O Mensageiro do Islam e os Ahlul Bait
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Hoje, amb<strong>os</strong>, Al-Hussein e Al-Abbás, têm as sepulturas como um local<br />
sagra<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> aperfeiçoa<strong>do</strong> com o passar <strong>do</strong>s temp<strong>os</strong>, com a arte e a<br />
engenharia, admira<strong>do</strong>s por milhares de muçulman<strong>os</strong>, vin<strong>do</strong>s de todas<br />
as partes <strong>do</strong> Globo terrestre, onde pedem a graça e se abençoam diante<br />
<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is túmul<strong>os</strong>, sentin<strong>do</strong>-se alivia<strong>do</strong>s diante de Deus, por tal visitação.<br />
O papel da mulher na revolução <strong>do</strong><br />
Imam Al-Hussein<br />
Antes de ir à luta contra o inimigo que <strong>os</strong> sitiava, o Imam Al-Hussein (A.S),<br />
deixou <strong>os</strong> integrantes de sua casa e sua prole, a cargo de seu filho Ali ibn Al-<br />
Hussein (A.S), auxilia<strong>do</strong> por sua irmã Zeinab bent Ali ibn abi Taleb (A.S).<br />
Quan<strong>do</strong> o Imam Ali ibn Al-Hussein (A.S) foi acometi<strong>do</strong> de uma grave<br />
<strong>do</strong>ença, imp<strong>os</strong>sibilitan<strong>do</strong>-o de se levantar <strong>do</strong> seu leito, foi assisti<strong>do</strong> por sua tia<br />
Zeinab, esta grandi<strong>os</strong>a senhora, reconhecida pela sua íntegra moral e fervor<strong>os</strong>a<br />
fé, e pela eloqüência da palavra, e que teve o seu papel importantíssimo na<br />
defesa de seu sobrinho, o Imam Ali ibn Al-Hussein (A.S), e <strong>os</strong> cuida<strong>do</strong>s para<br />
com a sua família. Bem como, foi magnífica a sua atuação na divulgação <strong>do</strong>s<br />
ideais da revolução de seu irmão Al-Hussein (A.S), e as estratégias vis <strong>do</strong>s<br />
Omíadas e seus subterfúgi<strong>os</strong> utiliza<strong>do</strong>s para adulterar <strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> <strong>do</strong> <strong>Islam</strong>, e<br />
isto, quan<strong>do</strong> de suas oratórias expressivas na cidade de Al-Cúfa, diante <strong>do</strong><br />
ambici<strong>os</strong>o e gananci<strong>os</strong>o Obaidallah ibn Ziád, e na cidade de Damasco, diante<br />
<strong>do</strong> cruel e déspota Yazid ibn Moáwiya, retratan<strong>do</strong> o próprio papel da mensagem,<br />
e que toda mulher muçulmana deve fazer na sociedade em que vive.<br />
Eis que relatam<strong>os</strong> a seguir, algumas de suas coraj<strong>os</strong>as atuações:<br />
1. Depois <strong>do</strong> hedion<strong>do</strong> massacre no campo da batalha, em Karbala,<br />
ocorri<strong>do</strong> no dia 10 de Moharram de 61 Hejríta, Zeinab bent Ali ibn<br />
abi Taleb, começou a andar entre <strong>os</strong> corp<strong>os</strong> <strong>do</strong>s mártires com paciência,<br />
dignidade e resignação, até chegar onde estava o corpo de seu<br />
irmão, o Imam Al-Hussein (A.S), já decapita<strong>do</strong> e com <strong>os</strong> múscul<strong>os</strong><br />
dilacera<strong>do</strong>s pelas patas <strong>do</strong>s caval<strong>os</strong>.<br />
Com infinita tristeza, Zeinab colocou suas gener<strong>os</strong>as mã<strong>os</strong> debaixo <strong>do</strong><br />
corpo imacula<strong>do</strong> de seu irmão, to<strong>do</strong> ensangüenta<strong>do</strong>, e levantou a própria<br />
cabeça para o céu, claman<strong>do</strong> com a voz cortante pela profunda mágoa:<br />
“Oh Senhor! Aceite esta hóstia para a Tua face gener<strong>os</strong>a, se isto<br />
for <strong>do</strong> Teu agra<strong>do</strong>, Senhor!”<br />
Sheikh Taleb Hussein Al-Khazraji<br />
Em seguida, ela foi levantada bruscamente por um <strong>do</strong>s solda<strong>do</strong>s de<br />
Omar ibn Saad, e levada para junto <strong>do</strong>s prisioneir<strong>os</strong>.<br />
2. Zeinab bent Ali teve uma p<strong>os</strong>ição social coraj<strong>os</strong>amente confirmada<br />
na cidade de Al-Cúfa, quan<strong>do</strong> enfrentou com altivez e dignidade o<br />
Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Iraque, Obaidallah ibn Ziád, e p<strong>os</strong>teriormente, em<br />
Damasco, o Governante Yazid ibn Moáwiya, dialogan<strong>do</strong> com amb<strong>os</strong>,<br />
sempre com dinamismo e sempre usan<strong>do</strong> o seu “hidjáb”, ou<br />
seja, o seu véu que lhe cobria toda a cabeça, sem fugir <strong>do</strong>s limites<br />
que Deus lhe impunha, e sem perder a comp<strong>os</strong>tura que Deus retratou<br />
sobre ela, principalmente, quan<strong>do</strong> o vil e canalha Obaidallah ibn<br />
Ziád a questionou cínica e sarcasticamente:<br />
“O que me dizes <strong>do</strong> que Deus fez a teu irmão e <strong>do</strong> infortúnio que<br />
recaiu sobre a cabeça <strong>do</strong>s teus? Altiva e firme, ela lhe respondeu:<br />
Só vejo coisas lindas a respeito <strong>do</strong> que ocorreu àquele pessoal,<br />
que lhes foi prescrito por Deus serem mártires, pois eles se revelaram<br />
e confirmaram as suas raízes!<br />
Obaidallah calou-se diante da resp<strong>os</strong>ta de Zeinab, a qual, olhan<strong>do</strong>-o<br />
firme n<strong>os</strong> olh<strong>os</strong>, pr<strong>os</strong>seguiu: Oh filho de Morgana, virá o<br />
dia em que Deus n<strong>os</strong> reunirá com eles e Ele v<strong>os</strong> pedirá prestação<br />
de contas pelo que fizestes, e então, tu sentirás na própria alma,<br />
qual de vós ficará paralisa<strong>do</strong> e despoja<strong>do</strong> da ternura da própria<br />
mãe... Oh filho de Morgana!”<br />
Pronuncian<strong>do</strong> o nome de sua mãe com desprezo, pois o pai dele,<br />
Ziád, era filho de pai ignora<strong>do</strong> e de Sumaya, uma serva <strong>do</strong>s idólatras<br />
radica<strong>do</strong>s em Taif, no Hidjáz, e que era uma cidade de veraneio.<br />
Quan<strong>do</strong> Ziád cresceu, Moáwiya declarou-o seu irmão e depois o<br />
nomeou Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Iraque, casan<strong>do</strong>-o depois com uma escrava<br />
a<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Sol, chamada Morgana, a qual lhe concebeu um filho<br />
que o chamaram por Obaidallah ibn Ziád, e que Yazid por sua vez,<br />
fê-lo sucessor de seu pai no governo <strong>do</strong> Iraque.<br />
Portanto, Zeinab, estava aludin<strong>do</strong> às raízes de Obaidallah com fortes<br />
razões, aliás, desprezíveis, ao chamá-lo de “filho de Morgana”<br />
sen<strong>do</strong> descendente de enjeita<strong>do</strong>s e incógnit<strong>os</strong>, sem origens.<br />
Entretanto, quan<strong>do</strong> se defrontou com Yazid ibn Moáwiya, em Damasco,<br />
e, diante de to<strong>do</strong>s, Zeinab se revelou com maior energia e vigor,<br />
surpreenden<strong>do</strong>-<strong>os</strong>, pois o tirano usurpa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Poder imaginava depa-<br />
Da orientação <strong>do</strong> <strong>Islam</strong> II - O <strong>Mensageiro</strong> <strong>do</strong> <strong>Islam</strong> e <strong>os</strong> <strong>Ahlul</strong> <strong>Bait</strong><br />
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