07.05.2013 Views

O Mensageiro do Islam e os Ahlul Bait

O Mensageiro do Islam e os Ahlul Bait

O Mensageiro do Islam e os Ahlul Bait

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

114<br />

Hoje, amb<strong>os</strong>, Al-Hussein e Al-Abbás, têm as sepulturas como um local<br />

sagra<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> aperfeiçoa<strong>do</strong> com o passar <strong>do</strong>s temp<strong>os</strong>, com a arte e a<br />

engenharia, admira<strong>do</strong>s por milhares de muçulman<strong>os</strong>, vin<strong>do</strong>s de todas<br />

as partes <strong>do</strong> Globo terrestre, onde pedem a graça e se abençoam diante<br />

<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is túmul<strong>os</strong>, sentin<strong>do</strong>-se alivia<strong>do</strong>s diante de Deus, por tal visitação.<br />

O papel da mulher na revolução <strong>do</strong><br />

Imam Al-Hussein<br />

Antes de ir à luta contra o inimigo que <strong>os</strong> sitiava, o Imam Al-Hussein (A.S),<br />

deixou <strong>os</strong> integrantes de sua casa e sua prole, a cargo de seu filho Ali ibn Al-<br />

Hussein (A.S), auxilia<strong>do</strong> por sua irmã Zeinab bent Ali ibn abi Taleb (A.S).<br />

Quan<strong>do</strong> o Imam Ali ibn Al-Hussein (A.S) foi acometi<strong>do</strong> de uma grave<br />

<strong>do</strong>ença, imp<strong>os</strong>sibilitan<strong>do</strong>-o de se levantar <strong>do</strong> seu leito, foi assisti<strong>do</strong> por sua tia<br />

Zeinab, esta grandi<strong>os</strong>a senhora, reconhecida pela sua íntegra moral e fervor<strong>os</strong>a<br />

fé, e pela eloqüência da palavra, e que teve o seu papel importantíssimo na<br />

defesa de seu sobrinho, o Imam Ali ibn Al-Hussein (A.S), e <strong>os</strong> cuida<strong>do</strong>s para<br />

com a sua família. Bem como, foi magnífica a sua atuação na divulgação <strong>do</strong>s<br />

ideais da revolução de seu irmão Al-Hussein (A.S), e as estratégias vis <strong>do</strong>s<br />

Omíadas e seus subterfúgi<strong>os</strong> utiliza<strong>do</strong>s para adulterar <strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> <strong>do</strong> <strong>Islam</strong>, e<br />

isto, quan<strong>do</strong> de suas oratórias expressivas na cidade de Al-Cúfa, diante <strong>do</strong><br />

ambici<strong>os</strong>o e gananci<strong>os</strong>o Obaidallah ibn Ziád, e na cidade de Damasco, diante<br />

<strong>do</strong> cruel e déspota Yazid ibn Moáwiya, retratan<strong>do</strong> o próprio papel da mensagem,<br />

e que toda mulher muçulmana deve fazer na sociedade em que vive.<br />

Eis que relatam<strong>os</strong> a seguir, algumas de suas coraj<strong>os</strong>as atuações:<br />

1. Depois <strong>do</strong> hedion<strong>do</strong> massacre no campo da batalha, em Karbala,<br />

ocorri<strong>do</strong> no dia 10 de Moharram de 61 Hejríta, Zeinab bent Ali ibn<br />

abi Taleb, começou a andar entre <strong>os</strong> corp<strong>os</strong> <strong>do</strong>s mártires com paciência,<br />

dignidade e resignação, até chegar onde estava o corpo de seu<br />

irmão, o Imam Al-Hussein (A.S), já decapita<strong>do</strong> e com <strong>os</strong> múscul<strong>os</strong><br />

dilacera<strong>do</strong>s pelas patas <strong>do</strong>s caval<strong>os</strong>.<br />

Com infinita tristeza, Zeinab colocou suas gener<strong>os</strong>as mã<strong>os</strong> debaixo <strong>do</strong><br />

corpo imacula<strong>do</strong> de seu irmão, to<strong>do</strong> ensangüenta<strong>do</strong>, e levantou a própria<br />

cabeça para o céu, claman<strong>do</strong> com a voz cortante pela profunda mágoa:<br />

“Oh Senhor! Aceite esta hóstia para a Tua face gener<strong>os</strong>a, se isto<br />

for <strong>do</strong> Teu agra<strong>do</strong>, Senhor!”<br />

Sheikh Taleb Hussein Al-Khazraji<br />

Em seguida, ela foi levantada bruscamente por um <strong>do</strong>s solda<strong>do</strong>s de<br />

Omar ibn Saad, e levada para junto <strong>do</strong>s prisioneir<strong>os</strong>.<br />

2. Zeinab bent Ali teve uma p<strong>os</strong>ição social coraj<strong>os</strong>amente confirmada<br />

na cidade de Al-Cúfa, quan<strong>do</strong> enfrentou com altivez e dignidade o<br />

Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Iraque, Obaidallah ibn Ziád, e p<strong>os</strong>teriormente, em<br />

Damasco, o Governante Yazid ibn Moáwiya, dialogan<strong>do</strong> com amb<strong>os</strong>,<br />

sempre com dinamismo e sempre usan<strong>do</strong> o seu “hidjáb”, ou<br />

seja, o seu véu que lhe cobria toda a cabeça, sem fugir <strong>do</strong>s limites<br />

que Deus lhe impunha, e sem perder a comp<strong>os</strong>tura que Deus retratou<br />

sobre ela, principalmente, quan<strong>do</strong> o vil e canalha Obaidallah ibn<br />

Ziád a questionou cínica e sarcasticamente:<br />

“O que me dizes <strong>do</strong> que Deus fez a teu irmão e <strong>do</strong> infortúnio que<br />

recaiu sobre a cabeça <strong>do</strong>s teus? Altiva e firme, ela lhe respondeu:<br />

Só vejo coisas lindas a respeito <strong>do</strong> que ocorreu àquele pessoal,<br />

que lhes foi prescrito por Deus serem mártires, pois eles se revelaram<br />

e confirmaram as suas raízes!<br />

Obaidallah calou-se diante da resp<strong>os</strong>ta de Zeinab, a qual, olhan<strong>do</strong>-o<br />

firme n<strong>os</strong> olh<strong>os</strong>, pr<strong>os</strong>seguiu: Oh filho de Morgana, virá o<br />

dia em que Deus n<strong>os</strong> reunirá com eles e Ele v<strong>os</strong> pedirá prestação<br />

de contas pelo que fizestes, e então, tu sentirás na própria alma,<br />

qual de vós ficará paralisa<strong>do</strong> e despoja<strong>do</strong> da ternura da própria<br />

mãe... Oh filho de Morgana!”<br />

Pronuncian<strong>do</strong> o nome de sua mãe com desprezo, pois o pai dele,<br />

Ziád, era filho de pai ignora<strong>do</strong> e de Sumaya, uma serva <strong>do</strong>s idólatras<br />

radica<strong>do</strong>s em Taif, no Hidjáz, e que era uma cidade de veraneio.<br />

Quan<strong>do</strong> Ziád cresceu, Moáwiya declarou-o seu irmão e depois o<br />

nomeou Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Iraque, casan<strong>do</strong>-o depois com uma escrava<br />

a<strong>do</strong>ra<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Sol, chamada Morgana, a qual lhe concebeu um filho<br />

que o chamaram por Obaidallah ibn Ziád, e que Yazid por sua vez,<br />

fê-lo sucessor de seu pai no governo <strong>do</strong> Iraque.<br />

Portanto, Zeinab, estava aludin<strong>do</strong> às raízes de Obaidallah com fortes<br />

razões, aliás, desprezíveis, ao chamá-lo de “filho de Morgana”<br />

sen<strong>do</strong> descendente de enjeita<strong>do</strong>s e incógnit<strong>os</strong>, sem origens.<br />

Entretanto, quan<strong>do</strong> se defrontou com Yazid ibn Moáwiya, em Damasco,<br />

e, diante de to<strong>do</strong>s, Zeinab se revelou com maior energia e vigor,<br />

surpreenden<strong>do</strong>-<strong>os</strong>, pois o tirano usurpa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Poder imaginava depa-<br />

Da orientação <strong>do</strong> <strong>Islam</strong> II - O <strong>Mensageiro</strong> <strong>do</strong> <strong>Islam</strong> e <strong>os</strong> <strong>Ahlul</strong> <strong>Bait</strong><br />

115

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!