flávia maria ribeiro vital efetividade e segurança da - Unifesp
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Discussão 79<br />
Os resultados dos 21 estudos incluidos nesta revisão mostraram<br />
claramente a <strong>efetivi<strong>da</strong>de</strong> e a segurança do uso <strong>da</strong> NPPV (CPAP e NPPV bi-level) como<br />
terapia adjuvante do tratamento padrão ao conduzir pacientes com insuficiência<br />
respiratória devido a edema pulmonar cardiogênico. A NPPV associa<strong>da</strong> ao TP mostrou<br />
significativa diminuição na mortali<strong>da</strong>de hospitalar, na freqüência de intubação e no<br />
tempo de permanência na UTI, além de melhorar mais rapi<strong>da</strong>mente a FR e a FC e<br />
PAD, esta última após a análise <strong>da</strong> heterogenei<strong>da</strong>de, e ain<strong>da</strong> ser mais bem tolera<strong>da</strong><br />
que o TP isolado. A segurança foi demonstra<strong>da</strong> por não aumentar a incidência de IAM<br />
ou de efeitos adversos durante a utilização <strong>da</strong> NPPV. Entretanto o CPAP deve ter<br />
priori<strong>da</strong>de na escolha <strong>da</strong> terapêutica não invasiva, uma vez que a NPPV bi-level não<br />
teve poder estatístico para demonstrar sua <strong>efetivi<strong>da</strong>de</strong> quando comparado<br />
separa<strong>da</strong>mente ao TP.<br />
Embora o “guideline” europeu sobre insuficiência cardíaca agu<strong>da</strong> de<br />
2005 (Nieminen et al, 2005) não tivesse apresentado evidências convincentes para<br />
indicar o uso <strong>da</strong> NPPV como grau de recomen<strong>da</strong>ção I no edema pulmonar<br />
cardiogênico, isto se torna possível a partir desta revisão, pois demonstramos que a<br />
NPPV é uma terapia benéfica, útil e efetiva no tratamento do edema pulmonar<br />
cardiogênico. E diante <strong>da</strong> rígi<strong>da</strong> e reconheci<strong>da</strong> metodologia <strong>da</strong> Colaboração Cochrane,<br />
os <strong>da</strong>dos desta revisão se tornam confiáveis, como vêm demonstrando alguns estudos<br />
que destacam o diferencial qualitativo <strong>da</strong>s revisões Cochrane (Ja<strong>da</strong>d et al, 2000;<br />
McKibbon et al, 2004). E o reconhecimento disso, evidenciou-se nesta revisão, pela<br />
notável colaboração de onze autores (Räsänen et al, 1985; Bersten et al, 1991; Take<strong>da</strong><br />
et al, 1998; Delclaux et al, 2000; Masip et al, 2000; Kelly et al, 2002; Thys et al, 2002;<br />
Nava et al, 2003; Crane et al, 2004; Park et al, 2004; Bellone et al, 2005) de estudos<br />
incluídos que responderam e/ou enviaram os <strong>da</strong>dos adicionais solicitados, fato não<br />
muito comum, principalmente quando se trata de <strong>da</strong>dos de mais de 20 anos. Vale<br />
lembrar que esta revisão incluiu artigos de diversas partes do mundo, o que sugere que<br />
resultados semelhantes são possíveis, independentemente <strong>da</strong> etnia e <strong>da</strong>s variáveis<br />
locais <strong>da</strong>s instituições ao oferecer a terapêutica.<br />
Das revisões sistemáticas publica<strong>da</strong>s sobre o tema, nenhuma<br />
conseguiu envolver um número semelhante de estudos como esta (Pang et al, 1998;<br />
Hess, 2004; Na<strong>da</strong>r et al, 2005). Talvez porque suas estratégias de buscas tenham sido<br />
menos abrangentes nos termos, nas bases de <strong>da</strong>dos e/ou na linguagem. Nossa revisão<br />
incluiu um total de 21 estudos comparativamente a nove na revisão sistemática de