Planos Diretores: processos e aprendizados - Polis
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17 Não houve um novo<br />
processo de elaboração do<br />
Plano Diretor, incorporando<br />
o processo participativo da<br />
forma prevista no Estatuto<br />
da Cidade. A adequação ao<br />
Estatuto da Cidade ocorreu<br />
apenas de forma textual no<br />
Projeto de Lei que foi reenviado<br />
à Câmara, reproduzindo<br />
os objetivos da política<br />
urbana da lei federal.<br />
84<br />
Câmara Municipal eram rejeitados, apesar de o Prefeito ter ido várias vezes<br />
à Câmara no intuito de constituir canais de diálogo.<br />
O novo contexto após o Estatuto da Cidade<br />
Em outubro de 2000, o Prefeito Gilmar Dominicci foi reeleito para mais<br />
quatro anos de mandato. Logo no primeiro ano do novo mandato foi aprovado<br />
o Estatuto da Cidade, que reiterou a exigência constitucional de <strong>Planos</strong><br />
<strong>Diretores</strong> e estabeleceu o prazo de cinco anos para que isso ocorresse.<br />
O Executivo procurou adequar o então Projeto de Lei elaborado à nova<br />
lei federal. Esta adequação deu-se somente no texto do Projeto de Lei 17 ,<br />
incorporando as diretrizes gerais do Estatuto da Cidade, especialmente seu<br />
o art. 2º, junto ao Projeto de Lei do Plano Diretor de Franca.<br />
O processo participativo utilizou a articulação da formação do Orçamento<br />
Participativo existente como canal de sensibilização para apresentação<br />
dos temas tratados no Plano Diretor. Valeu-se das reuniões do Orçamento<br />
Participativo para discuti-lo nas cinco regiões: Norte, Sul, Leste,<br />
Oeste e Centro, bem como em algumas sub-regiões.<br />
O Plano Diretor novamente na Câmara<br />
Em 2002, o Plano Diretor foi novamente enviado à Câmara, onde ocorreram<br />
algumas alterações do conteúdo. O instrumento solo criado foi<br />
incorporado após a proposta do Plano Diretor ter sido apresentada pelo<br />
Executivo, no momento em que o Projeto de Lei estava em sua segunda<br />
tramitação na Câmara Municipal, sendo uma exigência do Legislativo. Tal<br />
procedimento foi influenciado após uma visita técnica dos vereadores à<br />
Curitiba, local onde tal instrumento possui uma trajetória de aplicação.<br />
Para Mauro Ferreira e Wanderley Tristão, então Presidente da Câmara,<br />
um dos motivos para o Plano Diretor ter sido aprovado em 2003, após nove<br />
meses da 2 a tramitação, foi a aprovação do Estatuto da Cidade, que colocava<br />
a obrigatoriedade de sua elaboração. Para Tristão, as discussões ocorridas<br />
no Legislativo sobre o Plano Diretor e a ocorrência de “um momento<br />
favorável, ausente de disputas políticas da Câmara em 2002” contribuíram<br />
também para que o Plano Diretor fosse aprovado em sua 2 a tramitação.<br />
Alterações fundamentais quanto às questões de parcelamento do solo<br />
foram incorporadas no Projeto de Lei para viabilizar a aprovação do Plano<br />
Diretor, destacando:<br />
• retirada dos parâmetros e restrições relativos ao parcelamento do<br />
solo urbano, postergados para a revisão da lei de parcelamento, que só foi<br />
enviada à Câmara em 2008, apesar da previsão de 120 dias após a aprovação<br />
do Plano Diretor;<br />
• autorização de projetos de condomínios em áreas fechadas;<br />
• regularização de todos os loteamentos de chácaras de lazer existentes<br />
no município (parcelamento ilegais em áreas rurais).