Discussão 85 que apresentavam indivíduos hipercápnicos na admissão e ao compararmos a NPPV com o TP, detectamos um risco relativo de morte menor que o <strong>da</strong> população geral de pacientes com edema pulmonar cardiogênico (RR 0.62; 95%IC 0.40, 0.97) (Figura 71), e uma redução na diferença de risco absoluto nesse desfecho (DR -0.11; 95%IC -0.17, -0.05), assim como uma redução no risco relativo de intubação endotraqueal (RR 0.39; 95%IC 0.18, 0.86) (Figura 72), e uma discreta diferença no risco absoluto nesse desfecho (DR -0.14; 95%IC -0.26, -0.02); embora essas diferenças não sejam estatisticamente significantes. Da mesma forma, encontramos uma redução no risco relativo favorável ao NPPV bi-level, ao compararmos a mortali<strong>da</strong>de e a freqüência de intubação, respectivamente, em pacientes hipercápnicos na comparação CPAP versus NPPV bi-level [RR 1.17; 95%IC 0.20, 6.76 (Figura 73) e RR 1.32; 95%IC 0.43, 4.08 (Figura 74)] e na comparação NPPV bi-level versus TP [RR 0.60; 95%IC 0.32, 1.13 (Figura 75) e (RR 0.44; 95%IC 0.14, 1.39 (Figura 76)]; embora tais diferenças não sejam estatisticamente significantes. Nossos achados assim como outras literaturas (Rusterholtz et al, 1999; Hoffmann; Welte, 1999) sugerem que os pacientes com PaCO 2 basal eleva<strong>da</strong> responderiam melhor a NPPV. Esses estudos não-controlados justificam que o NPPV bi-level seria mais benéfico para pacientes afetados por doenças pulmonares crônicas ou por desordens nas quais os músculos <strong>da</strong> respiração estivessem provavelmente fadigados, uma vez que promoveria o descanso dessa musculatura, minimizando, com isto, a incidência de hipercapnia e o desenvolvimento de acidose respiratória. Da mesma forma, estudos aleatórios têm sugerido que o NPPV bi-level é mais efetivo em diminuir a necessi<strong>da</strong>de de intubação e o tempo de permanência na UTI em pacientes com insuficiência respiratória agu<strong>da</strong> e hipercapnia (Masip et al, 2000; Wysocki et al, 1995) e ain<strong>da</strong> melhorar a dispnéia, a FR e a relação PaO 2 /FiO 2 em pacientes com EPC e hipercapnia (Nava et al, 2003). Esses achados são compatíveis com os achados em pacientes com pneumonia adquiri<strong>da</strong> na comuni<strong>da</strong>de (Confalonieri et al, 1999). Em contraparti<strong>da</strong>, no estudo não controlado de Valipour et al (2004) sobre NPPV bi-level no EPC, o subgrupo de pacientes com hipocapnia na admissão, apresentou um maior risco de mortali<strong>da</strong>de hospitalar (87%) e necessi<strong>da</strong>de de intubação (14%). Em contraparti<strong>da</strong>, no estudo aleatório de Lin e Chiang (1991) os pacientes também eram hipocápnicos, entretanto o grupo CPAP apresentou uma menor freqüência de intubação, sem diferença quanto à mortali<strong>da</strong>de quando comparado ao TP. Apesar de hipocápnicos, estes pacientes não apresentavam alcalose, embora, também não apresentassem melhora significativa na PaCO 2 ou no
Discussão 86 pH após uma hora. Essa hipocapnia e não alteração <strong>da</strong> PaCO 2 e pH poderiam ter sido conseqüência <strong>da</strong> alta fração inspira<strong>da</strong> de oxigênio (100%) recebi<strong>da</strong> pelos pacientes durante os primeiros 30 minutos antes dos <strong>da</strong>dos basais serem colhidos e ain<strong>da</strong> mantido por três horas, visto que altas frações inspira<strong>da</strong>s de oxigênio levam a uma resposta hiperventilatória e conseqüente hipocapnia (Becker et al, 1996; Iscoe, Fisher, 2005). Figura 71. Gráfico de metanálise de risco relativo de efeito randômico do desfecho morte em pacientes hipercápnicos na admissão com NPPV versus TP.
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