Memento Terapêutico - Farmanguinhos - Fiocruz
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ANTICONVULSIVANTE • FENOBARBITAL<br />
INFORMAÇÕES AO PACIENTE<br />
• Tomar a medicação exatamente como prescrito.<br />
• Não aumentar a dose prescrita pelo médico.<br />
• Fenobarbital pode causar dependência.<br />
• Se esquecida uma dose, tomar assim que se lembrar, se não estiver próximo<br />
da outra dose. Não tomar duas doses juntas.<br />
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS:<br />
FENOBARBITAL<br />
• CONVULSÃO FEBRIL<br />
Convulsão febril é um problema neurológico comum em crianças entre 6<br />
meses e 5 anos. Ocorre como convulsão generalizada, durante menos de 15<br />
minutos e apenas uma vez em 24 horas, em uma criança que não apresente<br />
infecção intracraniana ou distúrbio metabólico grave. Isto exclui as<br />
convulsões complexas ou focais, longas, ou com danos neurológicos prévios,<br />
ou anormalidades do sistema nervoso central ou, ainda, história prévia de<br />
convulsão não febril.<br />
Depois de uma convulsão febril, o risco de um segundo episódio é de 50% em<br />
crianças menores de 12 meses e 30% em maiores de 12 meses.<br />
O tratamento da convulsão febril inclui o uso de fenobarbital, ácido valpróico,<br />
primidona ou diazepam intermitente.<br />
Entretanto, o uso profilático rotineiro de qualquer destas drogas é<br />
controverso, especialmente se a criança teve apenas um episódio<br />
convulsivo. O risco de efeitos como hiperatividade, comportamento<br />
desagradável, letargia, ataxia e irritabilidade com o uso de anticonvulsivantes<br />
podem mascarar outra doença.<br />
Outra controvérsia é se a convulsão febril resulta em dano permanente.<br />
Nenhum estudo demonstrou que o tratamento da convulsão febril previne o<br />
desenvolvimento posterior de epilepsia. Também não há evidência de que a<br />
convulsão febril cause dano estrutural ou que a criança apresente risco de<br />
declínio cognitivo. O prognóstico a longo prazo é bom, para as crianças<br />
tratadas ou não.<br />
A escolha do anticonvulsivante deve considerar diversos fatores,<br />
especialmente os efeitos adversos.<br />
O fenobarbital é efetivo como profilático, quando se mantêm concentrações<br />
acima de 15 µg/mg. Assim, o uso intermitente não é lógico.<br />
Ácido valpróico, carbamazepina e fenitoína também são eficazes no controle<br />
profilático das convulsões febris. Diazepam intermitente também não deve<br />
ser prescrito. Antipiréticos não previnem as crises convulsivas, mas<br />
constituem medida de conforto.<br />
• SUPRESSÃO DA TERAPÊUTICA ANTICONVULSIVANTE<br />
A suspensão do uso de fenobarbital ou outro anticonvulsivante é sempre<br />
desejável, pelos inconvenientes de seu uso prolongado e efeitos adversos<br />
variados. No entanto, o sucesso da suspensão terapêutica deve ser avaliado<br />
com a possibilidade de retorno da convulsão.<br />
Taxas de recorrência entre 12 e 66% têm sido relatadas após a suspensão<br />
do anticonvulsivante.<br />
<strong>Farmanguinhos</strong>/<strong>Fiocruz</strong> <strong>Memento</strong> <strong>Terapêutico</strong><br />
138<br />
Miolo <strong>Memento</strong>14X21_2006_4.PMD 138<br />
29/6/2006, 15:17