ANDREI JAN HOFFMANN ULLER A MÚSICA ... - Trentina do Brasil

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da tradiÁ„o e que o cÌrculo pode ajudar, mas n„o tem e n„o encontra muitos instrumentos para fazer isto, seja porque n„o h· um acervo na It·lia que re˙ne isto, seja porque quando ainda existe um costume tÌpico na It·lia, È fruto de uma tradiÁ„o de riqueza, nunca de pobreza, o traje tÌpico que vestiam as pessoas È muito caro. (2005, p·g. 102) J· no municÌpio de Rodeio segundo informaÁıes de Laura Scoz, secret·ria do cÌrculo trentino de Rodeio, existe um grupo coral onde os integrantes se re˙nem informalmente, e tambÈm um grupo de danÁa que se chama Folktrentino di Rodeio onde o mesmo possui m˙sicos para a realizaÁ„o da danÁa. Apesar de hoje n„o haver um grupo musical sÛlido para a cidade de Rodeio, existiam dois grupos musicais, o Giro in It·lia e o grupo Vecchio Scarpone. Entretanto estes dois grupos n„o est„o mais em atividade. Em entrevista realizada com um dos fundadores do grupo Vecchio Scarpone, as atividades do grupo se iniciaram no ano de 1997. O grupo foi fundado por IsaÌas Girardi e M·rio Piccinini, que eram integrantes de um outro grupo musical italiano, o Giro in It·lia. O motivo principal pela criaÁ„o do grupo foi o de montar um conjunto que executassem somente m˙sicas italianas, j· que o Giro in It·lia da qual IsaÌas e M·rio faziam parte, executavam tambÈm m˙sicas de outros gÍneros alÈm da italiana. O respons·vel pela atribuiÁ„o do nome ao grupo foi o sogro do M·rio Piccinini, DesidÈrio PerÛn (dono da revista Insieme 37 ). O nome Vecchio Scarpone È de uma m˙sica cujo autor È desconhecido e que fez uma poesia olhando para uma velha bota usada na guerra. O local de ensaio era na casa do pai de uma das cantoras. Os integrantes que constituÌam o grupo e seus respectivos instrumentos musicais de domÌnio eram M·rio Piccinini (Guitarrista), Antonio Zonta (Baixista), Ajuir Frainer (Baterista), IsaÌas Girardi (Teclado e Acorde„o), Leonardo Bertoldi ( Teclado e Acorde„o), Almir Venturi, Arcanjo Cristofolini, Jair Tessarollo, Josemari Frainer, Popa Frainer e Gisela PerÛn Piccinini (Cantores). Segundo IsaÌas Girardi, todos os integrantes s„o descendentes de imigrantes trentinos. M·rio Piccinini era considerado lÌder do grupo. O grupo possui um Cd gravado com a mensagem Tributo alla memoria italiana, constitui um repertÛrio de 14 m˙sicas: Vecchio Scarpone, Simpatici Italiani, La Bella Moriccella, Mechimecomica, La Piccinina, Il Geghege, Fiori Trasteverini, Felicita, Samba Italiano, Paesanella, L`imigrante Italiano, La Tramontana, Vita di Campagna, Bella Pastora, Una Vecchia Canzone Italiana. 37 Insieme È uma revista publicada pelo Organo Ufficiale dellí Associazione Stampa Italiana in Brasile ñASIB,, que trata sobre assuntos gerais como por exemplo eventos culturais, festas, acordos bilaterais, serviÁos para reconhecimento da cidadania italiana, entre outros. 71
N„o existia uma coreografia especÌfica para o grupo, entretanto, enquanto executavam as m˙sicas o grupo realizava pequenos movimentos. AlÈm dos instrumentos musicais citados, o grupo utilizava tambÈm bandolim, cavaquinho, viol„o, castanholas e gaita de boca. Os cantores em determinadas canÁıes cantavam em unÌssono e outras a quatro vozes, soprano, contralto, tenor e baixo. Segundo Girardi, dentre os ritmos tocados pelo grupo estavam a tarantella, mazurka, valsa, polka, marcha e outras essencialmente do folclore e popular da It·lia. Cada instrumentista possuÌa sua pasta de m˙sicas com as respectivas escalas para os instrumentos. Para a afinaÁ„o dos instrumentos, os instrumentistas utilizavam afinador eletrÙnico. Em algumas m˙sicas o grupo utilizava partituras, principalmente quando havia solo de acorde„o. Segundo Girardi, no municÌpio de Rodeio, durante a dÈcada de 50 e 60, a famÌlia Frainer fabricava acordeıes, hoje apenas dois irm„os restauram acordeıes na cidade. Em relaÁ„o ao aprendizado de m˙sica, IsaÌas Girardi aprendeu no colÈgio dos padres Salesianos. A disposiÁ„o dos instrumentistas durante as apresentaÁıes eram os seis cantores na frente, logo atr·s os demais instrumentistas e o baterista atr·s de todos. As apresentaÁıes eram realizadas sempre em finais de semana, o grupo se apresentou de 1998 atÈ 2005 e dentre este perÌodo chegou a apresentar nos Estados do Mato Grosso do Sul, EspÌrito Santo, Rio de Janeiro, S„o Paulo, Paran·, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, sendo que no ano de 1997 o grupo se dedicou apenas aos ensaios. O mais importante nas apresentaÁıes para Girardi era manter a alegria, o grupo se apresentar afinado e interagir tanto com o p˙blico como com os prÛprios integrantes. O grupo fez o que fez devido a todos os integrantes serem amantes da m˙sica italiana, infelizmente se desfez no final de 2005, no auge, por problemas envolvendo o trabalho de cada um, com falta de tempo, por ser muito cansativo. PorÈm IsaÌas complementa que o recado foi dado e atualmente tem saudades das viagens, das grandes apresentaÁıes, algumas delas para mais de 15.000 espectadores, da amizade e companheirismo. ApÛs isso cada integrante seguiu o seu rumo na vida. 72
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