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flávia maria ribeiro vital efetividade e segurança da - Unifesp

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Discussão 89<br />

<strong>da</strong> heterogenei<strong>da</strong>de, a PaO 2 foi estatisticamente maior nos pacientes do TP após uma<br />

hora, e, na comparação do CPAP com NPPV bi-level, NPPV bi-level mostrou uma<br />

melhora significante em relação a PaO 2 , resultado compatível com o do estudo de<br />

Philip-Joet et al (1999), em que o NPPV bi-level aumentou a PaO 2 e diminuiu a PaCO 2<br />

mais do que o CPAP. Da mesma forma, o estudo aleatório, “cross-over” de Väisänen e<br />

Räsänen (1987) não percebeu grandes alterações com uso do CPAP versus TP em<br />

relação a PaO 2 , e considerou que a melhora nas variáveis cardio-pulmonares não<br />

estaria relaciona<strong>da</strong> à melhora na hipoxemia. Talvez esta seja uma hipótese ver<strong>da</strong>deira,<br />

uma vez que todos os estudos que avaliaram a PaO 2 mostraram uma tendência em<br />

diminuir a mortali<strong>da</strong>de e/ou a freqüência de intubação com o uso <strong>da</strong> NPPV e não<br />

necessariamente uma melhora na PaO 2 dentro <strong>da</strong> primeira hora de uso <strong>da</strong> NPPV,<br />

talvez a justificativa para essa não melhora <strong>da</strong> hipoxemia fosse aumento de consumo<br />

de oxigênio pelo miocárdio. Seria importante, também, que se fizesse a análise do<br />

índice PaO 2 /FiO 2 , uma vez que a PaO 2 terá uma influência direta <strong>da</strong> FiO 2 , embora, isto<br />

não tenha sido previsto no protocolo desta revisão.<br />

Observamos uma redução estatisticamente significante <strong>da</strong> FR nos<br />

pacientes que usaram NPPV comparado ao TP, CPAP comparado ao TP e NPPV bilevel<br />

comparado ao TP, mas não uma diferença entre CPAP e NPPV bi-level. Embora<br />

a redução tenha sido estatisticamente significante, em termos clínicos não é, uma vez<br />

que, em média, os pacientes continuavam taquipneicos. Apesar de essa diferença<br />

poder aumentar com o passar do tempo de uso <strong>da</strong> NPPV, como mostram os estudos<br />

de Take<strong>da</strong> et al (1997) e Take<strong>da</strong> et al (1998), que, mesmo sem terem avaliado a FR na<br />

primeira hora, mostraram uma diminuição progressiva entre a 6 ª e 24 ª hora de uso do<br />

CPAP em relação ao TP.<br />

Houve uma redução estatisticamente significante <strong>da</strong> FC nos<br />

pacientes que usaram NPPV comparativamente ao TP. Entretanto, na comparação<br />

CPAP versus TP os resultados só foram significativos e favoráveis ao CPAP após a<br />

resolução <strong>da</strong> heterogenei<strong>da</strong>de. Não observamos diferenças estatisticamente<br />

significantes entre NPPV bi-level comparativamente ao TP e CPAP comparado a NPPV<br />

bi-level em relação à FC após uma hora de intervenção. Embora alguns resultados<br />

sejam estatisticamente significantes, em termos clínicos não são, uma vez que, em<br />

média, os pacientes continuaram taquicárdicos. Entretanto, assim como a FR, a FC<br />

poderia mostrar diferenças mais significativas com o passar do tempo de uso <strong>da</strong> NPPV,<br />

como mostram os estudos de Take<strong>da</strong> et al (1997) e Take<strong>da</strong> et al (1998), que, mesmo

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