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MONOGRAFIA PRONTA - Departamento de História - Universidade ...

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sendo testados em trabalhos manuais menores, para só <strong>de</strong>pois serem<br />

empregados na batalha contra a União 80 .<br />

No mês <strong>de</strong> maio do mesmo ano iniciou-se o recrutamento <strong>de</strong> negros para o<br />

corpo militar do estado confe<strong>de</strong>rado da Carolina do Sul, a fim <strong>de</strong> integrar homens<br />

<strong>de</strong> cor ao primeiro regimento do estado. Estes soldados – em sua maioria –<br />

encontravam-se em situação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> pobreza. Muitos enfrentavam dificulda<strong>de</strong>s<br />

quanto ao que vestir e calçar. Mesmo assim, nenhum uniforme foi provi<strong>de</strong>nciado<br />

para tais soldados, muito menos qualquer tipo <strong>de</strong> pagamento ou soldo. 81<br />

Desta forma - mesmo repletos <strong>de</strong> tensões sociais - os estados sulistas <strong>de</strong><br />

New Orleans e Louisiana, frente às vitórias da União que quebravam com o rígido<br />

regime escravista local, foram igualmente pioneiros no que tange ao armamento<br />

<strong>de</strong> tropas negras. Entretanto, haviam restrições e pesados encargos financeiros.<br />

As armas eram pessoais, porém só po<strong>de</strong>riam ser usadas para <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> algum<br />

posto. Os custos com uniformes, por sua vez, ficavam a cargo do próprio soldado,<br />

sendo que o soldo dos homens negros era muito inferior ao dos recrutas brancos.<br />

82<br />

Um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> escravos nem mesmo chegava a pisar em um<br />

campo <strong>de</strong> batalha, sendo a maioria era empregada na construção <strong>de</strong> fortificações<br />

e <strong>de</strong>fesas. Outros - como aqueles que compunham a <strong>de</strong>fesa do estado<br />

confe<strong>de</strong>rado do Tennessee - marchavam como servos <strong>de</strong> seus proprietários ou<br />

trabalhavam em funções <strong>de</strong> cozinheiros, enfermeiros, trabalhadores nas ferrovias<br />

ou na indústria bélica confe<strong>de</strong>rada 83 . Esses escravos, apesar <strong>de</strong> integrados ao<br />

exército, continuavam a ser proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus senhores, sendo utilizados nas<br />

forças armadas em trabalhos similares aos que tinham nas plantations e outras<br />

ativida<strong>de</strong>s que empregavam a mão <strong>de</strong> obra escrava. Esses negros não eram<br />

compreendidos como soldados, e sim como “necessida<strong>de</strong> militar”, sendo<br />

indispensável enviá-los - ao fim do conflito - novamente aos seus senhores 84 .<br />

Chegou-se a aventar – em meados <strong>de</strong> 1864 – a possibilida<strong>de</strong> dos sulistas<br />

empregarem escravos no exercício militar prometendo, aqueles que<br />

eventualmente sobrevivessem ao conflito, a liberda<strong>de</strong> ao término da guerra.<br />

80<br />

Ibi<strong>de</strong>m, p. 09.<br />

81<br />

MCCORMICK, Jayne, Op. Cit. s/p.<br />

82<br />

BURTON, William L.Op Cit..p. 09.<br />

83<br />

Ibi<strong>de</strong>m, p. 09.<br />

84<br />

TRUDEAU, Noah André. Op. Cit. pp. 109-112.<br />

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