuida<strong>do</strong> com o que dizes!. Que solução é esta?<br />
O homem respondeu confiantemente:<br />
Somente o Imam Al-Báquer teria a solução para a questão, Majestade.<br />
Muito bem, verem<strong>os</strong>... Assentiu ibn Abdel Málek.”<br />
Em seguida, o califa Omíada escreveu para o Governa<strong>do</strong>r de Medina, a<br />
fim que este lhe enviasse à Damasco o Imam Mohammad Al-Báquer (A.S),<br />
com toda a dignidade e consideração que ele merece.<br />
Assim que o Imam (A.S) chegou à Damasco, Hichám ibn Abdel Málek<br />
citou-lhe a questão da cunhagem da nova moeda, e, após ouvi até o fim, Al-<br />
Báquer (A.S) ordenou a presença <strong>do</strong>s impressores a fim de modelarem a<br />
nova cunhagem, sen<strong>do</strong> de um la<strong>do</strong> a frase da unificação de Deus “Lá iláha<br />
Da orientação <strong>do</strong> <strong>Islam</strong> II - O <strong>Mensageiro</strong> <strong>do</strong> <strong>Islam</strong> e <strong>os</strong> <strong>Ahlul</strong> <strong>Bait</strong><br />
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