Planos Diretores: processos e aprendizados - Polis
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12 Segundo Ferreira (2005),<br />
em um universo de 115 mil<br />
imóveis cadastrados, foram<br />
identificados 38 mil imóveis<br />
vazios.<br />
80<br />
relação à elaboração do Plano Diretor. Quanto à metodologia para construção<br />
e realização do processo participativo, não houve envolvimento das<br />
assessorias, ficando a cargo da Secretaria de Planejamento a definição do<br />
envolvimento da sociedade civil no processo. Não foi adotada uma metodologia<br />
participativa, tampouco os canais e as formas de participação social<br />
foram previstos anteriormente à elaboração do Plano Diretor. A participação<br />
ocorreu fundamentalmente para divulgação e entendimento do Plano,<br />
após estarem definidas suas diretrizes fundamentais. De acordo com as entrevistas,<br />
as atividades a serem executadas em cada etapa não foram suficientemente<br />
detalhadas para o estabelecimento de um plano de trabalho.<br />
Em face disso houve dificuldades em identificar seus tempos de execução.<br />
As diretrizes da participação nos <strong>processos</strong> de elaboração de <strong>Planos</strong> <strong>Diretores</strong>,<br />
bem como as metodologias e experiências de <strong>processos</strong> participativos<br />
na construção destes estavam em construção em 1998 e a Campanha<br />
Nacional dos <strong>Planos</strong> <strong>Diretores</strong> inicia-se quatro anos mais tarde.<br />
Diagnóstico técnico<br />
O diagnóstico técnico da cidade foi focado em uma leitura física do<br />
território e elaborado pela Secretaria de Planejamento, com momentos de<br />
interlocução com outras Secretarias e com a assessoria técnica contratada.<br />
Identificou-se que a cidade apresentava uma cobertura bastante adequada<br />
de infraestrutura, e não tinha situações de precariedade nos assentamentos<br />
habitacionais, como favelas ou cortiços. A questão habitacional<br />
relacionava-se principalmente com a moradia pobre em áreas periféricas,<br />
impulsionada pela flexibilidade nas normas de parcelamento do solo.<br />
Foram identificados alguns problemas principais na cidade:<br />
• área urbana excessivamente espraiada, relacionada ao perímetro urbano<br />
flexível, que permitia a permanente abertura de loteamentos periféricos; e<br />
• os <strong>processos</strong> de erosão da cidade (voçorocas), agravados pela expansão<br />
da cidade.<br />
Apresentava também a definição de eixos para o Plano Diretor:<br />
controle da expansão urbana, incentivo para a ocupação dos vazios<br />
urbanos 12 , do monitoramento dos <strong>processos</strong> erosivos, bem como<br />
da acessibilidade precária e gestão setorizada da administração municipal.<br />
Esses eixos foram resultantes tanto do diagnóstico técnico,<br />
elaborado na primeira etapa, quanto dos diagnósticos das voçorocas<br />
e dos estudos de macrodrenagem para o município de Franca. Os<br />
primeiros três eixos foram também os prioritários para o PDDI de 1971.<br />
Processo de elaboração do Plano Diretor<br />
A construção da proposta do Plano Diretor e a discussão dos instrumentos<br />
da reforma urbana que seriam adequados ao Plano Diretor de Franca<br />
foram executadas pela coordenação técnica e pela assessoria contratada.