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ANDREI JAN HOFFMANN ULLER A MÚSICA ... - Trentina do Brasil

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2.1 OS MOTIVOS DA EMIGRA« O<br />

Em relaÁ„o ao trabalho e atividades que a populaÁ„o da regi„o trentina ou tirolesa<br />

exercia na regi„o Trentino-Alto Adige, Silva apresenta a seguinte nota:<br />

ainda esclarece que uma estatÌstica relativa ao ano de 1890 revelava que 71,10% da<br />

populaÁ„o ativa dessa regi„o tinha como profiss„o a agricultura, e mais 10%,<br />

ìprofiss„o prim·riaî, diversa daquela, mas ligada ao mun<strong>do</strong> rural. Em 1889, o<br />

n˙mero de emigra<strong>do</strong>s legais alÈm-mar chegava a 25.000. No inÌcio <strong>do</strong>s anos 90,<br />

90,7% da populaÁ„o estava alÈm-mar e 8% emigrara temporariamente. A<br />

agricultura e a criaÁ„o constituÌam-se na principal fonte de renda da populaÁ„o<br />

(SILVA, 2001, p·g. 19).<br />

PorÈm nem to<strong>do</strong>s os camponeses possuÌam suas prÛprias terras para a subsistÍncia da<br />

famÌlia na regi„o Trentino-Alto Adige. Muitas vezes trabalhavam em propriedade alheias,<br />

sen<strong>do</strong> que alguns camponeses, em Època de crise migravam, ‡ procura de trabalho, a outros<br />

paÌses. Aproximadamente 25.000 famÌlias da regi„o Trentino-Alto Adige emigraram para a<br />

AmÈrica. Tal emigraÁ„o foi um fato que na Època satisfazia os interesses das trÍs partes: a<br />

It·lia, o camponÍs e o <strong>Brasil</strong>. Para resolver a crise econÙmica da It·lia, era necess·rio que<br />

diminuÌsse o n˙mero de habitantes: ìFoi a prÛpria emigraÁ„o que constituiu um futuro<br />

possÌvel para quem ficouî (SILVA, 2001, p·g. 234). Afirma Silva e acrescenta:<br />

A expuls„o maciÁa era um fato que permitiu a um autor da Època afirmar que ìa<br />

emigraÁ„o, para a It·lia, È uma necessidade. Precisamos que partam de 200 a 300<br />

mil indivÌduos por ano, para que possam encontrar trabalho os que ficam<br />

(LONGHITANO apud SILVA, 2001, p·g. 28).<br />

Por parte <strong>do</strong>s camponeses, era o interesse de sair da misÈria, da exploraÁ„o <strong>do</strong>s <strong>do</strong>nos<br />

de grandes propriedades de terras; alÈm de livrar seus herdeiros de terem que combater nos<br />

campos de guerra. Neste senti<strong>do</strong>, o sonho da AmÈrica, reunia para os camponeses, v·rias<br />

realizaÁıes, a propriedade de terra, a fuga da guerra e fuga da exploraÁ„o por parte <strong>do</strong>s<br />

grandes propriet·rios . Era, no dizer de Silva, a possibilidade de rebelar-se contra a situaÁ„o<br />

que viviam:<br />

De fato, a ìfugaî para a ìMÈricaî manifestava um certo espÌrito de rebeli„o, uma<br />

forma de rebelar-se contra os siori ñ senhores <strong>do</strong>nos de terra. A raiva camponesa,<br />

embora contida devi<strong>do</strong> ‡ moral e Ètica catÛlicas que permeavam as <strong>do</strong> campÙnio,<br />

aparecia em cartas enviadas da AmÈrica e canÁıes populares. A prÛpria AmÈrica<br />

ìse transformou em ësonhoí porque representava a verdadeira liberdade, (...) Neste<br />

sonho estava presente tu<strong>do</strong> o que a classe camponesa anelava: a terra em<br />

abund‚ncia e sobretu<strong>do</strong> de propriedade, mas tambÈm a falta de ricos e <strong>do</strong> seu<br />

sistema social, e enfim a promessa que a famÌlia camponesa teria si<strong>do</strong> finalmente<br />

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