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MONOGRAFIA PRONTA - Departamento de História - Universidade ...

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Foi neste contexto que se <strong>de</strong>u, em 22 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1862, a assinatura<br />

da Proclamação <strong>de</strong> Emancipação pelo então presi<strong>de</strong>nte Abraham Lincoln. Esse<br />

documento <strong>de</strong>terminava a libertação <strong>de</strong> todos os escravos oriundos dos estados<br />

confe<strong>de</strong>rados, aprovando seu ingresso nas fileiras do exército da União a partir <strong>de</strong><br />

01 <strong>de</strong> janeiro do ano seguinte. Posteriormente, o alistamento <strong>de</strong> afro-americanos<br />

no Norte tornou-se obrigatório. Assim, gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> homens <strong>de</strong> cor<br />

tornaram-se soldados da União, sendo parte significativa <strong>de</strong>les ex-escravos<br />

oriundos do sul confe<strong>de</strong>rado 3 .<br />

Os estados sulistas, por sua vez, também necessitavam contingente<br />

humano para incorporar ao exército que partia para a luta contra União.<br />

Primeiramente os negros não eram vistos como uma opção viável, porém o<br />

número <strong>de</strong> homens brancos em ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço militar encontrava-se bem<br />

abaixo do que era requerido pelo exército. Desta forma, mesmo ameaçando sua<br />

lógica escravista, os estados do Sul também passaram ao recrutamento <strong>de</strong> sua<br />

população negra livre e escrava.<br />

A partir disso, examinar-se-á o surgimento e <strong>de</strong>senvolvimento dos<br />

regimentos <strong>de</strong> negros na Guerra <strong>de</strong> Secessão, procurando i<strong>de</strong>ntificar a forma com<br />

que se <strong>de</strong>u o ingresso dos homens <strong>de</strong> cor na instituição militar; seus padrões <strong>de</strong><br />

recrutamento e constituição formal. Buscar-se-á, não menos, <strong>de</strong>limitar as<br />

diferenças e aproximações existentes entre os regimentos <strong>de</strong> brancos e negros<br />

<strong>de</strong>ntro no âmbito dos corpos militares, <strong>de</strong>stacando a interação social entre os<br />

soldados <strong>de</strong> cor e seus comandantes brancos.<br />

Assim, objetiva-se uma análise do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das tropas<br />

compostas por homens <strong>de</strong> cor nos Estados Unidos, buscando compreen<strong>de</strong>r como<br />

se <strong>de</strong>u sua institucionalização. Por fim, se preten<strong>de</strong> ainda uma análise da questão<br />

da liberda<strong>de</strong> para os negros que engrossavam as fileiras do exército tanto da<br />

União, quanto da Confe<strong>de</strong>ração.<br />

A produção historiográfica atinente ao tema Guerra <strong>de</strong> Secessão é um<br />

campo pouco explorado por autores brasileiros. Entretanto, é notável o trabalho<br />

<strong>de</strong> alguns autores nacionais, como Victor Izecksohn, autor <strong>de</strong> “Escravidão,<br />

fe<strong>de</strong>ralismo e <strong>de</strong>mocracia: a luta pelo controle do Estado nacional norte-<br />

americano antes da Secessão” e “Deportação ou Integração. Os dilemas negros<br />

3 Ibi<strong>de</strong>m, pp. 12-20.<br />

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