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ANDREI JAN HOFFMANN ULLER A MÚSICA ... - Trentina do Brasil

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os trentinos e tiroleses tiveram que enfrentar a longa caminhada atravÈs das picadas ou via<br />

fluvial para adquirirem novos lotes de terras, este desbravamento era destina<strong>do</strong> para as<br />

margens de Blumenau, ou seja, hoje cidades prÛximas de Blumenau, isto se deve a um ponto<br />

de vista estratÈgico <strong>do</strong> prÛprio Dr. Blumenau, pois como nas margens haviam indÌgenas, os<br />

mesmos eram uma ameaÁa para a prÛpria colÙnia. Os trentinos e tiroleses, neste caso serviram<br />

literalmente de escu<strong>do</strong> para os que haviam chega<strong>do</strong> primeiro na regi„o (SILVA, 2001).<br />

Dentre as causas da emigraÁ„o para a AmÈrica vale ressaltar as constantes disputas<br />

entre o impÈrio austrÌaco e italiano, o que fez com que muitos trentinos se alistassem no<br />

serviÁo militar para a defesa e conquista <strong>do</strong> Trentino. As guerras eram freq¸entes:<br />

O serviÁo militar na It·lia era obrigatÛrio para to<strong>do</strong>s os jovens, durante 6 ou 8 anos.<br />

Ela [It·lia] tambÈm n„o ficou isenta dessas convulsıes polÌticas e de guerras quase<br />

seguidas, especialmente na fase de 1830 a 1870 ( VICENZI, 2000, p·g. 35 e 36 ).<br />

As quedas da produÁ„o da seda e da uva tambÈm contribuÌram para a emigraÁ„o. A<br />

maioria da populaÁ„o era constituÌda de agricultores, a queda <strong>do</strong> cultivo da seda e da uva<br />

devi<strong>do</strong> a <strong>do</strong>enÁas, tais como a epidemia pebrina e a criptÛgama, fez aumentar o interesse em<br />

emigrar para procurar uma vida melhor que propiciasse a prÛpria propriedade de terra sem<br />

estar sujeito a exploraÁ„o <strong>do</strong>s sioris 9 .<br />

A transformaÁ„o econÙmica causada pela revoluÁ„o industrial foi outro fator<br />

importante. Como o grande respons·vel para a emigraÁ„o em massa a transformaÁ„o que a<br />

industrializaÁ„o capitalista causou. Neste senti<strong>do</strong>, o processo migratÛrio deve ser analisa<strong>do</strong><br />

no contexto <strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong> capitalismo mundial (SILVA, 2001).<br />

Como os camponeses na maioria das vezes produziam para a sua prÛpria subsistÍncia,<br />

sen<strong>do</strong> que alguns n„o possuÌam suas prÛprias terras para cultivo, trabalhan<strong>do</strong> assim para os<br />

latif˙ndios, chama<strong>do</strong>s de sioris, <strong>do</strong>nos de terras; grande parte da produÁ„o agrÌcola<br />

permanecia aos propriet·rios, restan<strong>do</strong> pouco para a famÌlia <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r camponÍs. Por<br />

isto, muitos agricultores migravam a paÌses vizinhos a procura de um trabalho com maiores<br />

rendimentos:<br />

A emigraÁ„o era um fenÙmeno conheci<strong>do</strong> pelas populaÁıes camponesas trentinas<br />

tambÈm em Èpocas anteriores ‡ segunda metade <strong>do</strong> sÈculo XIX. O camponÍs,<br />

especialmente quan<strong>do</strong> homem, adulto e apto para o trabalho, sabia o que significava<br />

deixar a prÛpria casa em busca de uma ocupaÁ„o que lhe permitisse atingir ‡quela<br />

9 Sioris (Ricos) era o nome que os agricultores trentinos chamavam para aqueles que detinham o poder, tanto<br />

polÌticos como econÙmicos. (GROSSELI, 1987, p·g. 99)<br />

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