R V O ou veicular a imagem de tranqüilidade, de harmonia... As fotografias do Correio da Manhã são de imprensa privada. Cobrem o dia-a-dia da sociedade brasileira, em especial a do Rio de Janeiro, onde estava a sede do jornal. Seus assuntos são os mais varia dos, como carnaval, futebol, música, teatro, cinema, repressão policial de rua, censura, queda de presidentes, eleições, crimes, calamidades...São fotografias onde o impacto é o elemento principal. Segundo Ivan Lima, a fotografia de jor nal é "ação, flagrante e informação". 6 A maior preocupação é comunicar infor mações e transmiti-las. Mão há uma pre ocupação uniforme com a estética. A estética se manifesta nas fotografias que ilustram os fatos que já foram sabidos e vistos por outros meios de comunicação (rádio e televisão). É o caso das fotogra fias de esportes. Uma imagem sobre futebol, que todosjá viram, tem que sair no jornal, no dia seguinte, com a beleza estética da cena. Isto demonstra que análise das fotografias de jornal não pode partir de suposições generalizadas que menosprezem o todo em função da parte. Todas as fotografias são feitas e distribuídas de acordo com o objetivo que se quer alcançar. Cada assunto re quer um tipo de fotografia. As fotografi as sobre assuntos culturais, por exem plo, são eminentemente ilustrativas. São as imagens do que ainda irá acontecer; do filme, da exposição...As fotografias do Correio da Manhã devem ser analisa das sem perder de vista o receptor, ou seja, o público leitor. Refletir para qual público este ou aquele jornal se dirige - público de nível intelectual mais ou menos elevado - è fundamental para a análise das fotografias. Má ainda que se lembrar o papel das legendas junto às fotos de imprensa, pois muitas vezes uma imagem pode ser verdadeira em seu conteúdo iconográfico, mas depen dendo da legenda que a orienta pode tornar-se falsa numa perspectiva global. Outro critério a ser levado em conta é aquele que se refere à estrutura do jor nal como empresa, ou seja, num jornal uma reportagem fotográfica nunca é obra apenas de uma pessoa. É o resultado de uma série de intervenções que começa pelo fotógrafo, passa pelo laboratorista, pelos paginadores e, por fim, pelos edi tores que decidem, em última instância, o que irá ser publicado. A fotografia de imprensa deve ser vista e analisada com cuidado: todas as fotografias publicadas visam a publicidade e a propaganda, ainda que esta não apareça claramente. Uma sugestão para desenvolvimento de trabalhos de análise, seria fazer um es tudo comparativo de interpretação en tre fotografias que foram publicadas e aquelas que não foram. Outra sugestão seria buscar o sentido das fotografias utilizadas nas diferentes áreas temáticas do jornal e compará-las. Confrontar, por exemplo, as chamadas 'fotografias so ciais' com as 'fotografias culturais'... Enfim, o vasto potencial deste acervo permite pesquisas de enfoques muito variados, como análises temáticas so bre o cinema, o esporte, a República, as eleições ou até a vida pública de deter minadas autoridades, vistas sob a ótica da imprensa. Acervo. Rio de Janeiro, v. 6. n" 1-2. p. 121-132. jan/dez 1993 - pag. 129
A C E A Coleção de Fotografias Avulsas é bas tante diversa dos dois acervos já descri tos. Não é constituída por fotografias contemporâneas e não se enquadra na categoria de fotojornalismo. Esta Cole pag. 130, jan/dez 1993 ção é formada por fotografias de prove- niência desconhecida e que não possu em relação orgânica, doadas por mem bros da classes dominantes É constituí da por retratos de crianças, militares, Garrincha. Rio de Janeiro, maio de 1965. Correio da Manhã.
- Page 1 and 2:
ACERVO REVISTA DO ARQUIVO NACIONAL
- Page 3 and 4:
©1993 by Arquivo Nacional Rua Azer
- Page 5 and 6:
87 Imagens da Cidade Colonial nas I
- Page 7 and 8:
Carneiro de Carvalho comentam álbu
- Page 9 and 10:
A C E FRANCISCO DU BOCAGE (ATIVO EN
- Page 11 and 12:
A C E qualificação de 'Veneza dos
- Page 13 and 14:
A C E mentação que retratou entã
- Page 15 and 16:
A C E te no estúdio de Carneiro fi
- Page 17 and 18:
sua verdadeira dimensão como retra
- Page 19 and 20:
A C E em geral acompanhados de lege
- Page 21 and 22:
A C E co europeu. A iconografia, ne
- Page 23 and 24:
A C E da ciência e da técnica, ma
- Page 25 and 26:
A C E estava, afinal, extinto aquel
- Page 27 and 28:
A C E as quais foram produzidas é
- Page 29 and 30:
11. TACO, Rui. Cangaceiros e fanát
- Page 31 and 32:
A C E 18xl3cm e se encontram em raz
- Page 33 and 34:
A C E memória oficial do conflito;
- Page 35 and 36:
sua preparação 10 . Duas tentativ
- Page 37 and 38:
A C E proposta mais artística, que
- Page 39 and 40:
A C E Os objetos pessoais estão re
- Page 41 and 42:
A C E - Totós sem figuração: 7.
- Page 43 and 44:
pegando fogo. das ruínas da igreja
- Page 45 and 46:
9. Sobre a divisão da mensagem fot
- Page 47 and 48:
- Local - Data - Descrição físic
- Page 49 and 50:
grafia do titular). É importante o
- Page 51 and 52:
A C E do num texto verbal" ,0 . Sem
- Page 53 and 54:
existentes numa ficha de descriçã
- Page 55 and 56:
A C E uma falsificação, conferida
- Page 57 and 58:
A C E rar para a história o que o
- Page 59 and 60:
13. BENJAMIM, Walter. "A obra de ar
- Page 61 and 62:
A C E duas funções: ocultar, subs
- Page 63 and 64:
A C E dá saltos', pensava-se entã
- Page 65 and 66:
A C E de Polícia de Mova York mant
- Page 67 and 68:
A C E da 'criação separada' das r
- Page 69 and 70:
A C E o seguinte procedimento padr
- Page 71 and 72:
A C E A percepção do continuo das
- Page 73 and 74:
A C havia se transformado em 1888 n
- Page 75 and 76:
A C E pos, cada vez menores, consti
- Page 77 and 78:
A C E valecido. O cinema - técnica
- Page 79 and 80:
34. PEIRCE, C. Op cit. p. 150. 35.
- Page 81 and 82:
A C E coletivo. Abriu-se um novo ca
- Page 83 and 84: A C E criação característica da
- Page 85 and 86: A C E A Chinese Town. Life, 24 nov.
- Page 87 and 88: va. Ha pioneira aplicação desta i
- Page 89 and 90: A C E tica de uma maneira de sentir
- Page 91 and 92: acontecimentos não presenciados po
- Page 93 and 94: A C vento aos franceses, ora aos in
- Page 95 and 96: A C E a 'registrar' a cidade, o seu
- Page 97 and 98: A C E As descrições apresentadas
- Page 99 and 100: A C E edifícios de maior envergadu
- Page 101 and 102: A C E Com o seu conhecido anti-cler
- Page 103 and 104: 12. FROND, Victor - "Mota B" . In:
- Page 105 and 106: A C E enorme variedade de encaderna
- Page 107 and 108: A C £ clichês dos fotógrafos, é
- Page 109 and 110: A C na zona oeste da cidade. As rua
- Page 111 and 112: A C E O Álbum de Vistas de São Pa
- Page 113 and 114: A C E linhas diagonais da extensão
- Page 115 and 116: Á L B U N S C O N S U L T A D O S
- Page 117 and 118: A C para o pleno funcionamento da s
- Page 119 and 120: A c E Os recursos, portanto, não s
- Page 121 and 122: São Paulo. SCHEYER, Peter. Sao Pau
- Page 123 and 124: A C E materialidade do quadro, mas
- Page 125 and 126: de São Paulo, que documentaram a i
- Page 127 and 128: A C E padrões vigentes, não se co
- Page 129 and 130: A C E constitutiva de significado,
- Page 131 and 132: A C E aumentar a profundidade e ass
- Page 133: A C E política de preservação, d
- Page 137 and 138: O potencial de investigação hist
- Page 139 and 140: A C E fia nesse expressivo evento,
- Page 141 and 142: A C E o intuito de observar as cond
- Page 143 and 144: A C E concentra majoritariamente na
- Page 145 and 146: * c E dade com os cabeçalhos de as
- Page 147 and 148: A C E seja eficientemente utilizado
- Page 149 and 150: amarelecidos que encontrou entre su
- Page 151 and 152: Qoff, A C E 'a fotografia (...) rev
- Page 153 and 154: A C E Museu de Rua continuaram, e n
- Page 155 and 156: A C E presente e futura com a cidad
- Page 157 and 158: A C grar o Banco de Dados são digi
- Page 159 and 160: í O T A s 1. LE GOFF, Jacques. "Do
- Page 161 and 162: A C E das. O alarmante estado em qu
- Page 163 and 164: A C E dimentos de preservação, ca
- Page 165 and 166: A C E idéia da montagem de um cent
- Page 167 and 168: ico Nacional, o CFDOC da Fundaçào
- Page 169 and 170: A C E BALDWIN, Qordon.Lookingatphot
- Page 171 and 172: A C E HEDQECOE, John. Manual de fot
- Page 173 and 174: A C E RITZENTHALER, Mary Linn. Arch
- Page 175 and 176: v^olageiin Alcali na Acervo, a revi
- Page 177: Neste número Aline Lopes de Lacerd